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História Interchange of Hearts. - 2nd Chapter: We're Gonna Fly


Escrita por: jbgf

Capítulo 2 - 2nd Chapter: We're Gonna Fly


Fanfic / Fanfiction Interchange of Hearts. - 2nd Chapter: We're Gonna Fly

Flocos de neve formam-se na janela do avião enquanto o mesmo atravessa o Atlântico. Nunca havia visto flocos de neve – eram muito pequenos. A escuridão completa do céu e o silêncio no avião estimulavam meu sono, mas o desconforto daquela poltrona não me permitia adormecer. Peguei uma barra de chocolate na bolsa e coloquei qualquer filme pra assistir na mini TV. Passou-se 30min e apaguei completamente.

Murmúrios de conversa e uma luz intensa clareava meu rosto. Abri os olhos com dificuldade, pupilas demorando a adaptarem-se à claridade repentina.
“A senhora gostaria de alguma coisa?” o aeromoço pergunta pra mim, que ainda estava tentando entender a situação. Após alguns segundos, me lembrei de tudo que estava acontecendo. “Quais as opções?”
“Café, café com leite, suco de laranja, omelete, pães, geléia...”
“Café com leite, suco de laranja e omelete, por favor”. Após alguns segundos, aprendi que nunca devemos pedir omelete no avião. Parecia borracha. Comi em silêncio admirando o céu e as nuvens abaixo. Sentia falta de interagir socialmente com alguém íntimo, e percebi como hoje em dia os seres humanos são muito mais dependentes socialmente do que antes.
“Bom dia senhores passageiros. O céu está claro e o dia promete ser fresco, com temperaturas de 22 a 25 graus Celsius em Roma. Aterrissaremos em torno de 10 minutos no Aeroporto Fiumicino” a voz do piloto se fez escutar em todo o avião. Seria um belo dia a ser aproveitado em mais um aeroporto, já que ainda faltava mais um voo para a Coréia, e a espera seria longa.

O típico de todos os voos – o avião pousa e todo mundo se levanta imediatamente, apesar das portas abrirem somente após 15 minutos. Fiquei sentada, observando o dia que começara havia poucos minutos do outro lado do mundo. Liguei meu celular e, obviamente, não tinha nenhuma notificação. Dei um longo suspiro e recolhi minhas coisas, me levantando ao notar que a longa fila estava andando.

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Risos de fundo e uma voz delicada canta uma música alegre. JB abre os olhos e observa o teto branco da sala de seu dormitório. Respira fundo e se levanta, sentindo o cheiro de algo delicioso.
“Oooh, que cheiro é esse?” ele pergunta à Younjae, que está sentado jogando videogame.
“Jinyoung e BamBam estão fazendo o café da manhã” ele diz, sem desviar o olhar da tela.

Jaebum olha em volta. Mark, Jackson, Yugyeom ainda estão dormindo. Ele coloca a franja pra trás, que cai imediatamente de volta no seu rosto. Se levanta para escovar os dentes, se lembrando que estava apenas de cueca ainda. Coloca uma bermuda preta e uma camiseta branca e pensa “Como é estranho não ter nada pra fazer. “

BamBam chega repentinamente na sala, batendo uma colher na panela com êxtase e acordando todos que ainda estavam dormindo. Mark pega a almofada mais próxima e joga com força no rosto de BB.
“AAAAAISH! Vou te matar!!!” Ele falou, informalmente. Mark pula do sofá e, rindo, diz: “Como se você conseguisse! ” E joga mais almofadas. Bambam finge que os golpes foram fortes e cai no chão.
“Por quÊÊÊÊ?” ele grita, fingindo angústia. Ouvem-se murmúrios de reclamação de Yugyeom. JB, que acaba de chegar na sala, Mark e Bambam pulam em cima do mesmo, que estava deitado em um colchão no chão.
“AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH QUE ISSO MEU DEUS” ele grita em desespero.
“Você quem deveria estar fazendo o café da manhã! ” diz Bambam, dando socos no braço de Yugyeom
“Shhh” ele responde com o dedo indicador nos lábios, dando risada
“AAAISH, quanto desrespeito!!!” Bambam reclama “Vai ficar sem café! ”
“Nããão Bambam! Foi uma brincadeira! Você sabe que eu não sei cozinhar” Yugyeom diz, fingindo arrependimento e fazendo aegyo. Bambam fica envergonhado com a brincadeira e sai correndo de volta para a cozinha, cobrindo o rosto com as mãos. Os outros garotos caem na risada.

Todos se juntam na mesa enquanto Jr e Bambam colocam os pratos na mesma. Eles soltam barulhos de excitação com tanta comida e dizem: “Obrigado pelo café da manhã!” Em uníssono. Jinyoung e Bambam dão sorrisos tímidos, e o clima de felicidade e harmonia entre o grupo preenche toda a sala.

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“Só mais 3 horas” me peguei pensando. O aeroporto de Fiumicino era realmente bonito. Comi um Subway e fiquei olhando os aviões indo e vindo. Pra quem nunca havia saído de São Paulo, ver o mundo assim era surpreendente. Ninguém parecia brasileiro ali, e eu não consegui encontrar a Julliana em nenhum lugar.

Estava no computador, falando com a minha família.
“E então, já chegou??” minha mãe pergunta, esperançosa. Ao ver minha resposta negativa, ela manda um emoji triste.
“Você deve estar exausta... vai dormir um pouco! Já comeu?”
“Não posso dormir no meio do aeroporto, mãe! E sim, acabei de comer haha”
“Manda foto! ” Típica mãe curiosa. Mandei uma selfie cansada, e fotos do lugar onde estava. Era cheio de mesas e poltronas, com janelas enormes de vidro que permitiam a vista dos aviões. “Que chiqueee! Encontra um gringo rico por aí!”
Dei risada e respondi “Mãe, tô há 5 horas procurando... não é agora que eu vou achar! Hahaha”
“É... é melhor do que encontrar um pobre, que nem eu fiz! Hahaha... Tenho que fazer o almoço, fique bem e manda mensagem assim que chegar lá no Japão... Beijo! ”
“Coréia mãe... Coréia!!!” Ela nunca vai aprender.

Respirei fundo e levantei. Me espreguicei no lugar, chamando a atenção de algumas pessoas.

“Atitudes repentinas que fogem do padrão do ambiente chamam instantaneamente a atenção dos em volta. É mais instintivo do que social – não importa onde estiver, isso vai acontecer. Querendo ou não, nossa espécie já foi predadora” – E era por isso que eu não me importava. Porque, no fundo, ninguém se importava também.

Passei a limpo os dados da minha viagem. Vou chegar em Incheon, pegar um táxi oferecido pela universidade e ir até meu dormitório, na faculdade. Bom... eu acho que alguém vai me apresentar à universidade, então vou ficar lá até alguém aparecer. Vou ter que dividir o quarto com uma garota que já está lá. Espero que falem inglês...

Resolvi caminhar pelo aeroporto. Peguei um mapa do mesmo e fui em todas as lojas possíveis, em vários andares, vi gente de todo o canto. Provei roupas maravilhosas e saí das lojas sem nada. Ah, as vantagens de não ter dinheiro: não tem como gastar. Quando vi o horário, faltavam apenas 30 minutos. “Espero não me perder no caminho de volta” E, milagrosamente, não me perdi. Entrei correndo pelos portões e sentei. Peguei um livro pra ler e me preparei pro último voo e pra minha vida virar completamente de cabeça para baixo – ou achava que havia me preparado.



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