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História Inquebrável - Prólogo


Escrita por: Soulbebe

Capítulo 1 - Prólogo


No sudeste do país — Coréia do Sul — encontrava-se Busan não muito longe de Gyeonju ou Jirisan, o país era dado como referência como um dos pólos estudantis do mundo, até demais países passarem a adotar o mesmo método de ensino. O outono convidativo se preparava para as boas vindas, o frescor das folhas molhadas, a terra e até mesmo o asfalto límpido traziam com a estação a preguiça e monotonia à vida das pessoas. 

Ouvia-se as businas, apesar dos carros pararem sobre as placas e atrás de todas as sinalizações cuja as ruas indicavam, os adultos os quais tinham uma preocupação exacerbada com seus filhos cuidavam das vindas de ré-matrículas aos colégios do primário. Era notável as lágrimas deixadas pelos menores às mães e pais, o alvoroço logo pelo comecinho de manhã trazia aos mestres — professores — sempre uma nostálgia absoluta. O governo da Coréia do Sul, embora não administrasse o primário suas crianças entravam de 3 à 7 anos e já começavam a frequentar o ensino, aprendendo tanto o inglês quanto o idioma de seu país, de 8 à 14 anos era dado o ensino da escola elementar.

 Por dentro do vidro do carro o mundo parecia gracioso e curioso, os olhos de íris escuras da criança eram vidrados e atentos a toda e qualquer forma do outro lado do veículo, Chae Hyungwon trocaria pela terceira de colégio no mesmo ano, por conta das transferências de trabalho do pai. Todavia, sabia que seria cansativo ao filho e decidirá permanecer em Busan, o pequeno teria paz pensava de tal maneira seus pais, Hyungwon era tímido o suficiente para não conseguir fazer amizades. Os pais achavam que o primário Ggum — nome da escola — surtiria efeito e deixaria o filho mais sociável até com parentes distantes que costumavam os visitar. As mãos apertavam o vidro, o nariz e a boca ficavam um tanto mais largos por estarem grudados ao vidro forrado por uma película escura.

— Filho? Meu filho... — Suspirou o pai o olhando pelo espelho do veículo — De novo? Desça daí e sente-se. Irei repetir novamente: coloque os cintos, se pedir o papai abaixa o vidro para que você pegue um ar.

O garoto aparentava ser mais velho por ser um tanto alto, no entanto Chae Hyungwon contava apenas com sete anos de idade, terminaria a escola para passar para a Elementar, Hyungwon retirou seus joelhos dobrados do acento carona e sentou-se de braços cruzados após por os cintos enquanto observava o pai de um ângulo desfavorável. 

— Papai? — Chamou-o corado e quase sem voz.

— Sim? Pergunte ao papai, eu respondo. Quer saber se o colégio é bonito? É muito lindo! Realmente. — Tentou o pai animar seu filho sem sucesso.

— Não papai... — Chae balançou a cabeça de um lado para o outro tremendo com o vento do ar condicionado do carro  — Por que a mamãe não pode vim? Ela ainda vem, né? Vai demorar?

O pai olhou para a frente e nada disse ao filho, a mãe do garoto era ocupada por deveras vezes rodava o mundo ajudando em ong's de refugiados e campanhas contra o terror, quase não via o filho crescer, porém sempre que podia mandava cartões postais. O pai de Hyungwon sorriu para aliviar as perguntas e limpou a garganta para respondê-lo. 

— Sua mãe está cuidando de outras crianças, mas ela disse que talvez viria para o nosso ano novo, filho  — O mais velho riu o consolando enquanto estacionava. — Prometo a você que o ano passará bem rápido, agora, um e dois! Pegue as suas coisas já para não se atrasar Chae Hyungwon!

Restavam ainda às curtas pernas do recém chegado ao colégio Elementar Ggum um quarteirão, preso ao relógio de pulso que mal enxergava para contar apressava seus passos antes dos portões fecharem, seus pais o acompanhavam na corrida, a família havia esquecido da data, prolongado suas férias de maneira incorreta. Shin Hoseok estava por volta de seus oito anos de idade, seria a primeira vez que faria amigos mais velhos acreditava ele, todavia ele não gostava de ser chamado por seu nome adotará "WonHo" depois de ver um herói em quadrinhos com tal nome.

— Hoseok espere.  — A mãe ditou segurando pelo peitoral do filho, impedindo que o mesmo passasse até o portão. — Deixe "aqueles" passarem.

WonHo não ditou uma palavra para contrariar a mãe, olhou o pai após esticar o pescoço e o pai silenciou o com um gesto facial. Ele não conseguia compreender o motivo de seus pais não se envolverem com aquela família específica, além do mais, o garoto era novo e descia do carro com o pai, mas a mãe não estava com eles, a sobrancelha de WonHo fora ao alto tentando entender tudo, embora sua mãe e seu pai o chamassem o despertando de seus pensamentos.

— Hmmm mamãe e papai... — Os lábios largos do garoto formaram um bico resmungando ao sentir as bochechas serem apertadas e seus cabelos bagunçados  — Isso vai queimar o meu filme!! Preciso ir, mamãe e papai eu amo vocês!!

Ele acenou correndo para dentro do colégio, seus pais se abraçaram e sorriram acenando para o garoto que crescia aparentando não precisar da ajuda de seus pais para isso, WonHo era extrovertido e amigável, não havia quem não desejasse estar ao lado dele.

— Veja meu amor... — Disse a mãe orgulhosa  — Nosso meninão. Espero que dê tudo certo hoje para o Shin.

— Sim meu amor, eu também desejo isso, agora vamos, sim? Depois voltamos para buscá-lo. — O pai deu as mãos para a esposa e se retiravam sem cruzar o caminho do homem que se despedia do filho.

O relógio avisava aos alunos e funcionários de Ggum que o horário seria prolongado e mais 40min seriam acrescentados, pois, ainda não haviam chegado todos os alunos para o período de retorno às aulas. Com as salas fechadas os alunos optavam sempre pelas áreas abertas, era um colégio grande o suficiente para uma boa demanda de alunos, espaços estravagantes e limpos. 

Hyungwon lançou a mochila ao chão, não havia ninguém no colégio que ele conseguisse puxar assunto, as outras crianças sempre pareciam melhores sem ele, pareciam não se importar se ele existia ou não. Se achava péssimo em puxar assunto com qualquer pessoa exceto o pai. Escorregou com a camisa branca do uniforme na parede do ginásio aberto onde normalmente se passava os treinos de corrida para a educação física. Seus joelhos dobram em uma pose parecida com a de uma borboleta e ele se manteve olhando para a trave solitário. 

Os ouvidos do menor ouviram uma reclamação, a voz fina gritou com ele e só então ele levantou a cabeça para observar que era mesmo com ele ao qual um trio de garotos mais velhos chamavam. Cabisbaixo não levantou do lugar mentalizando que logo aqueles iriam embora.

— Ei. Você.  — Um dos garoto o chamou com cara de poucos amigos, o olhava de cima cheio de desdém — Você não devia está aqui. Essa é a nossa área. 

Hyungwon esticou-se para pegar a mochila fazendo menção de se levantar e ir para longe dos encrenqueiros. Porém, a voz do segundo a falar era determinada e violenta.

— Não. Você já está aqui. O que acha da gente se divertir um pouquinho, novato? Akame, pegue as bolas de basquetebol para nos o suficiente para sujar esse uniforme que o magrelo usa.

Ele se levantou de onde estava e o garoto ao qual buscará as bolas voltou correndo atendendo o pedido do amigo, os olhos do trio queimavam de raiva, de diversão e perversidade. Chae Hyungwon cruzou os braços em frente ao rosto para se defender, mas a sola de um sapato arrastando sobre o piso pincelado pelas linhas de regras de esportes parou toda a ação. 

WonHo olhava furioso para o trio, com os punhos cerrados via a cena futura como uma hipocrisia e não mediria esforços para proteger qualquer pessoa inocente mesmo que não conhecesse ou nunca tivesse falado. Conhecia tão bem aquele trio quanto os alunos mais antigos de Ggum, mas diferente dos outros ele não conseguia ser sangue frio.

— Parem! — Gritou ele ao longe  — Ou eu farei vocês engolirem essas bolas uma por uma.

Kim o garoto que ordenou que as bolas chegassem até ele gargalhou o mais alto e teatral que podia para o garoto moreno que o confrontava. 

— É mesmo, Shin Hoseok? Nenem chorão. Me mostre então. 

— Não! — Hyungwon se atirou na frente do trio e do do garoto que tentou salvá-lo. 

Kim deu de ombros como se nada daquilo fosse o divertir novamente, coisa patética dos dois garotos que puxaram uma briga com o mesmo. Chamou Akame e o outro amigo e após sussurrar algo os deixou ali sem mais e nem menos.

 — Dois idiotas sem futuro. Espero que não durem aqui, nos encontramos qualquer dia, manés. — O garoto cuspira no chão insatisfeito. 

WonHo limpou a camisa branca com alguns tapas e suspirou olhando os garotos irem embora, todavia tratou de correr até o novato. Hyungwon tirou o restante de ar que restava nos pulmões de Wonho quando ele mesmo notou que era o garoto que estava acompanhado somente do pai na frente do colégio. 

— V-Você.. Está bem??  — Shin perguntou a ele preocupado, levou a destra para tocar no ombro do mais novo.

 — Estou sim, obrigado. — Agradeceu envergonhado de ter sido salvo por alguém que nem ao menos conhecia  — Qual o seu nome? Quero me lembrar do dia em que fui salvo por alguém que nem ao menos conheço. 

Shin Hoseok riu abaixando sua cabeça. 

 — Eu me chamo WonHo e você? 

 — Chae Hyungwon, prazer WonHo. 

Os braços cruzados não muito diziam dele que observava a cena dos garotos ao longe, o olhar de soslaio era direto e incorruptível. A sombra cobria sua face e os raios de sol atingiam o sorriso majestoso junto de seus fios escuros de cabelo.

O homem que visava a cena virou-se para ir embora e sabia bem que o iceberg era no futuro muito pequeno para um simples prólogo de livro. 

 

 

"Aquele que diz, mas não vê. Que sabe, mas não sente. No âmbito de se destacar, não sabe o que seus próprios sentimentos podem o transformar. Sempre estará sendo cuidado de longe por olhos do infinito."


Notas Finais


Agradecimentos a Nai pela capa da fic, dedicado a Monbebes de plantão.


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