História Interessada por certo loiro - Capítulo Dezessete

Acordei no dia seguinte com o sol batendo na minha cara. Olhei para os lados, vi que me encontrava na cama de Ambre, no meio dela e de Nathaniel. Olhei o relógio ao lado e me assustei ao ver que eram 7 horas.

-Hey! –grito acordando todo mundo. –Estamos atrasados!

Nathaniel se levanta rapidamente, mas Ambre e Castiel apenas cobrem as cabeças com o cobretor.

-Vamos logo idiotas! –subo em cima de Castiel e o cutuco. –Vamos logo Cassy!

-Não to afim. Vou faltar hoje. –ele me empurra me fazendo cair.

-Ok então. Mas você vai ter que terminar de arrumar a casa, tudo bem?

-Ok, ok! Agora me deixe em paz! –ele coloca o travesseiro sobre a cabeça.

-Vamos Ambre! –eu tiro seu cobertor.

-Não quero.

-Hoje começa os novos clubes e aposto que você vai adorar participar do clube de moda.

Ela levanta gemendo e vai até o banheiro. Olho em volta procurando Nathaniel, mas ele já havia saído. Depois de nos arrumarmos eu e Ambre descemos para comer. Quando chegamos na sala a mesa estava repleta de comida. Tinha waffles, panquecas, bacon, ovos, sucos e frutas. Eu comecei a babar vendo toda aquela comida. Nathaniel terminava de colocar as caldas nos waffes.

-Caralho. –digo ainda olhando toda aquela comida.

-Que cara é essa Ib? Parece que nunca tomou café da manhã. –Ambre diz.

-Não assim. Normalmente como normalmente sobra de pizza.

-Que tal vocês sentarem para comer? Estamos atrasados. –Nathaniel diz.

Eu me aproximo e lhe dou um selinho. Me sento se saber por onde começar a comer. Pego um waffe com mel e dou a primeira garfada.

-Isso tá tão bom! –digo deliciando a comida.

-Está realmente muito bom Nath. –Ambre diz ao comer uma panqueca com bacon.

-Que bom que gostaram. –ele sorri satisfeito.

Depois de comer até explodir saímos correndo para escola. Chegando lá cada um foi para o seu lado. Depois da aula os clubes iriam começar. 14 horas os clubes de lutas, clube de moda, clube de artes e as 15h 30 clube de cozinha. Assim que o sinal tocou encontrei Kim para almoçarmos juntas. Quando deu 14 horas fomos para quadra tinha até que bastante gente. Olhei para Nathaniel conversando com Kentin em um canto. Me aproximei junto com Kim.

-E ai meninos, prontos para apanhar? –digo com um sorriso de lado.

-Não se preocupe Ib. Pegarei leve com você. –Kentin responde.

-Acredite Kentin a única pessoa que vai precisar pegar leve vai se Ib. –Kim diz.

-Pessoal! –escuto a voz de Boris chamar.

Todos nós nos aproximamos do tapete de espuma que tinha no meio da quadra.

-É muito bom ver que vocês estão dispostos a aprender um pouco de artes marciais. –Boris começou a falar. –Primeiro eu vou ter que ver em que nível vocês estão, para depois dar continuidade as aulas. Então levante as mãos aqueles que já fizeram alguma luta.

Levanto minha mão junto com Kentin, Nathaniel, Dake e um aluno do primeiro ano.

-Ótimo! 5 alunos. Kentin o que você fez e por quanto tempo?

-Eu fazia Kung Fu e me tornei faixa marrom. Fiz dos meus 13 anos até os 17. –ele disse se achando.

-E você Nathaniel?

-Fasso boxe deis dos 13 anos até hoje. –ele disse calmo.

-Você Lucas? –perguntou ao garoto do primeiro ano.

-Comecei Kung Fu a pouco tempo.

-Dake eu sei que você faz Kick Boxing e é faixa preta. –ele diz olhando seu sobrinho. –E você Ib?

-Fiz Kung Fu com um amigo dos meus pais quando tinha 8 anos até os 15. Cheguei a faixa preta. Fiz Jiu-Jitsu dos 13 aos 10 e cheguei a faixa vermelha. Fiz Boxe dos 9 até pouco tempo. Parei no começo do ano. –além disso participava de lutas ilegais...

-Ótimo. Eu darei alguns exercícios para aqueles que são iniciantes e para você também Lucas. Vocês que já sabem alguma coisa esperem um pouco.

Boris se vira e começa a explicar aos alunos o que fazer. Me junto a Nathaniel, Kentin e Dake. Pouco tempo depois Boris se aproxima.

-Tenho que ver o nível de vocês então vamos fazer uma luta amigável. Kentin irá primeiro com Nethaniel e Ib e Dake iram depois.

-Pode deixar que eu pego leve com você delicia. –Dake diz malicioso.

-Dake a última vez que você disse algo do tipo acabou no chão agoniando. Você não aprende?

-Não vai acontecer de novo.

Nathaniel e Kentin vão para o tapete. Boris explicou que seria como em lutas livres, mas que precisávamos tomar cuidado para não nos machucarmos de mais. Os dois colocaram seus devidos protetores e começaram. O movimento dos dois eram rápidos e precisos. Kentin estava meio enferrujado no começo, mas logo pegou o ritmo. No final Boris declarou empate. Me levantei e fui até o tapete. Deke chegou logo depois.

-Ok estão prontos? –Boris perguntou animado.

-Sim.

Nos cumprimentamos e fomos cada um para seu lado. Assim que Boris apitou Dake veio correndo para cima. Eu desviei com facilidade e aproveitei para dar um soco em seu abdômen. Dake se curvou com o soco e me olhou com raiva. Ele veio na minha direção novamente, mas dessa vez eu não desviei e simplesmente segurei seu braço. Dake ficou surpreso e acabou abrindo a guarda me dando a chance de pega-lo e jogá-lo no chão.

-Acabou! –Boris grita ao ver Dake no chão. –Isso foi ótimo Ib. Eu até diria que você é uma lutadora profissional! –ele sorri.

-Eu ainda não acabei! –Dake grita irritada levantando do chão.

-Dake querido. Suas habilidades não são páreas para as minhas. –digo cínica e sento ao lado de Nathaniel e Kentin.

-Me lembra de nunca pisar na bola com você... –Nathaniel diz me encarando.

-Tenho dó dos seus inimigos. –Kentin diz assustado.

-Parem com isso! Parece até que sou um monstro. – digo fazendo biquinho.

-Um monstro bem fofo no entanto. –o loiro pega minha cintura e me abraça.

-Não me chame de fofa!

Depois de um tempo fomos ao vestiário tomar banho. Depois de acabar eu e Kim fomos encontrar os outros para o clube de cozinha. Quando entramos na sala vi Melody sentada em um canto. Nina veio ao meu encontro. Ficamos conversando até Nathaniel chegar.

-Então já que eu sou o professor provisório, eu queria saber o que vocês querem aprender nessa aula. –Nathaniel diz lá na frente colocando um avental branco.

-Eu queria aprender a fazer chocolates caseiros para os dias dos namorados. –Nina diz já pensando em Lysandre.

-Mas nós podemos aprender quando estiver mais perto do dia. –Priya diz.

-Eu queria aprender a fazer um jantar simples... Algo como arroz, alguma carne e mais alguma coisa. Uma porção para mais ou menos 4 pessoas... –digo olhando o loiro.

-Verdade algo assim seria bom... –Alexy diz pensativo. –Poderia fazer um jantar para minha família.

-Todos de acordo então? –Kim pergunta.

-Sim. –todos menos Melody disseram.

-Ok. Então vamos lá. –Nathaniel diz.

O loiro nos separou em duplas para cozinhar. Eu e Nina começamos a fazer salmão com batatas. Nathaniel passava pelas mesas tentando ajudar. Eu fiquei com a tarefa de cortar o peixe e limpa-lo, mas não estava dando muito certo. Nathaniel chegou por trás de mim e pegou minha mão com a faca.

-Ib. Tenha mais calma desse jeito você vai acabar com o peixe. –ele diz.

-Desculpa... Eu sou realmente um desastre...

Ele pega o peixe e me mostra como fazer, quando eu vou tentar falho miseravelmente.

-Eu não consigo... –digo irritada.

-Continue tentando... Quando chegamos em casa você me ajuda a fazer o jantar. –ele diz e logo vejo Melody me fuzilando com o olhar.

-Vou apenas estragar o jantar se tentar ajudar...

-Vai não relaxa. –o loiro se aproxima e me dá um beijo na bocheha.

Ele se afasta indo ajudar os outros. Sinto o olhar penetrante de Melody em cima de mim. Estremeço um pouco quando a olho.

-Ei. –Nina sussurra ao meu lado. –Qual o problema dessa garota?

-Não sei... Acho que ela não bate bem da cabeça.

Eu e Nina acabamos queimando tudo... Quase botamos fogo na sala. Quando deu 16h 30 saímos da sala. Nathaniel disse para eu esperar ele pegar alguns papeis do Grêmio para irmos para casa. Eu fiquei esperando no pátio. De repente cai um monte de água em cima de mim. Eu olho para cima e vejo apenas um balde sendo segurado no segundo andar. Fico extremamente puta e entro na escola procurando o imbecil que fez isso.

-Ib? –Nathaniel me para ao sair da sala do Grêmio. –O que aconteceu?

-Algum idiota jogou um balde de água em mim! –grito descontrolada. –Quando eu pegar essa pessoa está morta!

Eu saio andando até o segundo andar. Quando chego lá só vejo o balde vermelho que foi usado. Eu chuto o balde para o outro lado do corredor.

-Ib! –Nathaniel me encontra. –Vamos, você precisa se secar.

-Agora não Nathaniel! Eu preciso encontrar o filho da puta que fez isso! –eu já estava fora de mim.

- Ib se acalme. –o loiro me segura pelos ombros.

-MERDA! MERDA! MERDA! –Eu me solto e começo a socar as paredes.

-IB! PARE!

Nathaniel tenta me parar, mas eu continuei a me soltar e socar as paredes. Depois de um tempo vejo sangue escorrer pelas minhas mãos.

-IB! PARE! –o garoto continuou a me implorar. –Ib! Olhe para mim!

Ele me segurou e me abraçou. Eu sinto as lagrimas começarem a cair pelo meu rosto. Eu enterro minha cabeça em seu peito e tento me acalmar.

-D-desculpa... –eu digo entre os soluços. –É que esse tipo de coisa acontecia muito antes, quando eu mudava sempre de escola... –tento me explicar. –Já sofri todo tipo de bullying. Apanhei tanto que tive que aprender a lutar para me defender... Eu só pensei que nessa escola ia ser diferente... –eu tento controlar minhas lagrimas, mas em vão. –Me desculpe por ser esse monstro...

-Ib! Você não é um monstro! É uma garota maravilhosa que sempre se importa com seus amigos e com aqueles que também não são. Mas você não precisa sempre se fazer de forte Ib. Você tem a mim para te ajudar nesses momentos. Você não está sozinha... Agora não dá para você ficar se machucando desse jeito. Vamos até a enfermaria cuidar das suas mãos.

Nathaniel me leva com cuidado até a enfermaria. Lá eu me limpei e troquei de roupa. O loiro pega o kit de primeiros socorros e começa a cuidar das minhas mãos. Quando ele acaba vejo minhas mãos enfaixadas.

-Você é bom nisso. –digo. –Acho que seria um bom médico...

-Acho que não daria certo. –ele ri.

-Com o que você vai querer trabalhar?

-Acho que quero ser detetive policial. E você?

-Ainda não sei... Nunca parei para pensar...

-Ainda tem tempo para decidir. –ele sorri. –Vamos para casa ou você quer dar uma olhada na escola para ver se encontra o culpado?

-Vamos para casa... A pessoa já deve ter ido embora.

Me levantei da mesa onde estava e peguei a mão de Nathaniel.

-Vamos. E tire essa cara de preocupado. –eu digo.

-Tá tudo bem mesmo?

-Sim. Temos um jantar para fazer não? –digo sorrindo.

Começamos a rir e fomos tranquilamente para casa.