História Inside X-men - Mercúrio vulgo QuickSilver

Peter
- Oi, garota paranormal.. - ele sorriu irônico.

Eu
- Oi Flash..- sorri também.

Peter
- Ah não, Flash não. - Eu ri.

Eu
- Então, qual seu nome mutante?

Peter
- Mercúrio. Em inglês QuickSilver.

Eu
- Tem até em inglês? Que sofisticado.

Ele sorriu.

Peter
- Mas e seu nome mutante?

Eu
- Se eu disser que ainda não me decidi por um nome..

Peter
- Não? Tudo bem, eu te ajudo a escolher um. Tem tantos..

Eu
- Tipo qual?

Peter
- Hum.. Super choque, paranormal, raio?.. - ele fez um sinal de "não saber" com as mãos. Dei um tapa no braço dele. Eu ri, ele também.

Eu
- Muito engraçado Peter.

Peter
- Só tô tentando ajudar. - ele falou ainda rindo.

Eu
- Ajudou demais. Valeu hein. - rimos mais um pouco.

Ele parou de rir e ficou me olhando de lado por alguns segundos.
Depois começou a fazer a atividade, assim como eu estava fazendo.

A primeira aula acabou.

Peter
- Você tem aula do que agora?

Eu
- Biologia.

Peter
- Droga. A minha é geografia. E a terceira aula?

Eu
- Matemática. É a mesma que a sua?

Peter
- Não, a minha é Física. Não sei porque estudamos física, se nós desafiamos as leis dela. Eu principalmente. - rimos.

Eu
- Não tem problema. A gente se vê no almoço, pode ser?

Peter
- Tá. - ele sorriu.

Eu
- Tchau Peter. Até depois.

Peter
- Tchau..

A hora passou, e logo era hora do almoço.

Eu
- Temos que arrumar mais um lugar na nossa mesa.

Vampira
- Porque?

Eu
- Peter vai almoçar com a gente hoje.

Vampira
- Hum, entendi. - ela deu um sorrisinho.

Eu
- O que?

Vampira
- Não, nada. - ela ainda estava sorrindo. - eu acho que tem um lugar sobrando, não tem? Se não tiver ele pega outra cadeira.

Chegamos na sala de refeições.
Me sentei, e fiquei esperando. Não demorou muito pra ele aparecer.

Peter
- Demorei?

Eu
- Meio impossível, considerando seus poderes. - ele sorriu de lado.

Ele sentou do meu lado.

Vampira ficou me olhando tipo "hummm". Eu queria rir, com vergonha, mas disfarcei.

Eu acho Peter um garoto lindo, o estilo dele, o jeito dele, tem alguma coisa que, não sei, parece que mexe comigo. Mas, ainda não sei, se estou me apaixonando.
Eu já me apaixonei uma vez, e faz pouco tempo, foi pelo professor Xavier. Isso passou, embora ficou alguma coisa no ar.
Não sei se quero me apaixonar de novo, não sei se tenho medo, porque da última vez foi passageiro, e depois de tudo ainda sempre fica alguma coisa. Eu não sei se estou pronta pra passar por isso de novo.

*Pensamento Peter* - desde a explosão do instituto.
Paulline, uma garota..maravilhosa. Quando salvei ela na explosão, eu a peguei no colo, e tirei ela de lá. Depois, quando já estavam todos lá fora, eu pude ver melhor ela. Eu tive que parar e olhar bem pra ela. Seus olhos castanhos escuros, sua boca, que ainda ficou mais bonita quando ela sorriu, da segunda vez que encontrei ela. Seu cabelo, nossa, absolutamente tudo. Seu jeito, que conheci mais na segunda vez que vi ela. Eu tô muito afim dela. Não, não estou apaixonado. Não posso me apaixonar sem antes nem saber se ela está um pouco afim. Mas eu consigo fazer ela ficar afim..
**

Peter
- Então, vocês costumam falar sobre o que, numa roda de conversa, numa escola de mutantes?

Scott
- Coisas normais, que os adolescentes normais falam.

Peter
- Não rola nem uma zueira com os poderes?

Eu
- Peter, não é assim. Você tem que manter o controle. E, quando vc tá em um lugar que todos tem poderes, usá-los se torna algo bem comum..

Vampira
- Tão comum que às vezes você nem usa. A não ser no treinamento.

Kurt
- No seu caso sim né Vampira, se relar você deixa em coma..

Eu
- Kurt, não tem graça..

Vampira
- Tudo bem, são só piadinhas. - ela se virou para o Kurt - Cala a boca smurf.

Peter riu um pouco alto.

Peter
- Essa foi boa..

Eu
- Piadas assim acontecem à todo momento. Logo vão arrumar umas pra você também.

Vampira
- Pois é. Eu às vezes chamo ela de 120 volts.

Peter riu.

Peter
- Gostei. Bem a sua cara.

Eu
- Você chegou agora e já ta zuando com a minha cara, é, Peter?

Peter
- Desculpa, mas é engraçado. E, eu vou zuar todo mundo. Mas só de brincadeira.

Eu
- E vai se preparar pra ser zuado também.

Peter
- Faz parte.

Almoçamos, falando algumas coisas em alguns intervalos.

Acabamos o almoço. Logo voltaríamos pras aulas. Fomos conversando pelo caminho até a sala de estar.

Eu
- Você foi um herói, na hora exata. Sabe disso né?

Peter
- Claro que eu sei. Meu bem eu sou demais.. - ele abriu os braços. Fiquei olhando pra ele enquanto falava. Eu não discordaria. - Não, mas falando sério. Fico feliz de ter chegado antes que tivesse explodido tudo. Se não, eu não estaria aqui.

Eu
- Pois é. Nem eu. - sentamos no sofá. - Como foi salvar todos?

Peter
- Na verdade até eu fiquei surpreso.

Eu
- Se lembra de como me salvou?

Peter
- Hum..deixa eu ver.. Ah sim, você estava sentada na beira da janela. Meio arriscado não é? - ele olhou pra mim. Mas antes que eu respondesse, continuou. - É, acho que te devo um refrigerante. - ele sorriu.

Eu
- O que?

Peter
- O refrigerante que você estava bebendo na hora. Eu peguei você no colo - ele olhou pra mim meio diferente. - te tirei de lá, e bebi seu refrigerante. - ele deu um falso sorrisinho meigo.

Eu
- Ah, então foi isso? Eu tinha acabado de abrir o refrigerante, tinha bebido só um pouco. Que bom que falou, quero outro refrigerante mesmo. - fiz uma cara de exigente.

Peter
- Vou ver se eu te compro um.

Eu
- Vai ver nada. Vai comprar sim.

Peter
- Vou ver, 120 volts.

Eu
- Vai comprar sim. Surfista prateado. - a gente riu.

Peter
- Surfista prateado.. criativa hein..- eu sorri.

Ficamos quietos alguns segundos.

Eu
- Então, você me pegou no colo?

Peter
- Sim - ele olhou pra mim de lado, e sorriu.

Eu
- Hum, e agora eu tenho que me apoiar no seu ombro, dar um beijo no seu rosto e dizer "meu herói"? - fiz uma voz de mocinha de filme.

Peter riu.

Peter
- Não seria uma má idéia.. vai, pode fazer..

Eu
- Ah mas nem pensar..- nós rimos.

Peter
- Porque? Você não me daria um beijo no rosto? Sou feio?

Eu
- Mas é claro que não Peter!

Peter
- Claro que não sou feio? Ou claro que não me daria um beijo no rosto?

Eu
- Não.. ai Peter, você me confunde! - ele sorriu com a minha reação de confusa. - Olha, eu daria um beijo no seu rosto sim, eu não faria essa cena cliché de filme, e claro que você não é feio, já se olhou no espelho por acaso?

Peter
- Então me acha bonito? - ele sorriu.

Fiquei sem resposta.

Peter
- Hein?

O sinal tocou.

Eu
- Nossa, tocou o sinal. Vamos? - levantei e saí andando para a sala de aula.

Ele demorou um pouco pra vir, mas logo estava do meu lado.

Peter
- Você vai ter que me responder, uma hora ou outra.

Eu
- Então vai ser outra. Agora tenho aula.

Peter
- História?

Eu
- Sim..

Peter
- Olha que coincidência, eu também. - ele levantou a folha de grade de aulas dele, me mostrando.

Fiquei meio desconcertada.
Entrei na sala.
Ele sentou na mesa atrás de mim.

Pensei que ele fosse me cobrar a resposta ao longo da aula, mas ele não fez isso.
A aula se seguiu.
Quando acabou a aula, ele não tocou mais no assunto. Não sei se eu queria ou não que ele me cobrasse a resposta da pergunta dele.

Eu acho Peter bonito, lindo na verdade.
É uma droga, porque, to sentindo que cada vez mais, quando ele aparece, já me dá aquele frio na barriga repentino, e aquela taquicardia. Sei que é cliché isso, por isso acho tão bobo. Mas, é verdade que eu to sentindo que tô me apaixonando. E diferente de com o Charles, eu sinto que estou com medo dele não estar sentindo a mesma coisa.
É estranho porque, com o Charles eu fui tão..dominadora da situação. E com o Peter eu estou tão... sei lá, eu não sei o que dizer.