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História Inolvidable - The truth about Camila Cabello


Escrita por: Trou5ha

Notas do Autor


Hey Guys!

Perdoem a demora! A vida não tá facil!

Nesse cap temos um pouco da toda poderosa, a toda gostosa, a indescritível, Camz da Lolo kkkkk

Desculpem os erros e boa leitura!

Bjs!

Capítulo 9 - The truth about Camila Cabello


Fanfic / Fanfiction Inolvidable - The truth about Camila Cabello

Pov Camila

 

“Quem você realmente é, Camila?”

 

Fui à casa de Dinah no intuito de resolver algumas das dúvidas que eu tinha certeza que estavam passando por sua cabeça. O que eu não esperava era que ela fosse tão clara sobre o que queria saber. Quem eu realmente sou, afinal?

 

- Meu nome é Karla Camila Cabello Estrabao. Eu tenho 19 anos, apesar de fingir que tenho 20. Muitas coisas na minha vida não passam disso, um fingimento. Minto sobre ser curada, não sou. Adquiri essa marca de maneira dolorosa antes de me mudar para cá. Moro com meu pai e minha mãe em um subúrbio longe do centro da cidade, ambos tem suas marcas de cura falsificadas também. Assim como muitos que andam entre nós todos os dias, fugimos e fizemos tudo isso porque não queríamos de maneira nenhuma que o amor fosse-nos tirado. Ainda odiamos com todas as forças as iniciativas do Governo de nos controlar. Somos seres pensantes! Qualquer coisa que nos oprima, não deve ser visto como algo bom, mas sim repudiável. Até hoje não entendo como as pessoas se conformaram com um sistema que nos tira o poder de decidir nossa própria vida e fazermos o que realmente gostamos! Nos iludem com uma falsa realidade, mas na verdade limitam nossas possibilidades de sequer discordar do que nos é oferecido! - Disse enfaticamente. Percebi que começava a me irritar apenas de lembrar a situação em que nos encontrávamos, então, respirei fundo antes de continuar.- Dinah, você não faz ideia de como era o mundo antes desse veneno que vem disfarçado de cura. Não era um lugar perfeito, mas havia tanta beleza! Beleza essa que deixou de ser apreciada por nossos olhos, beleza que passou a não ser reconhecida ou compartilhada.

Todos os dias eu me pergunto como que eu vou conseguir passar mais um dia sem morrer congelada com a frieza das pessoas. Todos os dias eu imagino um mundo onde eu novamente veja músicos nas ruas, crianças brincando livremente, casais andando juntos e vivendo em uma bolha particular, pais ensinando seus filhos a andar de bicicleta, jovens chorando por um amor perdido, doído e um amigo ao lado, consolando. Todos os dias, imagino como seria o mundo com a cor e a vida que o amor traz.

 

Dinah manteve os olhos fixos em mim durante meu monólogo. Quando terminei de falar, pensei que ela iria me olhar assustada ou se surpreender com as informações que dei, no entanto ela apenas disse, curiosa:

 

- Então você é parte dos Polônios? Do grupo de rebeldes?

- Não. Sou o que as autoridades chamariam de Inválida, pois não passei pelo procedimento da Delirium. Conheço algumas pessoas que são parte do movimento, mas meus pais sempre me encorajaram a não participar dele, muitas vezes a consequência de ser um dos rebeldes é a morte. Tenho motivos para lutar, mas acho que não sou forte o suficiente.

- E a sua amiga, Allyson? Ela também é uma Inválida? - Dinah continuou com as perguntas. Não conseguia decifrar a expressão em seu rosto.

- Sim, ela é. Nos conhecemos há alguns anos e somos bem próximas. Ela é como uma irmã para mim. - Respondi receosa, afinal não sabia o que Hansen faria com as informações que eu lhe estava dando. Estava escolhendo confiar plenamente nela.

- Eu… gostaria de sentir as coisas que você diz. Gostaria de poder lembrar por completo desse mundo que você fala com tanto… tanto sentimento. - Dinah disse entre suspiros.

- Você pode! - Respondi um pouco eufórica demais, já que a loira deu um pulinho no lugar ao me ouvir.- Tudo que você já viveu, tudo que já sentiu, está sufocado na sua mente. O processo de lavagem de memórias é fácil de ser revertido. Tudo que você precisa fazer, é sentir algo relacionado a uma memória, que ela voltará para você em flashes ou sonhos.

- Mas como vou me lembrar do que era costumeiro para mim, se não me lembro de muitas coisas? - a loira me perguntou com o olhar confuso.

- Bom, podemos tentar agora. Do que você se lembra? - Respondi tomando iniciativa para ajudá-la. Dinah se levantou, tirou um notebook que estava escondido atrás e debaixo de algumas roupas e colocou em meu colo. Surpresa, perguntei: - Onde conseguiu isso?

- Tenho meus contatos. Agora, preciso pensar. A única coisa da qual me lembro perfeitamente é um objeto oval, feito de couro e com algumas costuras. Não sei para o que serve mas se parece com isso.

 

Ao terminar a frase, Hansen se levantou e desenhou em uma folha avulsa algo que se parecia muito com uma bola de futebol americano. Relacionei essa lembrança ao fato de que talvez ela e a família fossem apaixonados pelo esporte. Digitei no computador e encontrei vários vídeos dos últimos jogos antes da revolução da Delirium. Dinah tirou o computador de meu colo e colocou no seu, sem nem por um segundo sequer tirar os olhos da tela.


Os esportes haviam sido, em sua maioria, banidos por gerarem sentimentos de competição, adrenalina, raiva e paixão em seus jogadores e espectadores. Poucos esportes como, ciclismo, natação e atletismo eram permitidos. Porém apenas algumas modalidades e tinham que ser praticados por tempo fixado em lei local. Só o necessário para que as pessoas se mantivessem saudáveis.

 

Após 13 vídeos de diferentes times, a garota desligou o computador e guardou-o onde estava antes. Olhou para mim e disse animada:

- Isso é o máximo! Você viu aquilo?! Como eles conseguiam jogar a bola tão longe e correr tão rápido? Eles não se machucavam? Uau! Eu quero jogar!

- Tem muito mais esportes que te deixariam nesse mesmo estado de animação, talvez até mais. Quer ver? - A respondi com um sorriso estampado no rosto. Eu estava feliz de poder mostrar à ela, o que realmente era viver. Nós costumamos não notar, mas a vida é feita de coisas simples, que fazemos desde pequenos e nunca damos valor, mas que se nos fossem tiradas, certamente daríamos.

 

Religuei o notebook e passei o fim da tarde até a noite, mostrando para Jane os esportes mais populares e os grandes atletas que o mundo já teve. Mostrei futebol, basquete, vôlei, ginástica artística, hóquei, hipismo, esgrima, tênis, polo aquático, canoagem, boxe e outros. Ela parecia uma criança após sair da loja de doces, hiperativa e impressionada com tudo. Já estava ficando tarde, então eu precisava ir. Prometi à ela que passaria outro dia em sua casa e a levaria para um lugar bem especial, onde poderíamos jogar futebol americano.

 

Saí da casa da loira e fui dirigindo rapidamente para minha. Chegando lá me surpreendi ao não ver meus pais em casa, já que aquele horário eu sempre os encontrava. Tomei um banho rápido e me joguei na cama. Estava feliz por tudo que tinha realizado hoje. Me sentei na cama e vi meu violão encostado em um canto esquecido de meu quarto. Minha mãe não gostava que eu tocasse violão, então desde que nos mudamos eu toquei raras vezes quando eles não estavam em casa para me poupar do sermão que minha mãe queria me dar toda vez.

 

Ela sabe que eu amo a música. Amo poder cantar e expressar tudo que se passa dentro de mim através de uma melodia ou de palavras cantadas que saíam baixas por minha boca. Aproveitei que estava sozinha e peguei meu violão. Assoprei a poeira que estava ali e passei os dedos pelas cordas. Estava extremamente desafinado, afinei-o e comecei a tocar. Ousei  deixar a letra escapar por meus lábios quando cheguei ao refrão.

Cause if the whole world was watching I'd still dance with you
(Se o mundo inteiro estivesse olhando, eu ainda assim dançaria com você)

Drive highways and byways to be there with you
(Dirigiria por rodovias e atalhos para estar lá com você)

Over and over the only truth
( E novamente, a única verdade)

Everything comes back to you
( Tudo volta até você)

Continuei tocando, mas sem cantar. Assim que terminei a música, escutei meus pais abrindo a porta da frente. Guardei meu violão e logo desci para cumprimentá-los. Eles me disseram que faltou energia no quarteirão mercado e a polícia solicitou que todos ficassem ali até que a energia voltasse. Acabei contando que havia passado o fim da tarde com Dinah e tudo que fizemos lá. Assim que terminei de falar, minha mãe começou o discurso que eu intitulava de: “Camila você sabe o quão perigoso isso é e bla bla bla”.  Revirei os olhos e voltei para meu quarto me jogando de barriga para baixo na cama.  

Nem dois minutos após eu entrar em meu quarto, ouvi três batidas na porta, que respondi com um grunhido.

- Não sabia que minha filha tinha virado um monstro para responder grunhindo. - Meu pai disse enquanto se sentava em minha cama.

- Nossa, pai, seu senso de humor continua tão impressionante… - Respondi sarcástica com a voz abafada pelo colchão.

- Ei, você já viu graça em mim. Não desdenhe. Pode se sentar por favor, Kaki?

- Veio para continuar o discurso irritante de mamãe? - Disse enquanto me sentava.

- Não fale assim dela, mi hija. Você sabe o quanto sua mãe se preocupa com você. - Respondeu sereno.

- Eu sei, mas vocês precisam confiar mais em mim! Não sou mais criança e não precisam me contar dos perigos que é essa “vida” que a gente tem hoje. - Fiz sinal de aspas na palavra vida. Meu pai deu um pequeno sorriso. Ele era sempre assim, calmo e ponderado.

- Nunca vai deixar de ser nosso bebê. Nem quando estiver casada com uma bela mulher de olhos verdes e tiver 45 anos vamos deixar de nos preocupar com você.

- Mulher? Olhos verdes? Que? Quem? Como? O senhor sabe? Pai eu, hm, eu é, posso explicar. Eu não vou casar com ela, quem disse isso? Mulheres são, é, hm, chatas. Elas tem cabelos lindos e são femininas e atraentes, quer dizer, são chatas! Argh, droga. - Respondi já nervosa. Como ele sabia? Será que eu falo dormindo?

Meu pai gargalhou com meu nervosismo antes de dizer: - Se acha que eu nunca soube que você gosta de mulheres me subestimas. E quanto a de olhos verdes especificamente, Ally esteve aqui na hora do almoço e me contou.

- AQUELA VAGABUN.. AI! - Nem tinha terminado o xingamento que Ally merecia e meu pai me deu um tapa atrás da cabeça.

- Não fale assim de Ally, errada está você de não ter me contado antes. E ai, como ela é? Já convidou-a para sair?

- Tem certeza que quer conversar comigo sobre isso? - Ele balançou a cabeça positivamente. - Então não tem nenhum problema o fato de eu ser lésbica?

- Vai ficar me enrolando ou vai me contar logo? Eu tenho outra mulher lá no andar de baixo que também precisa de atenção. - Ele revirou os olhos e disse em um falso tom irritado.

- Tudo bem. Ela se chama Lauren… Jauregui - Meu pai arregalou os olhos um pouco. - Sim, filha do cientista Jauregui. Ela é linda! Tem os olhos mais lindos do mundo, cabelos pretos, mas vejo fios castanhos neles, então provavelmente ela tinge. Ela é muito cheirosa e eu adoro ficar perto dela. Quando a vi pela primeira vez papai, foi encanto imediato! Ela tinha um olhar ao mesmo tempo confuso e curioso, como se vivesse em um conflito interno. E depois de alguns infelizes acontecimentos, percebi que ela quer conhecer mais do mundo, mas provavelmente tem medo por toda a pressão que exercem sobre ela, por ela ser filha de quem é.

- Esses acontecimentos, tem a ver com o carro todo quebrado que você e Ally trouxeram para mim como se eu fosse o mecânico mais exímio do mundo? - Afirmei com a cabeça. - Eu nem quero saber como aconteceu isso. Enfim, quando vai parar de ser mole e representar o sangue Cabello que corre em suas veias? Chame-a para sair!

- Papá, não é simples assim. Ela ainda é muito medrosa referente a certas coisas. Percebi que ela tem fortes impulsos, mas vejo que ela, normalmente, se condena por eles e se sente mal. Preciso ganhar a confiança dela para que eu possa abrir-lhe os olhos e mostrar o mundo. Um movimento mal calculado pode estragar todas as minhas chances.

- Kaki, o mais interessante sobre os seres humanos é a imprevisibilidade. Não tem como as coisas serem perfeitamente calculadas. Arrisque-se. Não deixe que o medo de errar te impeça de jogar, lembra? - Ele me disse terno.

- Eu amava esse filme… - Respondi.

- E eu amo você. Leve a garota em algum lugar que prove que nem tudo é como o governo nos mostra. Faça-a ver a beleza nas coisas repudiadas, ela vai voltar para descobrir mais sobre esse mundo que você vai mostrar à ela.

- Obrigada, por tudo. - O abracei e ele me deu um beijo no topo da cabeça. Assim que ele saiu do quarto, mandei um email criptografado para Ally, dizendo que precisava de ajuda e exatamente o que precisava dela.

Me levantei, parando em frente ao espelho e dizendo para mim mesma com um sorriso no rosto:

- Muito bem Karla, é hora de mostrar à Lauren, do que exatamente essa latina é feita.

 


Notas Finais


Ae! Será que a Dinah vai contar os bafafás pra Laurencita?

Eita latina dos infernos, pode vir!

Vocês são demais! Continuem divulgando pros amiguinhos, a tia gosta. Comentem da fic com a tag #Inolvidable, eu vou adorar ver vcs! ( se é que tem alguém hehe)

Bjs babados!


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