História Inside X-men - De volta

Voltei pra casa, e logo fui pro meu quarto.

Mãe
- O que aconteceu filha?

Eu
- Nada mãe! - comecei a arrumar minha mala.

Trent
- Ela salvou todo mundo na lanchonete. Uma placa ia cair em cima de todos nós, depois de um carro ter batido.

Eu
- Trent, cala essa boca!

Mãe
- Você usou os poderes na frente das pessoas, e elas ficaram te encarando depois não é?

Eu
- Sim, mas não importa mãe. - eu continuava a arrumar minhas coisas, sem parar.

Mãe
- O que você vai fazer?

Eu
- Vou voltar pra onde é o meu lugar. Pra onde eu tô sentindo falta. Pra onde é o lugar que eu me sinto mais.. eu.

Mãe
- Você vai voltar pro instituto?

Eu
- Vou mãe.
**
Terminei de arrumar minhas coisas. Voltaria pro instituto no dia seguinte.

Antes de dormir, minha mãe e meu pai conversaram comigo.

Pai
- Você tem certeza de que quer voltar?

Eu
- Sim pai.

Mãe
- Não é que não achamos o instituto um lugar bom pra você, pelo contrário, é maravilhoso. Mas, como você quis voltar pra cá, há pouco tempo, é bom que você tenha certeza do que quer.

Pai
- Sua mãe tem razão. Já que você voltou pra ter um tempo, pra pensar, você talvez precise de mais tempo não é?

Eu sabia que eles estavam querendo que eu pensasse no que eu queria, mas também o lado de que estavam com saudade de me ver em casa tava predominando nessa hora.

Eu
- Gente, eu sei que vocês estavam sentindo falta de me ver todo dia aqui em casa, mas eu tenho certeza. Eu preciso voltar pro instituto.

Eles ficaram alguns segundos em silêncio, e se olharam.

Pai
- Tudo bem, se você está certa disso..

Mãe
- Sim, é verdade, sinto sua falta, mas sei que é necessário, e vejo que você tem certeza. Então, vai em frente filha.

Eu
- Que bom que entendem. Boa noite Mãe, boa noite Pai..

Pai
- Boa noite. - me deu um beijo na testa de boa noite.

Mãe
- Boa noite. - me deu um beijo no rosto.

Adormeci.
**
Acordei 8:30 com o despertador.
Levantei, me arrumei, e fui tomar café.

Logo tive que me despedir dos meus irmãos. Eu ia pegar o vôo das 11:00.

Lisy:
- Aah! Você vai embora de novo? - falava aquela vozinha doce que eu tanto gostava de escutar. Estava com uma carinha meio tristinha.

Eu
- Preciso ir Lisy. Mas lembra que dá primeira vez eu disse que ia voltar pra te ver? E eu voltei, não voltei? Então, eu vou voltar de novo. Acha que eu consigo ficar muito tempo longe de você?

Ela me abraçou.

Lisy
- Eu te amo Paulline! - quando se soltou do Abraço, seus olhos estavam cheio de lágrimas, e escorreu uma. O que me fez encher meus olhos de lágrimas também.

Eu
- Ah, não chora amebinha - eu sorri. - Eu também te amo!

Trent
- Você vai mesmo de novo?

Eu
- Olha só, não quer que eu vá. Nem parece o Trent que eu conheço. - eu ri.

Trent
- Ah, eu nem ligo! - ele ficou sério, mas sorriu depois. - Vê se não demora pra aparecer! - ele me abraçou - Vê se toma juizo, se eu souber de garotos atras de você, coitado deles! - eu ri. - te amo mana. - ele disse baixo.

Eu
- Também te amo. - falei baixo também.

Fui para o aeroporto. Era 9:45 quando sai de casa. Cheguei no aeroporto por volta das 10:15.
Me despedi de meus pais.

Mãe
- Vai ficar bem não é?

Eu
- Vou sim mãe.

Mãe
- Me liga quando chegar lá. E qualquer coisa, não exite em me contar. E me ligue mais vezes.

Eu
- Mais do que duas vezes na semana mãe? - ela só fez uma cara de "sim, isso mesmo". - Ta, ta bom, farei o possível.

Pai
- Se quiser vir de novo de última hora, avise o professor. É mais seguro que te levem até o aeroporto.

Eu
- Ai, ta bom pai. Não se preocupe.

Pai
- Ta. Te amo filha. - ele me abraçou.

Mãe
- Eu amo você filha. - e me abraçou também.

Fui embarcar.

Penso no que meus pais diriam, se soubessem que tive um caso com o professor Xavier. Não iriam mais ver ele como o homem confiável que vêem. Embora ele seja sim, e o fato de ter ficado comigo não muda isso.
Meus pais não sabem o quanto as coisas mudaram pra mim, o quanto minha vida mudou, o quanto eu mudei, desde que fui pro instituto.
É melhor que não saiba. As mudanças não foram só nos poderes.
**
Enquanto estava no avião, adormeci por um tempo. Quando acordei, não se passou muito tempo e o avião pousou.

Peguei um táxi, e logo estava na porta do instituto.

Parei por alguns segundos na frente do instituto, olhando tudo, todo aquele lugar enorme, e pensei em como eu me sentia em casa quando estava ali.

Eu queria fazer uma surpresa, então não chamei ninguém no interfone.
Abri o portão com meus poderes, e entrei.

Andei bem rápido, queria chegar logo. O caminho era um pouquinho longo, do portão até a porta do instituto.

Abri a porta principal, e então entrei.
Logo encontrei com Hank perto da entrada, quando ele estava passando.

Hank
- Paulline! - ficou surpreso. - Você voltou!

Eu
- Sim Hank, voltei. - Dei um abraço rápido nele. - eu tenho que ir, quero ver meus amigos.

Hank
-  Ah, deixa que eu levo sua mala.

Hank
- Obrigada. Não precisa, não está tão pesada.

Andei até a sala principal, onde ficava a escada para os quartos.
Quando cheguei, tive uma surpresa.

- Eu senti seus pensamentos, então vi que você voltou. - escutei uma voz, olhei a minha frente, era o Charles.

Eu
- Eu tive que voltar. Aqui é meu lugar. - eu sorri. Ele sorriu também.

Fomos interrompidos pelos meus amigos e colegas, que passaram pelo corredor naquela hora.
Vampira estava comversando distraída, quando me viu.

Vampira
- Paulline! - ela ficou surpresa, e veio me abraçar. Ela podia, contanto que sua pele não tocasse minha pele. - Olha aqui - ela me deu um tapa no braço. - você nunca mais me fez uma coisa dessas hein!

Eu
- Ai! - respondi ao tapa - ta bom, não faço. - eu sorri.

Vampira
- Como assim você vai embora do nada? O que aconteceu?

Eu
- Ah, é como eu te disse no bilhete. Eu precisava de um tempo pra pensar. - olhei um pouco depois para o professor Xavier.

Kurt
- Como assim você vai embora? Que falta de consideração com os amigos! - ele estava fingindo drama.

Eu
- Ai Kurt, me desculpa! Não vou fazer mais isso. Foi só um momento de confusão mesmo. Mas eu já tô aqui.

Jean, Scott, Ororo, Jubilee e Bobby estavam todos ali, cumprimentei eles, e os outros colegas apenas de longe.

Vampira
- Bom, vamos guardar suas malas.

Olhei pro Professor, eu tinha que conversar com ele.

Eu
- Sim, vamos. - respondi a Vampira.

" Depois conversamos."  - ele falou em minha mente.

Subi e guardei as malas. Arrumei minhas coisas na gaveta novamente.
**
Mais tarde, por volta das 6 da noite, Charles me chamou pra conversarmos.

Entrei na sala dele.

Eu
- Licença..

Charles
- Entre. Sente-se por favor.

Eu me sentei na cadeira a frente dele.

Charles
- Então, acho que temos que conversar. Mas você que começa.

Eu
- Então Charles, sinto muito ter te deixado apenas um bilhete. Como eu disse no próprio bilhete, se eu tivesse dito pessoalmente, não teria conseguido ir.

Charles
- Sim, eu entendo. Mas, sobre essa história que diz pra todos, de querer um tempo pra pensar no que quer, sei que não é verdade, não em relação ao instituto.

Eu
- Pois é. Foi por causa de você sim, por causa de nós dois. Eu não podia acabar com o que a gente tinha, e continuar aqui, te vendo todo dia, quase a todo momento. Por isso eu tive que fugir, até estabelecer minha mente.

Charles
- Se quiser qie eu faça você esquecer, eu posso..

Eu
- Não Charles. Eu não quero esquecer tudo o que vivi, essa parte tão bonita e importante da minha vida. Eu só tinha que me estabelecer um pouco mais.

Charles
- E conseguiu?

Eu
- Uma parte sim. Não totalmente. Mas sei que vou conseguir. Mas e você?

Charles
- Eu? Eu.. eu senti sua falta. Mas, eu entendo, que tudo está caminhando pra ficar cada coisa em seu lugar.

Eu
- Que bom que entende. Charles, nunca quis te deixar mal, só quero que as coisas se encaixem.

Charles
- Eu sei. Entendo. O importante é que agora você já está de volta. Sei que você precisa dessa escola, e essa escola precisa de você.