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História Instructions Not Included - Prólogo - As Sacanagens da Vida


Escrita por: BlueMoon_3

Notas do Autor


OLÁ QUERIDOS E QUERIDAS! Como vocês estão?
Eu estava doentinha esse dias, mas estou melhor agora!
Resolvi passar aqui rapidinho, para dividir com vocês essa Long-Fic que eu comecei algumas semanas atrás. Eu não me lembro a última vez que eu me diverti tanto escrevendo uma estória antes! Eu realmente gostei do plot, e espero que vocês também! É uma fic bem leve, e acredito, gostosa de ler!
Como eu tenho outra Long-Fic Jikook (Because of You), eu não tenho tanta certeza quando eu vou atualizar ela. Acho que vai depender do feedback que eu receber.

Sem mais delongas,

Boa Leitura ~

Capítulo 1 - Prólogo - As Sacanagens da Vida


Fanfic / Fanfiction Instructions Not Included - Prólogo - As Sacanagens da Vida

Prólogo -

;a vida não se importa se você

não está preparado

 

 

Jeon Jungkook levava uma vida boa, ou pelo menos acreditava levar uma.

Nada o faltava, ele era jovem e agraciado com uma aparência de tirar o folêgo. O Jeon também teve a sorte de nascer em um berço de ouro e cresceu rodeado pelo luxo, tendo o que queria à sua disposição. Independente desse fato, Jungkook não era alguém mesquinho ou esnobe, ele apenas não tinha muita habilidade em tarefas simples do dia a dia. O Jeon tinha um coração bondoso, e isso é o que importa no final, certo?

Agora, aos quase dezoito anos ele aproveitava a grana que herdou da sua mãe e seu falecido pai para se divertir pela cidade de Busan. Jungkook virava noites em boates beijando bocas desconhecidas, e trocando prazeres com corpos que nunca tocou antes. Ele queria aproveitar sua juventude sem compromissos, Jungkook não tinha pressa em crescer. Talvez por acaso, sua boca se encontrou com a boca de Park Jimin em uma noite de verão de suas doses de diversão. O de cabelos — na época, ruivos chamou a atenção do jovem moreno e como Jungkook não era de perder tempo, logo os dois estavam em seu apartamento, desprovidos de qualquer roupa. O contato entre suas peles era tão excitante, era possível ouvir seus gemidos de prazer por todo o seu apartamento de luxo.

Jungkook teria que admitir que aquela foi uma das melhores noites que já teve. A transa ficaria ainda fresca em sua memória por algumas semanas, mas a falta de contato com o ruivinho, a fez cair no esquecimento, eventualmente.

Já Park Jimin não esqueceria aquela noite tão cedo.

Os dias passaram se tornando semanas,  meses, e assim um ano se passou. Jungkook ainda não tinha decidido o que iria cursar na faculdade que sua mãe insistia que ele deveria entrar. Porém, o Jeon não estava muito preocupado com isso. Ele tinha dinheiro, o futuro não o aterrorizava tanto assim.

Era de manhã cedo e Jungkook tentava lidar com uma ressaca, enquanto babava no sofá da sala. Suas pernas estavam jogadas para o lado do tapete da sala e a boca aberta virada para o teto. Sua cabeça latejava e o Jeon praguejava. Olhou para o relógio da sala de jantar e suspirou. Talvez não fosse tão cedo de manhã como imaginava, já passava do meio-dia.

Por poucos segundos Jungkook se questionou, o que ele estava fazendo com sua vida? Jungkook estava desperdiçando sua juventude com coisas fúteis e vazias, e por um momento ele sentiu vergonha de si mesmo. O Jeon não tinha propósito algum, nenhuma ambição ou paixão. Jungkook estava apenas existindo, e aquilo era deprimente. Mas, claro que o momento de reflexão passou tão rápido, quanto chegou.

Alguém como Jungkook não teria coragem de mudar, não quando se estava acomodado com sua condição atual. Jungkook definitivamente não estava pronto para mudar sua vida, por mais que quisesse.

O que Jeon Jungkook não sabia, era que sua vida estava prestes a ser mudada de qualquer maneira.

O som da campainha tocando fez sua cabeça rodar, e ele soltou um grunhido irritado. Se levantou preguiçoso e se rastejou até a porta branca de madeira do apartamento, não se importando de estar vestindo apenas seu moletom cinza e camiseta branca. Jogou os cabelos para trás em um suspiro e tocou a maçaneta da porta.

Arqueou uma sobrancelha ao ver um rapaz de cabelos negros que carregava um embrulho de mantas felpudas, do lado de fora. O rapaz parecia vagamente familiar, e Jungkook teve que admitir que ele era no mínimo atraente.

“Hm, posso te ajudar?” crispou os lábios, e direcionou o olhar para os lábios carnudos do rapaz.

O que um cara segurando um bebê faria na porta do seu apartamento, principalmente a uma hora dessas?

“Eu sou Park Jimin,” o rapaz respondeu acanhado.

Ao ver que Jungkook não parecia se recordar do seu nome, o Park continuou.

“Nós fomos ‘pra cama a pouco mais de um ano atrás, eu tinha cabelos ruivos,” Jimin insistiu. Sua voz também parecia familiar!

E foi quando tudo na mente do Jeon fez sentido, em um “click”. Como Jungkook pode esquecer? Ele ainda podia ouvir a voz daquele cara gemendo em seus ouvidos. Ele era aquele ruivinho que o deixou paranoico por semanas!

“Oh, sim,” assentiu com a cabeça vendo o mais velho, suspirar. O Jeon franziu suas sobrancelhas.

“Esse é seu bebê?” apontou para o embrulho de mantas, e o Park apertou o bebê mais forte contra seu peito. Um olhar um pouco melancólico foi direcionado a Jungkook.

“Esse é Jinwoo," Jimin engoliu em seco. "Nosso bebê.”

Jungkook o encarou confuso.

Como assim nosso bebê?

A quantidade de homens capazes de engravidar eram minúsculas, nem um porcento de toda a população mundial possuía tal mutação, acreditava o Jeon. Sem contar que Jungkook sempre usava camisinhas quando se relacionava sexualmente com alguém! As chances daquele cara estar falando a verdade eram quase inexistentes.

“O que? Cara, acho que você se enganou, esse bebê não é meu!" Jungkook replicou firme e segurou a porta mais forte entre os dedos. Ele viu Park apertar os olhos.

“Jungkook, eu não estou mentindo!” respondeu alto. “Esse bebê é seu, também! E eu preciso que você cuide dele por um tempo,” a voz do Park foi se tornando aos poucos mais baixa e fraca, enquanto a sentença acabava.

"Como você sabe o meu nome?" 

O Park não respondeu.

Jungkook estava começando a se desesperar. Ele não tinha ideia de como lidar com aquele homem alegando que os dois tinham um filho, e que ele precisava que o Jeon cuidasse da criança por um tempo. Todo o seu ser se encontrava na defensiva, Jungkook não era pai! Ele nunca se imaginou num cenário desses, e talvez por conta da sua vulnerabilidade no momento, Jungkook tenha soado um pouco agressivo.

“Eu não quero essa criança, e eu não vou cuidar dela! Quem garante que ele é realmente meu?” vozefeirou vendo o rapaz a sua frente suspirar.

Pelo jeito o Jeon não iria colaborar.

“Você tem 10.000 won?” Jungkook fez uma careta confusa. Porque o Park iria querer 10.000 won? Será que ele iria começar a pedir pensão? Mas, aquele bebê não era dele!

“O que?”

“Você tem 10.000 won, ‘pra eu pagar o meu táxi?” O Jeon fez um bico, suspirou e sumiu dentro de seu apartamento a procura de 10.000 won.

Okay, ele podia simplesmente ter fechando a porta na cara do homem com aquele bebê no colo, mas seu cérebro ainda não estava raciocinando direito devido à ressaca, então apenas voltou com os 10.000 won, que Park Jimin o pediu.

“Você,” o Park suspirou. “Você pode segurar ele por favor?” estendeu o bebê, e Jungkook recuou.

“Eu não sei segurar bebês!” Jimin respirou fundo, e abriu um pequeno sorriso gentil.

“Eu não vou demorar! Quando eu voltar nós acertamos isso, tudo bem? Por enquanto é só o segurar desse jeito,” o mais velho demonstrou, como o bebê deveria ser segurado, e as mãos de Jungkook tremeram ao tocarem a manta do neném.

E se ele deixasse ele cair no chão? Aquele bebê podia não ser dele mas, e se o cara gostoso na sua frente enlouquecesse caso ele derrubasse a criança? Ele não queria ir ‘pra cadeia, tão jovem.

Hesitante, ele trouxe o bebê para junto de si, e sentiu o coração acelerar.

Eu hein.

Ignorou esse fato, e olhou para o cara a sua frente que encarava a si e o bebê com um olhar no mínimo estranho. Jimin colocou a bolsa do bebê no chão ao lado da porta do apartamento, e deu poucos passos para trás.

“Eu já volto, Jungkook,” Jimin virou as costas, e Jungkook fechou a porta com um dos pés com cuidado. O que o mais novo não viu, foi a pequena lágrima que desceu dos olhos do Park, muito menos a dor que se instalou no seu coração, ao deixar seu bebê para trás.

Ele deixou o edifício junto do amor da sua vida para trás, e entrou no táxi que o esperava estacionado na calçada.

Jimin voltaria.

 

 

Jungkook tentava segurar o pequeno Jinwoo, de uma maneira desajeitada em seus braços. Ele não tinha culpa se o seu único primo era mais velho que si mesmo, e ele nunca teve a oportunidade de segurar um bebê. Seus instintos o diziam que ele não estava indo muito bem para uma primeira vez. Como as mulheres seguram bebês com tanta facilidade? Aquilo era complicadíssimo! Onde deveria segurar? Como o corpo do bebê deveria ficar? E se ele começar a chorar?

Depois de tanta agitação, Jungkook ouviu um pequeno resmungo vindo das mantinhas. O rapaz assustou-se, e olhou para o embrulho em seus braços. Um tanto hesitante, Jungkook tirou a coberta do rostinho do bebê e seus olhos se arregalaram ao ver a face delicada. 

Por mais que quisesse negar até o fim, ele não poderia ignorar a incrível semelhança entre si e o bebê. A tez branquinha, os cabelos negros, até os olhinhos! O menino parecia uma cópia sua quando bebê! Ele também podia ver traços de Jimin nele, como as bochechas cheinhas, a boquinha que era uma mistura dos dois, e o narizinho também se parecia com o do Park. 

Jungkook engoliu em seco. 

Aquele bebê parecia mesmo ser seu. E agora? Ele não estava pronto para ser um pai! Tinha acabado de completar dezenove anos, ele tinha uma vida inteira a sua frente! 

E o outro pai do bebê era um completo estranho! Ele era gostoso, mas ainda sim, a única coisa que Jungkook sabia sobre ele era seu nome, e que eles tinham UM FILHO!

O Jeon se desesperou. Seu coração parecia querer fugir pela sua boca, e seu braços tremeram. Tudo ficou ainda pior quando ele se deu conta de que já tinham se passado quinze minutos, e nada de Park Jimin voltar! 

Arregalou os olhos, finalmente entendendo tudo. O cara havia o enganado e fugiu, deixando o bebê para trás! Seu cérebro demorou um pouco para processar o que estava possivelmente acontecendo.

Jimin não ia voltar.

“Você conhece o seu pai, ele não seria capaz de te deixar ‘pra trás, seria?” Jungkook perguntou para o bebê, desesperado.

Jinwoo alheio ao que estava acontecendo, apenas observava Jungkook com seus olhinhos negros.

BLING! O som ecoou pelo ar da sala de estar e Jungkook apertou o bebê mais forte em seus braços, correndo até o telefone fixo do apartamento, quando este tocoy.

“Jungkook?” Era o safado do Park Jimin!

“Park! Você deixou a criança aqui!”

“Me desculpe, eu não posso. Eu não consigo. Cuide dele por mim, Jungkook,” Jungkook ouviu algo que se parecia com um soluço, e juntou a sobrancelhas.

“Como assim? Eu também não posso cuidar de uma criança!”

“Você não entende! Eu não posso, me desculpe.”

“Park! Vem buscar o bebê!” Jungkook não pode mais ouvir a voz de Jimin, ele parecia ter deixado o telefone. Tudo que Jungkook foi capaz de captar foi:

“Última chamada, passageiros do trem dezenove, destino Seoul. Por favor, passageiros embarquem no portão quatro.”

A ligação caiu.

Jungkook colocou Jinwoo no sofá, com uma careta, vendo o bebê o olhar com os olhos arregalados. O bebê parecia grande o bastante para não cair do sofá tão cedo.

Ele correu até seu quarto pegando o primeiro casaco que viu na frente, colocou sua carteira no bolso, e disparou para fora de casa.

Como aquele Park filho de um-

Quando estava prestes a entrar no elevador, deu meia volta. Ele se esqueceu de alguém.

Filho.

“A próxima vez que eu te deixar sozinho, e você não dizer nada, eu juro que te abandono!” apontou o dedo para o bebê de seis meses, que tinha uma expressão fofa no rosto. Em um suspiro, ele pegou o bebê desajeitadamente e partiu para o elevador.

Jungkook tinha um papai fujão, para achar.

 

 

“Com licença, poderia me indicar o portão quatro?” perguntou rapidamente, ignorando o olhar atirado que a atendente o deu.

Jungkook nunca tinha dirigido tão rápido na sua vida, ainda mais com um bebê no seu colo. Graças a sua boa sorte - que apenas aparecia quando entendia - nenhum policial o abordou, e Jinwoo era um bebê tranquilo até demais. Quando o rapaz alcançou a estação de trem, nem dez minutos completos tinham se passado!

“A leste daqui,” a atendente apontou com seu dedo e Jungkook agradeceu rapidamente, correndo na direção indicada. O pequeno Jinwoo tinha suas bochechas chacoalhadas pela correria de seu pai, mas continuava quietinho.

Quando Jungkook finalmente achou o maldito portão quatro que Jimin supostamente estava, ele avistou uma fila de pessoas prestes a embarcar no trem.

“Ah, por favor. Seu pai tem que estar aqui!”

Jinwoo olhou para cima, analisando o rosto do homem que o segurava e falava consigo. Já Jungkook procurava o Park com os olhos, e quase chorou de alegria quando o encontrou na  mesma fila do trem.

“Park!” gritou, vendo o rapaz olhar para os lados.

Levou uma fração de segundos até que seus olhares se encontraram, e uma onda de sentimentos os atingirem.

“O seu bebê! Seu bebê!” Jungkook desesperadamente levantou Jinwoo no ar, que apenas deu um sorrisinho gostando da sensação.

Jungkook estava atraindo olhares de pessoas curiosas, mas não é como se ele se importasse. Ele estava desesperado.

Jimin segurou suas lágrimas tentando se manter forte, e não se esquecer do porquê ele tomou a sua decisão. Determinado e se segurando ao seu último fio de força, Jimin apenas deu um último sorriso antes de embarcar o trem.

Ele não podia ir embora! Jimin não podia deixar Jungkook sozinho com aquele bebê! Jeon mal sabia cuidar de si mesmo, como cuidaria de um ser totalmente dependente?

Seu olhos queriam se encher de lágrimas até que ele todo estivesse molhado. O que ele iria fazer? O trem iria partir.

“Eu preciso entrar naquele trem!” Jungkook exclamou exaltado, tentando passar pelo guarda uniformizado que guardava o portão.

“Senhor, eu preciso que o senhor se acalme,” ele tocou o ombro de Jungkook. “As portas já foram fechadas, e a não ser que o senhor tenha uma passagem, eu não posso permitir que ultrapasse as grades.”

“Você não está entendendo, o pai desse bebê está lá!” sua voz estava falha, Jungkook já não sabia o que fazer e o bebê Jinwoo deu indícios de que começaria a chorar.

“Senhor eu sinto muito, sem a passagem eu não posso fazer nada,” Jungkook cerrou os olhos, e respirou fundo.

“Será que eu consigo comprar uma de última hora?”

“Eu vou ver o que posso fazer,” o homem de pele escura se afastou, e tirou um walkie-talkie do bolso.

“Eh!” Jinwoo resmungou. Jungkook olhou pra baixo, e suspirou. Ele balançou o corpo do bebê de um lado para o outro, tentando o acalmar.

“Aguenta aí!” falou com o filho, que contorceu a boquinha em um bico.

O homem voltou pra perto do portão, e Jungkook se encheu de ansiedade.

“Eu sinto muito, todas as passagens para essa viagem foram vendidas, e o trem sai daqui em exatos dois minutos,” Jungkook realmente sentiu vontade de chorar agora. Ele murmurou um “obrigado” murcho, e virou as costas para o trem, enquanto Jinwoo descansava sua cabecinha no ombro largo de Jungkook.

Ele não podia perder a esperança ainda! Tinha que ter um jeito de achar Jimin!

Determinado Jungkook retomou o caminho que o levou até ali. Se aproximou do balcão da mulher interesseira de antes, e mais uma vez ajeitou Jinwoo no seu colo.

“Com licença, novamente,” ele abriu um sorriso sem graça. “Poderia me ver uma passagem ‘pra capital, ‘pra ainda hoje?” a moça olhou pra Jungkook e Jinwoo, e abriu um sorriso.

“Mas, é claro!” o olhar dela foi para o monitor do computador à sua frente.

Jungkook respirou fundo, se acalmando, e abriu um sorriso brilhante. Logo ele estaria em Seoul, Jinwoo estaria entregue para seu pai fujão, e ele poderia continuar sua vida, como se nada tivesse acontecido!

“Oh, sinto muito,” ele estava farto de ouvir essa frase. “Todas as passagens com destino a capital de hoje, foram vendidas. Só temos trens pra amanhã,” Isso é sacanagem!

É Jungkook definitivamente iria chorar.

 

 

Jeon deixou o elevador, com a cabeça baixa. Os grandes olhos negros de Jinwoo o encaravam, assistindo tudo que ele fazia. Jungkook deu pequenos passos, e parou em frente a porta de seu apartamento. Ele olhou para a bolsa de bebê que o Park deixou ao lado da porta, e pegou a alça. deixando a sob seu ombro. O Jeon teria que ficar com Jinwoo, pelo o resto do dia, já que nenhum trem o levaria para Seoul hoje.  Ele até pensou em ir de carro, ou quem sabe helicóptero! Mas, sua mente estava cansada demais, depois da montanha-russa de emoções que foi esse dia. Ele era pai.

Pois é, cada vez mais suas incertezas em relação ao pai do bebê sumiram, ao examinar Jinwoo. Ele era um retrato seu, todinho! Até o jeito caladão, e tranquilo ele tinha! Tudo bem, ele era um bebê, não era como se ele conseguisse falar de algum jeito, mas o bebê podia estar aos prantos neste exato momento. Jinwoo passou o dia todo ao lado de um estranho, e até agora não chorou! Talvez o bebê se sentia tranquilo ao lado de Jungkook, e algo dentro de si dizia que aquele pequeno ser, era um pedacinho dele, e de Jimin. Era estranho, mas sentimentos são estranhos de qualquer maneira.

Jungkook entrou em casa e jogou a bolsa no sofá, andando em direção ao seu quarto.

“Parece que você vai ter que me aguentar por hoje, baixinho,” comentou enquanto cuidadosamente colocava o bebê na sua cama, e se deitou ao seu lado. “Agora não se mexa muito, e durma, tudo bem? Eu estou acabado. Logo você vá voltar ‘pro teu pai gostoso.” ele riu. “Quer dizer, ‘pro seu outro pai gostoso, porque eu não sou nenhum patinho feio,” Jungkook gargalhou de sua piada sem-graça, enquanto Jinwoo simplesmente o fitava. “Okay, okay, só durma então,” o mais velho bufou, e fechou os olhos.

Jungkook rapidamente mergulhou na terra dos sonhos. Ele esperava poder descansar sua mente da confusão e desgaste que teve que enfartar, mas claro que a vida e Jinwoo tinham outros planos.

Um choro fino ecoou pelo seu quarto.

“Pare com isso!” disse irritado, colocando o travesseiro contra o seu rosto, fazendo o choro do bebê apenas se intensificar. Irritado, ele tirou o travesseiro do seu face, e sentiu seu coração se apertar ao ver o nenenzinho chorando. Seu rostinho estava vermelho, e lágrimas grandes desciam de seus olhinhos. Jungkook rapidamente se levantou, e segurou o bebê contra seu peito.

“Calminha, bebê. O que foi? Você está com fome?” o choro forte ainda era presente, quando Jungkook deixou o quarto, desesperado.

“Eu tenho que aprender o seu nome,” sussurrou pra si mesmo, indo até a sala. Ele se sentou perto da bolsa que Jimin deixou e colocou Jinwoo, que chorava baixinho, sentado em seu colo, abrindo  o zíper da bolsa infantil.

Jungkook achou uma pasta transparente dentro da bolsa, e a trouxe para perto do seu rosto.

“Olha só! Seus documentos!” ele sorriu, vendo que o bebê tinha se acalmado um pouco. Talvez ele gostasse de sua voz. “Senhor, Park Jin Woo!” o bebê pareceu reconhecer o nome, pois olhou diretamente para Jungkook. Ele era esperto. Analisou os papéis, se assustando ao ver que a certidão de nascimento de Jinwoo tinha seu nome registrado. O Park realmente tinha razão que eu sou o pai. Pensou, fechando a pasta.

“Agora vamos ver se seu pai desmiolado deixou alguma coisa aqui,” ele segurou o bebê com uma mão, enquanto vasculhava a bolsa com a outra. “Olha só! Uma mamadeira!” sorriu tentando entreter o bebê, que parecia hipnotizado pelo pai.

“Agora me perdoe, Jinwoo, porque eu não sei fazer mamadeiras, e você terá que mamar do jeito que essa aqui está,” Jungkook tentou acertar o bebê em seu colo, o deitando, ainda desajeitado. Jungkook aproximou a mamadeira do rostinho adorável, vendo Jinwoo separar os lábios delicados, e avançar o rosto até a mamadeira, fazendo Jungkook soltar uma risadinha. Ele devia estar faminto.

O pequeno Park-Jeon encostou a cabecinha no peito do pai, cansadinho da correria que enfrentou mais cedo e levou a mãozinha onde Jungkook segurava a mamadeira com a sua.

Mais uma vez, o coração de Jungkook acelerou.

O Jeon apertou o bebê contra si, o mantendo aconchegado, não queria que o bebê chorasse. Mas, Jungkook acabou hipnotizado pelo serzinho, ele era tão pequeno e delicado. Jungkook tinha medo que com um toque, ele se desmancharia.

O pequeno bebê, aos poucos foi fechando os olhinhos, mas ainda chupava o bico da mamadeira com força, lutando contra o sono e a fome. Jungkook achou aquilo simplesmente adorável.

Seu coração estava batendo tão forte, como nunca bateu antes, uma sensação tão genuína e pura se apossou de si.

Porém, quando Jinwoo abriu seu olhinhos, encarando intensamente os olhos do pai, e gentilmente tocou a bochecha macia do rosto do mais velho, Jungkook não sentiu vergonha de dizer que sim, ele chorou.

Jinwoo tinha finalmente caído no sono, contra o peito do pai, e Jungkook se sentia confuso como nunca.

Jungkook chorou por medo do futuro, ele já não tinha certeza alguma do que iria acontecer. Ele era pai, e aquela criança iria mudar a sua vida para sempre.

Jungkook também chorou por amor, pois ele sabia que naquele instante, ele tinha se apaixonado pelo seu bebê. Era um amor tão puro, e tão instintivo. Aquele neném já significava a sua vida, e ele faria de tudo para o proteger do mundo.

Chorou de raiva do Park, por ter abandonado aquele ser tão indefeso e apaixonante. Como alguém podia ser tão desalmado a esse ponto?

Mas, acima de tudo ele também chorou de felicidade, porque Jungkook sentia que aquela criancinha o traria tanta alegria. Ele já conseguia visualizar todos os momentos que passariam juntos, e como aquela sementinha de amor que Jinwoo plantou em si, crescia a cada momento.

Ele se levantou, e acolheu o pequeno em seus braços, seu coração ainda batia forte. Ele secou suas lágrimas, assim não molharia o bebê, e beijou sua cabeça e testa.

“Parece que alguém vai ter que me aturar por mais do que um dia, não é mesmo?” Jungkook sorriu bobo, indo em direção ao seu quarto. “Eu vou ter que aprender a como segurar um bebê,” suspirou, se deitando na cama, deixando Jinwoo sob si, da forma mais delicada que pode.  

“E vou ter que comprar um berço, aprender a fazer mamadeira, trocar fralda,” torceu o nariz. “Eu com certeza não estou ansioso com essa parte,” olhou para o bebê, dormindo caladamente. O dedo de Jungkook envolvido por sua mãozinha, e seus lábios espremidos pelas bochechas fofas. Ele sorriu largo, deixando mais um beijinho na testa do filho.

“Boa noite, Woo. O papai vai cuidar de você, não se preocupe.”

Jungkook dormiu com Jinwoo, seu filho, na cama aquela noite. Sem prostitutos e prostitutas, ou qualquer outra pessoa. Somente ele e Jinwoo, que ressonava sob o seu peito, acolhido por seus braços.

Parece que a passagem de trem para Seoul, nunca seria usada.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Notas Finais


Trailer: https://youtu.be/wCBXDCYPdzA

Ain eu já amo o Jinwoo, sério.

O que vocês acharam? E o outro pai gostoso? Ashuahsuhy
Eu amo ouvir o que vocês pensam, então comentem comigo lá em baixo! É totalmente indolor!
Como eu disse lá em cima, eu tenho outra Longfic e ela por enquanto é minha prioridade, e a não ser que essa fic tenha um bom feedback, eu talvez demore um pouco para atualizar.

EU FIZ UM TRAILER 'PRA FIC, VENHAM VER, PORQUE EU AMO ELE!


VEJO VOCÊS NO PRÓXIMO, PUMPINKS!


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