História Inside X-men - Uma volta na escola

No dia seguinte, fui na sala dele depois do almoço, pra mais um treino com ele, como tínhamos combinado.
Fui indo pelos corredores pensando, até chegar na sala dele. Eu não pude deixar de pensar sobre o que eu sinto por ele, será que realmente to me apaixonando?

Cheguei na sala dele.

Eu
- Licença Professor - digo abrindo a porta.

Prof Xavier
- Entre.

Entro na sala e, antes que eu me sentasse, o professor me impede.

Prof Xavier
- Não..- olho pra ele sem entender - é que hoje, o treino vai ser lá fora.

Eu
- Lá fora? Mas, não tem eletricidade lá fora.

Prof Xavier
- Sim. Mas você consegue conduzir energia apenas fazendo ela sair do seu corpo. Sua mãe me contou a história de quando era criança e descobriu seus poderes. Além disso, você mesma disse que conduz a eletricidade no seu corpo mesmo. Vamos.

Eu
- Mas professor, aqui dentro fica mais fácil pra mim.

Prof Xavier
- Por isso mesmo Paulline, o treino tem que testar suas dificuldades. Vem..

Saio da sala, logo atrás dele, e fecho a porta.

Lá fora..

Prof Xavier
- Bem, Paulline, quero que você tente acertar pelo menos um galho dessa árvore, com uma faísca de eletricidade. Acha que consegue?

Eu
- Sim, posso tentar.

Prof Xavier
- Ok, então pode começar.

Olhei para os galhos da árvore, que já estavam precisando serem podados, cá entre nós.
Fixei meu olhar, e estiquei meus braços. Me concentrei. Até fechei meus olhos.
Demorou alguns segundos, então abri meus olhos. Quando pensei que já tinha falhado, uma faísca muito forte sai das minhas mãos, quebrando a árvore ao meio.
Fiquei surpresa. E acho que o professor ficou um pouco também. Ele olhou pra mim e disse:

Prof Xavier
- Parabéns.. - ele riu, com uma cara de surpreso. Eu sorri olhando pra ele.

Tenho que admitir que fico feliz com as aprovações dele.

Prof Xavier
- Bom, agora você precisa controlar a intensidade, e a direção dele.

Eu
- Direção?

Prof Xavier
- Sim. O que eu quero dizer é, se você consegue fazer com que seu poder fique só no seu corpo.

Eu
- Como, erradiar ele nas mãos, algo assim?

Prof Xavier
- Isso. Acha que tem como?

Eu
- Sim, eu acho que sim.

Então começo a me concentrar.
Fecho os olhos. Então começo a sentir a eletricidade vir nas minhas mãos. Tento fazer com que meu poder não saia do meu corpo. Algumas pequenas faíscas saem no começo, mas depois, consigo espalhar meu poder das minhas mãos aos meus braços. Então abro os olhos, e percebo que tomei controle deles. Fico um pouco impressionada. Olho pro Professor e ele está me olhando com uma expressão de um pouco surpreso.

Prof Xavier
- É impressionante. Você está conseguindo mais fácil do que eu pensei que seria. Ta vendo? Isso só mostra que quando você não consegue, é porque não acredita.

Eu
- Quando você está comigo, eu acredito..- sorri, e ele sorriu meio sem entender. - professor, obrigada, sou muito grata por tudo. - tentei corrigir quando percebi que tinha falado alguma coisa que ele pode ter suspeitado.

Prof Xavier
- Por nada Paulline. Eu estou aqui pra ajudar. - ele sorri. Sempre tão simpático.- Bom, seu treino acaba por aqui. Vou deixar você ir descansar um pouco, antes do treinamento.

Eu
- Ok. Pode ficar tranquilo que eu vou.

Prof Xavier
- Mas vai mesmo hein. Hoje eu vou lá assistir.

Eu
- Ta bom. Tchau Professor. - me atrevo a dar um beijo no rosto dele.

Prof Xavier.
- Tchau.- ele diz sorrindo.

Fui pro quarto. Deitei na minha cama. Aproveitei que estava sozinha, e fiquei pensando em tudo isso, sorrindo feito uma boba.
Até que a vampira entrou no quarto.

Vampira
- Onde estava 120 volts?

Desfaço minha cara de boba.

Eu
- Treinando com o professor. Qual é, deu pra arrumar apelido irônico pra mim agora? Vou te chamar de Dracula então. - Vampira riu.

Vampira
- Relaxa, foi só uma tentativa de pseudônimo.

Eu
- Mas nem pensar mesmo. Eu ainda não sei um pseudônimo.

Vampira
- Que tal.. Elétra?

Eu
- Hum.. Não sei, vou pensar.

Vampira
- Teve algum avanço no treino?

Eu
- Sim. Consegui cortar uma árvore no meio, com um "raio de choque" e erradiar pelas minhas mãos e braços. Hoje já vou participar do treinamento.

Vampira
- Ah que bom! Até que enfim né.

O tempo passou e já estava na hora do treinamento.

Logan
- Ora ora, se não é a fugitiva.

Eu sabia que Logan não ia deixar barato.

Eu
- Eu estava passando mal esses dias.

Logan
- Não vai desmaiar no meio do treinamento né?

Eu
- Não Logan.

Logan
- Ok. vamos começar então.

Logan explica o que precisa ser feito e o treinamento começa. Não tem como ver, mas eu sei que o professor está assistindo o treinamento. Isso me deixou um pouco nervosa. Mas decidi que iria bem nesse treinamento de qualquer forma.

O tempo foi passando, e o treinamento acabou. E dessa vez, eu consegui concluir.
Vampira ficou feliz por mim.

Vampira
- Eu sabia que dessa vez ia dar certo. - ela me abraça. (Pode me abraçar, porque está com roupas que cobrem sua pele.)

Eu e a Vampira fomos umas das últimas a sair da sala de simulação. No corredor, vi o professor saindo da sala de cima, de onde assistem o treinamento. Ele me viu, e estava sorrindo pra mim. Mais uma aprovação dele. Eu fiquei muito feliz.

Aparentemente, eu estou realmente apaixonada pelo professor Xavier. Eu gostaria realmente de saber, o que ele pensa sobre mim.

Pensamento Prof Xavier
Paulline conseguiu completar o treinamento hoje. Estou muito feliz por ela. Quando ela chegou aqui, estava se fazendo de rebelde, não gostava da idéia de ter que ficar aqui, mas depois eu consegui convencer ela, e nesses últimos dias ela tem se tornado uma aluna muito querida pra mim. Eu tenho um carinho muito grande por ela, ela parece ter algo especial, não sei porque. Talvez ela se torne uma grande colaboradora pra essa escola ainda.
XX

As aulas do professor Xavier, são as que mais importam pra mim.
O jeito como ele fala, o jeito dele, o sorriso, os olhos.
Aff pareço uma idiota pensando assim, mas é a verdade, o que posso fazer?
Acaba a aula.

De noite, por volta das 11:00hrs, eu não tinha nada pra fazer no quarto, estava meio enjoada do celular, e não estava com sono. Então fui dar uma volta pela escola, pra espairecer. Estava tudo meio escuro, só iluminado pela luz da lua e dos postes lá de fora, que refletiam nas grandes janelas de vidro da escola.
Desci as escadas até o andar de baixo, depois logo voltei. Ninguém me pegou andando pela escola. Até que quando estava passando pela porta do banheiro principal do corredor, o professor Xavier saiu do banheiro na mesma hora. A gente se trombou, levei um susto. Ele colocou as mãos em meus braços. Ele estava sem camisa, só de toalha na parte de baixo. Ficou tão assustado quanto eu,  quando me viu.

Prof Xavier
- Paulline...

Eu
- Professor...- isso foi muito constrangedor. Mas também não pude conter meus olhares pro peitoral dele. Ficamos alguns segundos nos olhando sem reação.

Pra piorar a situação, eu estava de camisola.

Prof Xavier
- O..o que você ta fazendo aqui? - Ele tirou as mãos dos meus braços. Pude notar seus olhares meio disfarçados pra minha camisola.

Eu
- Eu.. eu tava dando uma volta pela escola pra espairecer, eu já tava voltando pro meu quarto. Me desculpe. E você, o que faz aqui? Que eu saiba seu quarto tem banheiro assim como todos os outros.

Prof Xavier
- Sim, mas meu chuveiro quebrou hoje, não sei o que houve. O-olha Paulline, acho melhor você voltar pro seu quarto.

Eu
- Sim. - voltei bem rápido pro meu quarto.

O que foi isso que acabou de acontecer? O professor Xavier sem camisa? Só de toalha? Ah meu Deus!
Ele pode ter escutado o "nossa" no meu pensamento, mas não tem como ele reclamar, era ele sem camisa, não dá pra disfarçar.

No dia seguinte, notei que ele ficou um pouco sem graça na aula. Tentava desviar o olhar de mim.

Pensamento Prof Xavier
Não consigo nem olhar direito pra Paulline. Ela me viu sem camisa, só de toalha, coisa que ninguém aqui viu.
E ela estava só de camisola, não pude evitar olhar pra ela. Isso foi constrangedor pra nós dois. Nunca passei por algo assim com outra aluna antes. Mas mesmo assim não li a mente dela, na verdade só li nas primeiras vezes em que conversei com ela, cumpro com a minha palavra, e não leio a mente dela, nem dos outros alunos.