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História Instintivo - Capítulo Único


Escrita por: Imagination

Notas do Autor


Antes mais nada, avisar mais uma vez que partes desta oneshot podem não fazer muito sentido, caso os leitores não tenham lido a outra fic « Sou Livre nos Teus Braços ». Portanto, aconselho a leitura prévia da outra fanfic.

Boa leitura!

Capítulo 1 - Capítulo Único


Fanfic / Fanfiction Instintivo - Capítulo Único

Instintivo

 

Pese embora, a exaustão não podia parar de correr. Eu sabia que no momento em que parasse, sem ter encontrado um local seguro, o meu destino estaria traçado. Ninguém escapava aos soldados da coroa e o pior, é que nem eu era consciente do que teria feito. Toda a minha vida vivi pacificamente próximo à montanha de Trost, onde um dia prosperou a imensa região de Maria. Atualmente, essa área encontrava-se coberta por uma extensa e densa floresta, onde poucos povoados ainda subsistiam. Distantes e quase isolados do poder e prestígio de Sina, que englobava outra região extensa, Rose.

Sempre vivi afastado, dado que os meus pais consideravam que fosse mais seguro para mim, tendo em conta a minha espécie, viver longe dos olhos atentos da lei que em todo o caso me obrigaria a aceitar um dos militares como futuro marido. Mesmo que não estivesse dentro das suas primeiras preferências, uma vez que preferiam as mulheres.

O meu pai que foi professor em Sina, agora contentava-se com uma vida pacata na aldeia, ensinando as crianças que iam nascendo, onde me incluía para que continuássemos a ter acesso a educação. Quanto à minha mãe dedicava-se a trabalhos de costura e outras tarefas domésticas. Os dois alertavam-me sempre para me manter por perto, mas muitas vezes não podia evitar aventurar-me na floresta e sentir uma certa curiosidade pela vida em Sina e Rose. Nunca imaginei que a milícia de Sina viesse em concreto até à minha casa, acusando-me a mim e à minha família de bruxaria, de esconder o tabu e outras coisas que escapavam à minha compreensão. Não entendi e tentei enfrentá-los ao lado dos meus pais, mas vi-me obrigado a fugir. Não era forte o suficiente para enfrentá-los e a minha única esperança era seguir o conselho dos meus pais e embrenhar-me na floresta. Sobreviver, pediram-me eles.

Mas será que tinha feito o certo? Confiei que eles também seriam capazes de fugir, mas e se fosse o único sobrevivente e cobarde? Sentia os olhos arderem, seguindo aquele estranho íman que sempre me atraía para aqueles bosques imensos. Tinha inclusive perdido um dos sapatos enquanto corria, mas não podia parar. O aroma pérfido dos meus perseguidores alcançava o meu olfato. Parecia que por mais que adentrasse na densa folhagem, eles continuavam a conseguir encontrar-me.

Possivelmente, porque estivesse a facilitar-lhes a tarefa. Só que como se supunha que fosse capaz de controlar-me com o pânico a correr-me pelas veias? Nem sabia ao certo para onde corria, mas fazia-o como se alguma coisa em mim soubesse que caminho deveria trilhar.

O meu pé descalço pisou um ramo ou pedra que me fez abrandar. Sabia que não devia parar, mas a dor era suficiente para que não fosse capaz de manter o mesmo ritmo de antes. Escutei os passos cada vez mais próximos e da minha garganta saiu um som que mal reconheci como sendo meu. Já o tinha escutado antes, mas não da minha parte. Eu nem deveria ser capaz até porque…

Subitamente, uma forte presença fez-se sentir. Algo vibrava dentro de mim e ao mesmo tempo, era como se pudesse tocar nessa estranha sensação. Eu queria tocar, alcançá-la e estendi a mão ao invisível. Buscava algo incompreensível à minha razão, mas que instintivamente devia agarrar.

Gritei contra a mão que veio contra a minha boca. Por escassos momentos, julguei ter sido capturado pela milícia, mas a mão quente, grande e apesar de forte, não me assustou tanto quanto deveria. Ouvi um “shh” perto da minha orelha e o meu corpo não questionou. Obedeci como se fosse a coisa mais normal do mundo e assim que o desconhecido retirou a mão da minha boca, não emiti qualquer som. Nem mesmo quando as mãos dele agarraram a minha cintura e me colocaram sobre um dos seus ombros sem qualquer esforço. Atordoado, encontrei umas costas nuas de pele morena e uma agilidade incrível que me levou rapidamente pelo tronco de uma árvore. Subia mais rápido do que era capaz de acompanhar, até que por fim, deixou-me sobre um ramo imenso e extenso.

Nem tive tempo de ver aquele desconhecido, pois logo desapareceu na folhagem. Além disso, estava demasiado aturdido não só com a sucessão inesperada de acontecimentos, mas também o aroma daquele que sumiu antes sequer de ver o seu rosto. Ele possuía um cheiro intenso, extasiante que me provocava arrepios involuntários. Cheirava como a densa floresta, repleta de cores e uma multitude de flores, frutos e ervas. Como se todos os aromas favoritos daquele lugar, estivessem impregnados na pele dele. A mesma que esteve encostada à minha e deixara para trás aquele aroma único e incomparável.

Racionalmente, deveria ter medo, mas os meus instintos queriam que ele voltasse rapidamente.

Ainda arrebatado pelas sensações desconhecidas, ouvi um bramido. Era dominante, forte e protetor. Soava como se fosse o rugido daquele local perdido no tempo e fazia-me vibrar por dentro. Acelerava ainda mais os batimentos dentro do meu peito.

Se por um lado, aquele bramido fez tremer os meus perseguidores que recuaram, por outro lado, em mim chamava como um feitiço. Todas essas sensações começavam a dividir-me entre algum receio, confusão e vontade de o ver.

Senti que voltava, mesmo antes de poder ver isso com os meus olhos.

Assim que subiu até onde me encontrava, parou à minha frente. Observava-me com atenção e em silêncio. Aquele Alfa tinha os olhos verdes mais vívidos e belos que alguma vez vi. Os cabelos castanhos longos caíam um pouco pelo rosto dele e tocavam os seus ombros. O moreno da pele parecia reluzir levemente debaixo dos pequenos raios de sol que atravessavam a folhagem. O corpo dele era moldado à imagem e perfeição do que seria necessário para ser um com aquela floresta.

Nunca tinha visto nada igual. Nunca tinha encontrado um Alfa como aquele.

Então, recordei as palavras dos meus pais que me tinham contado que ainda existiam povoações perdidas na floresta. Os apelidados de selvagens, mas que por exemplo, o meu pai considerava bem mais civilizados do que alguns que viviam na grande metrópole em Sina. Segundo o que tinha escutado, aquelas comunidades selvagens podiam ser perigosos para outros Alfas ou Betas, mas nunca, em hipótese alguma, seriam uma ameaça para Ómegas. Aquela classe para eles era sagrada, mas ainda assim, perante a dominância daquele Alfa de beleza exótica não fui capaz de manter o contacto visual. Mantendo o corpo completamente colado ao tronco da árvore e sem coragem para me mover, baixei ligeiramente o rosto. Não queria dar-lhe qualquer motivo para fazer-me mal, caso as histórias contadas pelo meu pai não fossem reais.

Contudo, assim que o fiz, a mão do moreno veio cuidadosamente até ao meu rosto, erguendo-o. Encontrei novamente as joias que enfeitavam os seus olhos e a mão não se distanciou do meu rosto, parecendo observar com tanta atenção e até uma certa devoção, o meu rosto. Completamente paralisado, não me atrevi a mover e senti aquela mão quente tocar a minha face. Deslizando os dedos sobre a pele até alcançar os meus lábios que naquela altura estavam secos.

– Ómega… – Murmurou com uma voz que me arrepiava e não num mau sentido, mas em que desejava ouvi-lo mais vezes.

– Eu… – Ia dizer, quando uma questão saiu da boca dele e eu não entendi uma só palavra do que disse. Pela expressão e situação em que estava, deduzi que estaria a perguntar se estava bem, mas não podia ter a certeza. – Consegues entender o que digo?

Vi uma expressão igualmente confusa no rosto dele. Aparentemente, podíamos ter algumas palavras em comum como “Ómega”, mas de resto, a língua dele em nada se assemelhava à minha. Era misteriosa, representando um conjunto de sons que nunca tinha escutado antes, mas que combinava tão bem com a voz dele. Podia ouvi-lo falar durante horas e mesmo que não compreendesse uma só palavra, podia deliciar-me com a sua voz, o tom confortante e confiante.

A mão dele veio novamente na direção do meu rosto e diante da minha apreensão, parou. Não podia evitar, mesmo que soubesse que ele não me faria mal. Ele continuava a ser um desconhecido e eu não fazia ideia do que poderia acontecer.

Em seguida, mantendo sempre o contacto visual, estendeu a mão como se esperasse que eu retribuísse o gesto. Sem entender a razão, mas curioso pelo que pretendia, assim o fiz. A mão dele envolveu a minha e conduziu-a ao seu peito. Podia sentir o coração dele bater debaixo da palma da minha mão e disse-me mais algumas palavras naquela língua misteriosa. Isto antes de inclinar o pescoço.

Os meus olhos arregalaram-se, surpresos com o gesto dele.

Expor o pescoço para um Alfa não marcado, era um gesto de submissão ao parceiro.

Porém, eu nunca tinha experienciado tal coisa. Sendo verdade que os poucos Alfas jovens e não marcados da minha aldeia tentaram atrair a minha atenção, nenhum deles despertou o meu interesse. Seriam bons parceiros, dado que eram trabalhadores e prometiam-me uma vida simples, mas feliz ao seu lado.

Os meus pais sempre observaram com curiosidade a forma como recusava potenciais parceiros. A minha mãe chegou a comentar em tom de brincadeira que o meu parceiro devia estar na floresta, pois eu passava grande parte do meu tempo completamente imerso naquele lugar. E se fosse verdade?

Isso explicava a ânsia de sempre correr para aquele local. Também explicaria a razão para me sentir tão atraído por aquele Alfa, que deixou que a minha outra mão acariciasse o rosto dele. A expressão curiosa e por vezes, confusa deu lugar a um sorriso, assim que lhe toquei. Era um sorriso tão doce e luminoso que muitos não acreditariam que aquele mesmo Alfa, pudesse bramir tão forte e dominante ao ponto de silenciar a floresta.

– Alfa… – Murmurei completamente envolto naquela atmosfera inexplicável. Era tão estranho e absurdo pensar que de certa forma, estávamos a encontrar-nos pela segunda vez.

Os olhos selvagens que se esconderam atrás das pálpebras com o meu toque, abriram-se quando falei. Puxou o meu corpo contra o dele e instantaneamente, senti eletricidade percorrer o meu corpo. O aroma intoxicante era impossível de resistir e sem controlo, as minhas feromonas respondiam às dele. Misturavam-se, entrelaçavam-se entre elas. Ouvia-o inspirar os meus cabelos, como se estivesse também a deliciar-se com o meu aroma.

Nunca tinha estado tão perto de um Alfa daquela forma. O cheiro, o calor do corpo dele arrepiavam-me. Queria continuar a tocar e sentir de perto a presença dele, que se encontrava bem mais desprovido de roupa do que eu. Afinal de contas, ele levava somente uma espécie de pano na cintura que não o cobria muito e não me atrevia a olhar muito nessa direção.

– Ah… – Balbuciei.

Como ia fazer para falar com ele? Surpreendi-me quando se afastou sem qualquer aviso, virando-se de costas. As intenções ficaram mais claras quando se abaixou e olhou de soslaio para mim. Bom, pelo menos não pretendia carregar-me novamente como um saco de batatas. Portanto, subi para as costas dele, aproveitando-me dessa situação para encostar meu nariz ao seu pescoço. Ao ouvi-lo rosnar baixinho, distanciei-me rapidamente. Esperava qualquer tipo de reação menos amistosa, como por exemplo, deixar-me cair, mas em vez disso, virou o rosto na minha direção. Como não havia uma distância tão grande entre nós, pois ainda me encontrava sobre as suas costas, ele encostou o nariz ao meu rosto, fazendo-me corar.

Suponho que fosse a forma dele de dizer que não tinha considerado o meu comportamento inapropriado. Provavelmente, com o meu atrevimento, teria instigado os seus instintos, mas não era algo ofensivo. Ele disse-me mais algumas palavras incompreensíveis, antes de descer abruptamente da árvore.

Talvez as palavras fossem para alertar-me acerca disso, mas como não nos entendíamos, penso que ainda iria apanhar vários sustos por causa disso. Inicialmente, devo dizer que quase o devo ter sufocado ao envolver o pescoço dele com os meus braços, mas depois vieram as feromonas de conforto e ao abrir os olhos, pude testemunhar a agilidade com que se movia naquele espaço. Além disso, como nunca me tinha aventurado tão longe na floresta, perdi-me a observar a paisagem hipnotizante. A ideia de que estivesse a deixar-me levar por um desconhecido não causava qualquer tipo de receio na minha mente.

A determinada altura parou próximo a uma queda de água. Deixou-me sair das costas dele e através de gestos, pediu que me sentasse. Confuso e ainda maravilhado com o cenário à nossa volta, optei por não contrariá-lo e não esperava que depois de o ver entrar na água, ele puxasse os meus pés para submergi-los. Notei que acariciava sobretudo o pé onde me tinha magoado enquanto corria sem rumo.

– Obrigado. – Agradeci diante do cuidado dele e com os olhos novamente fixos em mim, aproveitei a oportunidade para tentar comunicar com ele. Apontei para o meu peito. – Levi.

Após um ar um pouco perdido, o Alfa sorriu e colocou a mão no próprio peito.

– Eren.

– Eren. – Repeti satisfeito por ter conseguido descobrir, entender e pronunciar o nome dele.

O Alfa continuou a massajar os meus pés e sentindo-me bastante relaxado e distraído com todo aquele cenário à nossa volta, movi inconscientemente os pés. Um deles tocou no Alfa. Não nas mãos ou no peito dele, áreas que ignoraria com mais facilidade. Toquei antes numa área que fez com que ele parasse subitamente com as carícias. Ao aperceber-me do que tinha feito, senti o rosto bastante quente.

– Ah… desculpa, Eren… eu não… eu… – Dizia incapaz de encará-lo e então, acercou-se até estar mesmo à minha frente. A mão molhada tocou na minha face.

– Levi.

Escutar o meu nome da boca dele, fez com que ficássemos novamente olhos nos olhos. Ele estava ainda mais próximo, cada vez mais. Antes nunca deixaria qualquer Alfa aproximar-se daquela forma, mas naquele momento, todos os receios, dúvidas, o mundo além daquele instante não eram importantes.

Fechei os olhos, ajudando também a diminuir a distância entre nós. Os lábios dele tocaram os meus e de imediato, os meus braços enlaçaram o pescoço dele. Abraçá-lo parecia ser a coisa mais certa do mundo e isso fez-me suspirar contra a boca dele. Esta que se abriu e eu acompanhei.

Nunca tinha beijado alguém antes e poderia arriscar dizer que ele também não. No entanto, mais do pensar na nossa experiência (ou falta dela), ele assim como eu sentia-se desesperado por provar cada vez mais. A cada toque entre as nossas línguas, os sons emergiam das nossas gargantas e eu desejava-o ainda mais do que antes. Nenhum de nós parecia calcular a forma correta para respirar e assim que recuperávamos um pouco de fôlego, voltávamos a juntar os nossos lábios.

O gosto dele era viciante e provavelmente devia sentir vergonha dos gemidos ou pela forma como o puxava cada vez mais para mim. Porém, não era a vergonha que me guiava e sim o desejo incontrolável de ter aquela boca, aquelas mãos fortes sobre mim.

– Levi. – Disse num tom rouco antes de afastar-se.

Tentei agarrá-lo, completamente tomado pelo desejo de o ter perto de mim. Pensei inclusive em entrar na água, mesmo com as roupas que ainda levava, mas ele saiu da água e segurou na minha mão. Distanciou-nos um pouco do lago que se formara com a queda de água.

Em seguida, tomou os meus lábios novamente com aquela intensidade que em vez de me causar receio, fazia-me sentir como se fosse ser devorado e eu procurava corresponder da mesma forma. Ele sentou-se sobre as ervas húmidas e fez com que me sentasse sobre as pernas dele.

Estava calor. Cada vez mais e mais. Os nossos lábios avermelhados demonstravam bem a forma intensa como nos beijávamos. Permiti que as mãos dele vagueassem por baixo da minha camisa e depois que as mesmas retirasse aquele tecido que separava a pele dele da minha.

O olhar carregado de luxúria que me lançou ao ver-me mais exposto, excitou-me ainda mais. Não entendi as palavras que saíram da boca dele, mas senti-as como se fossem elogios. Os lábios dele vieram até aos meus ombros e subiram com beijos molhados até ao meu pescoço.

Estremeci sobre ele, deixando escapar um gemido alto que foi acompanhado por um grunhido da parte dele, quando involuntariamente, movi os meus quadris.

– Eren… – Sussurrei com o rosto completamente ruborizado, encostando a minha testa à dele.

Não havia qualquer dúvida dentro de mim. Eu queria e ia entregar-me aquele Alfa. Mesmo que mal o conhecesse, não podia ignorar a forma como o desejava. Não encontrava palavras para explicar aquele desejo que parecia enraizado dentro de mim. Uma parte misteriosa dentro de mim, uma que sempre me chamou para aquela floresta, regozijava-se com ideia de ser um com aquele Alfa. Esse que me deitou sobre as ervas frescas e retirou a roupa que me restava com a minha ajuda. A forma doce como por detrás daquela luxúria me observava, dizia-me tudo o que precisava de saber.

Nunca poderia pertencer a outro Alfa porque eu era dele.

Acreditava também que nas palavras que me dirigiu, que também ele me dizia que era meu.

Beijou-me mais uma vez e as suas mãos percorriam o meu corpo sem qualquer roupa. A minha pele ardia com o toque dele. Ora forte, ora suave. Estava a perder-me no êxtase que o toque dele me provocava.

– Eren… – Gemia contra a sua boca e quando senti dois dedos entrarem em mim, separei as nossas bocas. Cravei as unhas nos ombros dele e gemi.

– Ómega. – Sussurrou contra o meu pescoço, antes de passar a língua nessa área tão sensível e que fez com que movesse os meus quadris contra os dedos dele. Esses que entraram ainda mais em mim.

Não era o meu ciclo fértil, mas sentia a lubrificação molhar e escorrer entre os dedos que entretanto, passaram a três. Algures na minha mente, ainda me recordava que uma coisa dessas só era possível fora do ciclo fértil entre parceiros muito compatíveis e que apesar de Eren estar a preparar-me com cuidado, tendo em conta, como o meu corpo respondia ao dele, até podia ter passado diretamente à penetração. Contudo, ele demonstrava cuidado e procurava ter a certeza de que me sentia bem preparado para o receber.

– Alfa… – Chamei para que deixasse de lado todo aquele cuidado e me fizesse dele. Ah, como eu queria ser dele.

Os dedos saíram quase de imediato e logo o senti. Gemia perto da minha orelha, causando-me arrepios e à medida que entrava em mim, lambia a minha orelha. Em resposta, as minhas pernas rodearam a cintura dele. Com avidez puxava-o para mim e por fim, senti-o por completo.

Os nossos gemidos soaram em uníssono.

Agarrei os ombros morenos e mordi o lábio dele ao ver como demorava em mover-se. Isso foi o suficiente para que investisse contra mim e os meus braços perdessem as forças por alguns instantes. Deixei-me cair sobre as ervas húmidas com o corpo dele a chocar contra o meu. De forma lenta, mas com estocadas fortes que fazia os meus gemidos subirem de tom.

– Mais… mais… - Pedia e por fim, agarrou com firmeza na minha cintura e o vai-e-vem tornou-se rápido, aliando-se à força. O meu corpo estremecia a cada choque entre nós à medida que encaixávamos perfeitamente um no outro. Os sons vindos dele também intensificavam o calor que sentia.

Quando saiu de mim sem aviso, tentei falar mas fui colocado de costas para ele. Numa posição totalmente submissa apoiava-me nos cotovelos e joelhos. Ao entrar novamente em mim, fê-lo de uma só vez. Os sons desconexos e mais selvagens escapavam não só dele, mas também da minha garganta.

As mãos dele ficariam gravadas na minha pele, assim como os sons deliciosos vindos dele e do choque entre os nossos corpos nunca abandonariam a minha memória. A minha mente enevoava-se até ao momento que agarrando os meus cabelos negros, fez com que colasse o meu corpo ao dele sem parar as investidas e mordeu o meu pescoço. Fê-lo de uma forte e inicialmente, dolorosa.

Porém, essa dor deu lugar a um prazer imenso que se apoderou de mim com aquele gesto e gritei enquanto os espasmos de prazer arrebatavam cada um dos meus sentidos.

Só quando a sensação de êxtase começou a diluir-se é que reparei que me virava para que ficasse de frente para ele. Assim que ficámos frente a frente, expos o seu pescoço e sem hesitação lancei-me sobre aquela pele morena e mordi igualmente de forma forte e dolorosa.

Ouvi-o rosnar, bramir e quando os braços dele me envolveram, senti que aquele era o meu lugar. Porém, nem tive tempo de apreciar um pouco mais daquela sensação, pois tudo escureceu à minha volta.

Quando despertei, encontrei os olhos verdes fixos em mim e logo veio a mão dele afagar o meu rosto.

– Perdoa-me se fui muito brusco.

– Não tens que pedir perdão. Acho só que foi muita coisa a acontecer ao mesmo tempo e… – Parei de falar atónito e olhei para ele. – Consigo entender o que dizes? Tu estás a entender o que digo?

– A Marca está a trazer-te de volta para casa. – Disse com um sorriso.

– De volta para casa? – Perguntei confuso e perante essa afirmação, senti como se um balde de água fria caísse sobre mim. O que teria acontecido à minha casa? Aos meus pais? Ao sentar-me rapidamente, queixei-me um pouco da dor que senti.

– Cuidado, Levi.

– Os meus pais, a minha casa… – Murmurei nervosamente.

– Shh, estão bem. – Abraçou-me. – Está tudo bem. Todos têm ordens minhas para proteger as aldeias próximas à floresta.

– Ordens? – Perguntei confuso, mas sem qualquer vontade de interromper aquele abraço.

– Vem comigo. Quando chegarmos, vais entender.

Notei que me tinha levado até alguma gruta, onde as minhas roupas se encontravam ao meu lado e sobre mim, havia a pele de algum animal. Não recentemente morto, felizmente. Caso contrário, penso que mergulharia no primeiro lago que encontrasse e não sairia de lá durante dias.

Vesti novamente as minhas roupas e teria entregado aquela pele que atuava como um casaco, mas o Eren insistiu que o mantivesse sobre os ombros. A noite estava fresca e no fim, ele tinha razão. Estava mais confortável com aquele casaco sobre os ombros e teria caminhado, mas ao ver o meu ar cansado e expressão dolorida a cada passo, tomou-me nos braços. Ainda tentei argumentar, mas contrariar o Alfa quando pensava que estava a fazer as coisas para o meu bem, aparentemente não era possível.

Portanto, deixei de reclamar enquanto me levava nos braços dele e a certa altura, admito que era bastante confortável e quase cedi ao sono novamente.

Contudo, assim que vi as imensas tochas que pareciam centenas de estrelas que enfeitavam a floresta, os meus olhos esqueceram o cansaço. As tochas cuidadosamente rodeadas de algum material que impedia que as chamas alcançassem as folhagens, adornavam as inúmeras cabanas que havia naquele local. À entrada passaram por duas árvores gigantescas atuavam como portões e várias plantas caíam formando uma espécie de cortina, que o Alfa desviou com uma das mãos assim que entraram naquela aldeia que parecia perdida num tempo longínquo.

– Bem-vindo a casa. – Murmurou Eren e uma sensação de pertença vibrou dentro de mim. Como se aquele local fosse mesmo o que procurei encontrar durante tanto tempo. Havia algo de muito misterioso que me chamava e as vozes, as presenças pareciam concentrar-se naquele local.

– Nunca vi nada assim. É lindo. – Admiti perante o sorriso dele que então me colocou no chão.

– A maioria a esta hora está recolhido a dormir por ser tão tarde. Desculpa, queria que te recebessem como mereces.

Corei e respondi:

– Não peças desculpa. Prefiro assim. Nunca gostei de ser o centro das atenções.

As cabanas/casas estavam decoradas com flores, plantas e escrituras em caracteres que não reconhecia, mas ainda assim, eu não deixava de admirar a beleza que representavam.

– Eren? – Uma voz chamou a nossa atenção e de uma das cabanas saía uma Beta, uma jovem que deveria ter cerca de dezasseis ou dezassete anos. Os cabelos castanhos longos caídos sobre um dos ombros enfeitados com pinturas de plantas e flores. Assim como o Alfa levava poucos trajes, pelo menos comparado com o que sempre me habituei a ver. Apenas uma pequena saia e um tecido que cobria os seios.

– Hanji, já não devias estar acordada a esta hora. – Disse Eren, cujo tom de repreensão se perdeu diante do sorriso da Beta.

– Foste buscá-lo finalmente? – Perguntou entusiasmada. – Ó meu Deus, estão marcados! Ele é lindo!

Corei bastante e coçando um pouco a cabeça, Eren apontou para a Beta.

– Hanji, uma das minha irmãs. – Apontou para mim. – O nome dele é Levi. É o meu parceiro.

– Muito prazer, Levi! – Abraçou-me sem qualquer pré-aviso, apanhando-me de surpresa – Tem umas feromonas tão maravilhosas! Tão maravilhosas como… – Olhou para o irmão. – Ó… é ele, não é? Então, era mesmo ele o teu parceiro!

– Como assim? – Perguntei confuso.

– Há alguma coisa a chamar-te, não é assim? – Perguntou Hanji e diante do meu ar surpreso, o sorriso dela aumentou. – É ele, Eren! É mesmo ele! Vem! Há um sítio que precisas de ver!

Eren assentiu e nesse momento, a mão da Beta envolveu a minha e é como se eu soubesse para onde a devia seguir. Não só pela mão dela na minha, mas porque me aproximava de alguma coisa em concreto. A música.

Sim, escutava música no ar e estava próximo ao local de onde provinham as vozes.

O Eren seguia mesmo atrás de nós, pedindo à irmã que caminhasse com mais calma e de forma, menos ruidosa para não acordar os outros. Porém, essa perspetiva não me incomodava visto que queria chegar ao fim daquele caminho. Queria encontrar de onde vinham todas aquelas sensações.

Após passarmos por inúmeras cabanas, havia um caminho que adentrava para uma gruta. Essa que logo se mostrou imensa como nunca tinha visto e além disso, em vez de encontrar um teto escuro, encontrei estrelas. Havia um céu naquele local misterioso. Não havia forma racional de explicar, mas havia um céu estrelado naquela gruta imensa, rodeada do que eu descreveria como um oásis perdido e escondido.

Hanji só parou quando avistámos um lago com uma queda de água imensa. No centro desse lago havia uma espécie de altar e um cristal de dimensões impressionantes. Como se aquela estrutura se tivesse formado ali naturalmente, mas eu nunca tinha visto um cristal assim. Pequenos sim, um pouco maiores em alguns livros do meu pai, mas nunca daquela dimensão e beleza. Era como se fosse feito de prata e milhares de estrelas brilhassem dentro dele.

Por instantes, tive a sensação de ver alguém deitado no interior, mas tão depressa como essa imagem apareceu, desapareceu logo em seguida.

– Levi? – Chamaram Hanji e Eren.

– Huh? O que foi? – Perguntei ainda atordoado com tudo o que via.

– Ficaste ausente. – Explicou a Beta e os olhos fascinados regressaram. – Viste alguma coisa?

– Ah…

– Não vamos começar por aí. – Interrompeu Eren e colocando a mão sobre as minhas costas, prosseguiu. – Quero que observes o movimento das águas. Quero que vejas o que há nelas.

Confuso, mas confiando nas palavras dele debrucei-me um pouco sobre as águas. Encontrava somente o meu reflexo e limpidez impressionante das águas cristalinas. Havia uma imensidão de corais que só deveriam existir no mar, mas isso talvez fosse mais plausível do que as estrelas no que deveria ser um teto escuro daquela gruta.

– É suposto ver alguma coisa além do meu reflex… – Parei de falar ao ver que pequenas ondas se moviam e entre elas surgiam… imagens? Inclinei-me um pouco mais, um pouco em choque por ver que se tratavam de imagens. Via cidades e pessoas que não conhecia, entre essas coisas, vi um soldado. Pela indumentária só podia tratar-se de um soldado, mas o símbolo de asas sobrepostas não me era conhecido. Apenas julgava ter visto aquele desenho em algum manuscrito velho sobre a secretária do meu pai, mas estava tão apagado, que nunca vi as cores tão vívidas.

Contudo, não foi isso que me deixou em choque, mas foi ver o rosto do soldado. Aquele… era eu?!

As imagens que se seguiram, mostraram inúmeros combates com movimentos que nem pareciam humanamente possíveis, mas eram fascinantes. Ao lado daquele soldado que me parecia um sósia meu, havia outros. A mesma indumentária. Três Alfas de cabelos loiros, um de cabelos mais escuros, outro que mordeu a língua de forma dolorosa e uma Beta que sorria sempre de forma confortante. Formavam uma equipa e eu… aliás, aquele soldado, era a figura máxima. Um Ómega era o Capitão do grupo.

Ainda estava a absorver o conteúdo das imagens, quando estas mudaram. O mesmo soldado com roupas diferentes, à civil diria eu, abraçava duas crianças. Dois irmãos em que a menina parecia ser mais velha e a imagem infantil dela intercalava-se com outra que parecia ser a imagem dela em adulta e com uma coroa sobre a cabeça. Quanto ao irmão numa versão mais adulta parecia com trajes de um médico.

Em frente a esses dois irmãos, surgiram outras crianças. Desta vez da mesma idade, gémeos que na idade adulta surgiam com trajes militares e que se afastaram para deixar passar uma menina de cabelos negros e com uma cor dos olhos semelhantes ao pai e ao irmão que era médico. A pequena sorria e a imagem intercalava-se com a imagem adulta em que surgia ao lado da irmã com coroa e ela, a mais nova, para meu espanto, surgia com trajes militares mais elaborados do que os irmãos. Uns que vi somente em livros. Atrás das duas, um imenso exército do qual a Ómega mais jovem, já em idade adulta mas não muito acima dos vinte anos, vestia os trajes de um general. A figura máxima do exército.

Ainda estava a tentar entender o que eram aquelas imagens e como mostravam Ómegas em posições de poder, quando os filhos abriram novamente passagem e desta vez, ao fundo estavam os pais deles. Não só o Ómega que se parecia demasiado comigo, mas um Alfa atrás dele, enlaçando-o pela cintura e partilhando a mesma Marca. Alianças nas mãos dos dois e quando trocaram um olhar, o cenário mudou.

Os dois estavam mais jovens e pareciam ver-se pela primeira vez.

Porém, o que mais me chamou a atenção foi a aparência do Alfa. Os cabelos estavam mais curtos, as roupas diferentes, mas era o Eren.

Isso fez com que me afastasse rapidamente do lago.

Apreensivo, olhei para Hanji e também Eren que me encaravam tranquilos.

– Entendes o que viste no lago? – Perguntou a Beta.

– Entender? – Indaguei confuso. – Isto é algum truque? Não entendo o que aconteceu. O Ómega em que as imagens mais se focaram, parecia… ele parecia-se…

– Contigo? – Completou Hanji sorridente. – Não é apenas aparência. Ele és tu. Há muito, muito tempo atrás. Ele ficou conhecido entre os Elos Primitivos e a história ainda conservada, como o Rei sem Coroa. Tudo se encaminhou para que ele se sentasse no trono que era dele por direito, mas ele não quis.

– Espera, espera. – Pedi. – Como assim ele sou eu? Eu não…

– Para ser mais exato, és ele, mas numa nova vida. Sabes o que é a reencarnação? – Perguntou Eren.

– Já ouvi falar, mas isto é absurdo. – Disse ainda incrédulo. – Eu não sou como ele. Se o que vi era real, não chego sequer perto do soldado que era. Aprendi somente o básico para defender-me e ele… ele comandava grupos e grupos de soldados.

– Mais importante do que isso, ele era um Elo que ficou conhecido como Rei entre todos. Nunca na história houve alguém como ele ou quem chegasse perto disso. Ele foi a bênção de Maria e a sua influência manteve-se durante gerações. A filha mais velha assumiu o trono e a mais nova tornou-se a primeira e única general que Maria teve. – Explicava Hanji. – Não podes negar o que viste. Não podes negar que este lugar chamava por ti e chamava porque precisavas de ver essas coisas e entender que renasceste com um objetivo.

– Assim como eu, devias sentir um vazio cá dentro. – Falou Eren com a mão no peito. – Eu queria encontrar-te de novo, assim como tu também querias ver-me, não é? Consegues negar esse sentimento?

– Não… - Murmurei, olhando para ele. – É verdade que sempre senti uma atração por esta floresta imensa e queria chegar a algum lugar, mas não sabia explicar onde e nem a razão, só que ainda assim, tudo isto soa tão…

– Surreal? – Completou Hanji mais uma vez. – O nosso povo esperou por ti por gerações. Pelo teu regresso. O Rei deixou a sua bênção sobre Maria. A filha dele governou com sabedoria e os outros procuraram sempre honrar o que foi conseguido na época. Contudo, o tempo passou e a catástrofe veio após o nascimento de mais um Elo. Esse foi brutalmente assassinado ainda em criança e a desgraça abateu-se sobre as três regiões. Foram mergulhadas na água, em tempestades sem fim que causaram morte e destruição. Sina e Rose abrangiam uma área muito maior do que existe hoje e esta imensa floresta intocável acredita-se ser a última bênção do Rei para se assegurar que o seu povo seria capaz de sobreviver.

– Tão sagrado é este lugar que em vez do templo nas montanhas, este foi o lugar escolhido para a última morada do Rei. – Acrescentou Eren.

Olhei de imediato para o imenso cristal no meio da água.

– Este lugar foi chamado um dia de Cidade das Estrelas e diz-se que foi onde o Rei nasceu e escolheu também como última morada. – Dizia Hanji. – E agora, inicia-se um novo ciclo. Voltaste para nós.

– Eu não sou ele. Não sou como ele. – Dizia intimidado com os olhares que recebia, como se esperassem grandes coisas de mim. – Sou de uma aldeia simples, executava a maior parte do tempo tarefas de camponês e o que aprendi é graças aos meus pais, mas não me podem comparar a um rei. Eu…

– Meu príncipe. – Cortou Eren, fazendo-me corar ligeiramente. – Não tens que ter medo ou rebaixar-te porque nada do que dizes é verdade. És muito mais do que consegues ver. Os Antigos chamaram-te porque o nosso povo precisa de ti, mas não tens que fazer nada sozinho, eu estou aqui. Estarei sempre aqui ao teu lado, desde daquele tempo, agora e por toda a eternidade. – Corei ainda mais com as palavras dele. – Cada vez que um Elo regressa é pelos gritos dos inocentes. Tudo o que como Rei um dia fizeste e gerações lutaram por manter, caíram após mais uma morte que foi um sacrilégio.

– Nós, o nosso povo, será a tua força, Levi. – Afirmou Hanji. – E se ainda duvidas, se acreditas que tudo ainda é muito surreal e coincidências… Levi, quero que olhes de perto para aquele cristal. Eu não serei capaz de ver, mas tu verás que estás unido a esse Alfa, a um destino maior do que podes entender.

Vi Eren assentir. Um gesto silencioso que dizia para seguir em frente e acercar-me ao centro do lago. Esse que não tinha até ao momento visto que possuía alguns degraus para entrar na água e em seguida, era possível caminhar até ao centro sem que a água ultrapasse muito a altura da minha cintura.

Notei que ele me seguia para me acompanhar até aquele altar. Perto dele havia mais alguns degraus que permitia dessa forma, aproximar-me até ficar de frente àquele imenso cristal que era ainda mais bonito de perto. Não sabia o que esperava encontrar ou ver, assim que estivesse de frente àquele cristal imenso que me causava uma sensação forte dentro de mim.

Repentinamente, era como se a névoa de estrelas desvanecesse ligeiramente dentro do cristal e sobre o ar em choque vi que havia duas figuras deitadas no interior. Isso fez com que me aproximasse mais para vê-los melhor e vi que se abraçavam, durante um sono interminável.

Recuei ligeiramente ao reconhecer os traços das duas pessoas deitadas naquele cristal, aparentemente intocadas pela passagem do tempo. Estava a ver-me a mim! Estava a ver-me deitado abraçado ao Eren!

Ao dar mais um passo para trás, senti que batia contra o corpo do moreno que me abraçou.

– Isto é um túmulo? Ou mais uma visão? – Perguntei.

– Foi a nossa última morada. – Murmurou perto da minha orelha à medida que o interior do cristal voltava a ficar envolto na névoa repleta de estrelas. – Só eu era capaz de vê-los desde pequeno e perguntei-me muitas vezes se era real e como desejei que fosse… como desejei encontrar-te de novo e ter de volta esta sensação de estares nos meus braços.

Muitas vezes me questionaram o que pretendia fazer com o meu futuro, mas nunca tive respostas. Pairavam as dúvidas e sempre uma vontade irrefreável de encontrar respostas naquela floresta misteriosa. As peças do puzzle juntavam-se lentamente e por mais irreal que tudo aparentasse ser, dentro de mim eu sabia que iria encontrar todas as respostas. Já tinha encontrado o mais importante.

Virei-me para encontrar os olhos do Alfa e tocando no rosto dele, ele inclinou-se um pouco para que pudesse beijá-lo.

– Também estive à espera de encontrar-te e se como dizem, o meu povo precisa de mim novamente. Então, quero que estejas ao meu lado para fazer o que é certo.

– No passado, agora e sempre. – Beijou o meu rosto.

Havia muitas coisas que ainda não entendia, muitas que teria que aprender, mas ele estava ao meu lado. Se de facto, tinha regressado para uma nova era, então lutaria com tudo o que estivesse ao meu alcance. Com ele ao meu lado, sentia que podia fazer tudo.

 

FIM


Notas Finais


Após esta oneshot, provavelmente na próxima semana devo iniciar a postagem de um novo enredo mais longo. Até lá :)


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