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História Inside - Capítulo dois


Escrita por: granuela e ProtectHyungwon

Notas do Autor


~OLAAAAAAAAAR
Eita, espera não nos agride!!! Podemos explicar! KKK''

~Sabemos que a demora foi chata, mas não foi por preguiça ou irresponsabilidade.
Além desse tempo curto para o Enem, este capitulo é muito importante para o entendimento da história. Então a demora foi precisa para o desenvolvimento de tudo isso que vocês lerão a seguir! Então...

UMA BOA LEITURA! E se puderem ler as notas finais... rs

Capítulo 2 - Capítulo dois


 

 

Shin Hoseok nasceu – em que popularmente chamamos de “berço de ouro”– no tão invejado Grupo Shin, o qual possuíam inúmeros hospitais e hotéis por toda Coreia do Sul.  Mas Hoseok, diferente do que é pensado de um filho de uma milionária família, nunca foi uma criança mimada. Pelo contrário, ficava feliz com o muito pouco. O simples bastava. O que Hoseok realmente desejava era a atenção dos pais.

O que tinha não era o suficiente para uma criança em seus sete anos.

Com o presidente Shin estando quase sempre em seu escritório, Hoseok tinha raramente a presença de seu Appa. A doce mulher, a qual havia lhe dado à luz, era tudo na vida do pequeno. Omma, appa e até mesmo sua melhor amiga. Portanto Hoseok não tinha mais ninguém, afinal, não o viam como um simples garoto e sim o nome de sua família.

 

***

 

Quarta-Feira. Era um fim de tarde fresco e agradável acompanhado pelo pôr do sol em Seul. Hoseok havia acabado de retornar do colégio, e resolveu presentear sem nenhum evento sua amada omma com um buquê de violetas, as quais eram suas preferidas. Hoseok particularmente não sentia interesse por flores, mas sabia o quanto sua omma as adorava. O perfume natural, os detalhes nas pétalas e de suas folhas, eram artes para todos os sentidos da mulher.  

O pequeno corria pelo jardim a procura daquela espécie e se enchia de ânimo quando encontrava.

 

Nesse dia, sua omma não estava presente. Nesse dia, ela havia dito que encontraria com uma amiga. Nesse mesmo dia, ela demorou mais do que o comum.

 

Após colher as flores, Hoseok as entregou para a governanta pra que a mesma fizesse o trabalho de enfeitar com um bonito laço lilás. Adentrou na casa e foi em direção de seu quarto se preparar para o jantar.

 

Naquela noite, Hoseok pela primeira vez comeu sozinho. Naquele noite, Hoseok não recebeu um beijo ou um abraço. E naquela mesma noite, Hoseok não conseguiu dormir.

 

Sussurros se espalhavam por toda casa assustando o pobre garoto encolhido em sua cama. A princípio, achava ser um pesadelo, mas já estando acordado viu que algo realmente acontecia no andar de baixo.

 

Hoseok descia as escadas lentamente com medo do que poderia vir a seguir. Choros ecoavam por toda a sala principal fazendo o pequeno ficar apavorado. Caminhou ate o corredor que levava a cozinha vendo sua luz ligada e muitas sombras denunciando os corpos ali presente.

Todos os empregados da casa estavam reunidos na cozinha. Hoseok com o silencio de seus pequenos passos fez com que ninguém o percebesse ali. O menino confuso ficou parado observando-os, iria perguntar o que estava acontecendo mas foi interrompido antes de começar:

— O que iremos dizer para o menino?! — a mulher, que antes estava em prantos, perguntou desesperada.

— Não podemos dizer nada sem a permissão do presidente! — outro funcionário disse quase em sussurros.

Ninguém havia percebido a presença de Hoseok na entrada. Estavam todos muito aflitos. Alguns choravam, outros estavam aparentemente perdidos em seus pensamentos. Mas o que se tinha certeza, era de que todos estavam completamente abatidos.

— Mas o presidente nunca esteve presente na vida do pobrezinho! —retornou a mulher — Como garante que ele ira contar que sua omma está morta?!

Após dizer isso, a outra mulher ao seu lado caíra de joelhos, enquanto se acabava em lágrimas. A que falava no início fez o mesmo, enquanto abraçava a companheira como uma forma de consolar ambas. Aquelas palavras pareciam não ter entrado na cabeça de Hoseok, ele ficara paralisado sem conseguir ouvir mais nada além de sua respiração.

"Está morta... Minha omma... Morta?"

As palavras vinham se repetindo na cabeça do menino e sua respiração aumentava fazendo-o arfar. 

 

Hoseok havia outro amor além de sua omma. Seu ursinho de pelúcia. O brinquedo era muito importante para o pequeno e nunca se separava dele. Mas naquela manhã, o garoto ficara impaciente procurando-o afirmando que “havia sumido”. Fez questão de perguntar a todos os funcionários que encontrava pela frente se eles haviam visto o tal urso.

“Na ultima vez que o vi, estava na sala principal”. Não estava.

“Aposto que está roubando mel na cozinha”. Nada.

“Já procurou no jardim?”. Nadinha. 

Deslizava pelos corredores já cansado da procura e bastante entediado. “Mas onde foi parar você?” pensou o menino se referindo ao brinquedo. Assustou-se quando de repente ouvira vozes ecoar-se pelo o fim do corredor. Mas logo as reconheceu após concluir que viam do escritório de seu appa. Respirou fundo antes de seguir para o mais próximo da porta. Com a saída de sua querida omma, não tinha mais ninguém para pedir ajuda. Só lhe restava seu appa. Pensou em bater na porta, mas estranhamente sentia medo. Mas deu um ultimo suspiro antes de se recompor e abrir a larga madeira cuidadosamente, em silencio absoluto. Não queria incomodar.

Hoseok estava entre a porta inocentemente esperando o momento certo para pronunciar-se, mas acabou que ouvindo o pouco da conversa dos mais velhos:

— Os seus homens tem de fazer um trabalho bem feito hoje! — disse o Shin mais velho enquanto se acomodava na sua cadeira — E não se esqueça de manda-los verificar o local após a limpeza, não podem deixar nenhum vestígio de sangue. Só de pensar que finalmente me livrarei desta que só fez parte de meus planos o tempo todo, me sinto mais esperançoso quanto o meu futuro! E o futuro de Hoseok! Ele precisa de alguém que lhe mostre o verdadeiro mundo e não essa fantasia de “felizes para sempre” que aquela maluca o faz acreditar! — afirmou cheio de certezas. 

— Sim, presidente. — respondeu o estranho homem — Iremos cuidar perfeitamente da senhora Shin. — O mesmo após uma reverência, virou-se indo em direção da porta, mas foi surpreendido ao se deparar com a pequena criatura com seus enormes olhos — estando assustado— o encarando.

— Senhor... Seu filho! — O homem ficou aparentemente assustado com a tal presença do pequeno Shin. — Será que ele ouviu tudo? — perguntou o mesmo entre sussurros.

— Shin Hoseok, entre. — diz o presidente.

Hoseok termina de adentrar no escritório e segue até a mesa do pai, ficando de frente para o mais velho.

— Appa! Honey sumiu! — disse finalmente o garoto.

— Honey? — pergunta o tal estranho que logo é repreendido com o olhar do Shin mais velho. Com apenas um aceno de mãos ordena que o homem se retire.

Agora prestando atenção em seu filho começa a fazer perguntas:

— Do que está falando, huh?

— Do meu ursinho, appa! Ele desapareceu!

— Uma pelúcia, Hoseok? — pergunta incrédulo. — Mas... Sobre a conversa de minutos atrás, você...

— Não sei do que está falando, appa! — interrompe o garoto. Hoseok havia escutado, mesmo que apenas o final, mas mentiu. Na verdade o pequeno inocente não havia entendido a conversa. Então achara melhor fingir que nem havia escutado e que seu ursinho de pelúcia era mais importante.

— Ah! Certo. — disse o mais velho aliviado — Então... Eu não vi urso nenhum. Mas não duvido que encontre no meu quarto! Você que adora espalhar seus brinquedos por todo aquele cômodo!

Hoseok se encheu de esperanças ao lembrar-se do quarto de seu appa e omma. Fez uma reverencia rápida e correu para fora do escritório.

 

O transe durou o suficiente para que Hoseok pudesse se recordar daquela manhã. Tão pequeno e puro, não sabia como reorganizar sua própria mente. Acabou que deixando seus impulsos tomarem a frente:

 — OMMA! — Seu desespero surpreendeu todos os funcionários que não imaginavam sua presença.

O menino caiu de joelhos no chão, aterrorizado e confuso. Lágrimas vieram a arder seus pequenos olhos, mas não seria algo que lhe  importaria no momento. Nem mesmo a dor nos joelhos após a queda, seria maior que aquela que sentia em seu peito.

 

A respiração se tornou algo impossível agora, o fazendo sufocar.

 

Os empregados ficaram sem reação por um instante, mas a situação mudou quando entenderam que Hoseok precisava ser acudido.

 

A dor em seu peito veio a aumentar trazendo consigo o desespero.

 

Aproximaram-se do pequeno com o intuito de ajuda-lo, mas não puderam.

 

As luzes foram diminuindo dando lugar a imensa escuridão. De fato, havia desmaiado.

 

***

 

A luz era forte e agradavelmente quente. Aos poucos Hoseok abrira seus olhos para entender o que estava acontecendo. O branco invadiu sua visão o fazendo questionar-se onde estava. Fez força o necessário para levantar-se, manteve sentado e levou suas pequenas mãos aos seus olhos para esfrega-los com leveza.

Estava em um quarto. Sim. Ele era branco. Sim. Era um hospital.

 

Hoseok ouviu um som idêntico à água próximo de si. Assustado, virou-se para a direção em que parecia vir.  Logo se acalmou quando viu a presença acolhedora de sua omma. O que antes ouvira era da mesma despejando água em um vaso de flores de cores avermelhadas que dava vida ao cômodo cinza e sem graça. Quando a mãe de Hoseok percebeu que o jovem havia notado a sua presença, deixou um sorriso, simples, mas doce como o sorriso que Hoseok tanto conhecia e adorava. Por reflexo, Hoseok a correspondeu com um também sorriso, mas rapidamente foi trocado por uma expressão em completo desespero.

A aparência de sua omma havia sido transformada. A mulher que brilhava com a claridade do quarto, foi escurecendo e tornando-se algo agoniante de se assistir. Seu sorriso era trocado por dentes serrados, suas sobrancelhas franziam demonstrando um descontentamento. Mas não era só isso. Tinha algo a mais em sua expressão que Hoseok não entendia muito bem. Mas o que se tinha certeza, é de que esta, não era a sua omma. Não poderia ser.

Mas não parava por aí, a mulher começou a se aproximar. Hoseok que já tinha sua respiração descompassa, começou a notar o que havia passado despercebido por alguns segundos. O ser que vinha em sua direção não andava, nem ao menos se encostava ao chão.

”Omma?” Perguntou em seus pensamentos.

Risadas soaram por todos os lados assustando o pobre menino. Olhava em toda direção à procura de mais alguém. Mas não havia.
As lâmpadas do quarto começaram a piscar continuamente até se queimarem por fim.
 

A escuridão tomou conta novamente.

 

Hoseok se encolhera na cama como um filhotinho assustado. As lagrimas deslizavam em suas bochechas e caiam sobre o tecido da cama. O medo era tremendo. Com seus olhos fechados, não sabia mais sobre a presença da mulher.
Mas sentiu algo pesando suas pernas, e delas, foi subindo até sua cintura.  Hoseok ficou tenso.

 

Por um momento, tudo estava em silencio. Bem, por um momento.

 

De repente, o mesmo peso caiu sobre o ombro esquerdo do pequeno, bruscamente o virando de frente para o teto e pressionando com uma grande força. Sentindo a tamanha dor em seu corpo, Hoseok não aguentou. Abriu seus olhos.

                                                 

Ele não deveria.

 

Gritos ecoaram por todo o andar do edifício deixando os funcionários e pacientes confusos.

O menino suava frio, seu corpo tremia em estado de choque e sua face era de tamanho assombro. Nos poucos minutos, o quarto foi ocupado por enfermeiros preocupados com aquela situação.

Algumas horas após recuperar-se daquele transe, Hoseok teve de passar por uma serie de exames.
 

(T. D. I)

Transtorno dissociativo de identidade, originalmente denominado transtorno de múltiplas personalidades, é uma condição mental em que um único indivíduo demonstra características de duas ou mais identidades distintas, cada uma com sua maneira de perceber e interagir com o meio.

 Dr. Jinyoung, psiquiatra responsável pelo garoto, segurava os resultados dos exames enquanto andava de um lado para o outro em sua sala. Sentia-se ansioso tendo motivos para isso. O presidente do hospital estava a chegar.

A porta foi aberta bruscamente e dela foram surgindo os seguranças daquele que o médico esperava.

— Presidente Shin! Que surpresa revê-lo! — Jinyoung diz com falso entusiasmo.  — Por favor, sente-se!

O homem de terno escuro e aparência nada convidativa encarava o pobre médico dos pés a cabeça com certa impaciência.

— Cadê o menino?! — disse finalmente em seu tom áspero.

— Ah... Bem... — Antes de prosseguir, Shin mais velho estralou os dedos fazendo seus homens irem adiante do médico. Jinyoung foi surpreendentemente segurado a força deixando até mesmo os papeis de sua mão cair. — E-espere! Eu direi!

Alguns segundos depois, após a ordem de Shin, o médico pode se livrar daqueles seguranças. Suspirou finalmente olhando para os papeis no chão antes de abaixar-se e toma-los em suas mãos.

— Estou esperando... — Shin continuava a encarar impacientemente Jinyoung.

— Os resultados dos exames de seu filho saíram alguns minutos atrás e o senhor saberá tudo o que foi procedido se me acompanhar até a mesa e sentar... — Jinyoung foi interrompido pelo presidente que lhe arrancou os papeis de suas mãos e empurrou-o com força. Encaminhou-se ate a poltrona do médico sentando-se na mesma.

Após examinar as folhas apressadamente, Shin indignando com o que lera volta a fitar Jinyoung.

— T. D. I? Você está de brincadeira comigo?! — Jogou enfurecido os papeis na mesa — Que droga é essa?! — perguntou incrédulo.

— Seu filho passou por muita coisa nesse curto período de tempo, senhor presidente. — Jinyoung diz cabisbaixo se aproximando de Shin — Ele passou por essa... — Hesitou antes de continuar — Perda...

— Idai?!

— Para uma criança, tal situação pode afeta-la em dobro comparada a um adulto, devido sua tamanha inocência e imaturidade. — prosseguiu — No caso de Hoseok, o pequeno sofreu muito com a perda de sua omma e...

— Desenrola!

— E-eu não... Não temos certeza se já aconteceu ou se está acontecendo, mas esse transtorno... Os sintomas dele...

— JINYOUNG! — Braveja Shin levantando da cadeira de modo brusco.

— ELE DESENVOLVEU OUTRAS IDENTIDADES! — termina o médico em desespero.

— O-o quê?! — sussurra Shin tentando compreender tudo aquilo.

— Mas há tratamento, presidente!

— Eu preciso ir! — Shin vai em direção à saída, mas antes de chegar à mesma é surpreendido com o médico lhe impedindo. Alguns seguranças se aproximaram com o intuito de para-lo, porém levantando a palma da mão, o presidente ordena para interromperem suas ações.

— O senhor ao menos irá visitar seu filho?! — Pergunta o médico preocupado.

— Por que faria isso! Você... — Apontou para Jinyoung — Um psiquiatra estudado e bem preparado ficará responsável pelo garoto até que ele se cure dessa... Como é mesmo?

— Transtorno dissociati...

— Isso! Essa coisa! — Shin sorriu com falsa simpatia — Daí... Quando o rapazinho estiver bem... Basta dar alta!

— Mas s-senhor!

— Chega! Meu tempo não é o mesmo que o seu! — disse com certa rispidez — Com licença.

Shin junto de seus homens se retiram da sala deixando o médico sozinho e confuso com aquela conversa. Voltou-se a sua mesa sentando na mesma. Fitou os exames do garoto pensando alto:

O que será de Shin Hoseok?

 

 

Passou-se dois meses em que Hoseok ficara no hospital. A princípio não foi fácil cuidar da criança, sua agitação cansava qualquer enfermeiro e até mesmo Jinyoung. E o pior nem mesmo tinha começado. Após as primeiras três semanas, algo novo surgiu do garoto. Seu humor mudava a cada hora no dia resultando a mais dor de cabeça entre os funcionários. Com consultas a cada dois dias na semana no psicólogo do hospital, Jinyoung foi notando o quanto o garoto melhorava. Basicamente, cada consulta era uma surpresa. Mesmo com seus momentos de raiva ou de choro diariamente, parecia que as conversas com o psicólogo tranquilizava-o aos poucos.

Quando estava perto de dar alta a Hoseok, Jinyoung pediu que trouxessem o menino a sua sala para ter uma conversa.

O médico em sua mesa escrevia relatórios ate que ouvira a porta ranger. Virou-se em direção da madeira vendo um pequeno ser surgindo dela.

— Hoseok! — Diz alegremente assustando um pouco o pequeno. — Quanto tempo heim?! Não te vejo desde... Dês... Hah...

— Hoje de manhã? — Hoseok termina de entrar na sala se aproximando da mesa de seu médico.

— Uau! Muito tempo mesmo! — Jinyoung sorria incentivando Hoseok o mesmo. — Mas eai?! Brincou muito nesta tarde?

— Hoje eu não consegui! — Fez bico — Fui conversar com o psi-pis-sico... — tinha dificuldades de dizer o tal nome fazendo Jinyoung rir de suas tentativas.

— Psicólogo?

— Isso! — respondeu alegremente. Hoseok estava muito bem e Jinyoung precisava fazer apenas algumas perguntas para certificar-se de que ele estava pronto a receber a alta.

— Você sabe por que eu mandei chama-lo? — perguntou o medico observando o menino que balançava as pernas e sorria sem parar.

— Vou poder ir para casa! — O pequeno aparentemente estava muito ansioso para tal momento deixando escapar vários suspiros.

— Yah! Como soube? Eu me esforcei para que fosse uma surpresa! — Agora é Jinyoung que mostra um bico arrancando gargalhadas do menino. Naquele momento, Hoseok fez Jinyoung repensar sobre todas as semanas com o garoto no hospital. A seu ver, Hoseok ainda era uma criança, independente do que passou.

— Você esqueceu-se de mandar as enfermeiras se esforçarem também! — O menino se divertia com as expressões do médico estando chateado.

— Ash! Aquelas fofoqueiras!

Os dois seguiram a descontraída conversa, às vezes Jinyoung faziam perguntas sobre a saúde do garoto e anotava em seu caderno tudo o que ouvira dele.

 

***

 

 Hoseok saíra do hospital, mas não era mais o mesmo. Por incrível que pareça, o garoto estava a viver como se nunca existisse tristeza no mundo. E Tudo o que fazia era sempre em excesso. Sorrir? O tempo todo! Brincar? Até adormecer. Correr? Perdia até o folego.
Aquela criança deixara todos surpresos naquela casa.

Mas havia uma pergunta que não saia da cabeça daqueles próximos a família:

"Como o garoto superou tão simplesmente a morte de sua omma a ponto de nem sentir falta da mesma?" 

De fato, Hoseok superou aquela perda através dos tratamentos adquiridos no hospital. Mas não sentir a falta de sua omma realmente foi estranho para uma criança tão dependente que era. 

Mas foi assim. Hoseok não sentira nada de ruim. Naqueles primeiros meses.

Com o passar do tempo, tudo começou a mudar naquela casa. Hoseok, que sempre tinha companhia de algumas enfermeiras durante o dia, passou a ficar sozinho com os empregados. Ficara sabendo que seu appa dispensou as enfermeiras afirmando que seu filho já havia se curado completamente.

Mesmo solitário, o pequeno Shin arrumava algum jeito de se divertir naquelas férias. Sim, ele estava de férias de seu colégio. Na verdade havia saído mais cedo quando precisou ir para o hospital.
O único problema dele era que brincar sozinho não estava muito divertido. Então aos poucos, fora ficando entediado.

Sem permissão para sair, a casa já estava se transformando em um enorme presidio. O garoto já não sorria como antes e muito menos brincava. Na maioria do tempo ficava sentado no jardim admirando as flores, que estranhamente havia se transformaram no seu novo atrativo.

Mas o que se notava, era de que Hoseok estava a ficar vazio.

Já não comia direito. Nem dormia direito. Tinha pesadelos quase todas as noites. E às vezes sentia sensações estranhas.

Hoseok voltara a piorar.

Tão pequeno e já depressivo.

Sua voz não era ouvida há muito tempo e seu sorriso havia sido completamente apagado de seu rosto. Hoseok passava os dias trancado na estufa de sua casa. Visto que o jovem não sairia de lá, os empregados levaram um colchão com lençóis e suas refeições que o jovem nem ao menos tocava.

Preocupados, foram relatar ao appa do menino sobre sua situação.

Com ordem do presidente, Hoseok foi levado ao hospital novamente e lá fora atendido pelo mesmo psicólogo. Desta vez, o garoto não foi internado, mas sim mandando para casa sob ‘observação. 

Seu appa havia trazido Jinyoung para acompanhar diariamente o jovem. Hoseok tomava cerca de cinco remédios por dia, três deles eram calmantes e consequentemente o faziam dormir. Passara mais da metade do dia dopado em seu quarto e na outra, ficava deitado olhando para o teto sem dizer uma única palavra. Deixava a mente fluir.

Talvez esta estivesse dormindo.

Mais dois meses haviam se passado e logo chegara o aniversário do pequeno, que sempre era comemorado de forma simples com apenas ele e sua omma. Esse seria o seu primeiro aniversário sem ela. Jinyoung estava preocupado de que com essa mudança, o garoto sentisse falta de sua omma a ponto de surtar como ocorreu na primeira vez. Resolveu então aumentar as doses de seus calmantes por precaução.

Eram quase meia noite e Hoseok dormia, ou pelo menos era o que parecia. Estava tudo calmo, mas isso não durou muito.

Uma empregada adentrou no quarto do jovem e outras duas observavam da porta com tamanha ansiedade.

A mulher já próxima do garoto deitado de bruços estava com um presente em mãos. Era um lindo buquê de violetas com um cartão. Como Hoseok passou a gostar de flores, as mulheres acharam que seria um presente perfeito para a criança.

Aos sussurros, a empregada chamava calmamente o garoto. Uma. Duas. Três vezes, até que finalmente Hoseok vira seu rosto completamente pálido e sem expressão alguma em direção à mulher. Aos poucos a criança foi percebendo o que tinha nas mãos da empregada.

A mulher se aproximou mais da cama e colocou o buquê sob as mãos de Hoseok. O jovem apenas acompanhava com os olhos os movimentos da empregada até fixar no buquê que até então não tinha o notado direito. Eram as flores preferidas de sua omma e no cartão vinha escrito:

“Desculpe por não estar presente. Feliz aniversário, eu amo você. Appa”.

Após ler, Sentiu a angustia tomar seu peito e então, chorou. As lagrimas desciam sem fim, e com elas os soluços. O garoto jogou o buquê no chão e virou-se de costa para a empregada que ainda estava ali. A mulher preocupada via o menino encolher-se de bruços enquanto chorava a ponto de soluçar. As outras que estavam na porta não sabiam o que fazer, ficaram como estavam, observando tudo.

— Hoseok não chore... — disse a empregada acariciando os cabelos do garoto a fim de consola-lo.

De repente Hoseok virara e com sua destra, acertou o rosto da empregada com tamanha força a fazendo desequilibrar-se. A mulher ficara assustada com tal atidude surpresa da criança. O menino já ofegante gritou em desespero assustando todas as empregadas, inclusive a que foi agredida. As mesmas saíram do quarto com pressa deixando-o sozinho.

Hoseok tentou se levantar, mas não tinha forças, resultado da dose duplicada do remédio. Contorcia-se na cama aparentemente irritado com sua situação, levou as mãos em seu rosto e com a fúria acabou que propositalmente se ferindo. 
Alguns minutos depois a porta foi aberta revelando aquele que Hoseok tanto precisava. Jinyoung corre em direção do menino e logo atrás sua enfermeira carregando uma maleta de primeiros socorros.

O garoto estava ferido e cansado de lutar contra si mesmo. Jinyoung tomando-lhe a maleta das mãos de sua enfermeira tira de dentro uma seringa. Ao ver o pequeno objeto com um líquido azulado, Hoseok volta a gritar descontroladamente jogando seu travesseiro na mulher, fazendo com que a seringa caia no chão. O médico foi-se ate a porta pedindo reforço. Logo veio alguns empregados ajudar a segurar o menino. Depois de muita dificuldade, Jinyoung consegue aplicar a vacina em Hoseok.
O remédio faria o menino adormecer em poucos minutos.

 

Quando Hoseok acordou, já era dia. Surpreendendo todos, o menino levantou-se por vontade própria. Mas o mais estrando era seu comportamento naquela manhã. Ele voltara a sorrir.

— Bom dia... — disse entrando na cozinha. Espreguiçou-se junto a um bochecho e logo sorriu ao ver o médico lhe observando de boca aberta.

— Bom dia? — começou o homem agora recuperado — Um ótimo dia, você quis dizer! — Devolveu o sorriso para Hoseok.

Os empregados estavam sem reação, era a primeira vez que ouvira Hoseok falar normalmente após longos meses na depressão.

 Jinyoung também estava contente com o menino, mas duvidas surgiam em sua cabeça o voltando a ficar sério. Afinal, aquele era Hoseok ou o tal transtorno estava a dar as caras novamente?

 

 

***

 

Tempos mais tardes, após grande melhoria vinda do menino, Jinyoung achou que estava na hora de informar a seu appa. Já havia se passado seis meses e Shin mais velho decidiu colocar Hoseok para estudar novamente, agora em um novo colégio. O menino ficara empolgado com a notícia, tendo em mente de que faria amizades.

Quando o dia de for ao colégio chegou, a criança ficou ansiosa. Não sabia mais como era a sensação de estar numa sala de aula ou de ter amigos. Mas mesmo assim, estava feliz.
Desceu do carro escuro dirigido pelo motorista de seu appa, e seguiu com sua mochila até a entrada do largo edifício.

O primeiro dia sempre foi o melhor. Neste, a professora fez todos os alunos se apresentarem com seus nomes e suas idades. Hoseok achara emocionante, não via a hora de chegar a sua vez.

— Sua vez, rapazinho! — diz a doce mulher referindo-se ao moreno.

— Shin Hoseok! — Respondeu alto e forte arrancando um sorriso satisfeito de sua professora.

— Muito bem, Hoseok! Você tem algum apelido para que nós possamos chama-lo?

Hoseok ficou pensativo quanto à pergunta feita. Mas rapidamente voltou a responder:

— Nenhum...

O sino havia tocado informando que o intervalo começou. As crianças incluindo Hoseok foram saindo em ordem a pedido da professora. O menino ainda não tinha feito amizade, mas esperava por isso. Sentou em um dos bancos do pátio e ali ficou observando as outras crianças a correrem de um lado para ao outro. Logo Hoseok avistou o parquinho e muito feliz correu na direção do mesmo. Quando chegou, estranhamente sentiu-se cansado, mas ignorou a sensação. Olhou para todos os lados escolhendo em qual brinquedo iria primeiro até encontrar uma linda casinha no alto, decorada com flores e sustentado por quatro colunas coloridas em que no centro continha dois balanços. Mas no alto e na frente da casa, a saída era seguida de um escorregador muito convidativo aos olhos do menino. Correu para trás da casa e viu a escadinha feita de madeira pintada de varias cores cada uma delas. Subiu até chegar à entrada dos fundos. Quando finalmente entrou na casinha, novamente sentiu o estranho cansaço.  

Hoseok não estava sozinho naquele espaço, havia outro menino com ele, este mais baixo e com os cabelos castanhos. Ele estava sentado de frente para o escorregador admirando a vista de todo o parque. Hoseok se aproximou do garoto e tocou-lhe o ombro. O mesmo virou em sua direção e abriu um sorriso ao lhe avistar.

— Você é o menino sem apelido, né?

— huh? — Hoseok havia estranhado a pergunta, mas após alguns segundos reconheceu que o menino era de sua classe.

— Hoseok é seu nome, certo? — voltou a fazer perguntas.

— S-sim — Aparentemente sentia-se nervoso, pois não tinha tido uma conversa com outra criança há muito tempo — E o seu?

— Ah, o meu é Kihyun! — o garoto voltou a admirar a vista do parque, mas logo retornou o olhar a Hoseok quando percebeu que estava atrapalhando a passagem do escorregador — Você veio escorregar, né? Desculpa, pode ir! — Kihyun levantou dando espaço pra Hoseok que o observava agradecido.

Antes de sentar-se na madeira, Hoseok começou a sentir uma forte dor em sua cabeça. Prensou os olhos e levou as mãos no local onde doía.

— Tá tudo bem? — pergunta Kihyun confuso — Hoseok?

O moreno não respondia. Encostou-se contra a parede da casa simultaneamente enquanto exprimia sua dor. O tempo parecia parar em sua volta. Não ouvia mais nada, nem mesmo Kihyun que estava a sua frente perguntando muitas vezes o que estava acontecendo. Tudo ficara estranho de repente. Hoseok sentiu algo muito forte lutando dentro de si. Segurou sua garganta com força quando este mesmo algo veio a subir como se quisesse sair de sua boca. Após segundos a mais tentando impedir, sentiu seus braços ficarem moles até perderem os movimentos por completo. Sem poder usar as mãos que ficaram caídas ao lado do corpo, o menino começou a bater suas costas contra a parede na tentativa de parar aquela sensação dentro de si. Foram tantas as vezes que batia, mas nenhuma o suficiente para segurar o que forçava a sair. De repente tudo ficara escuro na visão do menino. Não conseguia fazer mais nada.

Kihyun se desesperou com tudo aquilo, vira o pequeno lutar até desmaiar sem mesmo poder ajuda-lo. No momento passara varias coisas em sua cabeça. Precisava fazer alguma coisa. Correu até o escorregador para buscar ajuda, mas um ruído ainda dentro da casa lhe impediu de prosseguir. Hoseok tossia. Kihyun foi olha-lo de perto e suspirou aliviado ao ver a outra criança acordando.

— Hoseok! — Kihyun o chamava. Agachou-se em frente do moreno e ajudo-o a se levantar. Hoseok não havia dito nada ainda. Seu olhar estava parado como se ainda não houvesse acordado. Kihyun sacudiu seus ombros de leve enquanto chamava por ele. Aos poucos Hoseok notara o ser na sua frente. Subiu o olhar em direção ao rosto de Kihyun e logo desceu até as mãos tocando seus ombros.

— O que está fazendo? — Sussurrou. Seu olhar não era o mesmo de minutos atrás, de fato, Hoseok estava diferente. Com movimentos rápidos, afastou Kihyun de si lhe empurrando com força.

— Por que fez isso?! — Kihyun não compreendia as ações do moreno. Voltou a se aproximar dele, mas foi rejeitado novamente ao ser empurrado com mais força que antes, o fazendo cair — HOSEOK!

É difícil entender Hoseok naquele momento. Kihyun queria protestar contra a atitude alheia, mas foi surpreendido quando o moreno se aproximou de si e no mesmo instante lhe levantou pela gola de sua jaqueta.

— Hoseok? — O moreno sorria com malícia — Hoseok não está mais aqui, Kihyun— disse soltando o garoto — Aliás... — Fora caminhando lentamente em sua direção enquanto que o mesmo se afastava dando passos curtos para trás — Hoseok nem mesmo te conheceu — Seu sorriso aumentara assustando Kihyun. Quando foi dar mais um passo para trás, se viu poucos centímetros na saída do fundo. Tentou dar um passo para frente, mas o moreno aproximou o fazendo desequilibrar-se.

Iria cair se não fosse segurado naqueles segundos. Ele estava somente com os pés encostando-se ao primeiro degrau da escada enquanto todo corpo estava pendurado. Estava desesperado, mas via o outro lhe fitando com sorriso no rosto.

— HOSEOK! PARE! — O moreno revira os olhos ao ser chamado pelo tal nome. Puxa Kihyun com somente uma mão e quando o mesmo vem com tamanha rapidez para próximo a si, aproxima do seu ouvido direito com o mesmo sorriso.

— O meu nome, criança, é Hyungwon — Dito isso, Kihyun lhe joga um olhar desentendido antes de surpreendentemente ser empurrado do alto da casa.

 

Foi passado o primeiro dia do garoto na escola e este já ganhara suspensão. Mas com a presença indesejada do presidente Shin, a diretora teve de ceder as suas ordens e liberar o garoto, devido o tamanho poder que seu appa tinha acima dela. Já Kihyun, felizmente quebrara somente o braço esquerdo e poderia voltar a estudar após alguns dias de repouso. Seu appa não queria deixar passar o que houve, mas com a visita do assistente de Shin e uma boa quantia em dinheiro acabou que ficando quieto. Como se nada tivesse acontecido.

O que acontecera com Hoseok ou... Hyungwon?

Bem... Este voltou de um dia para o outro, a ser um amor de menino. Jinyoung teve de redobrar as observações, pedindo até que a professora do garoto fizesse um relatório todos os dias sobre o seu comportamento.

Quando Kihyun voltou ao colégio, queria antes de tudo, tirar satisfações com o moreno. Não entendia o que tinha acontecido então o único que poderia explicar, era o tal garoto.


Hoseok mesmo não estando presente naquele dia sabia o que tinha acontecido. E também, ele sabia de Hyungwon. Era como se ele estivesse lá, mas não obtivesse o controle do seu próprio corpo.
Quando ele estava a andar pelos corredores do colégio, as outras crianças lhe lançavam olhares negativos. O moreno apenas abaixava a cabeça ou tentava fingir que não via. Quando entrou na sua classe, estava vazia, deduziu que ainda estava cedo então foi sentar-se e esperar pelo sino. Alguns minutos se passaram fazendo Hoseok entedia-se. Decidiu então caminhar pelo pátio enquanto não desse a hora para inicio de aula.

Acabou que se encontrando com a casinha novamente. Mas quando chegou perto viu que um dos balanços estava sendo ocupado por alguém. E este alguém era Kihyun. Hoseok se aproximou do menino e quando o mesmo lhe viu, ficara apreensivo. Os dois se encararam em silencio por alguns segundos até Kihyun assoprar-lhe um riso.

— O que foi?! Veio quebrar meu outro braço? — pergunta ironicamente. Hoseok ainda lhe encarando, suspirou antes de começar.

— E-Eu... — Não sabia como começar. Respirou fundo e caminhou até o segundo balanço, sentando-se no mesmo.

— Você me machucou! — Mostrou o braço ainda enfaixado — Por que me empurrou Hoseok?

— Me desculpe kihyun! Eu... Aquele não era eu! Eu posso explicar! Não era eu Kihyun! — Hoseok sentia-se desesperado, não conseguia segurar o choro que veio acompanhado de soluços — Eu juro!

Kihyun o observava sem reação. Parou somente para observar a grama abaixo de seus pés.

— Então explica...

Hoseok parou o choro, respirou fundo e contou. Contou muito mais do que devia. Não explicou somente o empurrão como também sobre como ele apareceu. Depois que terminou, foi sua vez de abaixar a cabeça e fitar a grama sem motivos.

— Então... Você não é Hoseok? — Kihyun tentava absorver tudo aquilo. O moreno ao seu lado balança a cabeça negando — Espera! Hyun... Hyung...

— Hyungwon?

— Isso! — Kihyun pula do balanço assustando o moreno. Fica de frente para o mesmo segurando um lado da corrente do balanço enquanto que inclinava aproximando seu rosto do garoto — Antes de me empurrar você tinha me dito que era Hyungwon! Este é seu nome então?

— Não... Hyungwon foi somente aquele quem te empurrou — Kihyun lhe olhara confuso, se afastou do moreno e começou a andar de um lado para o outro, pensativo.

— Pois então... Se você não é Hoseok, mas também não é o Hyungwon... — Voltou a fitar o menino — Qual o seu nome, afinal?!

— E-eu... — O menino não sabia o que responder. Ele fazia parte do transtorno de Hoseok, além de Hyungwon. Mas estranhamente esta não tinha um nome. Kihyun não aguentou segurar o riso quando viu o moreno tendo dificuldades para responder uma pergunta tão comum como aquela.

— Você não tem um nome, certo? — Deduziu Kihyun.

— Acho que não...

— Então deixa comigo! — Kihyun todo alegre volta ate o balanço vazio e ali balançara em silencio por alguns segundos.

— O que você...

— WONHO! — Kihyun grita interrompendo o moreno de prosseguir — Seu nome será Wonho!

— Por quê?

— Porque eu quis bobo! — Kihyun volta a se balançar todo sorridente.

— Mas por que este nome? — Agora o garoto também resolvera balançar-se.

— Bem, eu peguei o “Won” do Hyungwon, o “Ho” de Hoseok e juntei!

— Won-Ho... — O garoto sorriu pela primeira vez naquele dia. Sem duvidas gostara daquele nome.

— Então a partir de hoje, você será chamado de Wonho e se alguém perguntar diga que é apelido! Ok?

— Ok! — Então Wonho e Kihyun continuaram no balanço assistindo as outras crianças chegarem ao parque.

— Kihyun?

— Huh?

— Então você não está mais bravo comigo? — Wonho voltou a ficar serio e a encarar seu companheiro.

— Claro! Até porque não foi você o culpado!

— É...

— Agora somos amigos! — Kihyun lhe surpreende dizendo isso. Wonho teria um amigo pela primeira vez.

— Somos?!

— Somos! — Kihyun desce do balanço e puxa Wonho com sua destra — Agora vamos! O Sino deve tocar agora!

Os dois caminham alegremente até a entrada do edifício, mas antes de entrarem Wonho segura de leve o braço direito de Kihyun fazendo-o parar.

— Kihyun...

— Oque foi Wonho? — O garoto observava confuso o moreno.

— E quando o Hyungwon voltar? — Kihyun ainda lhe observava, mas preocupado com a tal pergunta.

— Quando ele voltar... Bem... Aí vamos ter uma conversinha! — Disse brincando com o amigo. Wonho sorriu com a resposta e abandonou a preocupação tida. Os dois voltaram a andar e logo o sino toca informando-lhes o início de aula. Correram então na direção da classe para não se atrasarem.

Aquela, de fato, seria uma amizade começada de um jeito estranho para duas crianças. Mas para Wonho, fora a melhor. Além de ganhar um nome, ganhou alguém com quem dividiria tudo o que normalmente só dividira para seu psiquiatra.

E Kihyun...

Este conheceu alguém nada normal e que com certeza lhe arrumaria vários problemas. Mas Kihyun já imaginara isto. E estava adorando toda esta loucura.

Só não esperava que Hyungwon fizesse parte dela quase sempre.

 

 

 

 

 

 

 


Notas Finais


OPA! SE VOCÊ CHEGOU ATÉ AQUI....
Muito obrigada por ter lido ou até mesmo por ter favoritado. É uma alegria imensa para nós que trazemos este conteúdo a todos 2won shippers! Sabemos que até agora foi muito pouco, mas prometemos que nos próximos capítulos, vamos melhorar ainda mais!

*E para não acontecer de demorar novamente, vamos encurtar um pouco os próximos capítulos.

... Então é isso pessoal! E por favor, fiquem a vontade para comentar o que acharam!
Criticas construtivas são sempre bem vindas ^^ s2

ATÉ A PRÓXIMA!


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