História Internato SEVENTEEN (Interativa) - Capitulo 4-Kisses and Satanism

POV'S on Min

~dormitório~

 

O frio das montanhas, que dominava o colégio, cada dia aumentava mais e mais. Meus pés estavam congelados, mesmo estando com meias, de baixo das cobertas e dentro do quarto. Não estava mais aguentando aquilo...

Naquela bela manhã de uma sexta-feira me fez ficar ainda mais desanimada para levantar e ir me arrumar, para o último dia de aula da semana. O céu ainda estava escuro, parecendo que estava de noite, me dando um sono. Conseguia ouvir o barulho de passarinhos do lado de fora do meu quarto, cantando por enquanto que o dia amanhecia, me deixando com um sorrisinho. O despertador ainda tocava, mas como estava com preguiça de levantar para pará-lo, apenas deixei ele tocar até Hannie levantar para desativar aquela desgraça. 

 

Sinto a menina, que estava na cama do lado, levantar com um baita sono e andar como um zumbi até o despertador, e desativa-lo sem muita vontade. Vira o olhar para mim, me fazendo fechar os olhos, como fingisse que dormia para que ela não me incomodasse. Mas como eu pensei que isso adiantaria? Somente senti uma almofada cair em minha cara, me fazendo soltar um gemido de sono, fazendo uma bela atuação.

 

-Acorda demônio, eu sei que você já tá acordada a um tempo olhando para o nada-solta Hannie, batendo com a almofada em um ritmo lento e sonolento em minhas costas, me fazendo rir da situação dela. Sento na cama e começo a rir ao ver o estado do cabelo da menina, que estava parecendo um espantalho. 

 

-MEU JESUS! Logo de manhã, aparece a Bruxa de Blair aqui no meu quarto...-disse pegando minha muda de uniforme, que eu havia separado no dia anterior e colocado na minha mesinha. Indo em direção ao banheiro, para que pudesse me arrumar para aula.

 

-Tá amarrado em nome de jesus! Você quer ser agredida fisicamente logo de manhã?-perguntou a menina, pegando também a muda de roupas dela, que estava espalhada na cama dela, de baixo de seu travesseiro branco. Fecho a porta na cara da menina e exclamo já dentro do banheiro:

 

-PASSO

Visto meu uniforme muito rápido, escovo os dentes, arrumo meu cabelo, boto em pouquinho de maquiagem e visto meus sapatos, tudo dentro do banheiro. Saio, abrindo a porta com força, fazendo Hannie dar um gritinho, mas logo volta a pegar o seu material, já pronta. Ela me olha de cima para baixo e pergunta:

 

-Posso ir ao banheiro agora, senhora?

Com preguiça de dar uma resposta, simplesmente confirmo com a cabeça e saio andando pra pegar minhas, coisas. Estava muito frio, por isso pego um casaco super fofo do colégio, e coloco ele confortável. Olho pela janela, vendo o jardim, enfeitando meu dia nublado e frio, com várias flores. 

A Hannie finalmente sai do banheiro, e nós duas descemos correndo para a cantina, mesmo adiantadas. 

 

A neve ainda enfeitava o local, criando um aspecto meio natalino ao local em pleno fevereiro, quase março. Ao contrario dos dias que chegava na hora, a cantina estava vazia, somente conseguia ver algumas cozinheiras e poucos alunos, que acordaram mais cedo também. Lá estava com um cheiro bom, de maçã e canela, combinando com a decoração mais rústica, mas espaçosa, do local. 

Sento em uma das mesas, aonde Moon lia um livro, com muita rapidez, por enquanto que comia um pedaço de torta de amora. Seus cabelos curtos estavam amarrados em duas maria-chiquinhas, seus olhos estavam com uma maquiagem meio esfumaçada e ela estava usando um casaco perto, enorme.

 

-Bom dia-digo dando um beijo em sua bochecha, e sentando de seu lado, jogando todas as minhas coisas para o lado. Ela sorri de lado e retribui com um "bom dia" baixo, com os olhos ainda ficados no livro-O que houve?

 

-Ah, a professora de artes me pediu para eu fazer uma redação sobre um pintor aí estranho, porque eu acabei falando alto demais que achava que ela tinha peitos caídos!-disse Moon, tirando os olhos dela do livro e olhando para gente com um sorriso no rosto, tirando gargalhadas de nós duas. Só que logo sua expressão alegre muda para uma nervosa, ajeita os cabelos olhando para baixo e olha para frente, disfarçando algo-Crush tá vindo...AH NÃO, quer dizer, ele não é meu crush!

 

Eu e Hannie olhamos para trás na mesma hora, nos deparando com

duas pessoas, Hoshi e Jun. Os meninos estavam sonolentos, andavam devagar para a nossa direção. Calma, ou Jun era o crush da Moon, que não era uma opção, pois Jun não é do tipo dela, ou era Hoshi, que poderia bem ser, pois ela e ele tem olhos muito parecidos, só que os de Moon é cinza. 

Eles se aproximam de nós com sorrisos bobos e cabelos bagunçados, falando "Bom dia" no mesmo tempo. Eles se sentam do lado de Hannie, Jun dando um abraço na menina e Hoshi simplesmente pegou a maçã que estava em frente à Moon e deu uma mordida.

 

-Larga ele por favor, pois ele é minha propriedade-disse dando um empurrão em Hannie vendo ela agarrada no menino, fazendo a mesma rir e se desequilibrar, mas continuar abraçada no menino. O mesmo solta uma risada, e me olha do canto do olho, falando:

 

-Você sabe que eu te amo né? 

 

-Não parece!-disse tacando o cabelo o lado, olhando para frente com uma cara de "puta" e observando Moon e Hoshi. O garota cutucava a nossa Dal lindamente, fazendo ela se contorcer no banco, e ficar afastando ele com leves tapinhas no braço. Eles eram um casal tão fofo, os dois com os olhinhos mais puxados no colégio, parecendo dois bebês se batendo.-Parece que na vida, eu nasci para ser vela né? 

 

Moonie vendo que eu estava falando sobre vela, se identificou e já abriu a boca para falar:

 

-Ih...nem vem tá, meu amor? Porque a vela do colégio sou eu!

 

-Vamos fingir que o Hoshi se chama "mar". Como o Luan Santana fala: A lua até beijou o mar, para não ficar de vela-disse fazendo todos da mesa rirem, inclusive Moon que mesmo sendo zoada, amou a comparação. Mas logo percebe que a comparação era meio insinuando que ela devia beijar o Hoshi, e se inclina para frente, na intenção de me dar um belo tapa. Mas eu me inclino para trás, impossibilitando o ato que a menina estava louca para fazer.

 

-Eu e Jun? Até parece...ele gosta de outra! E apesar de tudo, nunca gostaria desse poste humano não.-disse Hannie zoando o menino, levantando para pegar um suco e algo para comer, já que devia ir para o pátio, cantar no hino adiantada. Jun sussurra "cala a boca" para a menina, fazendo a mesma rir, pois ele tinha sussurrado um pouco alto.-Retardado.

 

-Tô indo para o pátio, você vem, Hoshi?-perguntou Jun pegando suas coisas, e colocando um cachecol que estava em sua bolsa em volta de seu pescoço. Joga os cabelos para o lado e olha para o menino com dúvida, e ele solta um "tô indo" levantando da cadeira rapidamente dando um beijo na bochecha de Moon e saindo andando.-Até mais tarde, gente!

 

Olho para trás, certificando que os meninos já estavam longe e volto a olhar Monnie, que estava branca, com as bochechas extremamente coradas e paralisada. Acho que foi por causa do beijo na bochecha....Dou três estalos na cara dela e nada, ela continua parada que nem um zumbi, mas quando dou um tapão perto do rosto dela, ela tá um pulinho tomando um susto, mas voltando a terra.

 

-Então...Hoshi né?-disse olhando para a menina com uma cara maliciosa, fazendo ela abrir o nariz e abaixar a cara para baixo. Ela nem respondeu, pois apenas pegou o seu lápis que estava solto na mesa e continuou a fazer o que estava fazendo antes dos meninos chegarem, fazer sua redação de artes. 

 

POV'S on Pâmela

~prédio principal (13:00)~

 

Andava pelos corredores daquele enorme instituto sem nenhum rumo, apenas andava por ai, querendo esticar um pouco as pernas, pois havia ficado um longo tempo sentada naquela cadeira dura da minha sala de aula. Estava no prédio principal, aonde gostava de sentar as vezes no chão e ficar sozinha, de frente daquelas grandes janelas de vidro que iluminavam todo o local. Mas aquela época era uma das mais lindas, pois via a neve branca cair sobre o chão em outro modo. O prédio principal era o mais vazio de todos, nunca via nenhum aluno lá, somente cinco funcionários da secretária, duas atendentes da administração e o diretor, sendo que é o maior prédio do campus. Mas gostava bastante de lá, não tanto gosto da quadra, pois conseguia ter uma privacidade grande. 

 

Sentada do lado da porta do quartinho de limpeza do prédio, fazia meu dever de biologia com a maior calma, sem cobrança e nem nada, pois tinha o dia todo livre. Estava com uma gingante dificuldade de escrever, pois como usava luva, o lápis escorregava o tempo todo de minha mão, me fazendo ficar um pouco irritada. Mas continuei a tentar completar a questão 5, que era curta e muito simples. A resposta era "Anfíbios", mas toda vez que ia escrever o "i" o lápis escorregava quando fazia a bolinha. Queria tirar tanto aquela luva, mas isso iria fazer minha mão congelar aos poucos, então simplesmente fecho o caderno e taco para o lado, respirando fundo. 

Sinto a porta do meu lado ser aberta com calma, e passos lentos irem até o local aonde eu havia jogado meu caderno. Levanto os olhos, e somente vejo pernas longas e masculinas, em uma calça preta de moletom. Mas quando ia descobrir quem era a pessoa, ela logo de entregou:

 

-Pim Pim!

DK pulava com o meu caderno na mão, me olhando com um sorrisão e tinta pela a cara. Seu olhar brilhava, e ele não tirava o sorriso no rosto, nem por um momento, me irritando extremamente. Ele senta de meu lado, batendo as perninhas no chão e fica esfregando a cabeça em meu ombro. 

 

-Como vai?-pergunto calma, olhando para o garoto com uma cara entediada e de canto do olho, respirando fundo para não ser grossa com o doce rapaz. Ele me entrega o caderno, ainda com o sorriso no rosto e responde do mesmo jeito, mas cantarolando:

 

-ÓTIMO, mas bem melhor agora que estou com você do meu lado!

 

Mas logo ele olha em seu relógio e faz uma cara de assustado, levantando em um pulo, como o homem aranha. Ele olha para mim preocupado e diz:

 

-Tenho que ir para o treino de basquete, como Mingyu não está muito disposto hoje...

 

-Hey-chamei o menino, fazendo o mesmo virar para mim com uma cara confusa, olhando com os olhos um pouco fechados, e surpresos por eu ter chamado o mesmo-O que houve com ele? E com a Tity? Me disseram que eles foram para enfermaria ontem...

 

-É...-disse ele coçando a cabeça, olhando para os lados, como não soubesse explicar muito bem o que tinha acontecido com seu amigo-Bom, eles disseram que viram o irmão gêmeo da Tity, só que, o menino está morto. Estranho, não acha? Eu acho que eles estavam chapados, porque, você sabe, os dois são os mais "legalize" do colégio. 

Dou uma risada, por ele achar só porque os dois são meio avoados, são usuários de maconha ou algo do tipo. Mas logo agradeço a explicação:

 

-Entendi, Obrigada! 

 

O menino da um sorriso de lado, e vira de costas, saindo correndo para a quadra de basquete do local. Mas quando paro e penso...o que será que ele estava fazendo dentro do quartinho de limpeza? Com tinta na cara? Esse colégio está cada vez ficando mais estranho, sinto que esse ano vai ser diferente dos outros. Dou um longo e profundo suspiro, levantando com todas as minhas coisas na mão, andando com calma para sair do prédio, e ir para o meu dormitório de novo, dormir.

Meus passos eram extremante calmos, pois observava tudo que estava em minha volta, pois nessa  época de suspense e inverno, qualquer coisa que passe por nossos olhos, pode nos afetar. Acelero o passo na quando passo pela diretoria, mas nem adiantaria eu fugir da vista do diretor, pois quando passo pela mesma uma garota que nunca tinha visto na vida me atropela. Me fazendo cair no chão, junto com ela. 

 

Na mesma hora a garota levanta como fosse o pior erro do mundo esbarrar em alguém, bem que machucou bastante minhas costas, mas não seria para tanto. Ela usava roupas super formais, tudo impecável e perfeito, como uma bonequinha. Bota o cabelo para trás da orelha e se curva, falando muito baixinho:

 

-Mil desculpas, não queria ter caído em você.

Levanto do chão, um pouco menos educada do que a garota, e ajeito meu uniforme com rapidez. Olho para a garota, que era mais baixa do que eu, com um pouco de autoridade. Mas logo estendo a mão para ela e a cumprimento:

 

-O erro foi meu, prazer, Pâmela.

 

-Prazer, Ji-eun.-disse ela baixinho pegando em minha mão, ainda cabisbaixa e envergonhada. Eu sacudo com firmeza, olhando com um sorriso no canto do rosto para a menina, fazendo ela se sentir mais confortável. Mas logo ela levanta o rosto, mostrando as bochechas extremamente rosadas e os olhos grandes, escuros como jabuticaba. Seus cabelos um pouco ondulados estavam presos para trás, e ela estava vestida como se fossem para um entrevista de emprego.

Ela, super tímida, ia abrir a boca para me perguntar algo, mas o diretor atrapalha, para variar:

 

-PÂMELAAAAAAAA

 

O diretor estava na porta de sua sala, com os punhos fechados, sua cara vermelha de raiva e seu nariz aberto. Me segurei para não rir daquela situação, e me manter séria perante ao anão com raiva, e estava conseguindo. O baixinho usava aqueles termos cafonas que sempre usava, com flores e sapatos parecido com os de palhaços. Ele chegou perto de mim e segurou em minha mão com força, perguntando: 

 

-Porque você está aqui? Sabe que essa área é proibida para os alunos, de meio dia até o final do dia! Você está querendo levar uma advertência? 

 

-Estava de passagem, procurando meu caderno de biologia, e acabei achando-o aqui no prédio. Havia esquecido ele aqui de manhã, por isso-disse com um pouco de dificuldade, mas com confiança, para o severo diretor, que me olhou com um pouco de dúvida, mas largou o meu braço logo depois de escutar minha lorota improvisada. 

A menina nova que estava do meu lado, olhava assustada para o diretor e com pena para mim, e com razão, ele da esse escândalo todo para nada. O diretor vira para a menina nova, e sua expressão de raiva vira um sorriso, falso pelo que via e bagunça os cabelos da menina assustada, falando todo bondoso:

 

-Então, vá para o seu quarto e aproveite que sua colega de quarto não irá passar a noite no dormitório, e arrume com toda calma. 

 

Ela sorri timidamente para o velho, e da de costas, falando um "obrigado" e saindo correndo com medo do diretor. Essa dai vai dar o que falar, tímida e inocente desse jeito, vai ser alto de alguns ataques masculinos. Mas logo quando eu viro de novo, a expressão do diretor havia voltado para uma de raiva, com os olhos apertados em minha direção. Ele aponta para longe, insinuando que eu saia correndo de lá antes que ele me de uma advertência. Então é isso que eu faço, saio correndo de lado, com medo do anão de jardim rabugento.

 

POV'S on Roberta 

~enfermaria (15:40)~ 

 

Estava na enfermaria por causa do acidente do dia anterior, quando fazíamos a guerra de neve, acabei caindo para trás e quebrando a perna. A dor na hora era insurportável, mas logo me levantam no colo até a enfermaria e tive que dormir, com a perna totalmente enfaixada e engessada. Estava mais frio do que o comum dentro da enfermaria, sentia quase um choque térmico ao encostar meus dedos no metal que havia do lado da cama e o fino cobertor que estava sobre mim era a única coisa que me aquecia. Estava em uma sala, aonde haviam cinco camas e no meio de todas uma televisão, aonde eu estava. Mas todas eram divididas por cortinas azul claro, que nos impossibilitavam de ver quem estava do outro lado. Porém sabia que do outro lado estava alguma pessoa, e do lado dessa pessoa também havia outra pessoa. Como eu sabia disso? Pois logo depois que fui levada para a sala, ouvi barulhos de pessoas entrando na sala.

 

Estava super entretida com aquele programa de culinária, que me deixava com uma enorme fome de doce. O senhor, que tinha uma ótima aparência e nem sabia cozinhar direito, só que ele falava que sim, pois era bonito, fazia uns doces deliciosos. Ele também era delicioso, mas os doces conseguiam ser mais. 

De repente todas as cortinas abrem, me assustando um pouco; Minha perna que estava apoiada na beirada da cama caiu, me fazendo gemer de dor. Olho para o lado e vejo um garoto com os cabelos bagunçados, e braços cruzados vendo televisão. Ele olha para mim e da um sorriso de lado, acho que seu nome era Mingyu ou algo do tipo, depois foca na menina de pele super clara e cabelos longuíssimos que estava em seu lado, Tity. Ah, me lembrei o porque ele e a amiga estavam aqui: Os dois dizem ter visto o irmão morto da menina, e estavam em um descanso psicológico.

 

-Eu sei o que aconteceu com vocês-solto involuntariamente, fazendo o menino se assustar por eu ter aberto a boca, em um momento de tanto silêncio. Ele olha para mim e abaixo o rosto, bagunçando os seus cabelo:

 

-Você deve achar a mesma coisa que os outros, que eu sou louco...

 

-Não, acredito em você-disse dando um sorriso tímido para o menino, fazendo o mesmo ficar um pouco mais contente. 

Ele fecha os olhos e massageia os mesmos, por causa do cansaço que devia estar. Olha para mim, e pega algo no bolso, com um sorrisinho. Suas olheiras profundas podiam ser vista de longe, deixando o menino mais sombrio. Tira de seu bolso uma balinha, com desenho de menta em sua embalagem e estica seus braços, para eu poder pegar. 

 

Estico meus braços o máximo possível para poder pegar a balinha que o menino oferecia, mas não conseguia por causa da distância entre nossas camas. Então estico meu corpo, quase caindo no chão, mas consigo pegar a balinha que tanto queria. Ele solta risada com muito esforço, ao ver eu me desequilibrar quando volto para o meu lugar, pegando outra balinha que tinha em seu bolso e colocando dentro de sua boca. 

Ouço passos rápidos pelos corredores, aumentando e ficando mais alto, cada vez que chegava mais perto. Olha para o lado, e vejo o Hansol, bufando e respirando rápido, segurando no móvel que estava no começo da sala. Ele tinha um sua mão, um grande pacote rosa bebê e em sua embalagem tinha vários pirulitos com carinhas felizes. Ele olha para a gente dando um sorriso amarelo e caminha até a Tity. Seu olhar era preocupado e na sua outra mão havia um pirulito, deixando o mesmo e a sacola em cima de uma mesa que tinha perto da menina. Olha para Mingyu e pergunta:

 

-Como vocês estão? Já estão melhorando? Fiquei preocupado com a...vocês! 

 

-Eu estou bem, mas ela não conseguiu dormir à noite inteira, só foi cair no sono agora...-respondeu o moreno, olhando para o menina com a mão no peito, de dó.-Nós dois ainda estamos muito mal, mas ela sofreu bastante. 

Vernon simplesmente ficou calado, e quando eu menos espero, ele da um beijo na testa da menina e faz carinho em seu rosto branco como a neve. Ele olha para mim e acena, e como sou educada, retribuo o aceno, mas com um sorriso falso. Ele sai do quarto em silêncio, com o coração apertado e somente ouvimos o barulho de seus passos diminuindo com o tempo, até virarem inexistentes. 

 

Mas logo quando os passos do menino vira inexistentes, começo a ouvir vários passos, e vozes bem familiares. Estava com certeza uma bagunça no corredor, pois ouvia várias vozes diferentes e berros vindo do local. Olha Mingyu que estava um pouco esticado para fazer quem estava no corredor, mas logo ela descobre. Uma "manada" de adolescentes estavam lá fora, quer dizer, a favela dos nossos amigos. Lá estava Rin, Vih, Shay, Akemi e Kimi. Todas estavam fazendo um barraco no corredor, pois não deixavam elas entrarem para nós ver. Mas do jeito que elas são, conseguiram entrar.

 

-Esse tio não tá querendo deixar nós entrar-disse Vih correndo, entrando como uma louca dentro daquele silencioso quarto, e atras dela vinha as outra garotas. Um grande segurança vinha para segurar ela e expulsa-la, mas logo a menina solta um berro-NÃO ME ENCOSTA! 

O segurança da um passo para trás, e fica na porta, esperando as meninas saírem do local. Percebendo que ele iria fazer aquilo, Rin olha para trás e fala:

 

-Melhor esperar sentado, pois ele nós vamos demorar, querido...Então de uma volta, beba um cafezinho e volte para nos expulsar, porque agora tu não encosta UM dedo em mim!

 

-E se você pensar em falar grosso com a gente, já dou um chute nas tuas áreas mais sensíveis, tá?-completa Akemi jogando o cabelo para o lado, olhando com os braços cruzados para o homem, que ainda estava com uma pose brava e segura.

 

-E se você chamar outros seguranças, falo que estamos sendo agredidas, aí você demitido!-disse Kimi o deixando mais sensível, fazendo sua expressão máscula ficar um mais insegura. Ela olha para mim com um sorrisinho no rosto e volta a ficar brava para fazer drama. 

 

-Também, você não é maluco de fazer isso, pois eu tenho um velho canivete chamado Bob e você não vai querer conhecer ele...-disse Shay com uma cara de psicopata, fazendo o homem, aí sim, sair correndo do local. Todas começaram a rir, inclusive eu e Mingyu. 

Elas fecham a porta com força, Vih e Akemi vão na direção da Tity e as outras vão em minha direção pulando que nem três loucas. Elas estavam morrendo de frio, seus lábios pálidos e nariz vermelho, mas ainda insistiam em vir nos ver. Elas passam reto por Mingyu, mas deram uma olhadinha para analisar o material e voltam o olhar para mim. 

 

-Você só faz merda, né Roberta?-perguntou Rin ajeitando meus cabelos para trás da orelha, e com a outra mão, abria uma pequena fresta da janela que ficava a cima de mim, liberando o ar congelante que estava no lado de fora. Dou uma risada, me encolhendo no cobertor-E a bicha ainda ri, eu vi na hora, pensava que você ia quebrar ao meio...

 

-Magrinha desse jeito!-disse Shay segurando em meu pulso, vendo a finura do mesmo, e olhando para mim balançando a cabeça negativamente, como uma brincadeira. Olho para o lado e vi as outras duas meninas conversando com Mingyu, ele estava todo fofo e conversava com elas sobre o teria realmente acontecido e coisas do tipo. 

 

-Roberta?-chamou Kimi, dando um estalo em seu rosto, fazendo a menina prestar atenção nela invés de ficar olhando para o menino conversar com outras-Tava aqui explicando tudo que aconteceu hoje, e você prefere ficar olhando para ele? ME EXPLICA!

 

-Ah...Não é nada! Estava pensando e aí nem prestei atenção no que você disse, não fala merda-disse dando um tapinha fraco em seus braços, fazendo a mesma rir. 

 

POV'S on Vih

 

 

Logo que sai na enfermaria, depois de dar uma passada na cantina pra pegar algumas batatas fritas, corri para as minhas aulas de reforço de Matemática, pois quando você não é boa em nada, o colégio te da a oportunidade de escolher entre uma das matérias que você é ruim e fazer aulas de reforço um dia da semana. A aula acabou muito rápido, então como já estava escuro e a cantina estava fechada, fui para a piscina coberta, aonde gostava de ficar as vezes. Mas não fui sozinha, pois um encosto chamado Mizzy e um garoto tímido que conheci na aula de matemática, Woozi, foram comigo para o local.

 

A neve já havia parado, me deixando até contente, pois não aguentava mais ver aquela chuva branca cair, e também agradeci por o tempo ficar um pouco melhor do que já estava. Sabia disse pois as paredes da piscina eram totalmente de vidro e o teto era alto, então tinha uma boa noção do que estava acontecendo lá fora. A piscina possui uma luz azul no fundo, e quando passávamos o pé ou a mão, a água brilhava intensamente. Envolta havia lugares para se alongar, mateiras para natação, e apoiadores de toalha, pois lá era a piscina coberta oficial do time de natação de São Valentim, que já havia ganhado o campeonato estadual de natação várias vezes. 

 

Estava um pouco entediante a situação, pois todos estavam em seu canto, no seu próprio mundinho. Primeiramente, Mizzy cantarolava uma música enquanto via eu passar o pé na água, fazendo-a brilhar, segundamente, Woozi estava totalmente envergonhado e brincava com os próprios dedos, e terceiramente, eu estava no tédio total, parecendo que poderia fechar os olhos e dormir a qualquer momento:

 

-Ah, fale alguma coisa gente, Woozi, para de ser envergonhado.-disse virando a cabeça para trás, como estivesse me alongando, dando de cara com várias toalhas com o nome do colégio bordado. O menino olha para mim, e volta seu olhar aos seus dedos, mas com um rosto mais avermelhado-Vácuo total!

 

-Desculpe-disse o menino dos cabelos certinhos, dando uma risadinha abafada e abrindo um sorrisinho logo no final. Era muito fofo ver ele assim, pois ele era todo pequeno, parecia um bebê-Não estou acostumado á ter amigas mulheres...

 

-OWN, QUE BEBÊ-disse Mizzy voltando para o planeta terra, apertando as bochechas do garoto com força, fazendo o mesmo ficar envergonhado e fazer uma expressão feliz misturada com dor, pois a menina quase arrancou um pedaço de sua bochecha.-Fala de qualquer assunto, inventa qualquer um!

Pensando por um momento, ele sorri de lado como já soubesse de um assunto e pergunta:

 

-Hum...porque vocês estão na aula de matemática reforçada?

 

-Porque sou burra-digo sem nem mesmo pensar, tirando algumas risadas deles, mas logo olho sério e eles param. Começo a rir desesperadamente a ver a cara de culpa no menino, que estava envergonhado ao máximo, mas quando percebe que era brincadeira minha se solta mais.

 

-Porque não tenho nada para fazer nas segundas e fico meio solitária, pois minha colega de quarto nunca esta no quarto-disse Mizzy passando a mão em seus cabelos vermelhos, e olhando para o vidro, aonde via o céu estrelado-E você, pequeno Woozi?

 

-Isso é Bullying-disse Woozi olhando pra Mizzy com um sorriso mais extrovertido, referindo-se ao "pequeno"; ele estava se acostumando com a gente-Eu vou nas aulas pois eu tenho que ser o melhor em matemática e no ano passado fiquei no segundo, por isso tenho que ficar no primeiro!

 

Depois de falar isso tusso "nerd" fazendo eles rirem de novo, e o pequeno ficar envergonhado, mas ele continuou a rir, sem ligar para o novo adjetivo. Levanto, tirando meus pés rapidamente da água e ando com eles molhados, até a janela mais próxima, me sentando do lado da mesma. As estrelas brilhavam tanto que fiquei hipnotizada, não conseguia sair dali, meus olhos estavam fixos. De tanto que eu olhava, elas começaram a fazer uma forma, a ficar de um formato que eu não estava entendendo muito bem o que era. Mas logo depois, todas se juntaram e formaram uma cruz, de cabeça para baixo. Assustada com o que se tornaram, dou um grito pulando para trás. Meu coração batia a mil, minhas mãos tremiam e meus olhos insistiam em ficar fechados. Só conseguia ouvir alguns gritos, e meu corpo sendo movimentado, mas não ligava mais para nada, o que tinha visto não era comum. A cruz virada de cabeça para baixo é um dos símbolos satanistas medievais, representando o demônio ou forças do mal. Meus olhos ainda fechados, não estavam mais puros e nunca mais seriam...