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História Insônia - IV


Escrita por: poxamicheele

Capítulo 4 - IV


Fanfic / Fanfiction Insônia - IV

Nunca acordei ansioso para ir para a escola, nesse momento eu me arrumei mais rápido do que eu pretendia, coloquei uma roupa qualquer que eu peguei no armário e fui descer para tomar café, fiz a mesma rotina de sempre, já que meu pai não estava em casa, parece que agora que eu tinha proteção ele não presaria ficar tendo que dar atenção para o filho dele.

– Já comeu alguma coisa? – Rosa, a mulher que trabalhava em casa perguntou e eu abri um breve sorriso, ela era o perto de mãe que eu tive.

Eu não lembrava muita coisa da minha mãe, somente sei que ela morreu quando eu tinha 6 anos e para mim tudo que aconteceu foi um apagão, eu não sei como ela morreu ou o que aconteceu, meu pai nunca me contou e sempre quando eu perguntava ele me deixava de castigo, enfim, depois de um tempo só deixei para lá, não valia a pena perguntar.

– Sim, eu comi... Estava ótimo aquele bolo de chocolate. – Comentei em um tom sincero enquanto segurava a mochila e ia em sua direção, dando um abraço. – Obrigada por tudo.

– Não precisa agradecer garotinho. – Sua voz era carinhosa e demonstrava o tanto que ela se importava comigo, ela impressionante como existia pessoas boas nesse mundo. – Agora você vai antes que se atrase para a escola, não esqueça que ainda tem que conversa com a Lydia.

– Quem é Lydia? – Perguntei em um tom confuso e ao fazer isso, vi a mulher revirar os olhos e balançar a cabeça, soltando uma risada divertida.

– Você é tão atrapalhado Stiles, quantas vezes vou ter que dizer para você prestar atenção nas coisas. – Rosa falava em um tom descontraído, porem dava para ver que ela estava falando a verdade, eu era muito desligado as vezes, eu admitia isso.

– Eu ainda vou melhorar, só que esta sendo difícil, esta tudo uma loucura. – Comentei soltando um breve suspiro.

– Você vai ver que vão pegar essa pessoa. – Rosa falou passando a mão em meu rosto e eu concordei, porem não acreditava nisso.

Desde que meu pai comentou sobre isso, eu venho tendo um pressentimento estranho e odiava me sentir assim, parecia que tudo iria dar errado e que faltava alguma coisa, estava me sentindo vazio, como eu costumava me sentir quando era criança, como se faltava alguma coisa para o quebra-cabeça ser completado, mas as vezes é somente uma loucura minha e meu medo anda colocando teorias em minha mente.

– Tenho certeza que sim, logo vou ter minha vida tranquila novamente. – Tentei falar em um tom sincero e acabo abrindo um sorriso ao ver que conseguir fingir tão bem. – Mas você ainda não me disse... Quem é Lydia?

– Oh, é a agora que vai ficar de olho em você, a policial. – Ela comentava abrindo um sorriso. – Você viu como ela é linda?

– Mas pensei que era Martin, o nome dela. – Disse ignorando o que ela falou, as vezes ela conseguia ser pior que meu pai em relação a relacionamento.

– Não né Stiles, Martin é sobrenome... Tem que prestar mais atenção nas coisas. – A senhora ria e somente fez eu revirar os olhos, isso que dava dar liberdade para as pessoas. – Ela esta esperando lá fora, ela quer conversa com você antes de você ir para a escola, então é melhor você se apressar.

– Como assim? Agora? – Meu tom demonstrava o quanto estava nervoso, porem respiro fundo, não adiantava eu ficar com medo, era só uma conversa. – Ok, vou lá então.

Não esperei ela responder e fui andando em direção a saída, se ela estivesse dentro de casa ela provavelmente iria falar, então ela deveria estar lá fora me esperando, antes de abrir a porta, respiro fundo novamente, tentando colocar o nervosismo que queria vir para bem longe.

Ao abrir a porta, rapidamente olhos para o lado e tento procura-la, logo vejo a mesma parada mexendo no celular e encostada no carro, suas roupas eram normais, estava usando calça e blusa, estava simples e nem parecia uma policial, acho que ela deveria trabalhar com disfarce, porque com certeza ela era boa nisso, ela parecia mais uma modelo.

– Bom dia, Sra. Martin. – Disse em um tom um pouco serio ao chegar perto dela e isso fez a mesma desviar seu olhar do celular para os meus, a mesma me encarou de um jeito que eu não conseguia decifrar, sua sobrancelha estava erguida e seus olhos parecia que estava se divertindo com a situação, porem eu não conseguia ter certeza. – Você queria falar comigo?

– Sim, não teve como conversa com você ontem... Você parecia um pouco nervoso. – Ela comentou e eu apenas dei de ombros.

– Só estava cansado. – Comentei no mesmo tom que tinha usado com a Rosa e daqui a pouco ficaria bom em mentir. – Mas o que você queria falar? Eu estou atrasado para a escola.

– Claro, não quero te incomodar. – A ruiva a minha frente falava eu somente ficava serio, se eu tentasse sorrir ou algo do tipo eu provavelmente pareceria um idiota na frente dela. – Só quero dizer que qualquer coisa que você achar estranho ou diferente é só me chamar ou vir para perto de mim e ai tentaremos resolver, certo? – Concordava em tudo que ela falava, agora seu tom era serio e responsável. – Eu vou ficar atrás de você e qualquer coisa é só olhar para trás que eu provavelmente vou estar lá.

– Você vai ser a minha babá agora? – Perguntei em um tom cansado, isso faria eu não conseguir ficar bem sabendo que ela me analisava o tempo inteiro.

– Eu não diria babá, porque você não pensa que eu poderia ser sua fã? – Lydia brincou e isso fez eu abrir um breve sorriso.

– Porque provavelmente eu não teria fãs atrás de mim. – Comentei em um tom sincero. – A única coisa que esta atrás de mim é um assassino e eu não pensava que isso iria acontecer.

– Isso é verdade, deve estar sendo complicado para você, certo? – Ela perguntava tudo em uma calma, provavelmente ela perguntou porque era o trabalho dela saber se eu estava bem.

– É, complicado, agora é melhor eu ir para a escola. – Dei de ombros e cortei o assunto, isso fez ela fazer uma breve careta, provavelmente não gostando de eu ter acabado com assunto desse jeito.

– Não quer uma carona? – Ela perguntou e eu apenas neguei. – Certeza? Seu pai falou que você vai de bicicleta e pensei que iria querer.

– Não, estou bem assim. – Falei, não seria legal ir com ela de carro, eu não saberia o que falar com ela em um local tão fechado e indo de bicicleta eu iria conseguir pensar nas coisas que estava acontecendo. – Obrigado.

Ao dizer isso sai andando em direção a garagem para pegar minha bicicleta, mas não antes de ver ela entrar no carro e ligar o mesmo, solto um suspiro ao ver que estava atrasado e provavelmente a aula já teria começado, parabéns, ela acabou de chegar e vai fazer eu entrar atrasado pela primeira vez em minha vida. 



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