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História Interrompida - Três


Escrita por: thecolorpurple

Capítulo 3 - Três


Música alta, luzes, jovens dançando e tudo mais que se vê em uma boate. O ‘’Purgatório’’ ficava a poucas quadras de minha casa, mas eu nunca antes havia ido ao local. Obviamente, pelo fato de ser muito nova, mas naquela noite Lola e eu falsificamos nossas identidades. É fácil burlar algumas leis e regras. Muitos jovens fazem isto, não é mesmo? Ora, porquê eu também não faria? Ainda mais depois do que havia acontecido. Toda aquela briga em minha casa me deixara enfurecida. Saíra contra a vontade de meus pais e cá entre nós, quem eram eles para me dizerem o que fazer? Não controlavam suas próprias vidas, iriam controlar a minha?
     Então fui à festa sem peso na consciência e com a companhia repentina de Dolores, que era mais conhecida por Lola. Ela tinha cabelos cor de púrpura, usava roupas estilosas e era dona de uma personalidade forte. Juntas, nós éramos invencíveis. A típica dupla infalível. Antes de irmos à pista de dança, fomos ao bar e bebemos algumas doses de vodcka. Eu não havia comido nada, então o efeito do álcool subiu à cabeça muito rápido. Lola me puxou e fomos dançar. Fechei meus olhos e senti a vibração da música percorrer todo o meu corpo. Quando os abri novamente, percebi que dois caras nos olhavam. Os dois eram altos e fortes. Um parecia ser mais velho que o outro. O da aparência mais jovem e com uma barba por fazer se aproximou de mim enquanto eu dançava. Logo percebi sua beleza. O rosto era simétrico e o maxilar era quadrado. Aquele garoto exalava masculinidade pelos poros e eu me sentia como uma abelha atraída por uma flor e precisava sentir aquele néctar. Nos aproximamos e começamos a dançar. Senti a mão forte em minha cintura. Seu hálito fresco me enlouquecera quando sua boca roçou em minha orelha e me disse que eu era linda. Sorri para ele, o puxei pela blusa e disse que ele era um gato. Mordisquei sua orelha e gargalhei. Percebi o brilho de malícia em seus olhos e um sorriso lascivo nos lábios. Deixamos Lola e o outro homem sozinhos na pista e nos afastamos da multidão. Fomos para o corredor dos banheiros onde apenas um casal estava se beijando. Encostei na parede de tijolos e senti suas mãos másculas e fortes em meu quadril. Meu corpo ferveu por dentro. Uma das mãos dele subiu ao meu pescoço e me puxou para mais perto e eu já sabia o que viria à seguir. Senti o hálito de hortelã em minha boca e o roçar de sua barba malfeita em minha pele macia. Senti a língua quente explorar minha boca. Nos beijamos ardentemente e o sujei com meu batom vermelho. Rimos ao percebemos a mancha e o limpei com meus dedos.
- Qual é o nome da dama de vermelho? – ele perguntou com sua voz rouca e sexy.
- Sofia. E qual é o seu? – perguntei enquanto ofegava e tentava me recuperar do beijo.
- Frederico, mas me chame apenas de Fred.
- Frederico... – pronunciei aquele nome enquanto degustava cada letra.
- Fred... – ele se aproximou novamente e levou os lábios de encontro aos meus.
  Nos beijamos por mais alguns minutos e senti a mãe dele percorrer a extremidade do meu corpo. Partia do pescoço, passava pelas costas, descia para cintura e parava em minha bunda. Depois deslizou para a minha coxa e levando meu corpo para perto de si para que se encaixasse no dele. Aquilo não me assustara, pois não era a primeira vez que me relacionava com garotos. Nunca havia namorado, mas já tinha dado uns amassos com alguns, mais ainda assim eu era virgem. Fred beijou meu pescoço e minha clavícula. Levou uma de suas mãos ao meu seio direito e o apertou de leve fazendo com que eu soltasse um gemido de prazer. A presença de um garoto com dreads no cabelo em busca do banheiro para poder vomitar, nos alarmou e então Fred sugeriu para que fôssemos em um local privado. Eu aceitei pois o que eu mais queria era ficar à sós com o garoto. Saímos por outra porta e supus que Lola também deveria estar com o outro menino. Tentei mandar uma mensagem de texto pelo celular à ela mas estava sem sinal. Segurei uma de suas mãos e o segui. Corremos pela rua deserta e cantarolamos uma música.
- Para onde estamos indo?
Frederico me olhou com aqueles olhos castanhos e me respondeu: - Para o meu mundo particular.
Ri com sua reposta.
- E onde fica isto? Não posso ficar na rua muito tarde.
Ele tampou meus lábios rubros com o dedo indicador.
- Você confia em mim?
O mais sensato a dizer era não. Eu sei. Não devemos confiar nas pessoas em geral, ainda mais um estranho, mas naquele momento ele havia me passado uma calmaria e total confiança. Eu só queria estar junto à ele e então respondi que ‘’sim’’.
- Então me siga.
Segui meu anjo protetor à um prédio abandonado e antigo, mas mal sabia que aquele cara era um anjo caído. O portal para um mundo novo. Ele seria minha sina e perdição.



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