História Inside X-men - Meu lugar

Era 11:54 da noite. Eu tinha escrito um bilhete pra Vampira. Que dizia:

" Amiga, eu sinto muito ter que ir embora, mas é necessário. Eu preciso de um tempo pra pensar, pensar em mim, na minha vida, e no que eu realmente quero. Por isso estou voltando pra casa. Sinto muito não te avisar pessoalmente, mas se eu fizesse, você tentaria me impedir.
Pode ser apenas por um tempo, ou não. De qualquer forma, vou te ver de novo.                     Beijos, Paulline."

Deixei o bilhete em cima da estante dela.

E outro, para o Charles:

" Charles, nem sei como começar esse bilhete. Espero que você me entenda, eu precisei fazer isso. Vou pra minha casa. Preciso de um tempo pra pensar, preciso de um tempo pra esperar essa poeira abaixar, preciso simplesmente de um tempo. Isso pode ser só temporariamente. Quem sabe eu volte.
Por favor, não fique triste comigo. Eu não pude te dizer pessoalmente, eu não conseguiria ir embora.  Eu te amo, de alguma forma.
                            Paulline."

Deixei o bilhete, dentro de um envelope selado, assinado em anônimo, destinado a "Professor Xavier" em cima do balcão da secretária da sala de espera do Charles. Quando ela chegasse já iria ver.

Voltei a dormir, mas no sofá da sala de estar, e tinha colocado meu celular pra despertar.
Acordei 5:30, e pedi um táxi. Eu ja estava com a mala perto de mim, e já estava arrumada.
Fui lá pra fora, ficar esperando o táxi. Abri o portão com meus poderes.
O táxi logo chegou.
Pedi que minha mãe depositasse um tanto de dinheiro, pra eu pegar o vôo da manhã.

Peguei o vôo das 7:00 da manhã. Logo estava no aeroporto, no meu estado.

Minha mãe e meu pai vieram encontrar comigo.

Mãe
- Filha! - nos abraçamos.
Abracei meu pai depois.

Pai
- O que aconteceu filha?

Eu
- Eu decidi que precisava vir pra cá, pelo menos um pouco. Estava com saudades de vocês, saudades de casa. E preciso de um tempo pra pensar, no que eu realmente quero.

Pai
- É só isso mesmo? Ninguém te desrespeitou? Não tem nenhum outro motivo pra você voltar?

Eu
- Não pai. É só isso.

Meu pai não disse mais nada.
Voltamos pra casa.
Era bom estar em casa de novo, tenho que admitir que senti saudade.

Lisy:
- Paulline! - escuto a voz da minha irmãzinha, e vejo ela correndo em minha direção. Sorri ao ver sua carinha.

Nos abraçamos.

Eu
- Lisy! Minha princesinha, que saudade de você!

Logo Trent apareceu na porta, com a expressão normal dele, ele não demonstrava muito os sentimentos.

Nos abraçamos.

Trent
- Quer dizer que você voltou ameba?

Eu
- Sim, por enquanto. Sentiu minha falta né?

Trent
- Nem um pouco. - ele sorriu, e me abraçou de novo.

Entramos em casa.
Eu sabia que teria muitas perguntas para responder.

"Como é lá?" - Lisy perguntou.
"Você gostou de lá?"- perguntou Trent.
"Tem muitos mutantes poderosos? O que eles faziam?" - Lisy.
"O que vocês faziam lá? Era como uma escola normal?" - Trent.

Respondi todas as perguntas.

Depois que tomei café, mesmo tendo comido antes de viajar, e dormi um pouco, eu comecei a pensar no que eu iria fazer.
Minha mãe queria saber se eu iria me mudar pra cá de novo, mas era algo que eu não queria. Eu não saberia mais como me adaptar numa escola normal, depois que estudei no instituto Xavier.

Eu acho que vou voltar, mas só preciso de um tempo.

Mais tarde, naquele mesmo dia, Charles ligou para minha casa.

Mãe: "Alô?" "Ah, sim, professor Xavier." - minha mãe olhou pra mim. Fiz uma expressão de susto. - "Então, ela não veio com seu consentimento?" - minha mãe ainda olhava pra mim, com cara de reprovação. Abaixei a cabeça. - "Hum, mas ela deixou um bilhete então?... Entendo. Você quer falar com ela?" - balancei a cabeça dizendo que não várias vezes. - "Não, sinto muito, mas ela saiu." "Eu acho que eu não preciso conversar com o senhor professor, ainda confio em você. Vou falar com minha filha."- Ficou alguns segundos sem falar, escutando ele. - "Sim, eu digo pra ela" "obrigada, tchau." - Ela desligou o telefone.

Mãe
- Então Paulline.. Você saiu escondida, minha filha?

Abaixei a cabeça.

Eu
- Sim. Fiquei com medo de não me deixarem vir, ou sei lá, ligarem pra você antes e, assim geraria uma confusão.

Mãe
- Filha, você não podia ter feito isso. Mas, agora você já está aqui, e está bem, é isso que importa. Mas, realmente, não aconteceu nada mais grave pra você sair assim?

Eu
- Não mãe. Não aconteceu. Você sabe como eu complico as coisas.

Mãe
- Ok, tudo bem. O professor disse que, se você quiser falar com ele, é só ligar. Ele não vai te perturbar te ligando.

Eu
- Ta..

Fiquei pensativa. Eu tinha que decidir o que eu ia fazer.

Visitei alguns colegas de escola, que eram quase amigos. Visitei alguns lugares da cidade também.
Foi uma semana legal, revendo as coisas do lugar onde eu morava.

Eu já estava há uma semana e meia em casa.
E ainda não sabia quando eu iria voltar.
**
Eu fui em uma lanchonete, passar um momento com meu irmão e minha irmãzinha.
Estavamos do lado de fora da lanchonete.
Quando de repente, um carro atravessou a estrada, perdeu o controle, e veio com tudo, batendo na placa da lanchonete.
Ela ia cair em cima das pessoas que estavam ali fora, incluindo eu e meus irmãos.
Involuntariamente usei meus poderes, e desviei a placa, devagar, colocando onde não tinha ninguém.

As pessoas estavam assustadas pelo acidente, e pela placa. Mas ficaram surpresas demais com meus ppderes.
Passado o perigo, estavam todos olhando pra mim, sem acreditar. Mas logo a expressão mudou para um certo receio, medo, ou algo assim.

Eu tinha salvado elas, e elas ainda assim tinham um certo medo de mim. Eu realmente não podia entender as pessoas humanas normais.

Peguei minha irmãzinha no colo.

Eu
- Vamos embora daqui! - joguei o dinheiro na mesa, e olhei para o dono da lanchonete, que também estava me olhando. E saí. Meu irmão me seguiu.

Foi só então que percebi, a verdade que eu nunca poderia esconder de ninguém, muito menos de mim.
Eu sei onde é o meu lugar..