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História Insane Desire - Are You Drunk?


Escrita por: VickyAngelo

Notas do Autor


Obrigada por terem lido até aqui e quero dizer que estamos muito felizes por todos as views, os comentarios e os favoritos.
Boa leitura.

Capítulo 10 - Are You Drunk?


Fanfic / Fanfiction Insane Desire - Are You Drunk?

Zayn P.O.V.S.

A fitei, ela estava parada na frente da porta com um olhar vazio, embora lembrasse, não era o seu olhar de superioridade, parecia estar processando o que estava acontecendo. Seu cabelo levemente bagunçado, com o salto na sua mão e com a roupa amarrotada. Cruzei meus braços, me apoiando no batente da porta a admirei. Ainda sim, mesmo estando nesse estado, ela parecia a maior obra-prima que Deus havia esculpido com as próprias mãos. Ela sorriu forçado por milésimos de segundos, expressando desespero ao dar uma risada, nervosa.

-Não esperava te ver ainda hoje. –Confessei.

-Eu imaginei ao ver aquela loira sair. -Riu e eu corrigi minha postura. -Porque eu sentia que devia dar satisfações a ela? Se ela soubesse que apenas me fitando conseguia me forçava a contar a verdade, usaria isso contra mim. -Eu... -Engasgou pensando um pouco. –Eu saí do carro atrás de você, mas daí eu descobri que não era você, mas me vi na frente do seu prédio e agora, cá estou. –Declarou, com o olhar baixo e com dificuldade, enrolando a língua.

-Está bêbada? - Franzi o cenho.

Ela ficou em silêncio por longos segundos, pensando. Ela piscava diversas vezes, assimilando minha pergunta e depois de um tempo, conseguiu construir uma resposta boa... Quer dizer, mais ou menos.

-Eu só bebi um pouco. -Confessou com os olhos semicerrados e eu revirei os olhos, riria se não estivesse começando a sentir raiva dela ter se divertido com alguém como Tyler. Era visível que ela estava muito bêbada, mal se aguentava de pé. -Porque você é tão cabeça-dura? -Esbravejou se apoiando no batente da porta para não cair. -Custa tanto assim dizer que me quer?

A fitei sério. Até embriagada Selena mantinha o ego intacto. Ela mordeu os lábios sorrindo descendo o seu olhar pelo meu abdômen, sorri de canto convencido, pelo menos bêbada ela não consegui disfarçar. O que eu faço com ela depois desse olhar? Levo para a casa dela ou para minha cama?

-Quer entrar? -Perguntei e ela se jogou, praticamente, em cima de mim. -Ok. -Disse perplexo com a sua reação. Respirei fundo pensando até onde podia toca-la. Peguei-a pela cintura, dando apoio para colocá-la de pé.

-Você não me respondeu. -Relembrou, passando a ponta do seu dedo indicador na minha barba. Se ela entendesse o quanto isso me dava vontade de... Não Zayn! Nem pense nisso. Caralho, porque ela tinha que foder tanto com o meu juízo? -Me fala. -Insistiu com um sorriso aberto, enquanto eu a ajudei a se sentar no sofá, mais um segundo tão perto dela eu não me controlaria. -Se bem que nem precisa, você disse que não era homem de implorar, mas quando me chamou de pirralha mimada estava implorando pela minha atenção. -Falou achando graça e afundando o rosto no braço do sofá. Espero que Selena não aguarde que eu concorde com ela, pois eu nunca admitiria isso, meu ego era muito forte para assumir estar implorando pela atenção de uma garota de dezoito anos.  -Me acha mesmo pirralha? -Indagou erguendo a cabeça com o cenho curvado. Sim. Pensei enquanto ela me fitava, colocando sua mão um pouco acima da própria sobrancelha, impedindo que a luz chegasse até seus olhos. -Me responde. –Exigiu impaciente, ficando notavelmente pálida.

-Eu vou pegar uma água para você. –Digo indo até a cozinha, pegando um copo e enchendo-o. -Você não parece está bem. –Informei, me agachando na sua frente. –Deve ser por ter bebido só um pouco. –Ironizei, rindo.

-Eu não teria bebido se você não tivesse me chamado de pirralha. -Se ajeitou no sofá, mal-humorada.

-Agora a culpa é minha? -Indaguei incrédulo, segurando o riso.

-Sim. -Garantiu tirando o copo da minha mão, rispidamente. -Se você não tivesse me chamado assim, eu, com toda certeza, viria direto para sua casa depois do jogo...

-Porque estava me tratando mal se você pretendia vir para minha casa? -Perguntei confuso, semicerrando os olhos.

-Porque eu sou louca. -Disse revoltada. -Porque eu sou estratégica, manipuladora e blá, blá,blá. -Disparou fazendo caretas e me assustando com sua variação de humor repentina. -Puta que pariu, você é tão lindo e otário ao mesmo tempo. -Falou mordendo o copo, com um sorriso malicioso. -Você não podia ser mais feio? -Falou jogando seu corpo para trás, afundando no estofado me observando com os olhos praticamente fechados.

Peguei o copo, agora vazio, indo para a cozinha e coloquei dentro da pia, para lavar depois. Enquanto voltava para a sala vi Gomez com os olhos fechados, aninhada no sofá com as pernas escolhidas, olhando desse ângulo, até parecia uma garota doce, inocente, ingênua... Eu não a via como uma pessoa má, embora já ter visto que ela tinha uma péssima reputação na escola e possuir uma personalidade forte, ainda sim ela é uma adolescente e acho precoce dizer que ela era assim ou assado. Eu, por exemplo, era tão certinho no colegial que chegava a dar dó, aprendi a fazer coisas erradas na faculdade e ultimamente me considerava um péssimo exemplo.

Mas ainda assim, em algumas situações desejava ser uma versão melhor do que sou.

-Você não pode dormir no sofá. –Murmurei.

-Posso sim. -Resmungou e eu revirei os olhos, me reclinando em sua direção, pegando-a no colo.

Ela deitou sua cabeça no ombro e eu a levei para o meu quarto, deitando-a na minha cama. Faça o que é certo, Zayn. Tomei forças para fazer o que devia fazer, sem alimentar os meus desejos. Eu devia colocá-la em um banho gelado, mas não tinha coragem de tirá-la de seu sono. Peguei a coberta, que foi empurrada para o meio da cama quando me levantei para abrir a porta, e quando fui cobrir o corpo dela, vi que algumas partes do seu corpo estavam com arranhões. Tentei imaginar o motivo desses hematomas, mas nada vinha na minha mente, pelo menos nada que fizesse algo sentido. Coloquei mais duas sobre o corpo dela e peguei um conjunto de roupa de cama para forrar o estofado da minha sala, o meu travesseiro e um edredom grosso. Saí do quarto caminhando até o sofá cama. Joguei as almofadas no chão, para revestir o móvel, coloquei o travesseiro por cima do braço do estofado e estendi o edredom.

Então me deitei, embaixo do manto grosso e fechei meus olhos, mesmo não estando caindo de sono, fiquei assim até adormecer.

No dia seguinte acordei com uma dor irritante nas costas. Tentei procurar uma posição mais confortável, me revirando no sofá, sem sucesso me levantei. Estalei a juntas, sentindo me aliviado por a dor parar de me incomodar. Passei a mão no rosto bocejando enquanto ia até o banheiro que tinha no meu quarto. Abri a porta vendo Selena saindo do closet com uma blusa minha, a ignorei indo para o banheiro, quando a porta do mesmo bateu, a ficha caiu. Selena estava com a minha blusa? Franzi o cenho. Abri a torneira e coloquei minha cabeça de baixo da água, sequei o meu rosto com a toalha e fiz o resto da minha higiene pessoal matinal, voltando para o quarto.

-Bom dia. –Murmurei.

-Boa tarde. –Me corrigiu, sorrindo.

Semicerrei meus olhos, passando por ela indo até o closet. Evitei a olhar por muito tempo, sabia que ela só estava com a minha blusa e sua roupa intima, o que era muito mais do que o necessário para querer beija-la. Comecei a procurar alguma roupa para usar em casa, demorei já que não tinha ideia do que podia usar, sempre ficava desse jeito que estou. Sem camisa e com calça de moletom.

-Eu achei que você ia estar dormindo quando eu acordasse. –Confessei vestindo a primeira blusa velha que eu vi.

-Como eu vim parar aqui? –Indagou parando na porta.

-Eu achei que você teria a resposta para essa pergunta. –Ajeitando o cabelo. –Você falou algo sobre seguir um cara, pensando que fosse eu.

-Ah. –Soltou como se fosse natural. –Se não era você...

-Como você chegou até aqui? –Completei sua pergunta. –Também não sei, porque até onde eu sei, só entra quem é autorizado. -A vi arregalar os olhos como se tivesse culpa de algo. –Quer falar algo, ou preciso te deixar bêbada antes? –Ri por alguns longos segundos, lembrando-me do que ela disse quando estava bêbada.

-O que?!

Passei por ela, indo para a cozinha. Parei na frente da cafeteira vendo que não tinha nem metade de uma xícara de café nela. Bufei jogando pelo ralo da pia, peguei outro filtro e coloquei duas colheres de café nele e a quantidade necessária de água. Liguei esperando que o café passado.

-O que eu falei quando eu estava bêbada? –Perguntou parando ao meu lado.

-Vai me falar como passou pelo porteiro? -A ouvi soltar o ar do pulmão.

-Eu pulei o portão. –Deu os ombros.

-Você pulou o portão?!–Indaguei incrédulo e ela assentiu fechando os olhos. –Você pulou um portão de dois metros e meio?!

-É o que eu me lembro. –Disse calma.

-Como você pulou aquele portão?

-Olha... Eu não me lembro de porra nem uma que eu fiz ontem, só alguns flashes. –Disse se exaltando. –Quero saber o que eu falei para você.

-Falou muitas coisas interessantes. –Disse rindo, ficando poucos centímetros do rosto dela. –Eu, sinceramente, acredito que você falou tudo o que pensa, mas não tem coragem de falar.

-Tudo? –Indagou preocupada. –Ou só metade?

-Se foi só metade, não sei se tenho tempo para ouvir o resto. –Ela soltou o ar do pulmão colocando a mão no rosto. –Presumo que depois do nosso monologo de ontem, não tem motivos para me ignorar. –Coloquei minha mão no balcão atrás dela, deixando a encurralada. –Você já confessou que me acha... Como você disse? –Me perguntei. –Lembrei. Tão lindo e otário ao mesmo tempo.

-Eu disse isso? –Perguntou surpresa. –Eu devo ter bebido bastante. –Confessou rindo. –A parte do otário é verdade, mas a do lindo... –Ela parou de rir olhando nos meus olhos.

Arquei a sobrancelha. Ela colocou sua mão no meu ombro e levou até minha nuca, puxou levemente, aproximando os nossos rostos roçando seu lábio no meu, depositando um beijo curto, seguido de outros iguais ao primeiro, porem mais demorados e intensos. Ela enganchou suas pernas na minha cintura, quando se sentou no balcão, me prendendo e passou suas mãos pelo meu tórax e parou na lombar. Talvez eu estivesse me envolvendo de mais, mas não me importava de gastar todo o tempo do mundo assim, beijando-a. Passei minha mão pela sua coxa, chegando até sua calcinha, brincando com a barra. Selena roçou seu nariz e seu queixo, no meu pescoço, dando um beijo molhado no meu pescoço.

Selena suspirou, voltando a me beijar.

-Zayn. –Me chamou se ajeitando enquanto acariciava sua coxa exposta. -Eu tenho que ir embora. –Choramingou.

-Não pode ficar mais um pouco? –Implorei, praticamente. Ela riu fraco, negando. -Só mais alguns minutos.

-Eu realmente tenho que ir. -Falou rolando os olhos, sorrindo. -Almoço em família. –Fingiu ter uma arma na mão e colocou sua mão na lateral da sua cabeça, fingindo ter dado um tiro.

-Eu havia me esquecido que você é moça de família. –Provoquei-a.

-Sim, nossa! -Ironizou, pulando do balcão. –É o meu sonho me casar com vinte e poucos anos, ter cinco filhos, ser dona de casa e passar o dia inteiro cozinhando para meus filhos e para meu amado marido. -Ela gargalhou alto. -Super a minha cara.

-Sua mãe concordaria.

-Coitada, eu tenho dó dela. -Disse compadecida. -Eu e Lindsay não somos nem um pouco parecidas com o que ela sonhou...

-Mas para não decepciona-la, vocês fazem o papel de filhas dos sonhos. –Deduzi.

-Exatamente. –Disse sorrindo cutucando meu tórax. –Você é inteligente, Malik. –Ela me beijou. –Eu tenho que ir. –Relembrou a si mesma. –Não posso me atrasar. –Disse dando uns pulinhos. -Tyler vai pedir para namorar comigo no almoço. –Disse eufórica.

A fitei confuso. Ela tinha acabado de falar para mim que Tyler vai oficializar o relacionamento deles? Eu não vou mentir que fiquei pasmo! Era horrível ouvir aquilo. A vi sair da cozinha gargalhando e só então me lembrei do meu café que já devia ter esfriado. Caralho! Eu odiava esse garoto, e sim, era só por ele estar com ela e esse sentimento multiplicou ao ver a animação da Selena com isso. Soltei o ar dos pulmões, em busca de me acalmar, internamente.

Desisti de comer qualquer coisa depois daquela noticia, me sentei no sofá que tinha feito de cama passando a mão na barba tentando absorver as informações e em cerca de meia hora Selena conseguiu transformar minha blusa, junto com saia que ela usava ontem, em algo feminino.

-Como você vai voltar?

-Taxi? –Perguntou como se fosse obvio. –Ah, depois te devolvo a sua blusa.

-Sei que não vai devolver, então já digo que pode ficar. –Ela sorriu, demonstrando culpa.

-Obrigada por não me tornar uma ladra de blusas. –Falou se aproximando de mim, dando um beijo no canto da minha boca. –Até.

Me perguntei se devia ou não transparecer meu sentimentos sobre o que ela falou que Tyler ia fazer.

-É sério o que disse? –Indaguei segurando seu antebraço, eu busquei parecer o mais calmo possível. –Sobre o Tyler...

-Sim. –Deu os ombros, indiferente. –O que é que tem?

-Nada. –A imitei e ela riu indo até a porta, acho que deixei muito na cara.

-Tchau, Sr. Malik. –Cruzou a porta e eu apenas acenei.

Passei a mão no rosto imaginando como seria aquele almoço. Ela só pode ter feito de propósito, para atormentar a meu fim de semana com essa informação. Que porra aquele garoto tinha para ela ainda querer ficar com ele?


Notas Finais


Desculpem-nos por qualquer erro.
Não esqueçam de comentar.
Até depois


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