O avião já está quase pousando. São quase 5 horas da tarde.
Eu vou pra esse tal instituto só amanhã. Minha mãe decidiu que no primeiro dia, como chegariamos tarde, iriamos ficar num hotel, organizando tudo, descansando, e quem sabe saindo um pouco pra conhecer os lugares daqui juntas, coisas que minha mãe gosta de fazer, aff.
Saimos do aeroporto e pegamos um táxi até o hotel onde vamos ficar. Eu não estava me sentindo cansada, afinal a viagem foi de só 4 horas, eu não estava tão indisposta.
Minha mãe organizou algumas coisas na pequena mala dela, separou alguns documentos meus, e dela, que precisaria amanhã, e eu mexendo na internet, já que o hotel tinha wifi.
Minha mãe terminou o que estava fazendo, e então nós fomos passear pela cidade. Andamos por pontos turísticos, coisas que a minha mãe gosta de fazer. Depois fomos a uma pizzaria. Minha mãe queria jantar num restaurante, mas eu a convenci.
Voltamos pro hotel, e ai como eu estava cansada, tomei mais um banho, e me deitei com meu livro, mas não demorei muito pra dormir.
No outro dia, acordei por conta própria, por incrível que pareça. Eram 8 da manhã. Eu não sabia que horas minha mãe iria pra esse instituto, mas não acordei ela.
Fui olhar a paisagem pela janela de vidro. Puxei a cortina de leve e fiquei observando, nada além de prédios, e o céu que estava simplesmente branco. Voltei pra minha cama, mas não consegui dormir. Peguei meu livro, eu lia mas as palavras não entravam na minha cabeça. O que iria me acontecer nesse instituto? E eu não gostava de falar, mas, o que me aconteceria sem minha mãe? Sem meu pai? Até mesmo sem meus irmãos.. sem minha família.
Eu não teria outra alternativa, a não ser confiar em alguém. Nesse professor Xavier, ou em alguém daquela escola.
Era 8:30, o despertador da minha mãe tocou.
Mãe:
- Como assim? Você acordou antes de mim? Que acontecimento hein..
Eu:
- Pois é. E não gostei nenhum pouco. Mas simplesmente acordei faz meia hora e não consegui voltar a dormir.
Mãe:
- Você ta nervosa por causa do instituto né?
Eu:
- ... É...
Mãe:
- Você vai se enturmar lá. Vai ficar tudo bem.
Aquilo não mudou nada. Mas fiquei quieta.
Me levantei, e fui me arrumar. A gente ia descer pra tomar café da manhã.
Enquanto me arrumava perguntei.
Eu:
- Que horas nós vamos pra esse tal instituto?
Mãe:
- Logo depois do café da manhã. Achei que seria uma boa, você ir antes do almoço, pra almoçar com seus colegas, e já poderem se conhecer.
Aquilo só me deixou ainda mais nervosa. Tentei disfarçar minha cara de apavorada.
Mãe:
- E então?
Eu:
- E então o que?
Mãe:
- O que achou dessa idéia?
Eu:
- Ah.. ótima. - eu fazia uma cara de sarcasmo, sem que minha mãe visse.
Mãe:
- Que bom! O professor Xavier também achou. Foi ele que pensou nisso.
Eu:
- Ah, que legal.. Já estou gostando mais dele agora.. - disse sarcasticamente, minha mãe não entendeu.
Tomamos o café. E fomos pro tal instituto.
Quando cheguei, nem acreditei. Era enorme aquela escola, exatamente como eu tinha visto na internet. Mas pessoalmente bem maior.
Mãe:
- Chegamos!
Eu:
- É, quer dizer que eu vou morar numa mansão.. legal.
Entramos, e ele já estava lá pra nos receber. Ele, o tal Professor Xavier, que eu tanto tenho ouvido falar.
Prof. Xavier:
- Olá senhora Carter! Prazer conhece-la pessoalmente. - minha mãe e ele se cumprimentaram.
Enquanto eu olhava pra ele, tentando ter uma primeira impressão daquele professor.
Ele aparentava ter uns 36 anos, tinha olhos azuis bem notáveis, e o cabelo dele era bonito, fazia ondas, era um pouco grande, mas não tanto. Estava usando uma blusa social de botão, com uma gravata, e uma calça social também. Tudo isso só pra receber uma aluna nova?
Prof. Xavier:
- Olá Paulline, prazer em te conhecer também. Estou curioso pra conhecer os seus..dons. E, não. Eu quase sempre me visto assim. Nunca sei quando virá alguém me procurar.
Não disfarçei minha cara de surpresa. Não sabia que o poder dele era telepatia. Ele viu que eu estava analisando ele. Ele sorriu.
Prof. Xavier:
- Vamos conhecer a escola Paulline?
Eu balanço a cabeça que sim.
Ele me mostra toda a escola, parece bem atencioso realmente. E depois de me mostrar vários lugares da escola, só os mais importantes, me mostrou meu quarto. Deixei minhas coisas em cima da minha cama.
Prof. Xavier:
- Não se preocupe, ninguém vai mexer nas suas coisas. Vamos la fora, quero ver seus poderes.
Eu:
- Não sei..se lá fora seria um bom lugar pra mostrar os meus poderes.- foram minhas primeiras palavras, não tinha falado nada até agora.
Prof. Xavier:
- Porque?
Fiquei surpresa dele ter perguntado, pensei que fosse ler minha mente pra saber.
Eu:
- Meus poderes, tem a ver com energia, e eletricidade.
Prof. Xavier:
- Ah, interessante.
Fomos até o escritório dele.
Prof. Xavier:
- Então, me mostre.
Eu:
- Pode acabar queimando alguma lâmpada talvez..
Ele ri.
Prof. Xavier:
- Não tem problema.
Então, comecei a mostrar o que eu podia fazer.
Eu olhava pra lâmpada, tentando me concentrar. E então acendeu.
O professor fez cara de um pouco surpreso.
Joguei uma carga elétrica numa tv do escritório, e ela ligou na hora. Depois levitei uma mesinha de metal, que conduz energia.
O professor se mostrou surpreso de verdade.
Prof. Xavier:
- Que interessante, muito interessante, você controla a energia, eletricidade, com a mente. E ainda da descargas elétricas. Impressionante.
Mãe:
- Além disso, ela também consegue conduzir energia através das emoções, mas isso acontece mais dificilmente.
Minha mãe gostava de ver os meus poderes, mas ainda assim, parecia um pouco preocupada.
Prof. Xavier:
- Muito interessante, realmente. Mais do que eu esperava! Esses poderes te dominam Paulline?
Eu:
- Não.. mas isso porque, eu não os uso sempre. - abaixo a cabeça.
Prof. Xavier:
- Aqui você vai ser livre pra usar quando quiser, desde que, você saiba controla- los. E, é isso que aprendemos aqui. E mais.
Eu:
- Sim, e a conviver na sociedade, sendo mutante. É, eu ouvi falar.
Prof. Xavier:
- Então você sabe porque está aqui. E eu vou fazer o possível pra que você se sinta bem na minha escola. - ele sorri pra mim. Eu forço um sorriso de lado pra ele, abaixando a cabeça.
Depois eu tive que ir pra sala, esperar pra que minha mãe conversasse com ele, e terminasse de fazer minha matricula definitiva.
Algumas pessoas passaram por ali enquanto eu estava sentada esperando.
Primeiro um homem, forte, alto, com um penteado meio diferente, meio mal encarado, mas estiloso. Achei bem bonitão. Parecia ser um homem seguro de si, e cheio de atitude.
Olhou pra mim sentada no sofá. E disse:
- O professor está conversando com alguém?
Eu:
- Sim. - respondi meio cismada. Ele parecia bravo, não por alguma razão, mas por natureza.
- Hum - ele respondeu.
- Logan! Não assuste a aluna nova. - um outro homem entrou na sala. Usava óculos bem retro, parecia ser um daqueles caras muito inteligentes, que as pessoas acham estranhos. Parecia muito boa pessoa.
O cara, estiloso, Logan, foi como o outro chamou ele, saiu da sala.
- Desculpe, ele não costuma ser muito amigável. Mas no fundo é um cara sensível, mais ou menos. - ele riu. Eu sorri de leve. - Meu nome é Henck, Hanck Mccoy. Seja bem vinda ao instituto Xavier.
Eu:
- Obrigada.
Hanck:
- No começo é estranho mesmo, mas depois você vai se acostumar.
Eu estou bem quieta, acabei de conhecer ele, e essa escola, ainda não tenho muito pra falar.
Eu:
- Eu espero. - sorrio de lado.
Minha mãe e o professor saem da sala.
Prof. Xavier:
- Obrigada senhora Carter, pela confiança no instituto Xavier.
Mãe:
- Sei que estou confiando nas pessoas certas. Obrigada professor. Cuide dela pra mim por favor. - minha mãe fala essa última frase mais baixo, esparava que eu não ouvisse.
Prof. Xavier:
- Sim, tudo bem. Eu cuidarei. - o professor fala essa última frase mais baixo também, e um pouco rápido.
Cuidar de mim.. como se fosse preciso.
Fui até a porta do instituto com a minha mãe. Me despedi dela.
Mãe:
- Vai dar tudo certo. E tenho quase certeza de que você vai se acostumar rápido com aqui. - minha mãe começa a se emocionar - Eu te amo filha! - ela me abraça. Eu a Abraço bem forte de volta.
Eu:
- Eu também te amo mãe! Se cuida você! Eu vou ficar bem, você sabe disso.
Mãe:
- Ta. Não esquece de me ligar, pelo menos 3 vezes por semana.
Eu:
- Ai mãe... ta bom.
Mãe:
- Tchau Filha..
Eu:
- Tchau mãe.. - dou tchau, enquanto assisto minha mãe entrar no carro. Depois acenar pra mim enquanto vai embora no carro.
Pronto, ela já foi. Eu estou sozinha agora. Mas vou ficar bem.
Prof. Xavier:
- Paulline..
Escuto uma voz atrás de mim. Me virei, e era o professor Xavier, parado de pé do meu lado.
Prof. Xavier:
- Espero que você se adapte. - ele sorri de canto pra mim. - vamos entrar. Daqui a pouco é hora do almoço, você pode ir pro seu quarto arrumar suas coisas, e depois ir pra sala de jantar. Sim?
Eu:
- Ok.
Vim pro meu quarto, que vou dividir com uma colega de quarto, uma tal de vampira. Será que ela é uma vampira mesmo?.
Arrumei minhas coisas nas gavetas, e estava indo para a sala de jantar. Eu tô tentando lembrar onde é, nessa "casa" enorme. Consegui achar.
Cheguei, e os alunos estavam entrando nessa sala também, fora os que já estavam sentados às mesas. alguns deles olharam pra mim quando entrei na sala. Uma delas uma garota, com as mexas da frente do cebelo brancas, um estilo super diferente, mas que eu gostei.
Eu ia me sentar em uma mesa, quando o tal Henck me disse pra sentar naquela mesa, junto com a garota de cabelo diferente, que é segundo ele, minha colega de quarto, a vampira. Me sentei na mesa meio sem jeito. Ela estava olhando pra mim.
Hanck:
- Vampira, essa é a Paulline, sua nova colega de quarto. Seja amigável hein.
Eu:
- Oi..
Vampira:
- Oi...
Um outro garoto chegou e se sentou do lado dela, acho que é seu namorado. E mais uma garota também se sentou do meu lado, é uma japonesa. E um outro que é todo azul. Todos me cumprimentaram, e eu cumprimentei. Começamos a conversar, e quando eu vi, ja tinha bons colegas na turma, especialmente noturno, que era bem engraçado, e a japonesa. Eu e minha colega de quarto ainda não conversamos muito, mas eu tenho impressão de que a gente vai se dar bem, porque ela se parece muito comigo.
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