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História Into The Dead - Capítulo 15


Escrita por: control5h

Notas do Autor


Cá estamos de novo! Hoje tem surpresinha hahahaha quem aí quer interação Camren, Trolly e Norminah? Aproveitem que esse capítulo tá "cheroso".
Ah, e aproveitem também, pois sabe lá quando esses tempos de amorzinho vão acabar, né...

Obs: Tem pegação e hot para todos os gostos, se não lhe agradar é só pular...
Boa leitura e me perdoem pelos erros!
HOJE TEM TWD! o/

Capítulo 15 - Capítulo 15


Fanfic / Fanfiction Into The Dead - Capítulo 15

LAUREN PDV
 

Oito horas depois

Passo minha mão esquerda pela testa em uma tentativa fútil de retirar o excesso de suor que ali acumulava. A temporada de chuva havia acabado por completo e o sol finalmente dava às caras depois de tanto tempo. O vento ainda era fresco, quase frio, mas ainda assim Miami é conhecida por suas altas temperaturas. Sol já estava com uma expressão de “Eu voltei, vadias!”.

Já era quase duas horas da tarde e havíamos passado o primeiro terço do trajeto. A rodovia e suas estradas adjacentes estavam mais infestadas de carros abandonados e zumbis que imaginávamos. Todo aquele tempo foi gasto procurando por estradas de chão e outros desvios para voltar à rodovia principal e seguir viagem.

Se nossa maré de azar continuar, pelo visto, iremos precisar passar a noite na estrada.

Estávamos parados à beira da estrada, perto de uma grande sequência de pinheiros que nos proporcionava uma sombra fresca. À frente havia uma encruzilhada com mais veículos abandonados, folhas espalhadas pelo chão e mato. À esquerda, abandonada por seus antigos proprietários, os restos queimados de uma grande mansão fazia aquilo tudo parecer um cemitério.

Sem nenhum uma alma viva.

Estacionamos nossos carros nas laterais da estrada de modo que, mesmo inutilmente, formassem alguma barreira para o que pudesse aparecer em meio aos arbustos da floresta.

Austin e Keana haviam buscado um pouco de lenha por perto e montado uma pequena fogueira só para preparar os almoços que já estavam quase prontos em saquinhos. Um pouco de ovos desidratados, macarrão velho e farelo de trigo. Talvez cereais para as crianças mastigarem no caminho.

Não podíamos perder tempo.

O maior objetivo da parada foi esticar as pernas, depois almoçar e não demorar mais que meia hora para seguir caminho.

Retiro minha jaqueta de couro e a amarro na cintura. Encosto-me à minha Kasinski e procuro por uma garrafa de água que estava no bolso lateral de minha mochila. Abro-a e bebo um gole moderado do líquido – eu não podia beber tudo já que não fazia ideia de quanto tempo ficaríamos ali.

Normani e Ally ajudavam a francesa e o policial com as comidas enquanto Harry, Dinah e Troy estavam como vigias em pé por perto e atentos a tudo que se mexia em meios aos galhos secos e arbustos distorcidos da floresta. Taylor estava sentada com as crianças perto do Honda.

Camila e Christopher, cada qual, estavam revisando os carros e procurando por algum defeito que pudesse ter ocorrido no meio do caminho. Eu já havia feito o mesmo com minha motocicleta e ela estava em bom estado.

Provavelmente nos encontrávamos na região de Homosassa na Flórida, em uma região pequena de campos. Pomares destruídos tanto pela ação antrópica quanto pelo tempo estavam espalhados aqui ou ali: alqueiras de pêssegos, peras e maçãs, frutos agora que estavam mortos nos pés.

Com meus óculos escuros no rosto eu observava Camila trabalhar. A latina tinha os cabelos presos em um coque frouxo por causa do sol, sobretudo amarrado na cintura e a blusa de mangas cumpridas arregaçadas até os cotovelos. Suas curvas estavam muito bem marcadas pela jeans apertada e seus movimentos me deixavam quase que hipnotizada.

Christopher usava um boné azul de um time de futebol americano para livrar-se do sol. Entretanto, esses raios solares incidiam diretamente na pele bonita e latina de Camila. O suor começava a brilhar em sua testa e ombros expostos.

Aquela mulher era muito gostosa, por Deus.

Balanço a cabeça em uma tentativa de mudar meu foco de pensamentos, os quais voltavam a uma certa casa do condomínio onde eu e a latina rolávamos nuas e gemendo sobre uma cama.

- Andarilhos! – ouço a voz tranquila de Dinah avisar atrás de mim.

Coloco-me ereta e viro-me de costas avistando cinco zumbis cambaleando em nossas direções. Esses estavam em um estado mais avançado de decomposição o que fazia suas juntas, pele, e roupas estarem nas piores condições. Eles brilhavam por causa da gosma e pus enquanto nas articulações o edema estava acumulado, deixando a pele pesada e balançando.

Dinah, Christopher, Harry, Camila e eu caminhamos em direção dos urubus carnicentos já com nossas facas em mãos – exceto pela loira alta que nunca largava seu machado.

Christopher e Dinah tiveram dificuldade com os braços esqueléticos dos zumbis que escolheram, mas no fim se juntaram a nós no que pareceu um coro de barulhos de crânios se partindo e gosma encefálica espirrando.

Puxo minha faca de dentro da cabeça de uma zumbi de cabelos brancos. Seu rosto estava desfigurado na carne podre, podendo deixar visível as musculaturas sendo comidas por vermes. Um grunhido de nojo saiu por meus lábios e eu tratei de limpar os pingos de sangue negro na barra do meu jeans.

- Acho melhor fazermos uma varredura. – Camila falou, limpando suas mãos em um pedaço de pano xadrez que estava anteriormente no bolso de trás do seu jeans.

- Eu também acho. – Christopher concordou balançando a lâmina para retirar o excesso de gosma. – Enquanto vocês terminam o almoço vamos dar uma volta aqui por perto só para não sermos surpreendidos. Talvez até achemos algo, frutas ou algum animal. Harry venha comigo, vamos pela direita. E você... – meu irmão apontou para mim. – E Camila vão pela esquerda. Em quinze minutos nos encontramos aqui de novo. Ok?

Afirmo com a cabeça e sequer guardo minha faca, já ponderando o fato de encontrar algo. Atravesso a extensão da estrada e adentro à fora na floresta pisando na grama que estava alta. Ouço barulho de galhos quebrando atrás de mim e olho apenas, por cima do ombro, para me certificar de quem era. Camila caminhava analisando a mata ao redor de si, mais precisamente os movimentos das copas das árvores, e tinha a mão descansando em cima da lâmina que estava no cós da calça jeans.

Havia uma pequena trilha aberta em meios às árvores e arbustos. Aquele lugar parecia ser famoso para se fazer caminhadas porque, por mais degradados que já estivessem, alguns lixos de comidas industrializadas estavam jogados aqui ou ali.

- Você acha que tem algo lá... no CDC? – a voz de Camila ecoou pelo silêncio da floresta.

Com os braços empurro alguns galhos secos que estavam na frente e continuo pulando algumas raízes altas.

- Eu não sei... Espero que sim. – respondo, sempre olhando para frente.

- Lauren... – Camila me chamou. Eu suspiro e viro-me lentamente esperando que ela estivesse preste a começar um monólogo, mas então percebo que ela estava apontando para dois andarilhos se aproximando ao longe.

Eram dois zumbis negros completamente sujos. Um careca, faltando um globo ocular, blusa rasgada que deixava exposta uma dilaceração no abdômen. O outro tinha alguns tufos de cabelo e apenas um toco do braço direito que pingava uma gosma, boca escancarada sem o lábio inferior.

Indico com a cabeça o da direita, o careca, e Camila assentiu. Vou em direção dele já com a faca levantada. Pego um bom impulso caminhando rapidamente e seguro seu corpo podre através da gola de sua blusa social toda rasgada. Desvio de seus braços desesperados e enfio minha faca no único globo ocular que ainda lhe restava. Arranco a lâmina com a gosma escorrendo em minha mão e deixo que o corpo imóvel caísse como uma boneca no chão.

Camila já havia feito o mesmo e guardava sua faca no cós novamente.

Mas então um detalhe dentro do bolso da blusa frontal do zumbi careca me chamou atenção. Um suspiro de gratidão sai por meus lábios.

- É brincadeira com minha cara... – comemoro agachando-me e enfiando a mão no bolso para retirar uma cartela de cigarros. Abro-a e vejo que ainda restavam cinco cigarros ali dentro.

Fico de pé e olho para os lados me certificando que ao longe não se aproximava mais nenhum urubu carnicento. Caminho até uma raiz alta de um pinheiro e sento-me encostando as costas no tronco. Retiro um cigarro e pego meu isqueiro – que utilizava para acender nosso fogão de uma boca.

Depois de acendê-lo, levo o cigarro à boca e inspiro a nicotina para dentro de meus pulmões. Fecho os olhos sentindo o relaxamento momentâneo e solto a fumaça pelo canto dos lábios.

- Você sempre fumou? – Camila perguntou, sentando-se em outra raiz de outra árvore que se encontrava em frente a minha.

- Não me considero uma viciada.  – respondo, levando o cigarro à boca novamente. Expiro logo em seguida. – Quando eu era mais jovem, nas festas em que ia, meus amigos costumavam fumar quando estavam bêbados. Fumávamos isso e até coisas ilegais... – um sorrisinho nostálgico nasceu em meus lábios. – Cheguei a viver apenas algumas festas da faculdade. Por sorte eu fui em todas... imagina se eu as tivesse perdido para ficar estudando? Do que valeria agora? – uma risada triste saiu dos meus lábios.

- Nunca fui de sair... – Camila deu de ombros e escorou a cabeça no tronco. – Sempre responsável demais. Cuidadosa demais. E... eu também não tinha como sair. Precisava ficar cuidando da minha mãe.

Elevo o olhar para seu rosto ao ver aquele assunto delicado ser tocado. Ao ver minha expressão curiosa Camila deu de ombros levemente.

- Ela morreu antes mesmo do início do Apocalipse. – respondeu minha pergunta silenciosa. Sua voz denunciava sua dor escondida. – Às vezes penso que foi melhor isso ter acontecido, sabe... – seu olhar castanho encarou o meu. – Pelo menos não a perdi para esses abutres.

- Como ela morreu? – pergunto, expirando a fumaça após outra tragada.

- Ela teve leucemia. – Camila falou baixinho e fungou forte para não deixar sentimentos ruins lhe fazer chorar. – Poucos meses após dar luz à Sofia ela foi diagnosticada com Leucemia Linfoide Aguda.

- Eu sinto muito... Realmente... – murmuro verdadeiramente.

Camila percebeu a verdade em minhas palavras e dá um sorriso fraco. Estico meu braço para ela e ofereço a cartela de cigarros aberta. Ela semicerra então os olhos para mim como se não acreditasse que depois de ter dito que sua mãe morrera de câncer eu ainda estivesse oferecendo um cigarro para ela.

- Não faz ideia como a nicotina acalma! – ladeio a cabeça e dou um sorriso encorajador para ela. A latina ainda ficou parada, desconfiada. – Não é como se você fosse se viciar nessa porcaria. Acho isso apenas de cinco em cinco meses. As pessoas parecem ter fumado tudo quando viram que iam morrer de qualquer jeito... ou pelo cigarro ou pelos zumbis.

Camila se entregou a uma risadinha por minha piada terrível. Revirou os olhos e se inclinou para frente, retirando um cigarro de dentro do maço. Jogo meu isqueiro para cima e ela o pega no ar. O risca e inspira quando o fogo começa a queimar a pontinha.

Logo após ela começou a ter uma crise de tosse.

- Que merda... – resmungou tentando retirar a fumaça de frente da cara.

- Ai ai... – começo a rir baixinho de sua careta. – Você tem que aprender a fumar. Inspira, segure e expire. Não tente inspirar novamente a fumaça da boca.

Eu faço uma vez com o meu e Camila me olhou atenta. Inspirei, segurei e soltei. Logo em seguida ela fez o mesmo com o cigarro em mãos. Fechou os olhos sentindo a onda de relaxamento no corpo e expirou em seguida.

E, por Deus, cada pelo do meu corpo arrepiou ao ver como ela conseguiu fazer aquilo ser sexy. Os lábios carnudos expirando e depois ficando entreabertos.

Automaticamente minha mente voltou para uma cena em particular: eu passando minha língua por aquele queixo bem desenhado, mordendo lentamente aquele lábio inferior carnudo logo em seguida, expirando uma lufada de ar contra a sua pele enquanto suas mãos arranhavam meus ombros...

Engasgo com o próprio ar e pigarreio sem graça para voltar ao normal. Cruzo as pernas no mesmo instante para tentar aliviar o leve desconforto que se instaurou no meu ventre.

- Ok... eu não consigo fazer isso. – ela resmungou por fim e apagou o cigarro em uma pedra ao lado, me entregando o restante. – Por mais que seja relaxante por alguns segundinhos... É horrível!

- Quando estiver nervosa vai sentir falta desses segundos de relaxamento que teve. – provoco e coloco o restante do cigarro dentro da cartela.

Levanto-me com meu corpo ainda dando uns indícios de desconforto por causa da memória me corroeu. Eu precisava, urgentemente, parar de me lembrar desses momentos que pareciam me atormentar desde a viagem ao condomínio.

Guardo o maço na parte de trás do meu jeans enquanto observava Camila ficar de pé também.

Eu não sabia explicar, mas, ultimamente, cada movimento seu parecia ser gracioso. O simples fato de uma caretinha de desgosto aparecer em seu rosto de adolescente, ao perceber que sua calça estava com alguns respingos de sangue seco na barra, me fez suspirar ao analisá-la.

A sua incrível mania de franzir o nariz ou de morder os lábios ou...

- O que foi? Por que está me olhando assim? – a voz de Camila me fez sair do transe.

A latina, curiosa, tinha uma sobrancelha erguida questionando-me o porquê que eu a encarava sem motivo algum.

Fato que só havia percebido naquele instante.

- Hãm... nada. Vamos voltar. – gaguejo virando-me de costas para ela.

Trago o restante do cigarro e o jogo em meio à vegetação. Eu ainda ouvia os passos de Camila atrás de mim, mas ela preferiu se manter em minhas costas.

Eu precisava de qualquer coisa para distrair minha mente.

Qualquer coisa...

O almoço já estava pronto quando eu e a latina nos juntamos ao restante do grupo na estrada.

Faltava pouco para as três horas quando finalmente as pessoas entraram em seus carros para continuarmos a viagem. Sento-me em minha motocicleta e giro a chave na ignição. Eu prendia meu cabelo em um coque frouxo enquanto Camila passava a perna pela moto e se assentava atrás de mim.

- Hãm... sabe... o ferro deve estar quente... – incitei, colocando as mãos na maçaneta aquecida pelo sol.

Camila hesitou alguns segundos e eu tive a certeza que ela entendera o que eu quis dizer. A latina então passou as mãos por minha cintura, que agora estava coberta apenas pela blusa de mangas curtas branca, e se segurou firmemente assim como costumava fazer antes.

Dei um sorrisinho prepotente e tirei o apoio da motocicleta do chão.

- Lauren, eu juro que se você estiver sorrindo eu te empurro dessa moto! – Camila ameaçou em minhas costas e eu senti que a latina não gostou nenhum pouco de sucumbir à vontade de me abraçar de novo.

- Eu? Sorrindo? O sol já deve estar lhe deixando louca... – respondo em forma de deboche, mordendo os lábios para a risada não sair.

Eu apostaria toda minha dignidade que Camila havia revirado os olhos agora.

Solto a maçaneta e acelero a moto, tocando de leve a buzina para anunciar que eu já estava em movimento. Os carros atrás de mim não tardaram e também começaram a se movimentar.

Acelero a motocicleta e me deixo usufruir um pouco da brisa fresca que batia contra meu corpo. Camila se acomodou melhor contra mim e descansou a cabeça em minhas costas, observando a passagem verde que passava ao nosso redor. Seus dedos brincavam com minha blusa e eu tinha a impressão que nem ela percebia isso.

A viagem continuou e rapidamente escureceu, nos obrigando a procurar algum tipo de brigo para passarmos a noite. Pegamos uma estrada de terra em uma das adjacentes da rodovia principal.

Saímos em uma região, perto das redondezas de uma cidadezinha chamada Albany, onde havia um grande galpão, quase um celeiro, aparentemente pertencente a um fazendeiro dono de gado. Era rodeado por cercas altas que poderiam servir de obstáculo para qualquer horda que ousasse se aproximar, o que nos daria tempo de vê-la antes que fosse tarde demais. Uma área plana de vegetação baixa, capim seco e terra compactada, do tamanho de um campo de futebol.

Algumas árvores grandes e frondosas, pinheiros, estavam por perto, os quais causavam agora no breu da noite um certo agouro para quem os observava. Os grilos faziam um barulho gritante no silêncio das redondezas.

Eu havia sinalizado para que o restante da caravana ficasse mais distante e apenas Camila e eu fôssemos mais à frente na motocicleta através da estrada de cascalho que rodeava a propriedade, para ter certeza que o local estava limpo. A latina se escorou em meu corpo e ficou de pé apoiada na moto, olhando para todos os lados atenta. Aguçamos nossa audição e nada além dos grilos, já percebidos, eram ouvidos.

Camila então colocou dois dedos debaixo da língua e assoviou em direção do restante do pessoal.

Desligo a moto e retiro a chave da ignição, pulando da mesma no mesmo instante. Abro minha mochila que estava presa ao guidão e pego minha lanterna, já a acendendo e iluminando as redondezas do galpão branco com marrom.

Os Nissans e o Honda foram estacionados nas laterais do galpão e com suas frentes viradas para a saída de forma que se algo acontecesse poderíamos fugir com mais facilidade.

Christopher ainda usando o seu boné enfiado na cabeça segurava sua espingarda em mãos; Dinah brincava com o cabo desgastado de seu machado; Keana segurava com força a faca; Troy tinha o apoio de sua AK-47 no ombro e o dedo no gatilho, pronto para qualquer surpresa.

Os cinco se aproximaram de mim, perto do portão do galpão.

Camila tinha Sofia em seus braços, a criança olhava para os lados curiosa por mais temerosa que estivesse; Austin tinha a mão em seu coldre onde a arma estava; Taylor, que havia adorado se submeter ao papel de cuidar das crianças, tinha cada perna abraçada por uma loirinha e uma sapequinha, respectivamente; Harry estava atrás do Honda olhando nossa retaguarda; Ally segurava uma Ruger P89 – a qual havíamos achado com ainda oito projeteis; Normani segurava sua faca na mão direita, atenta a tudo, e, ao lado da loira baixa, responsável pelas crianças também.

Os cinco decidiram ficar ali, próximos dos carros.

Nós cinco nos entreolhamos e começamos a caminhar em direção do galpão. Meu irmão fez um sinal com a mão ordenando que Dinah fosse pela lateral direita e que Keana fosse pela esquerda. Ordenou também que Troy desse a volta total no lugar, mais distante um pouco, para olhar aos redores.

E então Christopher colocou a mão na maçaneta enferrujada do portão do galpão e olhou para mim.

- Pronta? – perguntou com seus olhos claros me estudando.

- Nem se eu não quisesse... – debochei, o que fez um sorrisinho nascer nos lábios bonitos do meu irmão.

Christopher empurrou o portão que se abriu em dois e eu adentrei primeiro com minha Beretta 92 já levantada e a lanterna iluminando uma quantidade absurda de feno no interior do galpão.

O cheiro característico rapidamente exalou no ar: uma mistura de fezes de roedores, carniça de decomposição e urina de animais.

E então grunhidos bem conhecidos ecoaram.

Do lado direito do galpão havia uma serie de baias de cavalos vazias; no centro um corredor; e do lado esquerdo apenas feno, madeira velha, e algumas sulcadas abandonadas.

No corredor havia uma andarilha morena marchando em nossa direção. Seu andar era molenga por causa do osso da perna quebrado e exposto para fora dos músculos podres. Uma mordida enorme enfeitava a jugular estraçalhada da mulher morta. Seu vestido, que um dia foi lindo e branco, estava em trapos e com vários rasgados.

Christopher passou ao meu lado em direção da morta já levantando a espingarda de modo que o apoio da mesma servisse de arma para esmagar a cabeça da alma penada. E assim o fez. Com um golpe forte e certeiro na lateral esquerda da andarilha, Christopher a fez cambalear e cair sobre um tufo de feno. E, em seguida, começou a golpear vezes seguidas a cabeça da morena com o apoio da arma até que apenas tecido cerebral pobre sobrasse.

Deixei que ele tomasse conta da morta e logo tratei de continuar a iluminar a parte inicial do galpão. Pouco depois escutei passos atrás de mim e uma Dinah ansiosa apareceu.

- Não tem nada nem nas laterais e nem na parte dos fundos. – anunciou e se juntou a mim para vasculhar o local.

Ao fim, quando finalmente terminamos de olhar por todo o galpão, encontramos apenas mais um andarilho franzino que Dinah facilmente o abateu. Pelo visto a mulher negra e o velho franzino eram os donos da propriedade de criação de gado e cavalos. Haviam se alojado ali tentando se salvar.

Mas nem todos conseguiram essa façanha.

Colocamos todo o pessoal para dentro do galpão e fechamos os portões. Fizemos o mesmo esquema de vigia que utilizávamos na casa de campo, exceto pelo fato que precisaríamos de uma terceira pessoa, pois havia um escritório na parte superior do lugar. O segundo andar era bonito, decorado de um jeito rústico, com uma mesa no centro, cadeira confortável, alguns bebidas fora da data de validade em uma escrivaninha próxima e papéis, documentos que nunca foram assinados abandonados em cima da mesa. Havia ali uma janela ampla de madeira que nos dava visibilidade de todo o campo compactado que nos rondava.

No primeiro turno da noite Austin e Keana estavam responsáveis, respectivamente, pelos fundos e pela parte da frente do galpão.

- O que vocês vão fazer quando tudo isso acabar? – Harry perguntou enquanto jogava farelos de trigo dentro da boca.

Estávamos reunidos no centro do galpão. A única luz advinha de uma pequena, quase inexistente, fogueira no centro de nosso círculo. Todos, exceto os que vigiavam, ali comiam a mistura de farelos de trigo e sopa de alguma coisa que Troy nem quis se pronunciar sobre, pois parecia um negócio pastoso de fubá, mas, de acordo com sua justificativa seria bastante energético.

Basta colocar para dentro, ele disse.

- Como assim? – Troy perguntou, franzindo o cenho para o de cabelos longos.

- Quando o Apocalipse acabar.

- Você acha que vai acabar? – Normani retrucou enquanto remexia a comida no prato de plástico que segurava.

- Tudo tem um fim... – Harry se explicou, dando de ombros. – O que vocês pensam em fazer quando o mundo voltar ao normal? Ou do que vocês mais sentem falta de antes?

- Eu com certeza vou comprar um Iphone ou um MP4 ou sei lá... – Dinah se pronunciou depois de beber um gole da sua água. – Por Deus, eu sinto muita falta do meu celular! Sinto falta de música!

- Você tem cara de que era daquelas que gravavam snaps até da própria sombra... – Normani debochou irônica.

Dinah bufou lançando para a morena um olhar de soslaio.

- Sinto falta das redes sociais... – Camila suspirou.

A latina estava sentada com as pernas no estilo de índio e sua irmãzinha sentada em seu colo e descansando a cabeça em seu ombro.

- Eu sinto falta do barulho. – Ally comentou e atraiu nossa atenção para si, sentada ao lado de Dinah. – Eu trabalhava quase todos os dias da semana em um hospital de Miami. Era barulho o tempo todo! Gritos, sirenes, pessoas doentes... Agora... O mundo é muito silencioso.

- Oh... uma coisa que sinto falta definitivamente é do meu carro. – meu irmão resmungou coçando a cabeça por debaixo do boné. – Meu amado Mustang!

- Você tinha um Mustang? – Troy arregalou os olhos, surpreso.

- É sério isso? – Dinah também tinha a mesma excitação adorável. - Cara, você nunca me contou isso! Qual era o modelo? O motor? A cilind...

- Ah, não... esse papo chato não! – Normani resmungou novamente.

- Eu concordo. – Taylor, que estava ao lado do nosso irmão, balançou a cabeça. – Sem papos de carros, pelo amor de Deus! Já basta as tardes que gastaram na casa de campo falando sobre os motores dos Nissans.

Camila e Ally compartilharam uma risadinha ao verem as carrancas que os três desenvolveram. Eu também sorri, gostando daquela áurea que nos rondava. Era naqueles pequenos momentos que percebíamos o quão junto já estávamos. Não adiantava negar mais.

- Eu provavelmente vou tirar fotos. – digo simplesmente.

A frase repentina fez com que todos olhassem para mim, questionando se eu estava louca ou não.

- Como assim? – Harry franziu o cenho para mim.

- Quero tirar fotos das coisas boas que sobraram do mundo. Eu fazia faculdade de fotografia. – explicou e dou de ombros para mostrar que aquilo era uma banalidade. – Quero mostrar, mesmo que o mundo esteja fodido ao fim de tudo, que as pequenas e mais simples coisas ainda estão aí...

- Quais, por exemplo? – a voz de Camila me fez levantar o olhar, que antes estava nas pequenas chamas da fogueira, para o seu rosto. A latina tinha a testa enrugada, deixando clara a tamanha curiosidade em mim.

- A natureza. – respondo sem quebrar nosso contato visual. – Ela, provavelmente, foi a responsável pelo fim do mundo. Mas, é a mesma que vai reconstruí-lo. Flores, rios, montanhas, árvores... Tudo isso é uma beleza inimaginável que, só agora por estarmos apenas fugindo entre ela, que a percebemos. As pessoas quando tudo isso acabar vão precisar lembrar os bons motivos de continuarem vivas.

As pessoas ficaram em silêncio e com os olhares perdidos para o nada enquanto absorviam minhas palavras. Olho para cada um de seus rostos e paro na expressão orgulhosa da minha irmã. Taylor tinha um sorrisinho no canto dos lábios e um olhar cheio de ternura para mim.

Ela, mais que ninguém, sabia da culpa que eu ainda insistia em carregar nas minhas costas.

A madrugada chegou e todos resolveram ir dormir, pois, na manhã seguinte, bem cedo, iríamos continuar nossa viagem. Eu, Troy e Ally pegamos o segundo turno de vigia da noite.

Sentei-me perto do portão e única entrada do galpão, acomodando-me em uma quantidade fofa de feno. O certo seria que ou Ally ou Troy estivesse comigo ali e o outro lá em cima. Mas, eu sabia muito bem o porquê do sumiço dos dois.

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NARRADOR PDV

Allyson estava sentada na cadeira confortável analisando a escuridão de fora do galpão. Apenas os barulhos da noite e dos animais ressurgiam entre os galhos das árvores ali perto. Atrás de si, o escritório da família Johnson – um velho e uma morena que se casaram há trinta anos, mas, decidiram passar os últimos momentos juntos em seu galpão – também estava encoberto pelo breu.

A única fonte das fracas penumbras era a Lua no céu e seu reflexo acinzentado entrava diretamente na janela onde Ally estava.

Nas mãos da enfermeira estava sua Ruger P89 preta. Ela tentava estudar a arma para que, se no futuro precisasse usá-la, soubesse pelo menos como destravá-la.

- Você tem que puxar a trava. – um timbre masculino se fez presente em suas costas. – Simples assim.

A verdade era que Troy estava analisando a loirinha desde o momento que o jantar havia acabado. Percebeu sua dificuldade com a arma quando adentraram no galpão.

- Hãm... obrigada... – Allyson deu um sorriso tímido quando virou para trás.

A enfermeira deixou o olhar cair sobre o corpo do ex-motorista particular. O loiro estava vestido uma blusa xadrez grossa vermelho com branco e um jeans tão velho que se questionava como o tecido ainda não havia rasgado. Os músculos do rapaz estavam marcados por causa da blusa apertada. O cabelo louro bagunçado pela preguiça e também por falta de condições de arrumar. Alguns fiapos de barba também da mesma tonalidade em seu queixo e maxilar.

Troy também era completamente hipnotizado pela loirinha. Ele não sabia expressar em palavras como se sentia bem ao ver o jeito que Ally tratava Claire, como ela cuidava de sua filha como se fosse familiar dela também. Além, claro, de a enfermeira ser maravilhosamente linda, ainda mais vestida agora com um simples vestido azul desbotado.

A baixinha, que não batia sequer no ombro do rapaz loiro alto, ficou um pouco acuada quando ele se escorou na janela, a sua frente.

Eles estavam assim desde um dia específico na casa de campo.

Troy ainda estava em recuperação por causa da pancada na cabeça e Allyson cuidava dele. A loirinha sempre levava a comida na cama, dava o remédio na boca e ficava de vigia caso ele demonstrasse alguma complicação. Isso, obviamente, fez com que Troy tivesse muito tempo para analisa-la e assim dar condições para uma chama quente nascer no peito.

E então culpando os efeitos dos remédios o rapaz, quando loirinha estava próxima de seu rosto para colocar um termômetro em sua boca, simplesmente passou um braço por sua cintura e puxou o corpo pequeno para si. Troy beijou Allyson como se não houvesse amanhã, como se o toque dos lábios de ambos pudesse dar apenas mais ar para a combustão que sentiam.

Allyson ficou completamente atordoada depois disso. A enfermeira, já ciente de seus sentimentos pelo loiro que sempre a protegeu antes – mesmo sem ele ter a intenção para tal –, temeu que um possível romance ou lance ou qualquer coisa relacionada pudesse afetar o grupo. Ela sabia como Austin era, sabia que Camila não queria ligações com o outro grupo – por mais que ela desconfiasse que algo estivesse acontecendo entre a latina e a Jauregui mais velha.

Ela temia o que os outros iriam pensar.

Então por isso decidiu ignorar o que aconteceu, vulgo melhor beijo que já lhe deram, e continuou a tratar Troy como antes.

Mas o ex-motorista particular não queria apenas isso. Ele já havia vivido demais, sentido demais. Sabia que oportunidades passadas em branco poderiam lhe atormentar pelo resto da vida. Troy havia se apaixonado perdidamente pela mãe de sua filha e, no fim, teve o coração partido e uma vida inocente em seus braços. Entretanto, o homem, não havia desistido do amor. Sabia que esse sentimento era poderoso demais e simples demais de ser cultivado, por mais que as pessoas pensem o contrário.

Ele havia achado algo em Ally e, por mais que temesse que fosse o tal sentimento tão abstrato, estava disposto a descobrir.

- Você vai mesmo fingir que aquilo não aconteceu? – Troy perguntou de braços cruzados.

- O fato de você ter me beijado à força? – Ally não conseguiu segurar a replicação.

- Não foi à força. Foi surpresa. Até porque você não se opôs momento algum. – o loiro alto se justificou, dando de ombros.

- Você sabe o que eu penso sobre isso, Troy... – a baixinha suspirou e continuou a encarar a arma em mãos apenas para não precisar olhar nos olhos claros do rapaz.

- Pare de ter medo, Allyson. – o rapaz a repreendeu, o que fez a enfermeira levantar o olhar temeroso para ele. – O que pode dar errado? Eu morrer? Você morrer? Isso vai acontecer de um jeito ou de outro... amanhã... daqui uma semana, um mês, um ano... trinta anos! Isso vai acontecer!

- Não tenho medo da morte, Troy. – Ally retrucou, convicta. – Deus diz que a morte é apenas uma passagem. Eu não tenho medo de morrer...

- Você tem medo de amar. – o rapaz a interrompeu e sua afirmação fez Allyson arquear as sobrancelhas, surpresa. – Você e todo o restante das pessoas agora vivas. Antes amar já era difícil. Era difícil confiar em uma pessoa para tal, porque, quando amamos, essa pessoa se torna um ponto fraco. Por isso... por isso você está com medo de se entregar. Ah, claro... – seu tom se tornou um pouco irônico. – Tem o medo também do que seu grupo vai achar. Mas, para mim, isso é apenas uma desculpa de seu inconsciente.

O peso da verdade naquelas palavras fez com que Ally se levantasse. Na verdade, a enfermeira estava atordoada demais para pensar em algo coerente, por isso pensou que enfrentar Troy fosse a melhor solução.

É difícil quando uma pessoa lê seus sentimentos.

A grande diferença de altura entre os dois fazia com que Ally precisasse elevar todo o seu queixo para poder encarar Troy, o qual olhava para baixo com o cenho franzido.

Era um olhar tão cheio de amor que ambos sequer conseguiam traduzir isso nos corações.

*Music On* (You Have My Heart – Rihanna – From Fifty Shades Darker Soundtrack)

Então Troy fez o que estava com vontade de fazer desde o dia que colocou os olhos de modo diferente sobre Ally: ele a beijou. Afagou as bochechas da loirinha com as mãos grandes enquanto a enfermeira abraçava sua cintura com força, querendo estar mais unida ao homem. Ele retirou as madeixas do rosto delicado enquanto sugava para o interior da boca os lábios da dona.

Nada foi dito.

Na verdade, não foi necessário palavras.

Troy deitou o corpo da pequena sobre uma quantidade de feno que estava estocada perto da parede, tendo o cuidado de colocar as mãos ao redor da mulher para sustentar seu peso sobre ela. Ele se acomodou entre as pernas da loira sem largar de beijar seus lábios, a pele macia de seu pescoço e clavícula.

O desejo queimava no peito de ambos enquanto as mãos desesperadas tocavam ambos os corpos ansiando por mais contato, por mais calor, por mais qualquer coisa que os unisse.

Allyson precisou segurar um gemido na garganta quando sentiu a pressão do membro de Troy, sob o tecido de seu jeans, contra seu ventre coberto pela calcinha clara. O ex-motorista subiu o vestido branco nas pernas torneadas da enfermeira deixando sua barriga exposta. Ele a beijou com cuidado, tocou cada pedaço, lambeu a pele até a base dos seios.

Allyson segurava entre os dedos quantidades grandes de feno e tinha os olhos fechados para tentar controlar a vontade de gemer. Troy aproveitou o momento e retirou pela cabeça da enfermeira o seu vestido, a qual levantou os braços para que o tecido passasse. O loiro, de joelhos na frente de uma loirinha com as pernas abertas e respiração ofegante, começou a desabotoar as casas de sua blusa xadrez.

Enquanto o rapaz retirava sua blusa xadrez pelos braços fortes a loirinha aproveitava para desabotoar o próprio sutiã, o puxando pelos braços. Troy desfivelou o cinto que segurava seu jeans e abaixou o tecido pesado fazendo com que seu membro ficasse apenas sob o pano fino de sua cueca azul marinho box.

Quando o loiro pôde focar nos seios expostos da mulher a sua frente sentiu uma fisgada no membro já duro.

Eles não perderam mais tempo.

Allyson retirou a própria calcinha do corpo e se sentou sobre o feno esperando que Troy retirasse o tecido do jeans pelas pernas. Quando o loiro grande ficou na sua frente, ainda de joelhos, a enfermeira teve a oportunidade de colocar as mãos no elástico da cueca e lentamente descer o tecido pelas coxas grossas do homem. O membro saltou para fora, livre do que o mantinha preso.

Troy se livrou também da cueca box e voltou a se posicionar entre as pernas de Ally, beijando novamente seus lábios com volúpia. Ambos gemeram com o contato dos sexos, quando o líquido do centro da baixinha entrou em fricção com o membro do loiro.

A baixinha precisou morder o lábio inferior para segurar o grito quando sentiu a extensão quente e pulsante do homem dentro de si, a preenchendo por completo.

Troy tomou Allyson para si e eles se tornaram um só naquela noite.

As unhas da mulher arranhavam as costas do homem em cada penetração, os suspiros bailavam no silêncio ensurdecedor do galpão, os suores se misturavam, juras de amor eram pronunciadas em forma de gemidos de prazer.

Troy beijava e tocava sua Ally como se ela fosse frágil. Como se algo mais rude a quebrasse.

E ele não poderia viver se isso acontecesse.

Com os centros se chocando, um preenchendo o outro de uma forma inexplicável, percebia-se que ambos estavam chegando próximo de seu ápice após longos minutos de contato íntimo. Troy já mantinha um ritmo constante dentro de Ally. Ele beijava seus lábios em meio os gemidos baixinhos, ela arranhava seus ombros.

- Eu... e-eu te am...

- Não! – Ally pediu em meio um grunhido de prazer quando o loiro acertou a glande de seu pênis em uma parede esponjosa dentro de si. – Não agora... não assim... – suspirou com o coração batendo desesperado no peito. – Vamos ter o momento certo para isso, querido...

O loiro olhou nos olhos da baixinha diminuindo o ritmo de suas estocadas. Viu nos castanhos ternos da enfermeira que ela dizia a verdade, que ela também sentia o mesmo. Então ele sorriu como havia feito apenas uma vez na vida: no nascimento de sua filha.

Troy assentiu e deixou um beijo carinhoso na testa suada de Ally, voltando logo em seguida a penetrá-la com um ritmo mais rápido. Momentos depois os testículos do homem começaram a apertar e formigar, indicando que seu orgasmo estava próximo. Ally também não estava longe disso, pois sentia seu ventre queimar de um jeito gostoso e as paredes de seu centro apertar ao redor da extensão do rapaz.

A enfermeira foi a primeira a chegar ao seu ápice gemendo manhosamente e arranhando ainda mais forte as costas do ex-motorista que precisou travar os dentes para não resmungar por causa da dor – a qual se alastrava pelo seu corpo e fazia apenas que seu ápice viesse ainda mais forte.

Troy retirou seu membro de dentro de Ally e começou a se masturbar para que seu líquido não terminasse no interior da mulher. Ally então retirou a mão grande do rapaz e continuou o trabalho para ele, não quebrando o beijo que ambos se davam.

E quando Troy gozou – e como gozou, pois havia tempos que não tinha intenso prazer – ele caiu sobre o corpo frágil de Allyson.

A loirinha deixou-se cair de costas no feno abaixo de si e abraçou o corpo trêmulo pós-orgasmo do loiro.

Ambos sorriam por causa da extrema felicidade que os envolvia.

E eles mal sabiam que agora estariam ligados eternamente.

Eles se amavam. Um amor que chegou do mesmo jeito que acontece quando adormecemos: repentinamente.

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Do lado de fora do galpão, no terceiro turno da noite, uma situação um pouco, mas não tão diferente estava prestes a acontecer.

Já faltava quase uma hora para que amanhecesse. Lauren, Ally e Troy foram liberados para irem dormir e Dinah, Normani e Harry ficaram responsáveis para proteger o local até que os raios solares nascessem.

Dinah estava sentada de fora do galpão, observando a escuridão envolvendo o local de campo compactado. O vento da madrugada era fresco. A loira alta praguejava audivelmente sobre o fato de não ter conseguido dormir por causa dos gemidos no segundo andar.

Sim... a mecânica tinha um sono muito leve ultimamente.

Ela não julgava Ally, Troy, Lauren ou Camila. Eles na verdade eram, em sua opinião, espertos. Estavam deixando para trás todo o terror de viver por aí sobrevivendo e arriscando-se em sentir algo melhor que o medo.

Além de, claro, estarem ganhando orgasmos com isso.

Mas o fato de não ter dormido naquela noite fez com que o humor da mulher ficasse terrível.

Seu corpo enrijeceu quando escutou passos se aproximando. Rapidamente colocou a mão sobre seu machado que estava escorado na parede de madeira atrás de si e ficou em posição de defesa, encarando a região de onde o som vinha.

- Ai, sua louca! – Normani arregalou os olhos quando viu uma Dinah segurando o machado e quase partindo para cima dela. – Idiota! – rosnou.

- Olá para você também. – Dinah revirou os olhos e, ainda tentando acalmar a onda de adrenalina no corpo, voltou-se a sentar no tufo de feno e a colocar o machado ao seu lado.

- Pelo visto não conseguiu dormir também com aquele motel rolando lá em cima, não é? – a morena bonita debochou e, sem sequer pedir permissão, puxou por um elástico um tufo de feno para se assentar ao lado de Dinah.

A mulher loira apenas seguiu seus movimentos com o canto dos olhos.

- Não.

- Sinceramente... eles são bem corajosos de...

- Normani, só fica quietinha, ok? – Dinah suspirou, massageando as têmporas doloridas por causa da enxaqueca.

A morena fechou a cara, emburrada pelo jeito rude da loira. E novamente ela se questionou o porquê de estar ali. Ela já vinha fazendo essa pergunta para si desde o momento que decidiu se levantar do posto perto do portão para ir ao encontro de Dinah.

A morena não sabia explicar direito, mas tinha essa incrível vontade de estar sempre querendo irritar a outra mulher.

- Educação mandou lembranças, Jane! – Normani rosnou e colocou-se a olhar a passagem negra ao redor.

- Por favor... – Dinah bufou, entediada. – Falou a rainha dela...

- Você é uma idiota, sabia?! – Normani grunhiu entredentes, evitando assim ao máximo que sua voz ficasse fina demais e mostrasse sua birra.

Argh, Dinah Jane lhe dava nos nervos.

- Você deixa isso bem claro para mim toooodos os dias... – cantarolou e soltou uma risadinha nasal um tanto sarcástica.

- Não sei porque ainda me aproximo de você... – a morena cruzou os braços na frente do corpo, irritada.

*Music On* (PILLOWTALK – ZAYN)

- Está fazendo esse drama todo só pelo fato que eu já lhe vi pelada? – Dinah virou o rosto para Normani e ergueu uma sobrancelha presunçosa, acompanhada por um sorriso galanteador.

O queixo da morena bonita caiu e suas bochechas coraram tanto que pareceram brasa.

A verdade era que, no primeiro dia que Lauren e Camila estavam no condomínio, Taylor havia se disponibilizado em olhar as crianças para que Normani pudesse tomar um banho tranquilo. A morena, ao terminar a ducha, praguejou ao perceber que não havia pegado uma toalha limpa e, estupidamente, decidiu sair do banheiro – que ficava no quarto de casal – para atravessá-lo e pegar suas roupas em cima da cama.

O que ela menos esperava era que Dinah Jane estivesse ali mexendo nas gavetas à procura da maldita boneca de pano que Sofia, brincalhona igual a sua irmã, havia escondido da miniatura Jane.

A mecânica achou a boneca no mesmo instante que a porta se abriu. Virou-se surpresa e seus olhos quase saltaram das órbitas quando viu todo aquele corpo escultural a frente de si: completamente nu e molhado.

A mulher ficara tão abobada que a boneca até chegou a cair de sua mão trêmula.

Conseguiu ter aquela imagem maravilhosa por segundos em sua mente até que uma Normani – completamente irada por sinal – cobrisse suas partes íntimas com as mãos e braços e a, literalmente, expulsasse a pontapés e murros do quarto.

Normani então se colocou de pé após a provocação de Dinah. Ela deixou a raiva sucumbir e desferiu um tapa estralado na bochecha da loira.

- Que merd... QUAL É O SEU PROBLEMA?! – Dinah, agora de pé por causa do susto, tinha os olhos arregalados e a mão acariciando a bochecha vermelha e sensível.

- Você, Jane, você é o meu problema! – rosnou e voltou a estapear os ombros da loira.

Dinah apenas sabia tentar desviar-se dos punhos fechados e raivosos de Normani. A morena queria descontar toda aquela chama esquisita que estava aquecendo seu peito. Tal chama que ela pensava ser a raiva que sentia pela mecânica.

- Argh, eu te odeio! – Normani praguejou, bufando de raiva.

Dinah então, em um ato que nem ela teve tempo para raciocinar ou formular as consequências, agarrou os pulsos e girou bruscamente a morena de forma que suas costas batessem com força contra a parede de madeira rústica. Normani choramingou com a pancada na parte de trás da cabeça, mas nem teve tempo de continuar, pois, ao abrir os olhos, viu o olhar expressivo de Dinah a encarando.

Oh, Dinah Jane às vezes tinha vontade de esfolar a cara daquela mulher presa abaixo de si.

Os corpos de ambas exalavam um calor humano incrível, as respirações misturavam-se batendo contra os rostos muito próximos, os punhos se tocavam, os seios coberto pelas blusas se encostavam a cada movimento de seus tórax.

E então Normani foi a primeira a sucumbir o desejo de provar daqueles lábios bonitos à frente de si.

Ela estava tão desejosa disso que qualquer outro pensamento julgador desapareceu.

Dinah também não estava diferente. Quando sentiu os lábios de Normani contra os seus o seu peito pareceu explodir de felicidade e incredibilidade. Ela foi a primeira a pedir acesso com a língua na boca da outra, tocando a língua quente da morena. Normani agarrou as madeixas loiras e as apertou, puxando e bagunçando a cada lufada de ar entre os beijos.

Dinah escorregou as mãos pelas coxas torneadas de Normani – e por Deus, que coxas! – e agarrou a parte inferior de seus joelhos. Impulsionou o corpo da morena bonita para cima fazendo com que suas pernas envolvessem seu quadril e utilizou da parede de madeira fria para conseguir suportar seu peso.

Normani aproveitou da posição – um tanto exposta, mas ela sequer ligava – e rebolou meio desengonçadamente contra o ventre de Dinah. A loira maior apoiou as mãos abertas nas nádegas firmes e arredondadas da morena, apertando e sentindo a mulher gemer contra si.

A morena gemia por sentir um desconforto muito grande entre às pernas, ansiando por alívio. Dinah deixou que uma perna de Normani escorregasse para o chão novamente e assim livrar uma mão sua para poder tocar o seio da morena.

Sem desgrudar as bocas, de olhos fechados, ambas deixando que as mãos vagassem pelos corpos apertando, conhecendo, sentindo.

Dinah libertou os lábios já inchados e sensíveis de Normani e lambeu lentamente seu queixo macio, fazendo a morena grunhir e friccionar novamente seu centro coberto pelo jeans na perna da outra.

- Normani... – a loira suspirou manhosamente.

- Oh, Dinah... – a morena grunhiu, com a voz rouca.

Normani desceu as mãos para a bunda de Dinah, apertando com vontade e fazendo o quadril da mesma chocar-se contra si.

Normani já deslizava a mão lentamente pelo abdômen de Dinah em direção do zíper de sua calça quando o barulho de passos surgiu.

- Que barulheira é es... Jesus, Maria, José! – Harry deu um gritinho agudo ao ver as duas mulheres praticamente se comendo contra a parede.

Dinah e Normani, como se fosse imãs iguais, se repulsaram para longe, cada uma mais totalmente sem graça que a outra, por mais ofegantes e vermelhas que estivessem.

Sabiam agora que estavam bastante ferradas.


Notas Finais


kkkkkkkkkkk amodoro isso, gente!! O que acharam? Quero saber mesmo a opinião de vocês! Obrigada por aqueles que divulgaram a fic, sempre fico muito feliz com isso!! ♥
Até a próxima! ♥


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