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História Intimo - Capítulo Único - Desejo mais...


Escrita por: AlliRotee

Notas do Autor


Oláa pissoinhas o/ kkkkkk sim sou besta ;-;
Hoje aqui, dando uma pausazinha na fic que estou postando atualmente (Meu meio irmão), venho trazer pra vocês algo diferente kkkk Como publiquei em um jornal lá no meu perfil estou num projeto de fanfic, e cá esta a primeira delas.
Bem não vou dizer muitas coisas, o que importante mesmo é a fic kkkk Então espero que gostem, é algo um pouco diferente, mas adoraria que todos ficassem felizes com ela (apesar de eu mesma achar q ta meio bosta :v)

Ah, antes de qualquer coisa, gostaria de avisar que ela não foi betada nem nada, então pode e com certeza haverão alguns erros kkk Mas paciencia comigo ta? Logo menos eu lerei ela de novo e corrigirei tudo o que for necessário u.u
Boa leitura :3

Capítulo 1 - Capítulo Único - Desejo mais...


 

 

 

Os olhinhos marejados iam de um lado para o outro. O ambiente estava escuro e quente, mas o garotinho não se importava. Seu coração continuava batendo forte contra o peito e sua respiração denunciava seu medo.

A poucos instantes estava jogando seu vídeo game tranquilamente, sua mãe cantarolava alguma música antiga qualquer enquanto terminava o jantar e seu pai lia a um livro de capa azul na poltrona da sala. Estava tudo bem. Tudo bem até a campainha tocar e da porta entrar várias pessoas vestidas completamente de branco. O que eles faziam ali?

Sua mãe foi colocada ao chão quando não quis deixar os homens estranhos entrarem e seu pai, ao tentar proteger o garotinho caiu da mesma forma. De repente o menino sentia seu braço ser segurado com tanta força que as lágrimas não puderam ser contidas. Não era possível ver o rosto dos homens, eles usavam máscaras tão brancas quanto suas roupas. O garotinho não conseguiria nem ver quem queria tanto feri-lo?

Olhou para os lados, haviam no total 5 pessoas, dois o seguravam, pois só conseguia debater-se, em sua mente o que mais queria era fugir. De um lado também, estava sua mãe, com os olhos fechados, desacordada. Do outro seu pai se remexia e um pé foi de encontro à sua barriga com força, força evidenciada pelo som que o golpe fez e pelo grunhido que o homem tão conhecido soltou.

O que um garoto tão pequeno poderia fazer? O medo lhe tomava conta da mente. Ele só queria fugir. E então àquilo que acontecia a algum tempo voltou. Sua mente envolta no extinto de sobrevivência se nublou. Os móveis começaram a mover-se, as portas começaram a bater contra os batentes, os homens começaram a grunhir e a falar coisas que o menino não entendia. E então num piscar de olhos todos estavam no teto e somente os pés do garoto ainda choroso tocou o tapete.

A única coisa que pensou em fazer fora de correr e se esconder, afinal ele nem ao menos entendia como tudo aquilo aconteceu. Correu de forma rápida para o armário de casacos na sala. Suas pernas tremiam demasiado e o som de todos os corpos caindo no chão fora estrondoso demais para o garotinho conter suas mãos de lhe protegerem os ouvidos. Seu corpo foi ao chão e o silencio se instaurou após mais grunhidos. Ele nem ao menos sabia o que havia acontecido e muito menos o que ele havia feito.

Continuou ali durante um bom tempo, sua respiração aos poucos fora voltando ao normal. Mas seus batimentos cardíacos não tiveram a mesma chance, de repente outros sons vieram. Alguns passos baixos, porém audíveis em meio ao silencio. Logo depois algumas palavras “Onde será que ele está?”.

“Shiu, quero ouvir.”

“Mark, logo eles estarão aqui de novo.”

“Cale a boca por favor.”

O garotinho estava curioso, aparentemente eram apenas dois, então decidiu espiar um pouco. Tocou levemente a porta do armário e a empurrou minimamente para poder dar uma olhadela na sala. Prendeu a respiração, afinal apesar de tudo era esperto o suficiente para saber que poderiam ser os mesmos homens de branco.

Os olhos ainda marejados antes em meio ao escuro olharam para o lado de fora, iluminado pela luz de teto da sala. No centro do local estava um garoto, não era um homem adulto, mas ainda maior que o menino. Ele não vestia branco, muito pelo contrário, suas roupas eram inteiramente pretas. Seus fios de cabelo eram castanhos e estavam todos para trás fazendo o rosto do garoto ser completamente exibido. A curiosidade lhe atingiu, de uma estranha forma o menininho – mesmo ainda com medo – sentiu uma segurança ali. Mas seu corpo não se moveu, encostou novamente a porta, mantendo o mínimo de som e ficou ali. Ele sabia que seria descoberto em algum momento.

Poucos instantes depois a porta se abriu lentamente, o mesmo garoto anteriormente parado no centro da sala estava a sua frente. A postura era firme, mas o olhar era de certa forma acolhedor. O garotinho olhou assustado, mas no fundo de seu âmago ainda sentido um aconchego. O garoto se agachou, um joelho foi aos chão e um dos pés finalizou o apoio. O olhar pairou sobre o garoto, que sentiu seu corpo tremelicar. Mas o garoto à sua frente não parecia apreensivo com isso, ao contrário pareceu compreensível. Um sorriso suave e bonito preencheu seus lábios levemente cheios.

- Não vou te machucar, okay? – deu uma pequena pausa para ver, enfim, o garotinho assentir às suas palavras. – Qual seu nome? – perguntou de forma calma, mantendo seus olhos fixos.

- Yugyeom... Kim Yugyeom. – a voz do garotinho finalmente se fizeram presente. Suas mãos ainda suavam frio e seus dedos ainda tremiam levemente enquanto seguravam a calça.

- Oi Yugyeom. Meu nome é Mark Tuan, sei que não me conhece, mas preciso que confie um pouco em mim. Sei o que aconteceu aqui, já aconteceu comigo antes, então preciso que você venha comigo antes que os homens maus apareçam de novo. Pode ser? – a voz do garoto, agora podendo ser chamado de Mark, era suave a calma, ele parecia muito sensato e passava cada vez mais tranquilidade ao pequeno Kim.

O garotinho de fios castanhos escuros estava preparado para aceitar, preparado para confiar no garoto tão bonito a sua frente. Contudo ouviu um som estranho e logo depois um grunhido alto de dor. Seu corpo afastou-se da porta do armário e fora quase de encontro com o fundo do mesmo. Os olhos seguiram o som e instantes depois um outro garoto aparecera ali. Este era mais alto, com feições mais severas e um olhar mais profundo e ameaçador. Ele dava muito mais medo, constatou o pequeno acastanhado.

O moreno a sua frente vendo o afastamento do garotinho olhou para trás, aparentemente fitando o outro garoto, que aos olhos de Yugyeom tinha a mesma idade.

- O que você fez JaeBum? Viemos salva ele e não... – uma pausa, a voz se abaixou e o pequeno garoto não conseguira ouvir as palavras do moreno.

- Desculpe, desculpe. É que ele estava começando a fazer uma ligação. – o garoto se defendeu, sua voz era mais grave e rouca, combinando completamente com seu jeito mais duro e suas roupas igualmente pretas.

Mark voltou a olhar o garotinho ainda encolhido em meio aos casacos, sua face demonstrou tristeza, mas logo depois seus olhos pareceram brilhar.

- Não precisa ter medo pequeno, ele é só um pouco irritado. Eu quem vou estar contigo está bem? – falou de forma tranquila e esperou brevemente que o garoto assentisse, mas o mesmo não o fez, apenas continuou encolhido. – Venha cá, vou te acalmar como minha mãe sempre fazia.

Instantes depois Mark já estava mais perto do pequeno Kim, estavam fitando um ao outro. Os olhinhos de Yugyeom ainda estavam levemente marejados, mas conforme o mais velho se aproximava parecia que um grande vazio – dado pelo medo – era preenchido. Os dedos finos alcançaram o mais novo, segurando-lhe pelo queixo, fazendo a pele cálida de Mark aquecer a mais gélida de Yugyeom. Um sorriso pequeno formou-se nos lábios do Tuan, um movimento que agradou o garotinho, e logo depois o mais velho estava tão perto que o pequeno obrigou-se a fechar os olhos.

Um toque quente e suave. Um aroma gostoso no ar. Yugyeom com certeza nunca havia sentido aquilo, era diferente, mas era bom. Um beijo, um simples tocar de lábios com lábios. Yugyeom não sabia que aquilo poderia ser chamado de selinho por todos, ele apenas sentiu e gostou daquele toque tão rápido e sutil. Ao mesmo tempo que tão significativo para acalmar seu coração.

Quando Mark se afastou, o pequeno acastanhado manteve-se em transe o que o levou a se deixar levar pelos braços e mãos do mais velho, que o seguraram em seu colo para fora do armário. As mãos quentes e acolhedoras. O cheiro suave e aconchegante.

Yugyeom deitou sua cabeça no peito aquecido do garoto. Seus olhos fecharam-se, ele sentia um grande cansaço e uma grande vontade de dormir. O aroma era inebriante.

Com os olhos já fechados, mas com a mente ainda minimamente ligada, conseguia ouvir os batimentos cardíacos daquele que o levava. Eles estavam calmos e tranquilos, e isto ajudou a deixar o garoto mais embalado no sono que vinha. Instantes passaram-se e antes que sentisse o vento gélido do lado de fora da casa, caíra num sono profundo. Um sono calmo que lhe rendeu sonhos mágicos.

 

 

 

 

 

Um som estridente atrapalhava o sonho aventuresco. Os olhos remexiam-se de um lado para o outro e aos poucos o garoto ia acordando. Uma mão pesada foi de encontro com o objeto no criado mudo ao lado da cama. Com isto, o objeto ainda propagando o apito irritante foi ao chão. O dono de fios castanhos escuro murmurou algo que ninguém – nem acordado – poderia entender. O rosto inda se mantinha amassado contra o travesseiro e os cabelos completamente desalinhados.

Uma mão de dedos finos e pele leitosa surgiu por cima de seu braço, o peso da mão ali, lhe incomodou então girou seu corpo para o lado oposto – ficando assim de costas para o outro ser. O garoto ao lado do moreno tinha os fios mais claros caídos nos olhos, o rosto virado para cima, com uma expressão angelical, ainda adormecido.

- Maark – o moreno murmurou, com seu braço empurrando o garoto ao seu lado, porém com os olhos ainda fechados.

O moreno agora com o corpo virado para cima estendia sua mão até os olhos. Infelizmente já encontrava-se despertado, ao contrário do mais velho ao seu lado que permanecia em sono profundo. Deslizou os dedos pelos olhos abrindo-os bem lentamente como se quisesse acostumar-se com a visão eu teria.

O quarto não estava iluminado demais, porém já não estava mais escuro como quando de noite. Um pouco de luz passava pelas cortinas, mesmo que deixando esta mesma luz enfraquecida, ainda não cobria por completo a luminosidade. O corpo mais novo sentou-se, com a cabeça ainda baixa e os cabelos desalinhados. Por mais que o moreno passasse os dedos por entre os fios, os mesmos não ficavam no lugar devido.

As órbes escuras foram até o corpo ao lado, observando o ser ali adormecido ainda. Um sorriso travesso tomou conta dos lábios levemente finos do garoto e num movimento lento o moreno aproximou-se. O rosto foi para perto do outro e os lábios aproximaram-se do ouvido do adormecido.

- Maaark! – a voz ainda embargada do moreno ditou num tom alto. Mark teve um sobressalto, até porque apesar de tudo não estava completamente adormecido. O corpo esguio deu um pulo na cama ficando rapidamente sentado ao lado do moreno.

- YUGYEOM! Idiota!! – praguejou o mais velho. Tendo uma expressão irritada e uma mão de punhos fechados indo de encontro com o braço nu do mais novo.

Yugyeom, apesar da dor do soco do mais velho, continuou rindo de forma gostosa. Com o som de sua risada preenchendo o cômodo do quarto. O moreno ouvindo ainda algum xingamento baixo vindo do mais velho, mas não se importou. Afastou suas cobertas do corpo e colocou seus pés no carpete do quarto.

- Vamos, você não tem um teste hoje? Ou... – deu uma breve pausa, colocando seu indicador no queixo enquanto se punha a pensar.

- Quem tem um teste hoje é você, idiota! – o mais velho ao seu lado citou, fazendo Yugyeom finalmente se recordar do porquê de o despertador ter tocado tão cedo.

- Merda!

Praguejou o garoto, com seu corpo sendo impulsionado para fora da cama. Seus pés lhe guiaram rapidamente para o banheiro, no qual, fez suas higienes e finalmente ajeitou os fios desarrumados. Enquanto escovava seus dentes já sem a camisa de dormir, deu uma olhadela para a cama e viu Mark deitado novamente. Revirou os olhos nas órbitas, pensando no porquê do mais velho ter tanta dificuldade em se levantar.

Após estar devidamente arrumado para seu terrível teste, saiu do quarto deixando um Mark ainda adormecido na cama de casal. Ao sair foi agraciado com um maravilhoso cheiro de panquecas, então já imaginou que Youngjae tivesse acordado de bom humor, afinal não era nada comum ele cozinhar de manhã, mas quando cozinhava sempre eram panquecas.

Ao chegar na cozinha com sua mochila e seus livros na mão, ainda arrumando-os, viu quem imaginou ao lado do fogão. O garoto de cabelos castanhos e lisos tomava conta de cada panqueca que colocava na frigideira e nem ao menos reparara na presença do outro ali. Yugyeom se sentou em um dos bancos da cozinha estilo americana, com uma bancada bem a sua frente ele olhava atento para o garoto a sua frente.

Sentado ali ele se lembrara da primeira vez que havia comido aquelas panquecas. Havia sido no dia seguinte de sua chegada àquela casa pequena. O dia que fora levado de casa de sua família por Mark e JaeBum havia sido triste, as lágrimas não foram contidas quando finalmente se viu num carro completamente estranho e longe de seus pais. Contudo, Mark sempre esteve ao seu lado, lhe aconchegando e lhe acolhendo nos braços. Com isso, ficou mais tranquilo sentindo sempre aquela aura boa vinda do mais velho.

No dia seguinte foi recebido pelo sorriso do moreno e por suas panquecas, já que o mesmo estava feliz por ter um novo amigo na casa. E também, neste mesmo dia conhecera melhor aquelas pessoas; Youngjae, com 6 anos de diferença de Yugyeom, sorriso largo, olhos brilhantes e animo sempre alto. JaeBum com 7 anos de diferença, sendo àquele mais durão e quieto, porém tão confiável quanto os outros, e por fim Mark, com 8 anos de diferença, sorriso suave, falas serenas e aura aconchegante.

Claro, que Yugyeom não tivera muita escolha, possuía apenas 6 anos naquela época e mesmo quando tentou fugir indo para sua casa e logo depois se perdendo, os três garotos não lhe fizeram mal. Muito pelo contrário, o levaram até sua antiga casa e lhe explicaram o ocorrido.

Os homens de branco que foram lhe pegar eram de uma grande instituição de pesquisa, esta instituição investigava as pessoas que andavam nascendo com habilidades especiais, como Yugyeom e os outros três. Mark havia perdido seus pais antes mesmo de se conhecer por gente e após conhecer Youngjae em um orfanato fora perseguido junto com o mais novo. Eram os mesmos homens de branco. Contudo alguém os salvou e este foram os amigos de JaeBum, que participavam de um grupo de pessoas – também especiais – que fugiam da instituição. Então assim depois de Mark e Youngjae ficarem com este grupo conheceram melhor JaeBum e depois passaram a viver juntos mesmo muito novos, afinal eles não tinham ninguém.

Ficaram sabendo de Yugyeom através daquele mesmo grupo e mesmo que as crianças especiais focem bem difíceis de existirem e ainda mais de serem encontradas, eles foram atrás, pois sabiam o que ela poderia sofrer.

Naquela noite, na qual, finalmente encontraram o endereço do garoto, infelizmente fora tarde demais. Tudo já havia acontecido, mas por sorte ele mesmo havia se livrado em parte. Yugyeom com suas habilidades de telecinese destruiu boa parte de sua própria casa, móveis, portas, janelas, tudo que estava em seu campo de visão. E isto incluíra os homens de branco e até mesmo seus pais.

Mark demorou muito tempo para dizer isto ao mais novo e quando disse Yugyeom quis até mesmo acabar com sua própria vida e jurou inclusive nunca mais usar suas habilidades, mantendo elas adormecidas até os dias atuais, 12 anos depois.

Agora com seus 18 anos ele vivia uma vida praticamente normal, sim haviam várias pessoas com habilidades por ai, e a pequena guerra entre elas e instituições de pesquisa ainda existiam. Mas o grupo em que Yugyeom estava, todos guardavam aquele segredo a sete chaves.

- Yuuug! – a voz melodiosa foi até os ouvidos do mais novo e lhe tiraram do pequeno transe, que as lembranças lhe fizeram entrar. Era Youngjae, com os olhos confusos e uma expressão levemente torta.

- Oi, oi! – o moreno falou, agora já esboçando um pequeno sorriso nos lábios. – Acordou feliz hoje hyung? – perguntou ao mais velho à sua frente que lhe entregava um prato com duas panquecas em cima.

- Um pouco, um pouco. – respondeu num tom baixo e logo depois ouviu-se uma risadinha muda. Yugyeom já até mesmo poderia imaginar o que teria sido. Já que no dia anterior havia sido aniversário de namoro de Youngjae e JaeBum.

Porém apenas deixou-se sorrir mais um pouco para logo pegar os talheres e finalmente comer as panquecas que lhe pareciam deliciosas. Enquanto ainda comia normalmente a campainha tocou, Youngjae olhou para o mais novo e lhe lançou um sorriso. No mesmo instante o moreno entendeu o pedido. Levantou-se rapidamente imaginando quem poderia ser e foi até a porta de entrada. Ao abri-la seus olhos arregalaram-se, mas não de surpresa. A sua frente o homem de cabelos platinados esboçava um sorriso, usando apenas uma regata preta e uma calça jeans clara e rasgada. Era Jackson.

- O que faz aqui Jackson? – perguntou o moreno ainda no caminho da porta. Jackson era um colega de Mark e JaeBum da época em que ficavam com o grupo “de pessoas especiais”. Yugyeom pouco gostava de Jackson já que o mesmo mostrava-se ou gostaria de ser muito próximo de Mark.

- Vim falar com o Mark, obvio. Licença, por favor? – a tom irônico que Jackson utilizou fez a sobrancelha de Yugyeom se entortar, mas mesmo a contra gosto deu espaço para o homem entrar.

Fechou a porta ainda com os olhos revirados e voltou para a cozinha, tentando ao máximo pensar em suas panquecas e não no platinado. Que mesmo antes de falar com qualquer outro já se dirigia ao quarto onde Mark estaria.

- Hyung, porque Jackson tem que ser tão folgado? – Yugyeom falou num tom manhoso, com os olhos voltados para o mais velho a sua frente, que agora também comia panquecas.

- Ele sempre foi assim Yug, nem ligue.

Yugyeom terminou de comer seu café da manhã e pegou suas coisas, seu teste começava cedo e logo depois ele teria aulas na escola. Com sua mochila já na metade das costas olhou para a porta do quarto onde Mark estava e onde ele mesmo estava anteriormente. Perguntava-se o que Jackson iria querer naquele dia com o acastanhado.

Suspirou pesadamente e balançou sua cabeça levemente, a fim, de livrar-se dos pensamentos. Tinha que concentrar-se na prova que faria.

 

 

 

 

O teste havia sido feito tranquilamente, Yugyeom apesar de não ser o melhor aluno e nem possuir as melhores notas, era alguém bem esperto. Fizera o teste com calma e acreditava que iria bem no mesmo.

As aulas que seguiram foram ao todo bem chatas e Yugyeom não conseguia tirar sua mente de sua casa. Não conseguia tirar de sua mente Jackson falando com Mark fechados naquele quarto. Não que o mais novo tivesse algo com Mark, eles eram como irmão na verdade. Mas imagina-lo perto de outro homem era praticamente impossível. O moreno acreditava que somente ele poderia ficar perto de Mark. Inclusive por isso quando foram dividir os quartos da casa recusou-se a não ficar no mesmo quarto de Mark, mesmo o local não tendo duas camas.

Contudo, quando Yugyeom tentava ao menos ser sincero consigo mesmo, ele sabia que sentia coisas estranhar pelo mais velho. Não como sentimentos românticos, mas ao passar tanto tempo com o outro ele o olhava muitas vezes como homem e não apenas como um irmão. Não conseguia tirar de sua mente como Mark era bonito, ou como seu corpo era esguio, ou como sua pele era leitosa e macia. Porém o mais novo fazia de tudo para não prender-se nestes pensamentos.

Já estava voltando para sua casa, era de noite e o céu estava limpo. A lua estrava brilhando forte e algumas estrelas pareciam brilhando em meio ao céu escuro. Yugyeom adentrou a casa normalmente, mas ao contrário do normal, tudo estava muito silencioso. Adentrando mais pelo corredor chegou na sala e viu a televisão ligada com som baixo e um Youngjae bem à frente da mesma sentado no sofá.

- Hyung? – questionou curioso e confuso com a situação estranha de todo o lugar. Youngjae lhe lançou um olhar e sorriu de forma pequena. – O que aconteceu? Onde está JaeBum e Mark? – voltou a questionar, achando completamente estranho o fato do mais velho não dizer nada.

- Eles foram em algum tipo de missão.

- Como assim missão? – ficou à frente do mais velho.

- Uma criança com habilidades complicadas apareceu. Eles precisavam do Mark por conta de possíveis ferimentos. – a voz de Youngjae estava trêmula, era explícito em sua face e em seu tom que ele estava com medo.

Mas Yugyeom não se espantou com a palavra “ferimentos”, ele espantou-se com o fato de simplesmente não chama-lo. O achavam novo demais? Seu punho fechou-se com força, fazendo suas unhas curtas fazerem marcas fracas em suas palmas.

- Para onde eles foram? – perguntou, tentando manter sua voz o mais calma possível, porém falhando por completo.

- Ouvi que seria na rua da antiga praça central, eles foram com o carro do JaeBum. – respondeu, mas logo depois arregalou os olhos com seu corpo mais ereto. – Você não vai lá não é? – o moreno não respondeu, apenas pegou seu celular no bolso da mochila e tomou rumo até a entrada da casa. Porém agora ouvindo Youngjae chamar. – Yugyeom, espere! Pode ser perigoso, não vá! – a porta foi batida bem à sua frente.

Do lado de fora da casa Yugyeom pegou sua bicicleta a muito tempo não usada e passou a pedalar de forma rápida até o lugar dito pelo amigo mais velho. Suas pernas no meio do caminho já estavam queimando, não era um lugar muito perto, mas ele sabia que chegaria logo. Ao virar a curva da rua avistou o carro de JaeBum parado bem em frente uma casa térrea de paredes verdes. As luzes do lado de dentro estavam acessas e um garoto de cabelos escuros estava na porta, como se a guardasse.

Yugyeom se aproximou da casa deixando a bicicleta no chão. Seu peito subia e descia por conta da corrida e seu coração batia forte. O garoto de leve alva e olhos escuros como os fios de cabelo, lhe olhou serio. Seus lábios eram grossos e suas roupas eram completamente pretas, como sempre eles usavam. O moreno ficou frente a frente com o garoto mais baixo que si, o braço do mesmo estava estendido para o lado, impedindo o maior de entrar.

- Quem é você? Não pode entrar aqui. – a voz séria porem suave do garoto se fez presente. Yugyeom o olhou mais diretamente.

- Sou um amigo do Mark, preciso entrar.

- Desculpe, mas não posso deixar ninguém... – sua fala fora interrompida por um grito grave e alto. Alguém parecia ter se machucado.

Os dois garotos olharam entre si e com rapidez entraram na casa deixando a porta encostada. Ao chegarem na sala viram tudo muito rápido, naquele momento cada instante durou mais tempo que o normal. Havia um garotinho no fundo da sala, sua mão estava estendida para cima, seus cabelos eram descoloridos e seus braços finos. Ao lado havia algum tipo de capsula num formato retangular e dentro desta coisa estava JaeBum, com seus punhos em chamas batendo contra a superfície transparente. À frente do garoto, quase fora da sala estava Jackson caído com sua perna sangrando em demasiado. E ao seu lado estava Mark, agachado com as mãos no ferimento do platinado, o curando.

No momento em que Yugyeom pisou naquela sala e viu toda a cena algo a mais lhe chamou atenção. Quatro, aparentemente, estacas de mesma cor do que envolvia JaeBum, ia na direção de Mark com velocidade. Contudo com apenas um movimento de mão do moreno as estacas pararam. E no instante seguinte o garoto antes na porta da casa estava atrás do garotinho com a mão em seus olhos. O garoto caiu desacordado ao mesmo tempo que as estacas foram ao chão bem à frente de Mark.

Nenhuma palavra fora dita e os únicos sons que prevaleceram no local foram os grunhidos de Jackson, as respirações aceleradas e logo depois um barulho alto de estilhaços. Aquele material que envolvia JaeBum numa cápsula havia quebrado por completo.

- Yugyeom! – o primeiro a falar fora JaeBum, já liberto e com as chamas nas mãos sumindo rapidamente. – O que raios você faz aqui? – seu tom era alto, ele estava claramente irritado.

- E-Eu... – Yugyeom iniciou, mas fora prontamente interrompido pela voz mais tranquila, Mark.

- Calma JaeBum. – suspirou o acastanhado. Com seu corpo já erguido e olhar pairando no moreno mais alto. – Como chegou aqui Yugyeom? Você sabe que não é para vir conosco para este tipo de coisa.

- Mark, eu não sou mais criança. E se eu não tivesse chegado, como você estaria? Sabe que não pode curar a si mesmo!

- Não interessa Yugyeom. – JaeBum praguejou de forma ríspida.

- Será que dá para vocês calarem a boca? Merda! – agora o platinado, já levantando-se com dificuldade, falara de forma alta. – Foda-se que ele veio ou não! Pelo menos acalmamos o moleque agora. – continuou, mantendo sua mão bem em cima de onde anteriormente estava a ferida na perna.

Todos olharam rapidamente para o centro da sala, o garoto de cabelos escuros estava sentado no chão com o garoto em seus braços. Uma das mãos estavam ainda sobre os olhos da criança e seu olhar foi até Jackson com rapidez.

- O que você fez? – Mark perguntou para o garoto.

- Fiz a mente dele dormir. – respondeu de forma simplista. Yugyeom não estava entendendo nada e sua expressão era exatamente o que ele sentia.

- Eu avisei para deixarem ele entrar. – o platinado falou novamente. – Ele é telepata.

- Porra Jackson, por que você não falou antes? – JaeBum praguejou novamente, sentindo sua irritação crescer ainda mais.

- Não importa JaeBum, não importa Jackson! Chega, vamos levar logo ele. – o acastanhado voltou a falar, ainda calmo e tranquilo. – Pode leva-lo até o carro Jinyoung? – perguntou, olhando diretamente para o garoto com o menino em mãos.

O garoto, Jinyoung, segurou o menino no colo com rapidez e colocou-se a andar até a saída da casa. Atrás dele, todos os outros andavam, Mark e Jackson um ao lado do outro, no qual, Mark perguntava a todo instante se o platinado ainda sentia dores. O Kim observava um pouco distante, estando andando por último. Seus olhos reviravam-se nas orbitas ao ver como Mark preocupa-se com o mais baixo de todos ali.

Após levarem o garoto já acordado e mais calmo para um lugar seguro com Jinyoung e Jackson, Yugyeom, JaeBum e Mark voltaram para casa. JaeBuem ainda estava irritado com tudo o que acontecera, mas após uma conversa longa durante o caminho sobre Yugyeom já ser crescido para participar de algumas missões. Ficou mais calmo e decidiu por fim concordar com aquilo. Yugyeom mantinha-se com a face levemente emburrada olhando para a janela.

Ele é um bebe quando está com ciúmes.

 

Yugyeom jogou-se na cama macia após seu banho tão esperado. Vestia apenas uma bermuda de dormir e mantinha uma toalha no pescoço por conta de seus fios molhados. Respirou fundo sentindo seu corpo ainda cansado, e deixou seu leve sorriso morrer ao lembrar-se da cena com Mark e Jackson. Ele estava realmente muito enciumado com tudo aquilo.

Sentia e pensava que existia algo ali entre eles, e isto fazia seu sangue quase ferver e seus punhos se fecharem com força contra as palmas. Não aceitaria aquilo, com certeza não aceitaria.

Saiu de seus pensamentos ao ouvir a porta do quarto, era Mark, já com suas roupas de dormir e uma xícara de chá nas mãos. Nenhuma palavra fora trocada do momento que o mais velho entrara até que todo seu chá fora tomado. O Kim sentou-se na cama e atentou-se apenas ao seu celular até não aguentar mais e perguntar, finalmente, o que lhe mantinha revolto.

- O que você tem com o Jackson?

Mark voltou seu olhar para o mais novo lentamente, deixando sua xícara vazia no criado mudo ao seu lado da cama.

- Como assim Yugyeom? – questionou com a voz calma, mas confusa.

- Vocês já ficaram? Tipo juntos? – voltou a questionar, agora sendo mais explícito sobre o que realmente gostaria de saber.

- Isso não te interessa.

As poucas palavras de Mark fizeram Yugyeom praticamente congelar. Seu corpo ficou paralisado, sua respiração falhou e seus olhos se arregalaram. Seria isto uma constatação afirmativa? O mais novo não conseguiu controlar-se, levou sua mão até o braço de Mark, lhe olhando fundo nos olhos.

- Vocês transaram Mark? – os olhos do mais velho se arregalaram, tanto quanto os do mais novo, com a pergunta.

- O que? Não! Não, Yugyeom! – respondeu com a voz um pouco mais alterada e sentindo seu braço doer levemente, já que o mais novo aplicava uma certa força naquele local. Mas logo o aperto sumiu e Yugyeom lhe soltou o braço. A cabeça ficou levemente caída e o olhar foi para outro canto qualquer.

- Comigo você faria? – a pergunta foi solta ao ar num tom baixo e receoso, porém causou uma grande reação por parte do mais velho.

- Que? – Mark pronunciou com a voz ainda mais alterada, os olhos também ainda arregalados e agora com os lábios levemente abertos.

O Kim respirou fundo, pela primeira vez havia transformado em palavras o que sempre sentia em seu âmago. Havia algum mal desejar um homem tão bonito quanto Mark Tuan? Para o mais novo, parecia tão certo. Seu corpo moveu-se rapidamente, uma de suas mãos foi até o rosto do mais velho, segurando ali de forma suave. A outra fora até a cintura do mesmo, com isso constatando-se que a cintura de Mark era muito mais fina do que parecia, encaixando completamente com a mão de dedos longos do moreno.

- Yugyeom... – o acastanhado murmurou, já sentindo o corpo mais alto muito próximo a si. – Somos como irmãos Yugyeom... – mais um murmuro, afinal não era preciso muito mais que isso para que o Kim lhe ouvisse. Estava tão perto.

- Isso não impede que eu admire sua beleza, ou que deseje seu corpo. É inevitável Mark. – sussurrou o moreno. Fazendo o ar que saía de sua boca tocar os lábios levemente abertos do mais velho. Era tão tentador.

- Me-Melhor você se afastar um pouco Yugyeom... – mais uma fala, porém esta mais fraca ainda que a anterior. Parecia que ele não tinha forças para falar, ou nem ao menos quisesse falar aquilo.

- Mark, não tente se enganar, ou me enganar. Seu corpo mostra tudo o que preciso para saber que você também quer. – o moreno estava convicto de suas palavras. Os olhos fitavam as expressões do mais velho, a boca aos poucos salivava mais e o coração batia mais e mais forte. – Sua respiração está ofegante, seu corpo está suando, suas pupilas estão dilatadas, seus lábios secos. Você nem ao menos resiste.

Mark arregalou seus olhos novamente e desviou o olhar para outro lado. Levou sua mão até o tórax do mais novo e com a mão ali, deu um leve empurrãozinho no moreno. Suas forças pareciam ter sumido e seu movimento, aparentemente, só havia sido lembrado de ser feito por conta das palavras do outro. O acastanhado abaixou levemente a cabeça e respirou fundo.

- Não vou deixar de ser como um irmão para você. – sussurrou o mais novo com o hálito ainda batendo contra o rosto do mais velho.

Tsk

 Yugyeom sentiu seu corpo ser empurrado com certa força, Mark se desfez de seus toques e correu da cama pelo quarto até a porta. O moreno ao ver a cena arqueou uma de suas sobrancelhas e fez um simples movimento para que a porta não fosse aberta pelo mais velho. Mark ficou olhando para a porta, com a mão ainda na maçaneta e mesmo sem olhar sabia que o outro se aproximava.

O corpo esguio foi pressionado contra a madeira fria, a bochecha do mais velho tocou a superfície e suas mãos foram seguradas pelas mãos de dedos longos do Kim. Após ter feito Mark soltar a maçaneta, seus braços envolveram o menor num abraço. E enquanto mantinha seu rosto encostado no ombro do mais velho, suas mãos passeavam pela cintura e barriga do outro.

- Yugyeom... é serio... – a voz melodiosa sussurrou. A respiração do acastanhado estava pesada, seu coração palpitava mais forte e seu corpo arrepiava-se com facilidade.

- Eu sei que é sério Mark. Qual é o seu medo? – o outro respondeu sussurrado também. Com a voz ainda um pouco mais falhada pelo seu rosto estar encostado no do mais baixo.

- N-Nada vai ficar igual depois...

- Você fala por você? Ou por mim? – a cabeça de Yugyeom se ergueu, o nariz tocou levemente a nuca de Mark e o de cabelos castanhos sentiu um arrepio longo passar por sua espinha.

- Por você é claro. – reforçou o mais velho. Yugyeom então esboçou um sorriso pequeno e no canto dos lábios. Com o rosto ainda muito próximo da nuca do outro, roçou seus lábios ali, vendo os pelinhos do local se eriçarem.

- Mark, eu já lhe falei que não sou mais criança. – sussurrou novamente, fazendo o ar quente que saia de sua boca tocar a pele ainda fria do Tuan. – Se você vai saber lidar com isso, não tem que se preocupar comigo. – continuou, mantendo o mesmo tom de voz e os lábios próximos da pele alva.

Mark ficara em silencio, seu corpo reagia a cada toque de Yugyeom, mas sua mente lutava contra tudo. O Tuan realmente tinha medo de perder tudo o que conseguira construir com o mais novo, medo de perder aquele laço tão forte que tinham. Era compreensível era algo delicado e se fosse perdido não haveria mais volta, mas o que ele não entendia era que Yugyeom sabia disso e já havia refletido sobre isso.

- Markie... – mais um sussurro, agora pronunciado de forma mais manhosa. Instantes depois Mark sofreu um calafrio forte na barriga, Yugyeom tocou a pele agora já mais quente com a língua, deslizando o músculo molhado e quente.

O mais velho arfou, seu corpo estremeceu e seu coração deu uma batida forte contra o peito. Neste momento Yugyeom viu uma grande brecha, então deslizou suas mãos habilidosas por de baixo da camisa do mais velho, tocando a pele cálida com os dígitos mais frios, causando um arrepio forte no outro. Enquanto seus lábios percorriam a nuca e o pescoço do outro de forma lenta.

- Yug... – Mark murmurou, sendo interrompido por um novo arfar, que fora impossível de cotar após o toque de Yugyeom em seu mamilo esquerdo, deixando ali seus dedos brincarem com o pequeno botão.

O moreno não hesitou mais, e apenas continuou alisando e acariciando cada parte alcançável do corpo do mais velho. Deixando selares em seu pescoço, chupões em sua nuca e mordidas leves em seus ombros. Mark aos poucos parou e resistir, e acabou por deixar mais que evidente que realente queria aquilo. Seus lábios entre abertos, o coração batendo forte, os arfares ficando mais longos conforme os toques ficavam mais frequentes. Era impossível negar.

- Markie... – o moreno sussurrou, deixando seu hálito quente bater contra o pé do ouvido o outro. – Você é lindo demais, te tocar é mais incrível do que eu imaginava. – continuou e voltou a distribuir beijos pelo pescoço do outro, porém suas mãos foram até a barra da camisa e com um puxão rápido ela foi tirada e jogada no chão.

As mãos do mais alto foram direto para a cintura de Mark e seu corpo fora pressionado novamente, mas agora com mais fervor. Um gemido sussurrado saiu por entre os lábios do acastanhado e suas mãos foram até a porta, apoiando-se ali.

- Yugyeom... você... – o mais velho sussurrou, no momento seguinte que sentira um volume maior entre suas nádegas. Yugyeom estava mais do que excitado mesmo que nada muito grande tivesse acontecido. Contudo, não poder-se-ia dizer que Mark não se encontrara na mesma situação, já que seu sexo aos poucos despertava dentro da cueca.

Yugyeom continuava roçando seu corpo contra o do mais velho, fazendo com que cada parte do seu tocasse o do outro. Enquanto seus dedos alisavam a pele alva de Mark e seus lábios deslizavam descendo pelos ombros e costas. Mark a todo instante sentia arrepios e ficava mais e mais impossível de contar os grunhidos e os suspiros mais fortes. Aquele roçar de corpos, aqueles toques, o ambiente mais quente, tudo fazia com que o mais velho se entregasse mais.

- Não consigo mais me conter Mark... – sussurrou novamente, deixando suas mãos irem até o cós da calça do mais baixo. Deslizando os dedos ali, até chegarem no volume recém desperto do outro, anda cobertos pelas roupas. Apertou o órgão entre os dedos de forma suave, sem apertar demais, e passou a alisar ali, descendo e subindo de forma lenta.

Os olhos do mais velho se fecharam com certa força e seus lábios se desgrudaram novamente, fazendo grunhidos e suspiros saírem pelo mesmo. Yugyeom considerou ser uma das melhores visões que já tivera, os lábios molhados e avermelhados, os olhos fechados, a expressão de prazer. Mark era e estava extremamente lindo. A outra mão do moreno foi até uma das nádegas do mais velho, depositando ali alguns apertões mais fortes, sentindo a carne macia.

- Yug... você... Ah! Faça algo... vou enlouquecer assim e você fica me prendendo! – praguejou o mais velho, sentindo seu membro pulsar em excitação. Yugyeom soltou uma risadinha abafada ao ouvir o mais velho.

- Mas é tão bom ficar apenas te alisando Markie. E eu não sei o que quer de mim... do que você precisa hyung? – pronunciou de forma provocativa, logo depois fazendo um bico com seus lábios e olhando diretamente para o mais velho. Ele queria provocar o outro ao extremo, deixando-o excitado e lhe fazendo pedir por mais. E a provocação ficou mais evidente ainda ao usar o “hyung”, pois Yugyeom nunca chamava o mais velho desta forma.

Uma sobrancelha do acastanhado se arqueou, enfim ele havia percebido as intenções do outro e agora que já estava enlouquecido de excitação não negaria e nem sentiria mais vergonha. Virou seu corpo rapidamente, ficando de frente com o mais alto. Suas mãos foram até a nuca de Yugyeom e ali Mark se apoiou, trazendo o mais novo para perto, fazendo seus lábios chocarem-se e por fim um beijo caloroso se iniciar.

Contudo, o que menos preocupava Mark era o beijo que a cada instante ficava mais intenso. Sua preocupação estava em suas mãos e dedos, que apertavam e arranhavam o corpo alto de Yugyeom. Rapidamente deslizando os dígitos pelo abdômen magro e capturando a barra da bermuda. Sem hesitar Mark a abaixou a peça, deixando o mais novo somente com a cueca azul escuro.

Os beijos continuarem, as línguas não paravam de roçar-se e os dentes de morderem s lábios alheios. O ar estava mais difícil de respirar e as mãos não eram mais controladas. Apenas o desejo existia e fora somente quando Mark sentiu suas costas contra o colchão que percebera que já não possuía roupas nenhumas e que Yugyeom encontrava-se da mesma forma. Porém agora com a cabeça abaixada e a atenção voltada a camisinha entre os dedos.

Isso está rápido demais.

Fora o que Mark pensou, mas seu corpo não se moveu e seus olhos continuaram no mais novo. Sua mente dizia que havia sido rápido demais, que aquilo ainda não era certo e que poderia estar cometendo um grande erro. Contudo nenhum deles impediu que o mais velho permitisse ser invadido por dedos afoitos, ser observado por olhos desejosos e ser elogiado com palavras luxuriosas.

Isso é bom demais.

Confessou em pensamentos. Com as unhas curtas arranhando as costas largas e as pernas envolvendo a cintura alheia. Seu corpo estava entregue e o mais novo, já por cima de si, lhe recebeu com um sorriso malicioso pairando nos lábios.

Em mais um piscar de olhos Mark já sentia-se sendo invadido pelo membro pulsante. Uma dor aguda lhe invadir com força, fazendo seus olhos lacrimejarem e seu lábio ser mordido com força. Yugyeom se manteve firme apesar de frustrar-se com a dor do outro. Empenhou-se em ser o mais lento possível, porém sem parar o movimento. Cessando-o apenas, quando sentiu-se por completo dentro de seu hyung.

Mark mantinha o corpo de Yugyeom preso a si com suas pernas envoltas na cintura do outro. Suas mãos apoiavam-se nos ombros largos e seus olhos aos poucos abriram. A visão que teve fora indescritivelmente excitante, Yugyeom lhe olhava com desejo enquanto mordia e judiava de seus próprios lábios.

- Você é maravilhoso Mark. – sussurrou por fim e logo depois fez seu primeiro movimento. Fazendo seu membro deslizar para fora da cavidade quente e aconchegante e entrar novamente.

Fazendo Mark soltar um gemido manhoso e arrastado, e lhe arranhar com mais força os ombros. Assim, os movimentos se iniciaram. O mais velho logo acostumou-se com o tamanho que lhe invadia. Conforme Yugyeom ministrava melhor seus movimentos a parte mais sensível do mais velho era atingida. E nesses momentos Mark soltava um gemido mais manhoso, alto e arrastado. Ele estava em êxtase.

Ao contrário do que, até mesmo os dois, imaginavam, aquele momento estava sendo completamente diferente. Os corpos unidos, os gemidos contidos, os selares trocados, os carinhos dados. Tudo fazia com que eles conectassem ainda mais. Os dois eram um só.

- Y-Yug... – Mark murmurou em meio as suas gemidinhas baixas. – Isso ‘ta... – tentou falar novamente, mas o moreno deu uma investida mais forte, fazendo sua glande tocar a próstata de Mark com mais força.

- Delicioso. Não é? – perguntou de forma provocativa, deixando um sorriso ser desenhado em seus lábios enquanto observava o outro afirmar um movimento de cabeça. – Vem hyung.

Yugyeom murmurou e lentamente retirou-se de dentro do mais velho. Mark olhou-o confuso e abriu os lábios para lhe dizer algo, mas fora completamente interrompido quando o moreno lhe fez deitar de costas. Com o corpo apoiado nos joelhos segurou a cintura de Mark com as duas mãos e fez o quadril se erguer, com isso deixando Mark de quatro e completamente exposto.

- Yugyeom... – o mais velho reclamou, era uma posição muito constrangedora.

- Calma Markie, vai ser bom assim... você vai ver. – o mais novo respondeu de forma tranquila. Deixando suas mãos deslizarem pelas nádegas macias do acastanhado.

Inclinou-se para frente e passou a distribuir beijos e chupões pelas costas do mais velhos. Com sua glande roçando lenta e dolorosamente na entrada de Mark, fazendo o mais velho delirar. Lentamente os dedos hábeis de Yugyeom deslizaram até o membro, até então esquecido, de Mark. Segurou-o com precisão e passou a masturba-lo rapidamente. Fazendo um vai e vem com seu polegar pressionando toda a extensão.

Mark sentia seu corpo contraindo-se, os gemidos eram difíceis de contar e os nós dos dedos ficavam esbranquiçados por conta da força que aplicava nos lençóis. Sem qualquer aviso o moreno colocou-se para dentro novamente, voltando a fazer movimentos duros e rápido, investindo contra o corpo de Mark com precisão.

Não foi necessário muito mais tempo para que Mark não conseguisse mais segurar seu orgasmo. Com sua próstata sendo atingida e seu membro sendo alisado, era impossível conter. Seu líquido saiu antes que pudesse avisar o mais novo e seu corpo foi de encontro com o travesseiro mais próximo, pois não conseguiria conter o gemido alto que sairia. E não poderia deixar que soasse alto já que haviam outras pessoas na casa.

- Ah hyung, como você fica lindo excitado assim... – Yugyeom murmurou com os lábios contra a pele das costas do outro. – Agora é minha vez, certo? – questionou mesmo que soubesse que não haveria resposta. Apenas sorriu e segurou a cintura do mais velho com mais força.

Mantendo seu corpo apoiado passou a dar estocada mais rápidas, sentindo seu corpo todo se contraindo. Poucos instantes depois não conteve-se mais e desmanchou-se dentro do acastanhado. O grunhido rouco e arrastado que dera fez um arrepio percorrer o corpo do mais velho.

Os dois estavam completamente cansados. Yugyeom estava com o corpo virado para cima, com uma das costas de suas mãos na testa e a outra na coxa nua de Mark. O mais velho estava com o corpo virado para o lado, com os olhos fixos no rosto ruborizado do moreno. As respirações aos poucos voltavam o normal e os corações lentamente normalizavam suas batidas.

A mente de Mark estava um completo turbilhão, apesar de seu corpo estar completamente relaxado. Pensava mil coisas que poderiam acontecer a partir dali, pensava que tinham que conversar apesar de existir pouco a se dizer. Contudo o cansaço fora mais forte e mesmo envolto de seus pensamentos, os olhos se fecharam e Mark caira num sono profundo.

 

 

 

 

O som irritante e estridente tomava conta do quarto. Yugyeom tateava o criado mudo a procura do despertador que insistia em tocar. Já era um novo dia e mesmo que ainda tivesse aula, poderia dormir um pouco mais. Os olhos abriram minimamente para ver onde estava o maldito despertador, e quando o mais novo o viu desligou-o rapidamente, deixando seus olhos fecharem novamente.

Acordou num sobressalto, no sonho havia caído de uma ponte, mas ao olhar finalmente para o mundo real só existia um sol muito forte entrando pela janela. A respiração estava um pouco ofegante e o coração batia rápido, tudo por conta do sonho. Contudo quando olhou para o relógio ao lado da cama, tudo piorou. Ele estava atrasado, muito atrasado.

Pulou da cama rapidamente, tirando o edredom de cima do corpo de Mark também, afinal o mais velho tinha que trabalhar. O acastanhado remexeu-se procurando o tecido quente e quando não o achava mais abriu os olhos lentamente.

- Mark, estamos atrasados! – Yugyeom falou num tom mais alto fitando o mais baixo sentando-se. – MARK, ‘tamos atrasados, porra. Levanta essa bunda gostosa! – praguejou o mais novo enquanto jogava um travesseiro no outro.

- Que é filho da puta! Que...? – questionou mais para si mesmo, após gritar com o mais novo, que agora já se dirigia para o banheiro. Desviou o olhar para o relógio e pulou da cama da mesma forma que Yugyeom, correndo para o banheiro para tomar um banho.

Estava mesmo atrasado.

No banheiro Yugyeom escovava os dentes enquanto Mark tomava um banho rápido. Os dois conversavam normalmente e riam do fato de estarem os dois mais que atrasados. Yugyeom invadiu o chuveiro e mesmo com o mais velho lutando um pouco contra isso, acabou tomando banho ali também. Tudo parecia mais íntimo, como se agora se conhecessem melhor. Contudo, ainda eram os mesmos.

Mark enquanto olhava para o mais novo lavando os cabelos e rindo, pensou que talvez não tivesse sido tão ruim. Pensou que talvez não tenha sido tão ruim. Talvez tivesse sido uma ótima ideia.

 

 

 

 


Notas Finais


E então? p-p Gente minha primeira fic com um couple diferentao assim kkkkkk espeor que tenha ficado bom, apesar de eu sentir que pareceu meio corrida demais, sei q ficou corrida demais. Mas eu estava cansada e minha inspiração estava lá embaixo quando eu comecei a chegar no final ;-; Mas espero que mesmo assim vocês tenham gostado e se divertido u.u
Não se esqueçam de deixar seus comentários lindos e maravilhosos eles são muito importantes rs
Nos vemos na próxima fic!
Jya nee o/


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