História Inside X-men - Casa Carter

Era um álbum de fotografias antigas.

Desci bem rápido as escadas.

Eu

- O que vocês estão vendo?

Peter olha pra mim sorrindo.

Peter

- Suas fotos antigas.

Eu

- Mãe!

Mãe

- O que foi filha?

Eu

- O que foi? Essas minhas fotos são uns micos..

Mãe

- Claro que não filha. Você era muito fofa..

Balancei a cabeça em negação.

Peter

- Olha essa.. - Peter fala, olhando uma foto minha, de quando eu tinha aparentemente uns 5 anos, e estava de pijama com o cabelo todo bagunçado, sorrindo como uma criança feliz. Peter riu.

Eu

- Muito engraçado não é Peter?!

Peter

- Sim, muito!

Eu

- Hahaha. Me lembre de pedir pra sua mãe me mostrar seu álbum de quando era criança também.

Peter

- Mas nem pensar!

Eu

- Pimenta nos olhos dos outros é refresco né Peter.. - eu me jogo do lado dele no sofá.

Vejo ele folhear o álbum, e ver algumas fotos minhas de quando eu era bebê.

Eu

- Mãe.. tem alguma foto de quando eu era recém nascida nesse álbum?

Minha mãe olhava fixamente para o álbum.

Mãe

- Não.. nesse não.

Eu

- Em qual está?

Mãe

- Eu não sei, eu tenho que procurar melhor.

Eu

- Parando pra pensar.. eu nunca vi uma foto minha recém nascida..

Trent

- Pra que isso agora?

Eu

- Como assim Trent?

Trent

- Pra que se interessar pelas suas fotos de recém nascida agora?

Eu

- Porque sim, ora!

Mãe

- Eu guardei muito bem suas fotos de recém nascida. Tanto que eu nem sei onde estão. Mas eu vou procurar qualquer hora.

Eu

- Hum, entendi.

Mãe

- Bem, Paulline, já está na hora de você comer alguma coisa não é?

Eu

- É, eu já vou..

Fui pra cozinha, e comi alguma coisa, pra enganar o estômago até a hora do almoço, que estava perto.

...

O dia se passou sem nenhuma novidade. Nós ficamos todos em casa, assistindo filme.

No dia seguinte, acordei antes de Peter, na verdade antes de todo mundo, nem eu sei porque. Talvez porque fosse domingo.

Desci as escadas, e vi Peter jogado no sofá, ainda dormindo. Eu ri e balancei a cabeça em negação. Fui até ele me sentei no chão, no tapete, olhando ele. Acariciei o cabelo dele, e então ele acordou, respirando fundo se espreguiçando. Ele me olhou, eu sorri pra ele e ele também sorriu pra mim.

Eu

- Bom dia..

Peter

- Bom dia.. - ele esfregou os olhos. - que horas são? Você acordou antes de todo mundo? Que milagre é esse?

Eu

- Nem eu sei. Levanta. Vou preparar um café pra todo mundo. Depois a gente pode ir no parque, pode ser?

Peter

- Sim. - ele usou os poderes dele, e logo estava sem o pijama, com a roupa normal.

Eu

- Ok. - olhei pra ele sorrindo, já de pé  na minha frente. Eu me levantei, e dei um beijo nele.

Preparei o café da manhã. Peter me ajudou, sem usar os poderes toda hora, porque eu pedi. Logo minha familia começou a acordar.

Pai

- Olha.. você fez o café da manhã?

Eu

- Sim. E o Peter me ajudou.

Pai

- Hum, legal.

Mãe

- Que jovens exemplares! Trent podia fazer o café da manhã de vez em quando.. - minha mãe chegou.

Trent

- Paulline fez o café da manhã? Credo, então não vou comer. Deve estar horrível! - meu irmão chegou logo depois.

Eu

- Muito obrigada Trent, pela consideração com a sua irmã que foi solidária com você!

Trent

- De nada irmãzinha.. - ele deu um sorriso fingido.

Eu

- Cadê a pequenininha?

Lisy

- Alguém me chamou?

Todo mundo riu.

Eu

- Eu chamei, coisa fofa! - abracei ela, pegando ela no colo, e colocando ela na cadeira.

Todos tomamos café. Depois me arrumei e fui ao parque com Peter.

...

Peter

- Onde você estudava?

Nós estávamos sentados em um banco. Eu estava encostada nele, que estava com um braço em volta de mim.

Eu

- Burlington Township School. 

Peter

- Fica muito longe daqui?

Eu

- Um pouco. Eu ia de ônibus escolar. Porque hein Peter? - olhei para ele,  desconfiada.

Peter

- Porque eu quero conhecer sua escola, oras!

Eu

- Ah não Peter!

Peter

- Porque? Porque essa cara de indignação?

Eu

- Porque é muito boba essa sua idéia! Pra que conhecer aquele lugar? E pra que eu vou voltar lá?

Peter

- Nossa mas porque tanta revolta com a sua antiga escola? O que é que você fez lá aquela vez? Foi tão grave assim?

Eu

- Peter eu não vou falar disso. Eu não quero falar disso. E você tá sendo muito idiota..

Peter

- Por quê?! - ele disse quase rindo.

Eu

- Você gosta de me irritar mesmo não é? O que aconteceu já aconteceu. Já foi.

Peter

- Ah, me conta! Eu fiquei curioso agora!

Eu

- Eu já disse que eu não vou falar sobre isso. E eu não vou falar com você até você falar de outra coisa! - eu crusei os braços, brava, e virei a cara.

Peter

- Ah, não! Não faz isso! - eu não respondi. - Paulline, me conta! - ainda estava quieta - Por favor.. - não respondi. - Ok, você venceu. - ainda estava com a cara virada pro outro lado. - Olha pra mim sua chatinha - ele colocou a mão no meu queixo e me virou de frente pra ele. - Vamos andar pelo parque?

Eu

-... Ta. Vamos. - ele sorriu pra mim, eu deixei um sorriso escapar. Ele me deu um beijo.

Nós fomos andar pelo parque.

...

Depois voltamos pra casa.

O tempo passou.

De noite, meu pai e meu irmão estavam jogando video game.

Eu

- Será que a gente pode jogar também?

Trent

- Não.

Eu

- Trent!

Meu pai riu.

Eu

- Pai!

Pai

- O que? - olhei pra ele com cara de repreensão - Ta, vocês podem jogar.

Eu

- Eu e o Peter contra vocês dois, ok?

Eles assentiram com a cabeça.

Eles ganharam as duas primeiras partidas, e eu e Peter ganhamos a terceira.

Percebi que meu pai e meu irmão nos olhavam de cara feia, enquanto nos abraçamos comemorando.

Então decidi que mais tarde ia falar com meu pai. Já era hora.

Logo paramos de jogar video game, e Peter foi pra cima, brincar com minha irmãzinha.

...

Eu

- Pai, será que eu posso falar com você e com o Trent?

Pai

- Sobre o que?

Eu

- Sobre o Peter.

Trent

- E o que a gente tem pra falar do seu namoradinho?

Pai

- Trent.. - meu pai repreendeu ele. - Ok. O que é?

Eu

- Vocês não acham que é uma bobagem esse ciúmes de vocês?

Trent

- Do que você ta falando?

Eu

- Das caras feias que vocês fazem pra mim e pro Peter. De como vocês tratam ele. Vocês sabem muito bem do que eu tô falando.

Pai

- Acho que você ta vendo demais. A gente não olha de cara feia pra ele, não é Trent? - ele olhou para o meu irmão. Meu irmão demorou a responder.

Trent

- Não sei pai. Talvez a gente tenha motivos pra agir assim com ele.

Eu

- Que motivos? Não tem motivo nenhum. Vocês é que estão com um ciúme idiota de pai e irmão mais velho, como se eu fosse uma garota de 12 anos!

Trent

- Você quer saber? Eu não gosto do seu namoradinho. Ele é todo folgado, se acha. E você foi atrás de homem agora. Você só tem 16 anos. Devia estar estudando e só! Ai você vai pra esse Instituto e já arruma um namoradinho!

Eu

- Você é um babaca Trent! Quem decide a minha vida sou eu!

Pai

- Você podia arrumar coisa melhor, Paulline. - Meu pai me interrompeu - O Peter não é bem o exemplo de namorado que eu queria pra você.

Eu

- Vocês estão loucos! Quem tem que decidir como quer o namorado, sou eu! Peter é um cara legal, interessante, inteligente e esperto. E ele me faz feliz! Pra mim é isso que importa! E vocês não vêem isso, e ficam tratando mal o meu namorado!

Pai

- Ninguém ta tratando ele mal..

Trent

- Eu não sou obrigado a tratar seu namoradinho bem só porque você quer! - ele interrompeu meu pai.

Eu

- Eu odeio você Trent! - eu gritei.

Pai

- Parem os dois!

Trent

- Eu não te suport...

Mãe

- Mas o que é isso aqui? - minha mãe chegou. Tinha saído pra comprar algumas coisas no supermercado. Todos ficaram quietos. - Trent e Paulline, estão brigando? Estava demorando hein! O que aconteceu aqui?

Eu, meu irmão e meu pai falamos ao mesmo tempo.

Mãe

- Um de cada vez! Paulline, você primeiro.

Eu

- O Trent e o papai, estão com um ciúme bobo de mim com o Peter. Agem como se eu fosse uma menina de 12 anos! Eles tratam o Peter com indiferença, e isso não é justo. O Peter pode não ser o melhor exemplo de homem pra eles, mas ele é um garoto legal, inteligente e esperto, engraçado, e me faz feliz. E eles não entendem isso!

Trent

- Ah mãe, fala sério! Ele se acha, e você também sabe disso. A Paulline não sabe fazer escolhas direito!

Pai

- A Paulline tá exagerando. Tá brigando com a gente por causa disso..

Mãe

- Joseph, ela tem um pouco de razão sim.

Trent

- Ah! - Trent reclamou.

Mãe

- Presta atenção Trent! Eu percebi também a forma como vocês agem com o Peter, e não tá certo! O Peter é um bom garoto. Ele é engraçado, por isso faz parecer que ele se acha, mas é brincadeira. E mesmo que vocês não gostem tanto do Peter pra ser namorado da Paulline, vocês tem que respeitar ele, e respeitar as escolhas da Paulline. E Paulline - ela olhou pra mim - os ciúmes que seu pai e seu irmão sentem, é natural. Apesar de um pouco bobo, porque como você disse, você já tem idade suficiente.

Trent

- E como termina essa situação mãe? O que você quer que eu e o pai faça?

Mãe

- Quero que vocês comecem a agir melhor com o Peter. Quero que vocês respeitem ele e que tentem entender que ele é um bom garoto pra Paulline. Vocês vão fazer isso?

Trent e papai se olharam, e demoraram um pouco a responder.

Trent

- Sim.

Pai

- Tudo bem.. - ele disse assentindo com a cabeça.

Mãe

- Muito bem. Agora acabou. Voltem a fazer o que estavam fazendo. Eu vou na cozinha preparar alguma coisa pro jantar. Paulline, vai ver como sua irmã está.

Eu

- Sim mãe..

Eu subi as escadas e fui até meu quarto. Mas Lisy e Peter estavam no quarto de Lisy, brincando.

Cheguei devagar, e fiquei no canto da porta espiando, vendo como Peter era atencioso com minha irmãzinha.

Peter

- Agora vou fazer uma mágica, e desaparecer..

Lisy ria. Peter desapareceu.

Lisy

- Uaau! "Pite" cadê você?

Ele reapareceu.

Peter

- Tcharam!

Lisy riu.

Eu

- Nossa, que magnífico! - eu disse sorrindo, entrando no quarto. - Como fez isso "Mister" Mercúrio?

Peter

- Um bom mágico nunca revela seus segredos.

Eu ri.

Lisy

- O "Pite" é muito legal!

Eu

- Ela te arranjou um apelido melhor do que a Wanda, hein Peter. - eu ri - então, Peter é mais legal do que eu?

Lisy

- Hum...

Peter

- Tadinha, não confunde ela..

Eu

- Eu tô brincando Lisy. Sei que e eu sou mais legal. - eu ri - do que vocês brincaram?

Lisy

- Peter brincou de boneca comigo.

Eu

- Ah, sério? - Peter ficou um pouco envergonhado. - Não sabia desse seu lado, Peter..  - olhei pra ele sorrindo,  irônica.

Peter

- Eu sou ótimo com crianças, ta bem? Mesmo que isso signifique ter que brincar com barbies..- nós rimos.

Eu

- Lisy, pode ficar aqui brincando um pouco? Preciso falar com o Peter..

Lisy

- Ta bem..

Saímos no corredor.

Peter

- O que foi?

Eu

- Você ouviu a discussão?

Peter

- Algumas partes, as que vocês gritaram..

Eu

- Me desculpa por eles..

Peter

- Não precisa se desculpar. Dá pra entender. Eles são seu pai e seu irmão, claro que vão ter ciúmes de você. E eu não sou o melhor cara também..

Eu

- Pra mim, você é. E eles vão respeitar isso de agora em diante, e te respeitar também. Se eles tentarem te conhecer melhor, vão ver que vocês podem ser amigos. 

Peter

- Ta, tudo bem. Eu espero que dê certo. Confesso que perto do seu pai eu fico nervoso. - ele riu - Porque tem tudo aquilo de que tem que agradar o pai da namorada e enfim..

Eu

- Eu sei.. mas agora eu acho que vocês vão ser mais amigos..

...

Alguns dias se passaram. Nós todos saimos para visitar lugares legais na cidade, nesses dias.

...

~POV. Peter~

Quarta-feira. Acordei de manhã bem cedo, e logo me arrumei, e saí para fazer o que eu estava planejando.

*Burlington Township high school*