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História Intense (Park Jimin ) - Um Bom Mentiroso


Escrita por: Wywo

Notas do Autor


Eu tive um problema domingo com meu gato, fiquei sem carregador, dei uma atrasada nos capítulos porque tive que usar outro celular e foi muito difícil.Mas agora tá tudo bem, comprei outro carregador e não vou demorar pra atualizar.

Capítulo 22 - Um Bom Mentiroso


Fanfic / Fanfiction Intense (Park Jimin ) - Um Bom Mentiroso

Minha mãe colocou a xícara de café a sua frente e Jimin aceitou, logo ele olhou pra trás dando um sorriso carregado de inocência.Dei as costas prestes a voltar pro meu quarto e arrumar minhas malas pra sumir daqui, ouço aquela risadinha de vitória que ele sempre dava.Dessa vez eu ia dar a minha risadinha de vitória. 

 

-O que você quer aqui, Park Jimin ? Não consegue respeitar nem minhas férias com a minha família. 

 

-(S/n), não fale assim.Jimin é nosso convidado e seu namorado. -Meu pai disse.

 

-Não é mais e ele é seu convidado, não meu. 

 

-Não precisa agir assim (s/n). -Jimin se levantou e veio até mim com um sorriso doce.-Vamos sentar e conversar, só eu e você. 

 

Ele aproximou as mãos dos meus ombros cobertos pelo pano fino do pijama, bati nos seus braços. 

 

-Não encosta em mim. -Falei entre os dentes colocando todo meu ódio pra fora. 

 

-Tá bom...ao menos pode parar de gritar e conversar comigo ? 

 

-Sai de perto de mim, eu não quero olhar pra você. -Ele cedeu e sentou na mesa, como se nada tivesse acontecido. 

 

-Me desculpe Jimin, ela não tem estado no seu juízo perfeito. -Minha mãe disse atenciosa pra ele que concordou. 

 

-Se ele ficar aqui...eu vou embora. 

 

-Park não vai embora só porque você está tendo uma crise adolescente. -Meu pai respondeu sem ao menos tirar a atenção do Notebook. 

 

-Mãe ? Você não vai falar nada ? -Perguntei e ela abaixou a cabeça. 

 

Senti uma vontade imensa de chorar, nem mesmo minha família se importa com o que eu sinto.Sorri fraco e voltei pro quarto derramando algumas lágrimas silenciosas, troquei de roupa e passei pela cozinha novamente.Abri a geladeira e peguei uma caixinha de suco. 

 

-Não quer comer nada ? -Minha mãe colocou as mãos no meu ombro me olhando triste.

 

Não respondi nada e me desvencilhei dos seus braços, Jimin me encarou com aquela cara de paisagem, típica cara de santo.Revirei os olhos e passei por ele, fui pra fora da casa e Jin estava sentado na varanda.Sentei do seu lado e deitei minha cabeça no seu ombro, coloquei o canudo no suco e comecei a beber enquanto olhava pra areia da praia.

 

-Não importa o que tenha acontecido, vai melhorar.Dê tempo ao tempo. -Ele disse enquanto olhava pra mesma direção que eu. 

 

-E se o tempo não estiver me dando um tempo ? 

 

-Simples, se dê um tempo.Vamos aproveitar esse momento em família, esqueça o Jimin, apague ele do seu campo de visão e tenta curtir esse mar, essa vista e esse ar puro. 

 

-Será que eles se importariam se eu chamasse alguém ? 

 

-Nem pense nisso, você não vai chamar o Yoongi pra me deixar sozinho. 

 

-Ah Jin... 

 

-Te proíbo, minha companhia não basta ? 

 

-Basta, mas eu... 

 

-Não tem mas, agora vai ser só eu e você, os irmãos Kim estão de volta mundo. 

 

Jin pegou a caixinha do suco e tomou todo o resto que tinha, ele a jogou no lixo e se levantou. 

 

-Eu vou trocar de roupa e nós dois vamos pra cidade, vamos comer e comprar muitas e muitas coisas que nunca vamos usar . -Ele disse animado e entrou na casa. 

 

Olhei pra vista incrível a minha frente e passei a pensar no que meu irmão disse.Apenas isolar do meu campo de visão algo que eu odeio e meio que amo, por que eu meio que amo ? Não sei, deve ser porque ele tem um sorriso lindo ou uma voz tão bonita e calma... 

 

-Só pra deixar claro, eu não te segui até aqui. -Aquela voz bonita falou se debruçando ao meu lado na varanda. 

 

-Eu não acredito em mais nada do que sai da sua boca. 

 

-Por que eu mentiria ? Já fiz tanta coisa ruim, admitir que eu rastreie seu celular e te segui até aqui séria fácil. -Disse rindo daquele jeito incrivelmente dócil. 

 

-Ainda admiti. 

 

-Eu não admito nada, estava tranquilo na minha casa tratando o galo enorme que você deixou na minha cabeça, quando sua mãe me ligou e implorou pra que eu viesse. 

 

-Então se não fosse ela, você não estaria aqui ? 

 

-Por que eu te seguiria até aqui ? Tá achando que eu quero restabelecer qualquer relação que já tivemos antes ? - E de repente sua risada dócil se torna um tom hostil.  

 

-Talvez... 

 

-Não estou, só vim pra te pedir desculpa e dizer que acabou, pode ficar tranquila, eu não quero absolutamente nada com você e não vou querer nunca mais.

 

-Ótima notícia. -Falei meio trêmula. 

 

Isso era tudo que eu queria, mas no fundo eu queria mesmo era que ele se humilhasse e pedisse desculpa, implorasse pra voltar, que se jogasse no chão e jurasse que iria ser uma pessoa melhor, que iria me tratar bem e que nunca mais faria aquilo outra vez. 

 

-Estou esperando seu pedido de desculpa quanto a minha cabeça. -Olhei pra ele e fiz aquela bela expressão de quem está prestes a chorar. 

 

-Desculpa... por sua... cabeça. -Voltei meus olhos pra areia e sentia meu corpo tremer todo, eu estava segurando uma represa prestes a romper dentro de mim. 

 

-Você ainda me ama ? -Virei o rosto pro lado oposto dele e meus olhos se encheram de água. 

 

-Não. -Respondi sem olhá-lo. 

 

-Tem certeza ? 

 

-Eu só sinto nojo de você. 

 

-Diz isso olhando nos meus olhos se você tem tanta certeza. 

 

-Eu não preciso te provar o que sinto ou o que deixei de sentir. -Ele saiu da grade e ficou atrás de mim, suas mãos puxaram meu cabelo pra trás e tocaram gentilmente minha bochecha. 

 

-Por que não está se afastando ? Não sente nojo de mim ? 

 

-Sinto. 

 

-Mentirosa. -Suas mãos desceram até meu pescoço passando por cima daquele colarzinho que ele tinha me dado.-Se não sentisse nada por mim, teria se livrado disso muito antes de vir pra cá. 

 

-Não julgue meus sentimentos por conta de um pedaço de ouro. 

 

-Ouro ? Foi feita de diamante. -Ele se afastou e se debruçou novamente na mureta, ficando ao meu lado. 

 

-Me deu um colar com diamantes, investiu bastante em nós. 

 

-Eu gostava de transar com você. 

 

-Só isso ? Não levou em conta nenhuma das minhas tentativas de te fazer me amar ? 

 

-Você esperava que eu ficasse suspirando de paixão, a gente só fodia gostoso e nada mais. 

 

-Eu esperava o que de uma pessoa que só consegue manter uma relação nesses princípios. -Dei as costas e Jimin segurou na minha mão me puxando pra perto dele. 

 

-Todo mundo mantém uma relação baseada no sexo, não ache que sou o único. 

 

-Não me toque, continuo tendo nojo de você e das suas mãos. 

 

-Você gostava tanto delas. -Disse convencido. 

 

-Isso me lembra uma coisa que eu estava te devendo... 

 

-Você estava me devendo muitas coisas. -Disse malicioso. 

 

-Eu vou devolver todas na mesma intensidade. -Falei provocativa e me aproximei do seu rosto selando nossos lábios rapidamente, dei uma joelhada no seu pintinho fofo e soltei um riso ao ver sua reação.

 

-Essa foi só a primeira retribuição. -Falei e dei as costas, entrei dentro de casa e trombei com Jin. 

 

-Vamos ? -Perguntou animado.

 

Assenti e passamos pelo Jimin que me olhou sério.Já não queria mais chorar ou me remoer em lágrimas, não queria mais enforcar ele com as minhas mãos, tá, esse ainda tá em aberto.Mas eu não vou mais chorar por conta desse homem que mais parece o Diabo de terno e gravata. 

 

                                       ...

 

-A gente tem que voltar lá amanhã. -Falei rindo enquanto saíamos do carro segurando algumas sacolas. 

 

Passamos um dia incrível, fomos em parques, lojas e mais lojas.Compramos roupas iguais e até comida estrangeira que parecia ser a melhor coisa do mundo.As pessoas eram todas bronzeadas e felizes, e muito simpáticas com todos. 

 

-Eu gostei daquele pato, ele iria ficar ótimo se fosse refogado. 

 

-Como você teria coragem de comer um bichinho tão fofo ? 

 

-Ele é fofo, mas não deixa de ser gostoso se for bem preparado e não me olhe assim, você já comeu pato e adorou. 

 

-Quando foi isso ? -Perguntei assustada. 

 

-Na sua formatura, " o que você vai querer (s/n) ?", "ah, eu quero um pato assado" -Falou imitando uma vozinha irritante. 

 

-Eu não tinha visto aquele num rio, então não vale. -Entramos em casa. 

 

Deixamos algumas coisas no balcão da cozinha e olhamos ao redor tentando encontrar qualquer rastro dos nossos pais.Bati no quarto deles e nada, provavelmente não estavam em casa.

 

-Eles foram dar uma volta num "cruzeiro de casais" e tem um bicho na varanda, não entendi muito a motivação dele. -Jimin falou enquanto saía da varanda da sala, ele fechou a porta de vidro atrás de si e sentou no sofá. 

 

-Bicho ? -Questionei e Jin correu pra varanda. 

 

-Se for um pato, aviso logo que vou cozinhar ele. 

 

-Não vai fazer uma maldade dessas com ele. -Falei o puxando pra longe da porta da varanda. 

 

-É um gato. -Olhamos pro Jimin e a disputa de quem iria ver o gatinho primeiro estava a todo vapor. 

 

Consegui entrar mais rápido me deparando o gatinho branco que estava no canto da varanda, me aproximei dele que veio até mim se esfregando na minha perna.Ele parecia uma bolinha de pelo e tinha uma carinha fofa de mal. 

 

-Será que ele é de alguém ? -Jin perguntou enquanto eu pegava o gatinho. 

 

(S/n) Off

 

Jimin On 

 

-Quem deixaria uma coisa fofa dessas sair sozinha à noite. -(S/n) falou manhosa enquanto abraçava o gatinho. 

 

-Ele é muito bonito pra ser um gato sem dono. -O irmão respondeu acariciando o gatinho.

 

-Agora ele tem uma dona, não é gatinho ? -Ela roçou o nariz junto ao do gato e sorriu.-Será que é um menininho ? 

 

Ela levantou o gato com todo o cuidado do mundo e olhou debaixo dele, tentando achar um sinal de que ele era macho ou fêmea. 

 

-É uma menininha. - Ela disse eufórica colocando o gatinho sobre a bancada. 

 

-Não coloca esse bicho em cima da onde se cozinha. -Falei tentando manter a calma, aquilo era nojento. 

 

-É só limpar e você tem mais bactérias que ele, não faria tanta diferença. -Ela disse calma e o irmão soltou uma risada abafada pela mão. 

 

Eram uma dupla e tanto de idiotas. 

 

-Você quer um biscoito gatinha linda ? -Ela mexeu nas sacolas até encontrar o biscoito. 

 

Abriu o pacote com certa rapidez e estendeu um biscoito pra gata que não pareceu gostar muito da ideia.Me levantei e fui me aproximando sorrateiramente enquanto acompanhava a conversa entre os dois sobre o que dar ao gato.

 

-Aqui tem alguns pedaços de peixe, o que você acha ? -Jin falou enquanto olhava a geladeira de cima a baixo. 

 

-Vai sujar o pelo dela, procura algo bom, mas que não suje. 

 

-Então ela vai morrer de fome, não tem nada aqui.

 

Me encostei ao lado de (s/n) que não notou minha presença, estava vidrada no bicho peludo.Ela passava a mão por todo o corpinho da gata, fazia carinho na cabeça dela e principalmente nas costas, sempre chegando ao rabo. 

 

-Come o biscoito. -Ela praticamente implorou oferecendo novamente pra gata que recusava virando a cara. 

 

Confesso que quero matar esse bicho, recebe um tratamento melhor que o meu.(S/n) nunca me tratou com tanto carinho, nem quando eu era um cara bonzinho.Encarei aquele bicho roubando toda a atenção e ele me olhou de volta, eu odiava gatos, tão territoriais e invejosos. 

 

-Para de olhar assim pra ela. -(S/n) falou escondendo o rosto daquele bicho insuportável. 

 

-Você nunca me tratou assim. -Ela me encarou e riu. 

 

-Se eu tivesse tratado me sentiria mais idiota ainda, não é gatinha ? Eu teria sido muito idiota. -Falou com aquela voz irritante enquanto balançava levemente o rosto da gata. 

 

-Como se ela fosse te responder. -Revirei os olhos e a gatinha miou. 

 

-Ela respondeu, deve ter te chamado de babaca. -Disse provocativa me encarando com os olhos cerrados. 

 

-Vai ter que ser atum. -Jin disse se virando pra nós dois, ele encarava a cena enquanto eu e (s/n) pegávamos fogo, prontos pra causar a terceira guerra mundial. 

 

-Você ao menos sabe o que significa babaca ? 

 

-É quando a pessoa apresenta sintomas de Park Jimin, uma doença muito conhecida por ser contagiosa e sempre se instalar no cérebro de homens cínicos. 

 

-Isso me lembra uma doença muito incrível e peculiar, chamada desespero agudo, ela se instala em adolescentes carentes que estão tão desesperadas por atenção que instiga elas a fazerem escândalos sem sentido. 

 

-Você que tá fazendo um escândalo sem sentido. 

 

-Não citei seu nome. 

 

-Não interessa, tá agindo como um babaca só porque o gato tem mais atenção do que você, tá ferindo seu ego não ter mais ninguém jogado aos seus pés ? 

 

-Você é muito irritante, para de querer tornar tudo um ataque pessoal. 

 

-Se eu quisesse tornar isso um ataque pessoal eu começaria falando do seu dente torto. 

 

-Olha pro seu peito antes de ? Espera, que peito ? 

 

-Consegue ver o que você tem dentro das calças ou precisa de uma lupa ? 

 

-Chama isso de bunda ? 

 

-Chama isso de nariz ? Parecem duas batatas. 

 

-E essas orelhas de Dumbo ? Você sai voando também ? 

 

-Estão todos juntos, que bom ver isso. -A mãe dela disse vindo até nós. 

 

-Vocês acabaram com a diversão. 

 

-O que vocês estavam fazendo ? 

 

-Nada demais, mãe. -Ela disse ainda me encarando. 

 

-Aonde vocês pegaram esse gato ? -A senhora entrou no meio de nós dois pegando o gatinho. 

 

-Ela não é fofa ? Parece uma bolinha. -Tal mãe, tal filha. 

 


Notas Finais


Jin seria meu irmão dos sonhos ?


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