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História Into The Dead - Capítulo 11


Escrita por: control5h

Notas do Autor


Eu de novo? Sim, eu de novo!
Preparem as calcinhas, pois vão precisar!
*Imaginem que esse é o quarto da história, não bate com a descrição, mas é mais ou menos assim*
HOJE TEM TWD! \o/
Boa leitura e me perdoem por qualquer erro.
LEIAM AS NOTAS FINAIS!

Capítulo 11 - Capítulo 11


Fanfic / Fanfiction Into The Dead - Capítulo 11

CAMILA PDV

 

- Olhe só... – a voz de Lauren se fez presente no cômodo.

Eu estava em pé diante um grande espelho observando os arranhões no meu rosto e o corte em meu lábio. A pequena perfuração em meu pescoço sangrava um pouco, por isso eu pressionava o local um pedaço de pano.

As laterais do espelho tinham detalhes verniz e o vidro alguns acúmulos de sujeira ali ou aqui, mas ainda assim meu reflexo e o de Lauren eram visíveis.

- A casa tem energia elétrica... – ela comenta, ligando o interruptor de energia para cima e a luz se fez presente clareando o lugar. – Deve ser uma daquelas com painéis fotovoltaicos solares. A água provavelmente deve vir da chuva. Quer dizer... água quente em abundância pra gente...

- Você o matou, não foi? – a pergunta saiu por meus lábios antes mesmo que eu percebesse.

Lauren fica então estática na porta do quarto.

Era um cômodo grande, uma cama de casal de lençóis roxos, eletrodomésticos bonitos, móveis bem feitos e com aparência cara enfeitavam o local. As paredes tinham um tom branco que com o tempo estava se tornando um pouco encardido. Havia três portas: a que dava para o corredor do segundo andar, outra que ia para um banheiro com uma Jacuzzi em seu centro e a última que terminava em uma varanda.

Seu reflexo ainda me encarava da porta e nós duas pingávamos por causa da chuva.

- Ele iria me matar se eu não fizesse isso, Camila. – sua voz tão tranquila que quase se tornou ameaçador.

- Você já tinha matado antes? – atrevo-me.

- Mas é claro que não! – ela balançou a cabeça negativamente, atordoada com a pergunta. – Eu fiz isso para sobreviver! – a jovem tenta se justificar, dando um passo à frente. Mas eu viro mais rápido e com um sinal com minha mão direita peço que ela fique onde estava.

Ela parou.

- Você está com medo de mim? – perguntou, incrédula.

- Você pretende fazer isso novamente? – eu engulo o bolo de choro na minha garganta.

Lauren inspira fundo como se questionasse a própria voz interna. Ela hesitou enquanto me estudava com suas órbitas verdes.

- E você não faria? – ela tomba a cabeça um pouco para o lado. – Você não mataria para proteger Sofia? Regina? Dinah?!

- Elas não estavam aqui agora, Lauren! – eu retruco, não deixando que ela fizesse aquele joguinho com a minha consciência. – Não venha tentar se justificar pelo que fez!

- Me justificar? – Lauren franze o cenho e eu vejo uma pitada de irritação na fala. – Eu preciso me justificar por querer proteger as pessoas que amo? E esses idiotas nos seguissem até a casa de campo, huh? Como eu viveria sabendo que eles mataram meu irmão, minha irmã, qualquer um do meu grupo, só porque eu não tive coragem de acabar com isso quando tive a oportunidade?

Eu fico em silêncio por alguns segundos pensando em suas palavras. Ela tinha razão.

- E você não sente remorso?

- Você está perguntando se eu gostei de ter sangue em minhas mãos? – ela não acreditava no que ouvia. – É claro que não, Camila! Eu espero nunca mais ter que fazer isso, mas se for necessário, eu vou fazer! Sabe porquê? Porque eu estou cansada de perder pessoas que eu amo!

Sua voz se tornou ainda mais rouca por causa das lágrimas que subitamente vieram aos seus olhos. O queixo da jovem tremeu e ela soltou um choramingo de dor, escorando-se à porta por causa de seu cansaço. Vi uma lágrima escorrer por sua bochecha, mas ela a secou rapidamente.

- O que você quer que eu diga, huh? – Lauren continuou, com os olhos lagrimejando. – Quer que eu diga que matei aquele cara porque eu não queria que ele colocasse as mãos em você? Que infelizmente eu estou me importando com a porcaria do seu grupo? Ok... exceto o idiota do Austin, mas... Eu não poderia arriscar, Camila! Eu não poderia arriscar chegar na casa de campo sem você. Não aguentaria mais essa carga de culpa nas minhas costas!

As palavras pareciam ter morrido na minha boca. Meu lábio inferior estava inchado por causa dos murros que havia levado. Meu corpo latejava e tremia ainda de medo e frio. Mas nada se comparava a chama que estava se alastrando no meu peito.

Que porcaria era aquela?

Um filete de sangue quase inexistente escorria do supercilio de Lauren, ainda aberto. Seu nariz estava inchado provavelmente de algum murro ou alguma queda. O pescoço branco da jovem estava muito avermelhado e eu cheguei à conclusão que ela havia quase sido estrangulada.

Sua blusa por baixo da jaqueta tinha resquícios de sangue.

Sangue do homem que ela matou.

- Ótimo... – ela expirou e balança a cabeça negativamente. – Agora vai me achar uma idiota sentimentalista!

Abro a boca para dizer o contrário, mas ela me interrompe.

- Eu vou tomar um banho. Ter água quente não é privilégio que se encontra todos os dias.

Ela fala e some dentro do banheiro, fechando a porta com um estrondo.

Suspiro retirando meu sobretudo preto que ainda pingava água da chuva. Coloco-o em cima de uma cadeira de estofado vinho para que secasse pelo menos um pouco. Roupa por roupa, eu tiro os tecidos com cuidado, pois cada parte do meu corpo reclamava dos movimentos bruscos. Olho no relógio que retirava do pulso e vejo que era próximo das oito horas da noite.

Chego perto do espelho novamente, dessa vez trajando apenas uma regata fina e minha calcinha de renda. Analiso o corte em meu lábio e vejo que ele estava muito avermelhado e sensível. Nem ele e nem a perfuração em meu pescoço precisariam de pontos, felizmente.

Procuro pelo closet grande algumas toalhas secas. Acho várias e, estrategicamente, deixo duas perto da porta para Lauren. Pego duas para mim e seco meu corpo e cabelos. Enrolo-me em uma terceira e adentro no closet novamente procurando por peças de roupas para usar após o banho.

Apenas lembro que não estava sozinha quando ouço o barulho da porta do banheiro se fechar em outro estrondo. Coloco minha cabeça para fora do closet e percebo que as toalhas já não se encontravam mais ali.

Dou um sorriso fraco, sabendo que Lauren as pediria mais cedo ou mais tarde por mais que estivesse irritada. Havíamos criado aquele estranho hábito na casa de campo já que dividíamos o mesmo quarto: eu sempre deixava toalhas secas para ela.

E ao pensar nisso meu sorriso diminuiu aos poucos. Ela se importava comigo e com meu grupo, por mais que relutasse arduamente contra isso. Estávamos a três semanas juntas, seria no mínimo humano que isso acontecesse.

Quem ela havia perdido que a fizera chorar daquela maneira? Seus pais? Mais algum irmão ou irmã? Namorado? Hãm... Namorada?

Visto um robe rosa bebê e o amarro os cordões em minha cintura. Saio do closet com algumas peças de roupas e as coloco em cima da cama, esperando que o banheiro desocupasse.

Talvez houvesse outro banheiro nos demais quartos, mas... Eu não queria ficar sozinha.

Mais de meia hora depois a porta do banheiro se abriu. Uma nuvem de ar quente saiu, denunciando a temperatura alta em que a água se encontrou. Estava frio aqui do lado de fora e a chuva não parava de cair. Raios não eram tão frequentes, mas ainda podiam-se ver os clarões e ouvir os trovões ao longe.

Lauren saiu do banheiro enrolada em uma toalha úmida. Seus cabelos também estavam envolvidos por outra toalha. As bochechas brancas da jovem se encontravam coradas e algumas gotas ainda escorriam por seu pescoço, sua clavícula, e sumindo por entre os seios.

Precisei inspirar fundo para controlar meu coração.

- Achei que você ficaria com o outro quarto. – ela falou um pouco surpresa.

- Eu... Hãm... Não quero arriscar. – respondo, em meio aos meus gaguejos. – Os andarilhos estão batendo contra as paredes lá em baixo. A porta pode não suportar e eles podem entrar. Será melhor ficarmos em um só lugar.

- Ok... – ela sussurrou, dando de ombros.

Lauren caminhou pelo chão de taco e sumiu no closet.

Eu queria entrar no banheiro e me deliciar da água quente, mas a curiosidade estava em níveis extremos, já me causando desconforto.

Pouco depois Lauren voltou para o quarto vestindo uma calça de moletom feminina cinza e uma blusa de mangas compridas preta.  Seus cabelos ainda estavam úmidos, mas não mais gotejantes. Meu olhar subiu para o seu rosto e Lauren franziu o cenho.

*Music On (Let Me Go – Ron Pope)

- O que? – ela perguntou, confusa.

- Quem você perdeu? – sou direta, ficando-me de pé em sua frente.

Ela piscou rapidamente surpresa com minha intromissão.

A jovem abre a boca para responder, mas nada sai. Ao contrário, o que saíram foram lágrimas por seus olhos. Meu coração apertou e então descobri mais uma coisa: eu odiava ver Lauren Jauregui chorar.

- Meus pais. – ela respondeu, apertando os lábios para tentar segurar um soluço. Ela fecha os olhos e eu perco o contato visual com suas órbitas verdes.

- Eu sinto muito... – sussurro e dou mais um passo à frente.

- Eles... eles... – ela balbucia e devagar abre seus olhos. – Eles me salvaram. Eles morreram por minha causa.

- Não... Lauren... – eu tento contradizê-la, mas ela dá um passo para trás querendo espaço.

- Não... não venha me dizer que não foi minha culpa. VOCÊ NÃO SABE DE NADA! – sua voz se tornou mais rouca quando ela ralhou de repente.

- Então me conte... – eu continuava com a voz branda para acalmá-la. Mantinha as mãos abertas, caminhando lentamente em sua direção. Ela novamente dá um passo para trás como se fosse um animal amedrontado.

Paro de andar e continuo a encará-la. Ela engole seco, procurando coragem.

- Nós ficamos encurralados. – sua voz estava fraca e o queixo trêmulo. – Nosso grupo era composto por dez pessoas. Os mortos... eles simplesmente apareceram do nada. Foi tudo tão rápido... – uma lágrima escorreu por sua bochecha. – Nós nunca achamos que as coisas podem escapar rapidamente por nossas mãos... mas elas escapam. Em um momento você pode estar rindo de uma piada que seu pai contou e dez segundos depois você pode estar gritando por um zumbi estar arrancando um pedaço do braço da pessoa ao seu lado.

- Onde vocês estavam?

- Em um acampamento na parte noroeste de Miami. – ela respondeu, enxugando o caminho úmido em sua bochecha. – Nosso grupo era apenas um de vários que estavam ali. Era como se fosse um grande galpão. Às vezes militares apareciam e nos davam alguns alimentos não perecíveis. Água. Roupas limpas. Mas com o passar do tempo isso parou de acontecer e nós ficamos à mercê da situação. Precisávamos ir procurar comida. Procurar madeira para nos aquecer. E então em uma noite... os zumbis apareceram do nada em uma grande horda. Gritos ecoaram. Sangue espirava para todos os lados. Meus irmãos conseguiram correr para dentro de um carro que tínhamos na época, mas eu fiquei para trás. Eu estava tentando ajudar um casal de idosos a se proteger, mas eles foram devorados do mesmo jeito. E eu acabei encurralada por mais de uma dúzia de zumbis.

Meus olhos arregalaram ao imaginar as cenas. Uma Lauren apavorada gritando por ajuda enquanto urubus doentes a cercavam querendo devorá-la.

- Meus pais voltaram por mim. – Lauren completa, segurando um grunhido de dor. Eu caminho até sua direção e a envolvo em um abraço apertado. Um abraço que tentasse tirar pelo menos um resquício de dor que estava a assombrando sua alma. – Se eu não tivesse tentado ajudar um casal de desconhecidos... eu ainda teria Clara e Michael. Eu só consegui fugir porque a dúzia de mortos-vivos estava ocupada demais comendo meus pais.

E então Lauren desabou a chorar em meus braços. Eu a segurei contra meu corpo, porque suas pernas pareceram perder as forças para mantê-la em pé. Seu rosto estava escondido em meu pescoço e suas lágrimas molhavam minha pele, as mãos trêmulas apertando o tecido de seda do robe rosa em minhas costas.

- Eu sinto muito, Lauren... – sussurro perto de seu ouvido, também segurando as lágrimas.

Seus soluços dolorosos estavam me atormentando profundamente. Ela se manteve forte demais por muito tempo e agora, a única brecha que se abriu, foi o suficiente para arrastá-la novamente para a dor da perda.

Agora eu entendia o porquê de ela bloquear contatos alheios. Ela tinha medo de prejudicar seu grupo novamente.

Eu entendia o porquê de ela não querer os carinhos do irmão. Ela se sentia culpada pela morte dos pais.

Entendia a preocupação em manter a irmã bem e viva, saudável. Ela se sentia em dívida com ela.

- Eu sinto muito mesmo... – repito, acariciando suas costas.

- Foi tudo minha culpa... – suas palavras saíam abafadas por meus cabelos. – Foi tudo minha culpa...

- Não foi, por favor, não diga isso, Lauren. – eu a repreendo, afagando seu rosto e o distanciando-o do vão do meu pescoço para olhá-la nos olhos verdes. Eles estavam um pouco avermelhados. – Eles voltaram porque te amavam e não deixariam nada acontecer com você. E você não fez uma coisa ruim por tentar ajudar duas pessoas desconhecidas. Isso faz de você humana. Boa. Que se importa ainda com a vida. – eu paro de falar por alguns segundos e percebo com ela estava compenetrada no que eu dizia. – Me desculpe por te julgar mais cedo. Você só está cansada de perder mais pessoas e eu entendo. Eu também não quero mais perder ninguém.

A jovem assentiu com a cabeça aceitando minhas palavras. Mas ela não se moveu. Suas mãos continuaram apertando o tecido do meu roupão. Sua respiração quente continuou batendo contra meu rosto. Seus olhos continuaram a estudar os meus.

Ela era tão forte emocionalmente. Tão forte por continuar mesmo tendo aquela carga de culpa e responsabilidade sobre si.

Naquele segundo eu me vi fazendo a maior loucura da minha vida. Eu me vi movendo lentamente meu rosto na direção do seu.

E então meus lábios tocaram os dela pela primeira vez.

Eu senti Lauren parar de respirar ao sentir a umidade de meus lábios. Meu corpo estremeceu com seu gosto sem ao menos tê-lo em minha língua. Nossos lábios se moviam um sobre os outros com vontade, sem um contato mais profundo, mas o suficiente para fazer meu coração quase voltar pela garganta.

Eram tão macios, tão convidativos...

Lauren subiu suas mãos para minha nuca e entrelaçou seus dedos em meus cabelos. Ela puxou mais meu rosto em direção do seu, querendo mais contato em nossas bocas. Eu já estava prestes a pedir passagem com minha língua quando a jovem sugou meu lábio inferior e um gemido de dor arranhou minha garganta, fazendo-a se distanciar de mim subitamente.

- Oh... Me desculpe... – ela deu passos temerosos para trás soltando meu corpo por completo. – Hãm... droga.

- Tudo bem. – eu gaguejo, sem graça. – Eu... hãm... vou ir tomar banho...

Mal dou tempo da jovem falar algo e corro para dentro do banheiro fechando a porta atrás de mim.  Meu coração batia na minha garganta.

Que porra eu acabei de fazer?

Eu havia a beijado.

Droga, mas eu gostei tanto disso.

Meu corpo ainda estava tenso e eu podia sentir um leve desconforto... lá. Não vou ser hipócrita em dizer não me acariciei antes, mas eu nunca havia chegado a um orgasmo graças aos toques de outra pessoa. Até porque só havia tido aquele tipo de contato com uma.

Espera, por que eu estava pensando em orgasmos nesse exato momento?

Banho.

Eu precisava de um banho para me acalmar, vestir minha roupa e sim, aceitar a ideia de dormir em outro cômodo, porque agora, mais do que nunca, eu não dormiria na mesma cama que Lauren Jauregui.

Por mais que ela fosse aparentemente uma boa pessoa... ela ainda continuava sendo instável. E eu não tinha tempo para ficar perto de pessoas instáveis. Eu precisava achar algo completamente consistente para minha irmã.

Ao lado da Jacuzzi havia um grande box de vidro transparente. Em suportes havia shampoos, condicionadores, sabonetes e outros mais produtos que com certeza valiam mais que todo o salário de monitora que eu recebia antes do Apocalipse. O local era bem estruturado, fino e elegante.

Retiro meu roupão e ligo chuveiro. Um gemido de satisfação saiu por meus lábios quando a água quente caiu sobre meu corpo tensionado. Suspiro quando o líquido correu por meus roxos e por meu lábio inferior cortado.

Oh... era tão bom água quente...

Fecho os olhos e tento esquecer o que aqueles homens tinham em mente. Imagens e sensações terríveis alastram por meu corpo. Meu queixo treme e o bolo de choro começou a crescer em minha garganta, mas eu inspiro fundo, negando-me.

Eu era forte. Eu me livrei deles. Eles não me tocariam.

Eu não seria tocada por quem eu não quero.

Durante os vinte minutos me deleitando daquele paraíso eu usei e abusei do shampoo e sabonetes. Com certeza eu levaria aqueles de volta para a casa de campo e procuraria por mais. Precisávamos nos sentir como humanos novamente e não animais que fogem o tempo todo.

Aproveitei para procurar por mais coisas no cômodo quando eu saí nua e pingando de dentro do box. Achei dois aparelhos de barbear e algumas giletes em bom estado.

Austin não tinha muita barba, mas fazê-la com a faca sempre gerava no homem cortes superficiais. Talvez ele gostasse se eu levasse um aparelho para ele. O outro talvez eu desse para Chris e Troy.

Enquanto eu abria a caixinha de giletes eu percebi que no lixo do banheiro duas lâminas já estavam descartadas. Ergo uma sobrancelha ao ver que Lauren tivera a mesma ideia que eu.

Pego uma e começo a raspar minhas pernas. Demorei mais quinze minutos até que retirei todos os pelos acumulados em meu corpo. Viver vagando pela cidade de Miami durante um ano não deixou que eu cuidasse da minha vaidade. Nós mal tomávamos banho por causa do fim da água encanada, quem dirá raspar os pelos.

Procuro por algum creme nos fundos das gavetas. Acho um com essência de morango e decido espalhar por meu corpo.

Se eu estava enrolando para sair do quarto na esperança de Lauren já estar dormindo?

Sim.

Eu não poderia viver naquele banheiro para sempre. Na verdade, eu não precisava temer assim. Problemas maiores que um simples beijo nos esperava lá fora.

Estávamos no fim do mundo e não em um filme de romance.

Visto meu roupão e giro a maçaneta, empurrando a porta com calma e olhando pelo cômodo parcialmente escuro com a pouca luz vindo apenas de um abajur ligado em cima de uma escrivaninha no lado esquerdo da cama de casal. O cheiro de creme, dessa vez de frutas vermelhas, emanava no quarto. O frasco ainda se encontrava em cima da mesma escrivaninha.

O silêncio não era completo apenas porque o barulho da chuva ainda estava forte e os grunhidos fracos dos zumbis ainda ecoavam ao longe.

Viro-me lentamente e vejo uma Lauren me olhando receosa do corredor. Em suas mãos estavam um kit de primeiros socorros.

- Achei no outro banheiro do quarto. – ela murmura, num muxoxo.

Ainda saía uma pequena quantidade de sangue de seu supercílio. Com certeza precisaria de pontos.

- Deixe-me lhe ajudar com isso. – a chamo com uma mão e aponto para a beirada da cama. Ela vai até o interruptor o acedendo, depois caminha temerosa até o local indicado e me entrega a caixinha branca e vermelha.

- Você sabe como dar pontos? – perguntou a jovem, desconfiada.

- Não, Lauren, quero apenas a agulha para enfiá-la no teu olho. – eu reviro os olhos. – Ally me ensinou basicamente como fazer. O seu corte não será necessário mais que quatro ou cinco pontos.

- Ok... – ela segurou um sorriso e decidiu ficar quieta.

Pego a agulha dentro de seu saquinho plástico e retiro, demorando alguns segundos para enfiar a linha na mesma.

- Tente não gritar, por favor. Eu não tenho nenhum anestésico aqui. – a aviso.

Ela assentiu com a cabeça e eu me aproximei mais de seu corpo, sentando-me ao seu lado. O cheiro do creme rapidamente entrou por minhas narinas e o calor de seu corpo emanou, deixando-me novamente tensa. Respiro fundo e foco-me somente em seu machucado.

Penetro a agulha na parte esquerda de sua pele e escuto ela grunhir, apertando os lábios uns contra os outros para não fazer um barulho maior. Seus olhos se fecharam fortemente.

Continuo a passar a agulha ligando as paredes na parte mais profunda do corte. Puxo a linha de volta a superfície para fechar o nó. Evito qualquer espaço entre os pontos para impedir uma infecção e continuo assim, às vezes enxugando o excesso de sangue com uma gaze, até terminar.

- Pronto. Posso te dar até um pirulito se quiser. – a provoco, guardando a agulha e o resto da linha no kit.

- Ha ha ha. – ela bufa, ainda grunhido baixinho. – Deixe-me te ajudar agora.

Lauren abriu o kit e procurou por qualquer pomada ali. Passou a substância pastosa na ponta do dedo e esparramou por meu pescoço e outros roxos à vista. Quando chegou ao meu lábio ela hesitou, mas o fez. Peguei um pouco da pomada em me dedo também e esparramei em seu nariz que estava ainda um pouco inchado e em seu pescoço que tinha marcas de arranhões.

Lauren então se levantou e foi até o espelho do quarto.

- Nossa, isso ficou muito bom. – comentou, tocando de leve os pontos no supercílio.

- Se isso é um obrigada já me sinto com o dever cumprido. – digo e me levanto colocando o kit em cima da escrivaninha.

- Como adora me provocar, huh? – Lauren vira-se de frente para mim e cruza os braços na frente do corpo.

Engulo seco ao lembrar-me da situação de minutos atrás.  Por estar com o lábio inferior cortado eu precisei morder o superior para alimentar minha mania nervosa. Foco-me em abrir o kit e retirar um curativo de dentro fechando-o novamente.

- Coloque isso. – estico o braço, com o curativo na mão.

Lauren caminhou até mim, nunca perdendo o foco que era meu rosto. Ela me olhava de jeito estranho. Como se... não, não é possível. Não era como se ela quisesse me atacar.

Somos civilizadas, o mundo acabou, mas ainda eram civilizadas.

- Vou procurar algo para comermos. – ela falou abrindo o curativo e colocando-o em cima do corte no supercílio. – Não desça lá em baixo se for fazer algum barulho. Os zumbis estão muito perto. Não sentem nosso cheiro, mas estão atentos.

Ela não perdeu a oportunidade de me encarar novamente antes de sair do quarto, dessa vez descendo o olhar por meu robe.

Definitivamente, se antes eu tinha dúvidas que Lauren gostava de mulheres... elas estavam sanadas agora.

Suspiro. O robe de seda deixava-me muito a vontade. Sentia o tecido entrar em contato com a minha pele causando-me arrepios. Estava frio, mas preferia usá-lo. Por isso que ricas gostavam daquilo. Fazia-me sentir mais vaidosa e eu... sentia falta disso.

Vou até o interruptor de luz e o desligo, deixando o abajur novamente iluminar o quarto. Não queríamos que fôssemos vistas à distância por estarmos em uma das poucas casas com energia elétrica. Chego até perto da janela e olho por uma fresta. Eles não estavam mais acumulados ao redor da casa, mas continuavam perambulando aos montes nas ruas.

Seria difícil sair dali.

*Music On (Or Nah – SoMo (Rendition))

Ouço então o estalar do chão de taco e viro-me rapidamente encontrando um par de esmeraldas verdes me encarando a centímetros do meu corpo. Tencionei no mesmo instante ao ver a pouca distância entre nós duas.

Mas o que me arrepiava não era isso e sim a intensidade do olhar de Lauren em mim. Ela me encarava como um animal encara sua presa favorita. Como se ela pudesse me comer com suas órbitas. Como se quisesse... me devorar viva.

- Você não achou comida? – gaguejo, sem graça.

Silêncio.

Ela então dá dois passos rápidos à frente e seu corpo choca-se ao meu, prendendo-me contra a parede. Um grunhido de surpresa escapou por minha boca junto a uma lufada de ar. Meu coração acelera e eu pouso minhas mãos no parapeito da janela para me equilibrar.

Eu continuava a encarar seus olhos com a respiração descompassada.

Suas mãos pousaram em minha cintura e sua pélvis pressionou a minha, fazendo-me fechar os olhos e morder o lábio superior.

- Me diga que você não quer. – sua voz rouca ressurgiu, fazendo-me abrir os olhos rapidamente. – Não tocarei em você se não quiser.

Minha boca abriu e fechou várias vezes, mas nenhum som saiu por elas. Eu queria negar. Eu queria me distanciar e desferir uma tapa em seu rosto por ser tão... tão... direta.

Mas eu também queria me aliviar. Eu precisava de um toque diferente. Eu precisava... de um orgasmo.

Meu grupo e eu iríamos embora no dia seguinte. O que eu teria a perder? Eu não teria outra oportunidade dessas... já que a casa estava sempre lotada.

E em vez de responder eu simplesmente escorrego minhas mãos até o nó em meu robe, o desfazendo. As pontas do tecido se abriram, mas eu continuo a olhá-la nos olhos.

Seu olhar desceu por meu corpo como se ela avaliasse uma obra de arte.  Isso demorou longos segundos o que fez minhas bochechas corar. Ninguém nunca havia me olhado daquele jeito.

Ela ergue suas mãos e abre ainda mais o tecido, fazendo-o escorregar por meus ombros e cair ao chão.  A única luz ali era a do abajur, o que criava penumbras por todo o quarto.

- Você é tão linda... – a frase saiu trêmula por causa da rouquidão em sua voz.

Lauren acariciava meus ombros com a palma da mão enquanto ainda olhava para meus seios médios. Nunca gostei muito do tamanho deles, pois os achava pequenos demais. Mas para ela... pareciam ótimos.

Ergo meus braços e os descanso em seus ombros, abraçando seu pescoço. Suas mãos descem por minhas costas e param ao sentir o início de minhas nádegas. Lauren envolve minha bunda com as duas mãos e então pressiona ainda mais seu corpo ao meu, fazendo-me sentir o tecido da sua roupa na minha pele nua.

Lauren morde meu lábio superior sugando-o para o interior de sua boca. Gemo, fechando os olhos. Não perde tempo e penetra minha boca com sua língua deixando finalmente ela se entrelaçar à minha.

Seu gosto era doce, totalmente contratante com sua pessoa.

Começo então a friccionar meu corpo no seu. Ela coloca sua perna esquerda entre as minhas e pressiona o meu centro com força. Solto um grunhido e ataco com mais volúpia seus lábios, minhas mãos vão para o cabelo em sua nuca e eu puxo os fios entre meus dedos para provocá-la. Suas mãos continuavam massageando minhas nádegas enquanto sua pélvis continuava se friccionar contra minha coxa direita.

Eu já estava em um estado vergonhoso entre minhas pernas e me preparava para procurar a bainha de sua blusa para deixá-la seminua. Mas então Lauren afaga meu rosto com as duas mãos e diminui a intensidade, deixando o tempo passar.

Ela queria lento.

Eu queria rápido.

Espalmo minhas mãos em seu peito e a empurro um pouco para trás. Seus lábios carnudos largam os meus e eu os vejo avermelhados e inchados. Tão deliciosos...

- Não vamos fazer amor, Lauren. – minha voz estava rouca e ofegante. – Eu não quero lento, não há sentimentalismo aqui. Eu quero um orgasmo. Eu quero uma transa e nada mais.

Ela semicerrou os olhos, ainda me encarando. Alguns segundos se passam e eu cogito a ideia de ter magoado a jovem de alguma forma já que eu não conseguia ler suas expressões.

E então um sorriso cafajeste nasce no canto de seus lábios.

- Você quer só um orgasmo? – perguntou e procurou a bainha de sua blusa de mangas compridas preta, a retirando com certa brutalidade de seu corpo. Meus olhos rapidamente vão para seu sutiã preto apertado pelos seios também medianos, mas definitivamente maiores que os meus. – Eu posso te dar mais de um...

*Music on (Kiss It Better- Rihanna - Explicit)

Um sorriso mais malicioso que o seu nasce em meus lábios. Coloco-me ereta e digna novamente. Espalmo minhas mãos em seu peito, mais precisamente em cima de seus seios e começo a guia-la de costas até a cama.

Mordo meu lábio superior enquanto o sorriso ainda estava ali. Eu gostava dessa minha personalidade aflorada. Talvez fosse minha nova pessoa depois de tudo o que acontecera, porque eu não me lembrava de ser tão depravada assim antes.

Eu gostava dessa Camila aflorada por Lauren Jauregui.

Mas antes que suas pernas batessem contra a cama e eu pudesse colocá-la sentada, Lauren puxou os cordões de sua calça de moletom e a desceu por suas pernas. Em pé ela escorregou as mãos até o fecho frontal de seu sutiã e o jogou no chão ao lado de sua calça. Não perdeu tempo e retirou também sua calcinha, chutando-a para o lado.

Foram tão rápidos seus movimentos que eu não tive tempo de analisá-la até aquele momento. Clavícula delicada; auréolas claras; barriga não era completamente definida, mas era completamente convidativa às minhas unhas para arranhá-la; coxas grossas e torneadas... centro molhado.

Lauren se aproximou passando um braço em minha cintura, puxando-me contra seu corpo. Eu não perdi tempo e utilizei sua distração para atacar com vontade seu pescoço. Passo a língua na pele cheirosa e ouço-a gemer manhosamente.

Ela agarra uma boa quantidade de cabelo ainda úmido em minha nuca e puxa minha cabeça para trás, abrupta. Não perde tempo e ataca meus lábios com sua língua já lutando por espaço com a minha. Com a outra mão livre ela aperta meu seio esquerdo e o sente em sua palma aberta.

Um gemido arranha minha garganta quando eu a sinto chupar meu lábio inferior e ao mesmo tempo apertar meu mamilo entre os dedos. A outra mão, nas minhas costas, arranhava de leve a pele exposta.

Deslizo as mãos pela lateral de seu corpo e toco seu abdômen, fazendo-a suspirar. Sem perder tempo a conduzo até a cama e ajudo a escorregar pelo tecido fino e leve do lençol. Equilibro meu corpo sobre o seu e ela espalma as mãos em minhas omoplatas, fazendo-me colocar todo o meu peso sobre ela.

Um grunhido de satisfação sai por meus lábios pressionados aos seus quanto sinto nossos seios, barriga e virilha se tocarem. Suas pernas envolvem minha cintura e eu sinto ainda mais a umidade de seu centro em meu ventre. Fricciono nossos corpos para frente e parar trás, fazendo-a gemer mordendo meu lábio novamente.

Passo minha perna direita sobre a sua e começo a me aliviar contra sua coxa. Minha própria umidade deixava ainda mais fácil os movimentos e eu gemia entredentes ao sentir meu clitóris sendo estimulado contra sua pele. Suas mãos vão até minhas nádegas e a apertam, arranham e pressionam meu corpo ao seu ainda mais.

Enquanto isso desço minha língua por seu maxilar deixando um rastro úmido para trás até seu pescoço.  Mordisco a pele apenas para depois aliviar a irritação com minha língua. Minhas mãos apertavam seus seios, brincando com os mamilos, apertando-os entre meus dedos.

Continuo minha trilha de beijos por sua clavícula exposta e paro novamente no vale entre seus seios. A minha mão esquerda escorrega por sua barriga e toca a lateral de sua virilha, alarmando-a.

- Camila... – ela gemeu, de olhos fechados.

Meus dedos tocam seu centro e eu sinto a umidade neles. Começo a fazer movimentos circulares lentos com o clitóris rígido e sensível.

Ainda me movendo sobre sua coxa direita coloco-me ereta sobre a jovem. Minha mão livre desliza por sua barriga e a espalmo no vale de seus seios para me manter inclinada sobre ela.

Oh, como eu adorei ter aquela visão.  Lauren Jauregui com os cabelos esparramados pelo travesseiro, com o lábio inferior preso entre seus dentes, olhos fechados por causa do prazer, sobrancelhas unidas para conter gemidos.

Eu sequer imaginava o inferno que essa mulher poderia ser.

Penetro-a com um dedo repentinamente e seus olhos se abrem, encarando-me. Um sorriso sacana nasce em meus lábios ao vê-la surpresa.

- Pe-pensei... que seria eu a dar-lhe orgasmos... – sua voz saiu mais fina que o normal por causa da situação. Ela segurou um gemido maior quando eu introduzi outro dedo, aumentando a velocidade de meus dedos em seu interior quente.

- Estou pagando adiantado. – sussurro contra seu rosto, voltando a lamber seu pescoço. – Onde está a mulher que me irritava agora? Oh, lembrei, está gemendo por mim... – provoco, soltando uma lufada de ar na pele úmida causando arrepios na jovem abaixo de mim.

- Você vai me pagar por isso... – ela grunhiu com a voz perto do meu ouvido esquerdo, apertando com mais força minhas nádegas, quase gerando um desconforto.

Uma risada saiu por meus lábios e eu sinto meu corpo começar a se sentir mais leve. A luxúria me deixava menos envergonhada e cada vez mais tentada a chegar ao meu ápice de prazer.

Continuo a penetrá-la com meus dedos e com o polegar pressiono seu clitóris, friccionando-o. Seus gemidos estavam contidos, pois ela não queria dar o braço a torcer.

Suas costas arqueiam e seus músculos ficam mais tensos. Ela começa a tremer contra meu corpo e a respiração ainda mais acelerada. Suas paredes se apertam ao redor dos meus dedos e um suspiro alto saiu por seus lábios, denunciando seu orgasmo.

Devagar diminuo os movimentos de meus dedos em seu interior e os retiro. Levanto meu olhar e vejo a jovem de olhos fechados, boca entreaberta e cabeça repousando de lado no travesseiro. Dou-lhe alguns segundos para se recuperar.

*Music On (The Hills – SoMo)

- Ah! – um suspiro exasperado sai por meus lábios quando, em um movimento, Lauren me segura pela cintura com as mãos firmes e me joga para o lado. Suas mãos não soltam minha cintura e ela gira meu corpo com brutalidade me colocando de bruços no colchão.

Um tapa audível é desferido em minha nádega esquerda.

- Vadia! – eu alarmo, fechando os olhos ao sentir a ardência no local.

Ela sequer se preocupou em revidar o xingamento e levantou minha cintura para cima, abrindo minhas pernas com as mãos.

Eu literalmente estava de quatro?!

- LAUREN! – eu ralho ao sentir dois dedos me penetrarem sem nenhum aviso.

Fecho meus olhos com força na hora que um gemido alto sai por meus lábios ao senti-la se mover dentro de mim. Meu peito subia e descia com rapidez por causa da minha respiração descompassada, minhas pernas estavam trêmulas e eu mal conseguia me manter naquela posição.

Eu não ia demorar em gozar. Ainda mais com ela metendo com tanta velocidade seus dedos em mim.

Uma gota de suor escorre pela lateral do meu rosto. Aperto minhas mãos no colchão embaixo de mim e empino ainda mais minha bunda para ela. Sua mão alisava minhas costas úmidas pelo suor até a brecha entre minhas nádegas.

Oh, era tão bom. Sentia a pressão tímida se acumular em meu ventre. Meu corpo ficava mais sensível e meus músculos tensos. Tensos de um ano em fuga.

Minha primeira vez não foi assim... insana.

Lauren abraça meu corpo com o braço livre, colocando seus seios em minhas costas. Tento controlar meus grunhidos, mas era difícil com seu corpo friccionando para frente e para trás contra o meu, seus dedos atingindo meus pontos esponjosos. Sua respiração entrecortada batendo na minha nuca, seus grunhidos de prazer... prazer por me dar prazer.

Um gemido manhoso saiu por entre meus dentes quando eu finalmente me entrego à onda de prazer que dominou meu corpo. Meus músculos apertavam em espasmos descontrolados e eu caí exausta sobre o colchão, com uma Lauren não muito diferente sobre mim.

Fecho os olhos com travesseiro macio debaixo do meu rosto. Meu coração batia forte, extasiado. Cheirava a sexo e o calor humano emanava.

Frio? Eu sequer sabia onde eu estava.

E então beijos molhados sobem por minhas costas. Arrepio por completa, ainda sensível. Lauren pressiona sua pélvis em minha bunda e eu sinto sua respiração em meu lóbulo direito.

- Apenas acabamos de começar, Camz...


Notas Finais


meo deos...

Pessoal, comecei uma fic nova. Ela se chama The One That Got Away e já está no meu perfil. Corre lá que já tem o prólogo e amanhã vou postar o primeiro capítulo.
Até mais!
HOJE TEM TWD!


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