História Inside X-men - Um cara diferente

~POV. Charles~

Entrei no cérebro, e me concentrei. Encontrei o Peter, que dessa vez estava parado.

"Peter.. " - Falei na cabeça dele. "Me deixa em paz professor." - Ele respondeu em voz alta. E então ele sumiu mais uma vez.

A localização dele ficava mudando muito rápido, então eu não pude me comunicar com ele dessa vez.

Saí do cérebro. Frustrado por não ter conseguido falar com ele.

Um pouco antes da hora de recolhimento, Paulline veio me procurar.

- Professor, encontrou ele? Falou com ele?

- Encontrei, mas, antes que eu conseguisse falar alguma coisa, ele fugiu mais uma vez.

- Que droga Peter!

- Vamos dar mais um tempo pra ele. Daqui a dois dias eu tento de novo. Pelo menos sabemos que ele está bem.

- É, pelo menos isso. - ela disse num tom um pouco frustrado ainda. - Boa noite professor, com licença.

- Boa noite.

Então mais um dia se foi.

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Eu vou ter que esperar mais dois dias para o professor tentar se comunicar com ele de novo. Meus sentimentos já se misturam em tristeza, saudade, frustração, preocupação, e agora um pouco de raiva, porque Peter já estava me deixando com raiva, porque parecia que não queria me ver. Além disso achei bem egoísta da parte dele, sumir desse jeito, sem pensar em como a mãe dele ia ficar, a irmã dele, e eu também. 

Eu

- Ai Peter, se eu tivesse o poder do cérebro, você já teria escutado muito chingo de mim! - falei comigo mesma, sozinha no meu quarto.

Então a Vampira chegou, logo apagamos as luzes e fomos dormir. No meu caso tentar dormir, e acabar dormindo mal.

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Os dois dias se passaram, completando um mês que o Peter sumiu, e o professor foi tentar se comunicar com Peter de novo. 

Fiquei na sala que antecede a sala do cérebro. Vi o professor abrir a sala com o reconhecimento de visão, e entrar na sala do cérebro. A porta se fechou e eu e Hanck ficamos esperando do lado de fora. Parecia uma espera sem fim.

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~POV. Charles~

Mais uma vez, entrei no cérebro e me concentrei. Dessa vez eu tinha outro jeito de me comunicar com Peter. Eu ia fazer o mesmo que fiz pra me comunicar com Raven outra vez.

Localizei Peter, que estava parado mais uma vez. Usei a mente de uma senhora que estava perto, e então comecei.

"A Paulline precisa de você, Peter!"

Peter olhou para a senhora sem entender.

- O que? Quem..

"Você fugiu por causa do seu pai? A gente pode conversar, e resolver isso.."

- Professor?

"Sua mãe está muito preocupada. Seja o que for, volta pra casa, e converse comigo, ou com a Paulline, ou com sua mãe"

- Me deixa em paz! Passei minha consciência para um homem que estava passando por ele na hora.

"Você vai ficar em paz. Se vier resolver o problema.."

Ele não disse nada, ficou com uma expressão pensativa, e logo fugiu de novo. 

Ele foi embora mais uma vez, mas dessa vez, acho que consegui causar um mínimo impacto nele. Ele estava diferente, o rosto dele, o cabelo. Em apenas um mês..

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O professor finalmente saiu da sala, finalmente.

Eu

- Professor? Como foi?

Ele suspirou. Droga, talvez ele não tenha conseguido mais uma vez..

Charles

- Eu consegui me comunicar com o Peter. Consegui dizer pra ele que você  precisava dele, que a mãe dele estava preocupada, e que ele poderia vir conversar comigo pra resolver qualquer problema, seja do pai dele, ou seja outra coisa.

Eu

- E o que ele disse?

Charles

- Ele praticamente só ouviu. Não me disse se voltaria ou não, não me disse porque tinha fugido, mas acho que pela expressão de pensativo que ele ficou antes de fugir de novo, ele deve estar cogitando voltar.

Eu

- Ele correu de novo? Ah, tomara que ele esteja mesmo pensando em voltar..

Hanck

- É, pelo visto o máximo que podemos fazer agora é esperar.

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Se passaram 24 horas. Depois se passou mais dois dias. E quando chegou a se passar mais um dia, e depois outro, completando exatamente um mês e quatro dias, eu já estava tendo quase certeza de que Peter não queria mais me ver. E estava pensando que teria que começar minha vida de outro jeito, sem ele. Esse último pensamento, revirava meu estômago e me fazia querer desaparecer.

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Receberam uma ligação no Instituto, e foram me chamar, porque era pra mim. 

Hanck

- Paulline..

Eu

- Sim?

Hanck

- Tem uma ligação pra você na sala de espera..

Achei estranho. Quem teria me ligado que não ligou pro meu celular?

Ligação On

Eu: - Alô?

- Paulline? - Eu reconheceria essa voz em qualquer lugar. Ele disse meio incerto.

Eu: - Peter? - eu disse totalmente surpresa. - Onde você tá?

Peter: - Pode me encontrar no parque? - resolvi mudar meu tom de voz.

Eu: - Não sei se devo Peter. Não sei se você merece, depois disso tudo..

Peter: - Eu sei que agi feito um babaca, e não mereço. Mas eu te imploro, por favor, você é a primeira pessoa que eu preciso ver. - fiquei em silêncio por alguns segundos, pensando, deixando a linha silenciosa.

Eu: - O parque que a gente se encontrou daquela vez?

Peter: - Sim..

Eu: - Tudo bem. Quando?

Peter: - O quanto antes você puder. Eu quero muito te ver. Já tô aqui. - me impressionei.

Eu: - Ta, tudo bem. Até daqui a pouco Peter.

Ligação Off

Fui bem rápido pro meu quarto, e me arrumei mais ou menos. Eu estava com pressa.

Peguei um táxi até o parque. Andei alguns passos, e não demorou muito pra eu dar de cara com Peter.

De longe, parecia ter alguma coisa diferente no rosto dele. Ficamos à uma distância um do outro, se olhando. Ele me olhava, parecendo meio envergonhado e incerto. E eu olhava pra ele, meio incerta e tentando parecer chateada. Mas a verdade é que a minha vontade era de correr e abraçar ele e então eu ia começar a chorar, porque eu estou morrendo de saudade. Mas eu mantive a "pose".

Ele usou os poderes e veio até mim. Foi então que eu tive a surpresa. Ele realmente estava diferente. O Peter, o meu Peter, estava com barba. Não muito grossa, nem tão rala, mas estava visível. Era cinza escura a barba dele. Eu olhei surpresa pro rosto dele. Nessa hora até me esqueci de parecer chateada, de não aliviar pra ele.

Peter me abraçou. Eu tive que me segurar muito pra não abraçar ele tão forte quanto ele me abraçou. Eu tive que abraçar ele como se estivesse muito chateada. Eu estava, mas não era nada perto da saudade que eu tava dele.

Peter

- Eu entendo que você deve estar chateada comigo. Mas eu preciso te explicar. 

Eu

- Tudo bem Peter. Explica. - eu cruzei os braços.

Peter

- Você não quer ir em algum lugar? Sentar e conversar direito?

Eu

- Não. Não precisa. Melhor a gente ir andando pelo parque e você me explica. Eu esperei um mês e alguns dias pra isso.

Peter

- Tudo bem. - a gente começou a andar, e ele começou a explicar. Ele parecia querer se aproximar quando começamos a andar, mas estava com receio, e não fez. - Eu vou ser direto. Eu fugi por causa do meu pai.

Eu

- É isso? Você foi embora, e deixou eu, sua irmã e sua mãe aqui? Por causa do seu pai?

Peter

- Eu fiquei muito confuso. Eu fugi num impulso, eu precisava pensar.

Eu

- E não podia pensar aqui? Peter, você deixou sua mãe e sua irmã sozinha! Você era o único homem da casa, e deixou as duas!

Peter

- Eu sei que não foi certo. Por isso eu voltei, e eu tô arrependido..

Eu

- Você percebeu que tava errado depois de um mês Peter?! Eu sinceramente não consigo entender..

Peter

- Você também fugiu quando ficou confusa!

Eu

- Eu sei, mas eu não tinha tanta coisa, tantas pessoas envolvidas!

Peter

- Será que você pode ficar calma? Eu tô tentando te explicar!

Eu

- Como eu vou ficar calma Peter? Se eu senti desesperadamente sua falta? Se eu fiquei preocupada sem saber onde você tava? Se eu passei noites sem dormir direito?! - perdi minha voz na última palavra, e quase caí em choro. Mas eu virei o rosto e sequei logo as lágrimas que caíram dos meus olhos, antes que ele pudesse me abraçar.