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História Inside the Movie - Treze


Escrita por: Cold_Sky

Notas do Autor


Meus amores, como vocês estão? Ansiosos pra ler o que vai acontecer com esse BanKai que finalmente se deu bem? kkkkk' Eu sei que tem gente quase me matando desde o capítulo anterior, mas agora não precisa mais ter raiva.

Saboreiem o capítulo...

Capítulo 14 - Treze


 

Treze

 

O ELEVADOR abriu as portas, Chris me conduzindo pelo imenso corredor do último andar de seu prédio. As paredes brancas, e com espelhos, nos cantos jarros de flores enfeitam, a iluminação só acendia conforme a gente passava. Notei que só havia cinco portas, significando que as coberturas eram grandes.

Caminhando de mãos dadas, ele ia à frente. O seu polegar massageava o dorso da minha mão, eletrizando meu corpo inteiro – seu poder diante de mim era tamanho, jamais outro homem me fez sentir assim. Paramos em frente uma porta; ele a abriu e deu passagem para eu entrar primeiro. Meu coração disparou!

Entrei, sentindo o olhar de Chris. O apartamento estava quentinho, fui tirando meu casaco e logo ele pegou da minha mão, junto de minha bolsa. Seus olhos estavam serenos, carinhosos e gentis.

– Sinta-se a vontade! – Sorriu para mim, adentrando mais o próprio apartamento. O segui, vendo como era grande e lindo.

As paredes brancas, algumas pinturas decorando. Janelas panorâmicas me permitiam ver a noite lá fora, estrelas brilhavam e a lua clareava o apartamento. Do outro lado delas ficava a sacada, com certeza muito alta. O chão do apartamento era liso, alguns tapetes de animais no centro, bem como duas áreas para os sofás: o primeiro era em frente a Smart TV, tão grande que dava pra deitar; o segundo era um sofá de canto, mesmo que não estivesse num, fazia um quadrado perfeito com uma mesa no centro.

– Aqui é lindo! Disse que me traria para sua casa, não para o céu. – Brinquei. Ele deixou minhas coisas penduradas no encosto do sofá. Ele riu.

– Quer beber alguma coisa? – Andou até mim e pegou minha mão. – Vou ser o anfitrião mais caloroso e educado que você já teve.

– Não se preocupe só um copo de água está bom. Não vou abusar da bebida, chega por hoje. – Cocei a cabeça com a mão livre. Ele também pegou sua mão livre e colocou no rosto para rir.

– Tudo bem, também não quero que pense que pretendo te embebedar. Temos nossos pontos fracos, vamos respeitar.

E assim ele me levou para a cozinha. Como a sala, tinha as cores branca e preta, com algum marrom escuro. A bancada de trabalho retangular ia de um lado a outro, bancos espalhados ao seu redor. Espaçosa, entre a bancada e os móveis convencionais podia circular sem problema. Sentei-me em um banco na bancada, enquanto Chris pegou um copo de vidro e pôs água, mas o levou até a pia antes. Cortou uma fatia de limão e enfeitou o copo.

– Por favor, não me deixe aqui sozinha, vou acabar me perdendo nesse apartamento enorme. – Bebi minha água.

– Seria bom, – Puxou um banco do meu lado. – teria você aqui pra sempre comigo.

Encolhi os ombros.

– Mora aqui sozinho? – Desconversei. Mas ele deu de ombros, em seguida caindo na risada.

– A empregada vem aqui três vezes por semana.

– Eu me sinto sozinha quando Nina sai com o namorado, imagina se morasse num lugar desses... Prefiro ter alguém pra conversar, rir comigo e chorar se for preciso. – Dei outro gole.

– Bem, esta é a melhor forma de estar de onde trabalho, eu acabei me acostumando. – Falou suavemente. – Mas eu tenho alguns benefícios, venha ver!

Pegando a minha mão, arrastou-me de volta pela sala. Levei o copo, terminando de beber. Fomos para as janelas panorâmicas, meu sorriso abrindo assim que notei. Chris abriu a janela, deixando o vento frio soprar em nossos rostos. O céu escuro e estrelado reluziu em meus olhos verdes, uma foto que ficaria gravada em minha lembrança.

Uaauuu... – Suspirei. Como eu havia adivinhado, era alto.

– Foi essa vista que me encantou e fez comprar o apartamento, o tamanho realmente não me importou. Passo parte das noites aqui. Olhe! – Apontou um lado, e onde seu dedo indicou vi o letreiro de Hollywood.

Uaauuu... – Disse outra vez, alternando o olhar entre ele e a vista. Ele riu soprado, o meu rosto contente alegrou mais a sua satisfação.

Se eu não fosse tão medrosa, chegaria perto da contenção de vidro. O vento vinha forte e levava meus cabelos e o meu vestido.

– A casa fica sozinha quando você viaja? – Aquela pergunta ecoou nos meus próprios ouvidos, querendo apagar imediatamente do meio de nós.

– A empregada vem uma vez por semana, pegar correspondências checar os aparelhos eletrônicos... – Ele colocou as mãos nos bolsos, chateado com a viagem se aproximando.

Martirizei minha boca por aquilo; num segundo ele estava alegre me mostrando o seu apartamento e no outro ficou tristonho e abaixou o olhar que antes brilhava. Cheguei perto dele, puxando seu braço e entrelaçando nossas mãos.

– Obrigada por me trazer aqui, tentar me fazer sentir confortável. Minha casa também vai estar mais alegre quando voltar lá! – Falei arrancando um sorriso surpreso dele.

– Com certeza vou querer voltar, acha que sua prima se importaria? – Estreitou os olhos.

Pumft... – Bufei. – De jeito nenhum, ela agiu como uma adolescente ao saber que somos amigos. É tipo sonho juvenil, conhecer um astro das telonas...

Chris riu contente, ele conseguiu mexer com a minha vida de um jeito bem inovador, ninguém nunca sonhara.

– Por acaso já viu aquele filme, Encontro Com o Seu Ídolo? Eu sou o seu? – Ele apertou minha mão, olhou fundo nos meus olhos e teve esperança.

– Não. – Falei. Mordi o canto da boca, com medo de falar sobre este assunto. Não quero assustá-lo, mas se não explicar direito ele pode se magoar. – Na verdade, eu não sei. Eu vi vocês nas séries de TV. No começo foi legal ver os famosos. Mas sei lá, trabalhar nos estúdios deixou aquela ansiedade de lado.

– Eu sei! Você enjoou de ver artistas. – Ele riu, apesar do significado daquilo.

– Não é bem assim, eu só não me sinto eufórica ao ver alguém. Se eu visse qualquer outro artista que não vi... É como se me acostumasse a ver gente famosa. Virou parte da minha rotina. – Dei de ombros.

Chris riu de leve, não era a minha risada favorita, mas foi bom ouvir. Por dentro, eu pulava por ter mudado sua expressão que havia ficado triste minutos atrás. Mesmo que este assunto seja delicado, é mais fácil lidar e não o afeta.

– Você se sobressai sobre todos que já conheci, não é comum encontrar alguém como você. No começo fiquei assustada, mas com seu jeito...

Deixei a frase no ar. Ele repirou fundo, esperou uma continuação que o agradasse como minha companhia o agrada.

– É especial quando estou com você também. – Beijou minha testa cansando de esperar. Pegou o copo da minha mão e o segurou.

– Ficou forte sempre que eu estava com você, depois de encarar Candice você me tranquilizava e fazia sorrir. Foi mais que estranho o modo que interagimos, mas libertador para muitas coisas. – Falei.

Ainda penso naquele beijo, no quanto ele me atordoou e me fizeram pensar em Chris até hoje. Eu posso estar maluca e sonhando com meu próprio mundo, contudo, nunca me senti tão acordada.

– Se quer saber, eu sei como Candice se porta diante das pessoas. Quando cheguei passando mal e ela me recebeu com pedradas enquanto você me ajudou, me senti responsável por fazer você ficar bem. – Ele não me olhou, parecia estar vendo aquelas cenas projetadas no céu. – Por isso estava lá no dia seguinte, para tentar mudar como Candice seria com você.

Ele não me viu sorrir largo, e quase o matei por isso. Queria que soubesse como eu meu sinto sendo cuidado por seu carinho. Ele mexia com um lado meu diferente de tudo que senti ou vi acontecer. Precisei de um tempo para respirar.

Eu estava ficando com frio, então agarrei seu braço e me encolhi estremecendo.

– Vamos entrar, você vai congelar. – Colocou a mão nas minhas costas e me levou pra dentro. – Não devia avisar sua prima que está comigo?

– Ela não me dá satisfação quando sai com o namorado, acho que também não preciso. – Falei para ele não se preocupar, mas na verdade tinha dúvidas. Eu só não queria falar sobre o que está acontecendo conosco ainda.

Entender a noite de hoje será complicado, eu ainda estou tentando respirar calmamente perto dele, tentando não cair com as pernas bambas e não ficar hipnotizada com seus olhos.

– Eu posso usar seu banheiro?

Chris assentiu.

Caminhamos por um imenso corredor luxuoso, cheio de esculturas e quadros que talvez eu conheça o autor. Devem ser replicas, em sua maioria paisagens com famílias, casais ou crianças felizes correndo ao fundo. Chris abriu uma porta e me deixou passar. Aquele não era exatamente o banheiro, mas devia ter um.

Entramos em um quarto com a luz claro, chão com carpete e cortinas brancas nas janelas panorâmicas. Comprido, um espaço retangular e luzes de efeito nas paredes. Correndo pela parede da direita, uma cômoda e no final havia a cama, de frente pra sacada. Na outra parede, um sofá e uma poltrona com uma mesa entre eles. Em frente a cama, um pouco para o lado, uma porta.

– Pode ir. – Ele apontou a porta.

Eu sorri para ele, indo até o banheiro. Todo branco e luminoso, os móveis em marrom e branco. De cara eu amei a banheira, de frente para a janela que podia se ver as estrelas. Ao lado dela, um pequeno armário com shampoo, sabonete e tudo para o banho. Do outro lado, um cesto com toalhas limpas. No canto direito do cômodo, o sanitário. No esquerdo, um Box grande e de vidro. Duas pias brancas com um espelho panorâmico que varria de uma a outra.

– Esse banheiro é do tamanho do meu quarto. – Suspirei. Fechei a porta atrás de mim.

Fiquei um bom tempo me olhando no espelho, molhei o rosto e sequei com uma tolha limpinha que estava pendurada. Chris é tão doce, sorrio ao pensar no quão feliz estou. Pela primeira vez me lembro do nosso beijo e não estou num dilema comigo mesma. É como se eu quisesse outro, mas estou com medo de soltá-lo.

Saí do banheiro, logo procurando ele pelo quarto. Ele estava sentado no sofá, os travesseiros jogados para o lado.

– Qual sua música favorita do Ed?

Hmmm... – Caminhei devagar até ele, no sofá. – Tenerife sea.

– Eu gosto de Photograph. – Estendeu a mão para mim. A peguei sentando ao seu lado.

“Loving can hurt. Loving can hurt sometimes. But it's the only thing that I know. And when it gets hard. You know it can get hard sometimes. It is the only thing that makes us feel alive”.

Quando Chris deu início àquela letra, meu peito transbordou por alguma razão. Era Photograph, do Ed Sheeran. Com um sorriso bobo no rosto, fui sentar ao seu lado. A voz dele era suave, assim como o riso ela soava melodicamente como harpas celestiais.

– Lindo! Será outra lembrança que vou guardar: seu sorriso e agora a voz. – Alisei seu rosto, um riso pequeno saindo da minha boca.

A expressão em seu rosto ficou alegre, os olhos azuis ganharam vida e foi como se dissessem o que sentia por mim.

– Teremos dez dias... Ou nove, para ficarmos juntos e tirar quantas fotos você quiser. Vai guardar todas?

Este era o recado da música, guardar grandes momentos em uma imagem, sentir saudades de alguém. Seria uma boa maneira de carregar suas lindas feições e sorriso encantador, bem como o brilho nos olhos apaixonados.

– Você também precisa levar algumas, pra não se esquecer do meu rosto e sonhar com ele.  – Passei o dedo em suas sobrancelhas.

– Não dá pra esquecer o rosto de quem a gente ama. Seu rosto esta gravado na minha memória desde o dia que me apaixonei, Kat.

Foi como se eu tivesse levado um soco no estômago. Perdi o ar e a cabeça num segundo. Minha vista estava tão turva que confundi a cor de seus olhos; simplesmente não distinguia minhas mãos das suas juntas no ar; não sabia qual dos meus pés era o direito e o esquerdo ao olhar para o chão.

– Seus olhos me assombram desde o primeiro dia, nunca vão sair da minha cabeça. – Sorri e sequei os olhos. Em seguida, cheguei perto dele e me recebeu com um abraço. – Ainda temos tempo pra nos despedir, não foi este jantar. 

– Pediu pra ficar comigo, não foi? – Chris pegou minhas sandálias e as tirou.

Coloquei os pés pra cima, mas não queria ouvir cifras musicais a noite a toda. Recordar do beijo no ensaio, o calor que sentir ao beijá-lo no carro, fizeram meus lábios arderem pedindo mais.

– Eu pedi pra sonhar do seu lado, talvez a música na sua voz me embale, mas só depois. – Cheguei bem próximo dele, puxando o colarinho de sua camisa. Recostei em seu peito, ouvindo as batidas fortes de seu coração. – Sou eu que faço isso?

– E quem mais seria? Acho que não tenho outro amor neste quarto. – Afagou meus cabelos.

Dois meses pode ser muito tempo, mas dez dias também. Só desejo encarar seus olhos em cada momento livre que eu tiver, sentir seu abraço e carinho, como mais ninguém pode me dar.

– É bom saber que não sou a única! Você mexe com o meu corpo inteiro, eu perco o controle de tudo. – Levantei o rosto e o encarei.

Chris me olhou intensamente.

– Se me permite, posso te beijar? – Segurou meu rosto. Eu assenti.

Perdi todos os sentidos desta vez, ele sugou todo o meu ser com a boca e meu rosto ardeu como se o fogo estivesse perto. Estava dentro de nós, incapaz de machucar, porém, revirando lá dentro e fazendo meu corpo responder e ficar sensível.

– Sente meu peito agora? – Ele perguntou.

Coloquei a mão em seu peito quente, notando como era forte e sentindo bater apressado. Seus batimentos ligeiros eram por minha causa; seu coração é capaz de sentir como estou perto, age descontrolado. Se eu sou o amor de Chris, como ele mesmo chamou, vou acalmá-lo.

– Seu amor está aqui, fique calmo. – Deitei a cabeça em seu peito. Ele suspirou, tentou relaxar enquanto eu o acariciava.

Levantei o rosto, vendo seus olhos refletirem calma e carinho. Dei o sorriso mais caloroso que pude, antes de pegar seu rosto e o beijar de modo passivo. Apenas movimentos calmos com os lábios, pequenos estalos audíveis no sofá. Esta era a forma mais clara e digna de amor que tive na vida; um sentimento acolhedor e poderoso.

Sentindo uma de suas mãos massagearem minha nuca, tive a ousadia de passar uma perna em seu colo.

– Kat... – Chris tentou me segurar.

– Por favor! – Pedi.

Rindo ele assentiu. Voltei a beijá-lo sentada em seu colo macio. Senti um pouco do meu vestido subir nas pernas, enquanto ele passou as mãos até segurar minha silhueta. Mordisquei sua boca carnuda, ambos soltando um gemido de prazer. Involuntariamente, pressione o quadril contra o dele; gememos juntos de novo.

Mais inesperado do que imaginei, ele levantou do sofá comigo no colo. Soltei sua boca com o susto e resmunguei algo. Sua risada não foi a mesma, era brincalhona. Caminhava para a cama. Grudei nossas testas, dando selinhos gentis nele.

– Eu vou dormir do seu lado? – Ele assentiu me soltando no chão. Se ele tivesse dito que não, lhe dava um suco.

O meu sorriso foi imenso. Ele pegou minha mão e me girou como numa dança romântica. Eu ri soprado, depois tendo um arrepio quando ele enterrou o rosto na minha nuca. Agarrou minha cintura, unindo minhas costas ao seu peito. Desceu beijos sobre meu ombro nu; eu inclinei a cabeça. Minha pele ferveu, suas mãos pegaram as alças do meu vestido e as desceram.

Atordoada, só vi meu vestido cair sobre minha cintura. Respirei fundo, lembrando que não usava sutiã. Queimei muito mais quando as mãos quentes de Chris encontraram meus seios; os massageou delicadamente, enquanto beijava meu pescoço. Tão intenso, tão quente, tão sem gentileza – mas gostei de vê-lo tirar a máscara de bonzinho.

Ondas de choque e calor percorreram minhas veias. Mordi a boca, sentindo-o tomar gosto do meu corpo. Fiquei sensível, imóvel, a mercê daquele amor dilacerante.

– Chris... – Gemi sem sentido algum.

Deixando-me triste, separou-se do meu corpo. Quando o olhei, desabotoava  sua camisa até tirar. Como eu havia tocado, seu peito era definido. Abusei dele com o olhar, sem medo. Gostamos da visão um do outro; abraçamos-nos para um beijo.

Ele jogou meus cabelos pra trás, alisando minhas costas com as pontas dos dedos. Estremeci soltando sua boca ofegante. Mas ele insistiu em me dar selinhos. Eu me encolhi toda.

Shhh... – Ele sussurrou.

Segurou meu rosto me olhando nos olhos, e mesmo depois de soltar continuou. Chris se abaixou, pegando meu vestido; levantei meus tornozelos para ele tirar. Minha calcinha era de renda branca. Transparente? Não sei. Consegui olhar pra ele sem vergonha, abrindo a calça devagar.

Voltamos aos abraços e beijos; corpo a corpo. Era impossível não sentir seu coração, batia depressa. O meu não estava diferente! Ambos seminus e eu ainda respirava; um milagre.

Como uma dança, ele nos conduziu pra beira da cama. Olhando para nós, o que viria era iminente. Sentei na cama e fui chegando pra trás, ele me seguindo. Deitei nos travesseiros, ele se inclinando sobre mim. 

– Olhe pra mim, por favor, me diga se eu for muito bruto. – Segurou minha face rosada com uma mão, enquanto a outra o apoiava na cama. 

Eu engoli em seco, mesmo assim fazendo que sim com a cabeça. Conforme Chris me tocava e beijava, sentia meu baixo ventre fisgar querendo me entregar de corpo, eu nunca vou pedir que pare quando ele começar. 

– Se um dia eu deixar de confiar em você, vou desistir da vida. Chris, você é o único capaz de cuidar de mim como eu gosto. – Comecei alisando o seu rosto, descendo para os ombros e braços grossos. 

Ganhei um sorriso, capaz de derreter meu coração. Dei um em troca. 

– Me deixe tirar isso de você. – Sua voz saiu rouca. 

Mordi o canto da boca, o vendo se prontificar a tirar minha última peça de roupa. Olhando para as coxas grossas que eu tinha, passou um dedo de cada lado das hastes da minha calcinha e lentamente a puxou pra baixo. 

Fechei os olhos e tentei não corar de vergonha. Mas ainda assim eu sentia aqueles diamantes azuis em cima de mim; pensar em como ele me olhava era tentador. Abri os olhos e me deparei com seu rosto próximo, iniciando uma série de beijos estalados. Meu íntimo molhado, eu o empurrava pra cima ao encontro com o seu apenas de cueca. 

O quarto que voltara ao silêncio, ouviu novos gemidos da minha boca. Chris soltou ainda mais alto, a medida que sua ereção crescia. A cada contato eu ficava mais sensível e molhada, imagino como seria ele deslizando pra dentro. Logo tomando gosto da sensação, outra vez, empurrei o quadril com mais força. 

– Está me deixando louco, pare. – Segurou meu quadril para afastar e eu continuei beijando seu rosto. Sua respiração quente dizia o quanto não aguentava ficar perto de mim. 

Passei a mão em seus cabelos, respirando e pegando fôlego. 

– Fiz tudo o que espero que faça comigo, como decidi ir em frente. Chris, continue! – Pedi, deixando um tom de desejo na voz. 

Como se eu fosse uma joia, Chris alisou meu rosto e manteve um sorriso lindo nos lábios. Coloquei as duas mãos em seu cabelo o puxando para um beijo. Foi intenso! Quando ele começou a me tomar, passei as mãos em suas costas nuas, bem devagar, até chegar ao quadril; peguei o cós da cueca Box e fui a puxando para baixo. 

– Kat... – Ele arfou. Pegou minhas mãos e tiramos sua última peça. Tirou pelos calcanhares e me olhou se sentido livre. 

Engoli em seco, o vendo apoiar as mãos ao lado do meu quadril, com o tronco suspenso de modo que eu via todo o seu corpo. Muito bem esculpido, meus dedos tremeram pra alisar aquele homem. 

– Ficou com medo agora que me viu? – Analisou meu rosto. Com medo? A ereção dele era grande, seu corpo era esguio, só me dava mais calor.

– Acredite, não foi o que passou na minha cabeça. – Sentei na cama, minhas pernas embaixo das suas. 

– Tenho medo de perguntar o que é, mas talvez eu queira sentir. – Alisou meu rosto com um sorriso sapeca estampado. 

Eu ri de alegria em ouvir sua voz tão flamejante quanto a minha. 

Mirei em seus olhos, adquirindo uma expressão séria para não parecer uma menina. Minhas duas mãos foram ao seu pescoço, alisando com as unhas; estremeceu. Tudo o que tive prazer em sentir ele também sente, e isso me deixa tão satisfeita que poderia gozar. Fui descendo a carícia até os ombros, indo para o peitoral delineado.

Porra!

Eu estava interagindo com mais força do que esperava; não me surpreende quando deixei meu nariz roçar em seu peito. Chris estava nervoso, seu coração batia rápido. Deixei alguns beijos em seu peito, enquanto minhas mãos iam mais abaixo ao seu abdômen. Ele deu uma arfada forte em meus cabelos e pensei em pegar mais embaixo. Mas ele segurou minhas mãos. 

– Não quero imaginar quando eu enfim... Eu vou ficar louco se não controlar suas mãos. – Beijou os nós dos meus dedos, com divertimento nos olhos.

– Você me tocou, eu permiti várias vezes. E... Desculpe se eu tenho desejos. – Falei confiante. 

Ouvi sua risada e a senti no meu rosto. Em seguida, ele me beijou com toda a calma do mundo. Aqueles meus desejos fisgaram no meu baixo ventre, soltando um gemido nada fraco com suas mãos pegando minhas costas e me deitando. 

Senti uma batida no meu peito falhar. 

Chris foi cauteloso ao se encaixar no meio das minhas pernas, carinhosamente massageando-as. Largou o beijo com um estalo, apoiado as mãos ao lado da minha cabeça para me ver. Sua ereção encostava em minha perna, dando ansiedade.

– Desculpe se eu te machucar. – Tirou meus cabelos da testa. Confio em Chris; ele será o meu primeiro. 

Meus olhos verdes o acompanharam; levantou um pouco o quadril, pegando seu membro e o encostando em minha entrada. Mordi a boca; senti gosto de sangue. Antes de qualquer movimento para dentro, ele beijou minha testa. Era um sinal, de que eu precisava ter calma. 

Então eu senti. 

Eu arqueei as costas e prendi a respiração. 

Fechei os olhos e apertei seus ombros. Chris grunhiu de prazer. 

– Por favor, olhe pra mim. – Suplicou. Assim o fiz, querendo que a dor não reflita nos meus olhos. – Desculpe (beijo) por (beijo) isso (beijo). 

Em cada palavra um beijo em meu rosto. Coloquei as mãos em sua nuca, entrelaçando em seus fios. Para mostrar que eu estava bem sorri.

Abrindo mais o meu íntimo, Chris deu uma pequena estocada. Eu gemi. Deslizei as mãos em seus ombros. No consegui sentir muito, prazer eu não tive, só um beliscão no fundo do meu íntimo. Veio com outra estocada, que doeu menos, mas eu gemi. O beliscão foi menor, mas ainda o senti arrastar nas minhas paredes. Quanto tempo isso leva?

Apertei os olhos; respirei pela boca e senti que ele entrava com mais facilidade. Comecei a sentir o desejo subir, ele deu outra estocada e fez fisgar meu baixo ventre.

Minha estrada dilatou mais, conforme meu clitóris era massageado por seu membro.

– Chris... – Resmunguei.

Ele tomou minha boca para si; em um ritmo bem curto entrava e saia com seu membro. Os cotovelos foram apoiados perto do meu rosto; seu corpo espalmou meus seios.

Sensação diferente, nova, e cheia de pensamentos insanos. Gemi em sua boca, meio sôfrego.

– Basta uma palavra e eu paro se quiser. Prefiro continuar com seu amor e carinho a te machucar. Kat, me diga! – Disse.

– Não vou desistir de você.

Esta frase foi o alto dos meus sentimentos por ele. Chris sorriu e continuou mexendo dentro de mim. Puxei seu lábio inferior nos dentes, quando ele passou a mão na lateral do meu corpo, pegando embaixo da minha bunda e levantando minha perna para enroscar em sua cintura. Fez o mesmo com a outra.

– Seu corpo é quente. – A voz dele saiu rouca, diante o meu ouvido.

Indiscutivelmente, eu não conseguia pensar em nada que não fossem seus músculos esfregando nos meus. A dor eu passei a ignorar, foquei na união representada pelo choque de nossos corpos. Inclinando a cabeça para beijar seu ombro, respirei pesado e senti seu gosto salgado de suor. Ah, seu corpo forte! O som do choque de seu quadril em mim era gostoso; embalava-me à fantasia. Eu sentia o meu corpo faiscar. Deslizei as mãos por suas costas nuas, sentindo como ele estava quente, e o ouvindo  grunhir de desejo. Arfei em meio um sorriso, sentindo-o ir e vir com um movimento cauteloso, para não me machucar, mas firme e gostoso o suficiente para ambos apreciarem.

Aqueles olhos azuis deviam estar vermelhos e laranja, de fogo. Tenho certeza que eles me faziam arder!

Sentia seus toques em mim e a carícia no meu intimo através do seu. Estava tão quente, me fazia respirar pela boca e apertar os olhos quando tocava o lado mais sensível do meu interior.

A cada estocada, cada mínima sensação de prazer quando ele volta e encontra meu ponto G é um gemido que solto pelo quarto. Busco manter as pernas ao redor de sua cintura, meus joelhos dobrados e os pés quase cruzados. As mãos de Chris também deveria ter um ponto fixo, mas estavam passeando por minha barriga e busto – às vezes enterrava o rosto. E mordia e chupava.

Hmm-ahhh... – Meus lábios soltaram uma mistura de gemido e respiração descontrolada quando ele apertou forte a linha do meu busto.

Ele levantou o rosto, alinhando nossos troncos. Após espalmar as mãos na cama, ao lado do meu rosto, nossas testas ficaram próximas. Os dois respiravam de boca aberta, enquanto seus joelhos dobrados embaixo da minha bunda davam sustento ao seu movimento. Podia sentir sua respiração em minha face, cada vez mais rosada com o calor e o tesão. Surramos gemidos só para o outro. Tudo dentro de mim estava em chamas! Minha cabeça rodava, um turbilhão de pensamentos me ocupava, deixei vários beijos em sua mandíbula.

– Como você consegue ser doce e provocante ao mesmo tempo? – Beijou meu pescoço, deu leves mordidas e acariciou com a ponta do nariz.

Encolhi todo o corpo embaixo dele, apertando as mãos em seu pescoço, quando estremeci com uma sensação de quase alívio. Achei que fosse o orgasmo, mas era só Chris aumentando as estocadas e minha sensibilidade.

Ahh... – Dei um gritinho abafando em seu pescoço. Se ele sentisse que poderia estar me machucando iria parar.

– Não esconda o que está sentindo. Sua expressão é mais estímulo pra mim, seus grandes olhos castanhos... – Segurou meu rosto.

Fechei os olhos e suspirei forte, como uma forma de relaxar em seus braços e deixar o prazer subir por onde quer que atingisse.

– Coloque a mão em mim, por favor. – Ainda estava de olhos fechados.

Chris enterrou o rosto no meu pescoço, beijando bem devagar e causando arrepios; ficou com um cotovelo perto do meu rosto e a mão alisando meus cabelos, e colocou a outra mão num dos meus seios.

– Assim? – Deu um leve selar na minha boca.

Aham...

Apenas arfei em resposta, tamanho era meu prazer.

Roçava o nariz na pele do meu pescoço, enquanto apertava meu busto com força e vontade. Ora rodeava o mamilo com o dedo, ora acariciava por completo, ora apertava. Se eu conseguisse falar, pedia para pôr na boca, mas da minha boca só saia gemido e resmungos sem nexo. Porra! Sentia um frio na espinha. Eu estava tão fora de controle, acabei descendo as mãos por suas costas até a bunda; apertei a região macia que encontrei. Ambos se deliciavam com o corpo do outro.

Todo o peso que estava sobre meu corpo saiu de repente, me fazendo abrir os olhos com um pouco de tristeza. Prensei os lábios, por um segundo não sentindo seu movimento gostoso. Chris segurou minha silhueta e a puxava com força para o encontro de seu quadril.

– Chris... – Joguei a cabeça pra trás, o sentindo entrar mais fundo.

Merda!

Estiquei as mãos, tocando seu abdômen e passando as unhas. O corpo dele estava levemente inclinado sobre o meu; eu via seu membro todo vez que saia e depois voltava a sumir lá dentro.

Um período frio do ano de repente se dissipou – na verdade ele já havia ido embora faz tempo, mas agora estava tão distante quanto Plutão. Minhas mãos queimaram sentindo seu corpo, quase tanto quanto os olhos que gostaram de me ver daquele jeito.

Toda a minha respiração saia pela boca, ao som do choque daquele ato sexual. Não fiquei seguindo mais aquele som, mas a sensação dos choques sequenciais. Meu corpo se contraia quando espasmos pequenos percorriam meu comprimento. Será se ele sentia tudo isso? Garanto que sim, pois seus ombros tremiam e seus olhos ficavam dilatados.

– Kat, porque você me faz sentir isso? – Suas palavras saíram como gemidos.

Fechei os olhos e as ouvi.

Meu nome saído de sua boca gemente foi um gás.

O que ele sentia por minha causa? Fogo; prazer; carinho; amor. Mordi o canto da boca e sentia um formigamento subir com suas estocadas.

Uma... Gemi trêmula, vinha lá no fundo.

Duas... Coloquei as mãos em seu abdômen, sentindo-o ir e vir. Não sei por quanto tempo pareceu que ele ficou fora durante a estocada, mas foi torturante para um sentimento que chegava e só precisava de alguns segundos.

Três... Grunhi com o seu membro indo mais fundo.

Quatro... Minhas paredes se retraíram, seu falo foi levemente preso. Dei um gritinho, o orgasmo se iniciando aos poucos, todo o meu corpo contraindo e enrijecendo.

Cinco... Aquela sensação aumentou com a última estocada e então relaxei de uma vez abrindo os olhos e ficando perdida pelo quarto.

– Kat! – Chris relaxou seu corpo, inclinando sobre mim e espalmando meu busto. Entrelaçou uma mão nos meus cabelos bagunçados e com a outro esfregou minha bochecha. Ele tentava me acordar do pequeno mundinho que entrei ao gozar. – Minha Kat...

Voltei a raciocinar quando o ouvi falar assim. Fixei o olhar nele, até que aproximou seu rosto e beijou meus lábios docemente. Senti o seu amor ser depositado, depois de um momento de pura energia a calma se instalava e meu peito batia devagar conforme senti o gosto de sua boca.

Alisei seus ombros e braços.

Chris se afastou um pouco, saiu de dentro de mim e grunhi com uma pequena dor que percorreu meu músculo.

– Está bem? – Os olhos azuis alternavam entre meus olhos e minha boca. Ao mesmo tempo em que precisava saber do meu estado, ainda queria aproveitar a proximidade naquela cama e a intimidade que nasceu.

– Perfeita! Amada e satisfeita. – A minha voz estava baixa, fôlego zero e vontade mil. Chris sorriu de canto, alisou meu busto e meu braço.

Consegui normalizar minha respiração, quando ele saiu de cima de mim e meu corpo ficou a vontade na cama. Mas preferia que continuasse como estava! Agora eu podia sentir um vento gélido vir da janela entreaberta, eu fiquei vulnerável.

– Foi a coisa mais gostosa que fiz.

Ele riu soprado, arqueou uma sobrancelha e fez que sim. Eu ri estridente, meu coração deu uma batida mais forte.

Bloqueando um pouco do vento, Chris deitou de lado e ficou me encarando, seu peito ainda subia alto. Seus lábios começaram a se abrir, eu não pude entender direito o que ele dizia aos sussurros. Se eu estou cansada, não quero imaginar ele.

– Feche os olhos. – Falou por fim.

– Mas eu quero ver seus olhos até dormir, o modo como me deixam é ainda melhor do que ter uma noite linda com você. – Falei com um sorriso.

– Pode sonhar com eles, nada mais justo. Sonho com você todos esses dias, e a realidade foi ainda melhor. Você é mais especial do que eu pensava, achei que nunca fosse entender o que nutri por você nesse tempo. – Beijou minha testa.

– Foi meio difícil lidar, seus olhos sempre me acompanharam desde que nos conhecemos naquele camarim. – Alisei seu peito.

– E o beijo?

Arregalei os olhos quando ele disse aquilo. O nosso primeiro beijo, quando ensaiamos. Não achei que ele ainda pensava nele, foi tão indiferente como depois, pensei que só eu tivesse sentido algo estranho.

– O beijo me deixou com um furacão, achei que tivesse ficado louca. – Ri sem graça.

– Eu também, mas resolvi entender primeiro o que foi aquilo que você passou pra mim. – Deu uma piscadela. – Este foi o primeiro momento que me senti como durante o beijo, fazendo tudo em mim elevar.

Sorri sem mostrar os dentes, contente por ele gostar do nosso primeiro beijo mesmo que tenha sido inocente. Achei que ele não se importava, mas foi tão intenso como foi pra mim. Chris só conseguiu pensar com mais calma. Eu que fui maluca, precipitada e fraca.

Suspirei, levando uma mão aos seus cabelos. Seu rosto ficou suave, apreciando.

– O que estava sussurrando? – Perguntei. Abriu um lindo sorriso.

Depois de uma leve risada, ele começou a cantar Tenerife Sea, minha música favorita do Ed.

Adormeci com ela. 

 


Notas Finais


Enfim, como estão? Sem ar também? kkkk'


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