História Into You - Secrets

-Di? Oi! -Alícia disse sorrindo ao ver a amiga parada na porta, um tanto nervosa. -tá tudo bem? 

-eu posso entrar? -Diana pediu sorrindo fraco. Alicia estranhou o comportamento da menor, mas deu passagem, fechando a porta atrás se si em seguida. 

-aconteceu alguma coisa? Você parece nervosa! -a gusman disse sentando no sofa ao lado da Ayala. 

-eu preciso de sua ajuda. É que amanhã, quando fizermos a festa da marga no sítio, eu... Eu quero fazer uma surpresa pra ela, mas ainda to sem idéia... -Diana confessou frustrada. 

-surpresa, mas... Como assim? -Alícia ainda estava confusa com a declaração da amiga. 

-eu vou pedir a marga em casamento, ali! -a menina soltou tudo fazendo Alícia levar a mão a boca, surpresa. 

-misericórdia! -a morena ainda estava surpresa demais para falar outra coisa ate que num momento ela praticamente explodiu de felicidade. -meu otp Jesus, vamos orar e agradecer! 

-mas que merda, ta pior que a valeria, para de pular, Alícia! -Diana pedia, enquanto ria da morena que não parava de dizer "minhas sapatão vão casar".

-okay, desculpe, é muita emoção! -alicia abraçou a menor. -parabéns, ai que lindo, eu, eu ajudo em tudo. Já comprou as alianças? -Alícia perguntou. 

-o dani se encarregou disso, e acredite elas são lindas! -Diana disse e a amiga soltou um "own".

-certo, eu tive uma ideia. Podemos fazer aquele negócio bem clichê, e olha que eu nem sou romântica, mas tudo pra ajudar você, ela tem um quarto na casa certo? -Alícia perguntou e a menor assentiu. -ótimo! Enquanto vocês se matam arrumando tudo la fora, eu vou pra esse quarto e arrumo tudo, mas olha não deixa ela nem sequer passar na porta daquele quarto, certo? 

-ta ok, capitã! -Diana bateu continência, fazendo a amiga revirar os olhos e rir. 

[…]

-Mario? Marga? Alguém? -Diana entrou no apartamento chamando pelo irmão e pela namorada. 

-hey baixinha! Tava onde? -Mario apareceu no corredor sorrindo. 

-na casa da Alícia, acertando os últimos detalhes pra viagem. -a menina tirou os sapatos e se jogou no sofá. -cadê a marga? 

-saiu com a Valéria, ou melhor, foi arrastada por ela pra comprar um vestido pra comemoração a noite! -o Ayala mais velho disse rindo junto com a irmã. 

-típico da Valéria. Achei que estivesse com a marce? Tá tudo bem? -Diana perguntou preocupada. 

-ta tudo ótimo, ela só ta passando um tempo com o irmão. Aliás esses dias eles não tiveram muito tempo de conversar sobre "aquele assunto"-Mario disse e Diana assentiu sabendo do que ele falava. 

Um programa passava na televisão enquanto eles ficaram em silêncio. Mario olhava atento para o aparelho enquanto a irmã fitava o céu claro com leves raios de luz do fim da tarde de sexta. Amanhã ela faria a coisa mais importante de sua vida e seu coração doeu ao saber e ter certeza que seus pais não estariam lá. O homem e a mulher que a conceberam com tanto amor não foram capaz de respeitar que a filha amava de uma forma diferente. Uma lágrima solitária fez caminho pelo seu rosto parando abaixo do queixo e então ela sentiu a mão do irmão limpar a gota de dor que emanava dos olhos dela. 

-o que houve, anã? -o moreno perguntou preocupado. Diana apenas virou de frente para ele e respirou fundo. 

-você acha que eu sou um monstro? -Diana disse fazendo Mario a olhar confuso. 

-claro que não, Diana! Que loucura. -o menino riu nervoso. -por que ta dizendo isso? 

-quando o papai descobriu que eu era bi ele me olhou como se eu tivesse uma doença... Como se eu fosse um monstro... E desde ai eu sempre tive na mente que todas as pessoas achavam o mesmo... -a menina confessou de cabeça baixa, fazendo o irmão engolir em seco. O fardo que ela carregava era pesado de mais para uma garota de apenas 19 anos. Ela nunca mereceu isso. Ela nunca mereceu o preconceito. Seu coração era tão puro e verdadeiro, ela era boa, uma otima menina e mesmo assim sofria com tanto ódio dirigido a ela. 

-mas você não é, ta legal? -o irmão disse indignado ao lembrar do jeito que o pai botou a irmã para fora da casa. -Diana, não há nada de errado com você, as pessoas é que são monstros por te odiarem pelo simples fato de que você é diferente! 

Mario se ajoelhou a frente da garota que sorria em meio as lágrimas. 

-você é incrivel, linda, a melhor garota do mundo. Você a irmã mais atenciosa e a amiga mais prestativa. Por que teria algo de errado com você? -o menino perguntou segurando as mãos da irmã. -eu sei que eles são nossos pais, mas a sua família de verdade esta aqui! Por que familia é isso, nunca abandonar oi esquecer, e eu nunca, nunca mesmo Di, vou abandonar você! 

-eu te odeio! -a menina caiu num choro leve e agarrou o pescoço do irmão, o abraçando forte, enquanto ele ria e acariciava os cabelos castanhos dela. -você é o melhor irmão do mundo inteiro, indiozinho! 

-eu te amo, anã! E me promete que nunca mais vai pensar nisso, você é incrível do jeito que é! 

-eu prometo, grandão! -a menina disse sorrindo e tocando na mão do irmão. 

Eles tinham um ao outro e nada mais importava. 

[…]

Laura estava parada na frente da faculdade são Camilo onde o irmão cursava direito. Suas mãos batiam no volante do carro de forma nervosa. Depois de 12 anos ela estava de volta, depois de fugir do passado horripilante da família ela decidiu embarcar para os EUA em busca de curar aquela maldita ferida, e conseguiu. Agora ela estava como sempre quis estar. Seus cabelos antes crespos agora reinavam lindos cachos armados dando um ar mais do que poderoso ao seus olhos pequenos e escuros. O corpo antes cheio, agora estava malhado, a cintura definida, tão linda quanto qualquer pessoa lembraria. E desde aquele maldito dia ela prometeu que nunca mais ninguém iria humilhar ela. Seus lábios sorriram ao ver a silhueta alta e, agora, malhada do irmão num macacão preto e botas bege, uma camisa branca cobria o tórax e ele sorria ao lado de... Adriano? 

"Puta merda! "

Foi o que ela pensou. Céus, ele estava tão lindo quanto a anos atrás. Seus cabelos antes caido sobre a testa agora estavam num tom castanho claro com luzes loiras, um corte moderno fazia ele ficar ainda mais lindo. Não era mais o menino gordinho e de aparencia doce, era agora um homem sexy, seu sorriso trazia algo um tanto sensual. Chegava a ser arrebatador. 

A morena se despertou dos desvaneios quando viu o irmão se aproximar da saída. Ela sorriu e dirigiu lentamente ate parar na frente dos dois, o que, claro, causou um ataque de dramatização no irmão. 

-não, por favor, não me mate! Pelo amor de Deus. -o menino falou choramingando e levantando as mãos, enquanto Adriano revirava os olhos e ria. 

-e eu achando que você tinha crescido! -a morena abaixou o vidro do carro, rindo internamente ao ver a expressão surpresa do irmão e do seu antigo amor. 

-PUTA QUE PARIU, LAURINHA! -o menino gritou largando a mochila e correndo para abraçar a irmã ja fora do carro. -meu senhor Jesus Cristo, você... Ta viva. Eu achei que... Eu achei que nunca mais fosse te ver, laur! -a menina sorriu ao ouvir o antigo apelido. 

-eu precisei ficar fora! Foi mais do que necessário. Senti tanto sua falta, meu maninho. -a morena se aninhou aos braços dele. -como vai a tia marcia? 

-se recuperando, não foi fácil perder o irmão e a cunhada! -Jaime disse tristonho ao lembrar da morte dos pais. 

-eu queria ter vindo, mas não tive forças. Sou uma covarde! -Laura disse de cabeça baixa. 

-hey, nada disso. Nem eu tive forças o suficiente para ver imagine você, eu te entendo. Ta tudo bem, hum? -o mais velho disse abraçando a menina. -agora chega de choro e vamos sair e comer, quero saber se tudo e te contar tudo também! -o palilo disse fazendo a irmã rir e então direcionar o olhar para o loiro atras do irmão. 

-oi Laura! -Adriano disse, olhando nos olhos escuros da gianolli. 

-oi, Adriano! -a menina respondeu com um sorriso torto. 

-doze anos se passaram e a tensão sexual ainda é a mesma! -Jaime comentou fazendo cara de nojo. 

-não fode, idiota! -Laura revirou os olhos e entrou no carro. -vai vir com a gente, dri? 

O loiro tremeu ao ouvir o apelido, lembrou de todos os momentos ao lado de Laura e não evitou morder os lábios, atitude que fez a menina perder a sanidade. 

-não... Eu... Não vou. Tenho que arrumar as coisas pra viagem e você precisa de tempo com seu irmão! -Adriano disse sorrindo, com as mãos no bolso. Laura apenas suspirou e se despediu dando tchau e seguiu caminho ate uma lanchonete próxima. 

Entraram no estabelecimento e sentaram numa mesa com vista para a cidade. Pediram dois sanduíches e milk shakes, coisas que ambos esperaram para voltar a comer na companhia um do outro. 

-hum, como senti falta disso! -laura disse mordendo um pedaço do sanduíche. 

-do hambúrguer ou de mim? -Jaime perguntou divertido. 

-dos dois! -laura falou apertando a bochecha do irmão. 

-o que te fez voltar? -o menino perguntou sem rodeios. 

-muitas coisas, Jaime. Não sei especifar algo. Ou talvez eu simplesmente achei que tava na hora de voltar. Tive tempo o suficiente para me tranformar na mulher que sempre quis ser! -a morena disse seria. 

-aquele dia ainda perturbar você, né? -Jaime perguntou sério. 

-sempre vai me assombrar, mas agora eu tenho forças o suficiente pra suportar isso e não apenas fugir... -Laura falou largando o hambúrguer. 

-hey, não fala assim. Você não fugiu, pelo contrário, você foi incrivelmente forte. Eu tenho orgulho de você, Laura! -o ex gorducho disse apertando a mão da irmã que sorriu agradecida. 

-e eu de você. Quem diria que o burro da sala ia se tornar um advogado, daqui a uma semana, hum? -Laura falou sorridente. -eu to tão feliz por isso! 

-valeu! Eu finalmente entendi a importancia de estudar e se esforçar, tava na hora de crescer. -Jaime falou rindo. -e você dona Laura, o que fez esse tempo fora? 

-andei por ai, encontrei uma amiga que me ajudou demais, me matei pra ter o corpo que eu sempre quis, terminei meus estudos e me formei em design de moda! -a menina disse tímida ao olhar para o irmão que estava surpreso.

-design de moda? Caraca, laur! -o menino estava surpreso e feliz pela irmã. -que bom, eu to muito feliz por você! 

-valeu. Eu tenho uma loja nos EUA e pretendo implantar uma aqui. -a menina terminou de comer seu Hambúrguer e sorriu. -é sempre bom criar raízes! 

-vai ser ótimo te ter por perto. Vai ficar comigo na minha formatura! -o garoto falou tristonho por saber que seus pais não estariam no momento mais especial da vida dele. 

-estarei lá. Quando vai ser mesmo? -a menina perguntou bebendo seu milkshake. 

-daqui a uma semana. -Jaime disse também terminando seu lanche. Laura apenas assentiu e chamou a garçonete. Pagou a conta e saíram os dois ate o carro da menina. 

-hey, hoje de madrugada vamos viajar pro sítio da avó da marga, vai ser aniversário dela. Quer ir? -Jaime falou se posicionando no banco do passageiro. 

-ah, não vai dar. Tenho que ajudar uma amiga. Mas deseje meus parabéns a ela e se divirta! -a menina disse sorrindo de lado. -bem, é aqui? 

A garota perguntou olhando para o pequeno e desajeitado prédio onde o garoto disse que vivia. 

-é sim. Não é grande coisa, mas futuramente sera algo bem melhor. -a palilo falou fazendo a irmã rir. -até domingo, quando eu voltar! 

-vou te esperar. Beijos, maninho! 

-beijos, mana!

E depois de se abraçarem o garoto entrou no prédio e a menina deu partida ate a casa alugada que estava dividindo com Larissa. 

[…]

-você tem certeza que vai ser nesse dia? -a loira perguntou a Laura que estava olhando pela janela, com lágrimas nos olhos. 

-sim. Ele me disse. -a menina respondeu seca. 

-muito bem, Laurinha. Estou orgulhosa. Logo, logo você vai aceitar que nasceu pra isso! -Larissa falou indo ate a amiga. Laura a olhou com ódio. Odiava ter que mentir para o irmão. Sempre prometeram um ao outro que jamais mentiriam, mas infelizmente teria que fazer isso para pagar o favor que devia a Larissa. A loira a tirou da lama, ajudou ela a estudar e terminar a faculdade e com a ajuda da stripper também criou sua loja que hoje é absoluto sucesso em NY. Querendo ou não, laura teria que fazer isso. 

-aceitar. -a menina deu um riso irônico. -aceitar o que, Larissa? Que eu vou destruir a vida de alguém por causa dos seus caprichos? 

-por causa que você me deve! -a loira disse rindo. Larissa prendeu Laura contra a parede e encostou o narizes de ambas fazendo a morena arfar. -sabe, eu gostaria daquela massagem agora! 

-procure outra pessoa. Estou indisposta! -a menina respondeu olhando para o lado. 

-ah, qual é. Você ja foi mais animada pra me tocar. -Larissa mordeu os lábios e então se afastou. -você viu o loirinho não é? 

-tanto faz! -laura tirou a jaqueta e seguiu para o quarto, revirando os olhos quando Larissa riu. 

-eu sabia, era óbvio. Nossa Laurinha, não achei que ainda estivesse tão fraca. -a loira deitou na cama e continou rindo. 

-vai se foder, Larissa. Ele é o homem que eu amo, me deixe em paz. -a morena entrou no banheiro e se despiu, se pondo abaixo do chuveiro em seguida. 

-ta, calma. Eu também amo um homem, mas ele me trocou por aquela vagabunda. Mas tudo bem, vou recuperar ele! -a loira disse tirando sua roupa e se posicionando na porta do banheiro. 

-ta falando de quem? Do Paulo, ou do Jorge? -laura perguntou confusa. 

-logo você saberá. -Larissa falou mordendo os lábios. 

Laura saiu do banho e se assutou ao dar de encontro com o corpo nu de Larissa. Não poderia negar, a loira era linda, mas cada vez que se deitava com a mesma so sabia lembrar dos toques de Adriano. Se lembrar de quando dormiram juntos pela primeira vez. 

-nos estamos na mesma situação, laura. Toda vez que nos brincamos eu lembro do homem que amo também, igual a você. -a loira disse como se tivesse ouvido os pensamento da maior. -mas se faço isso com você não é e nem nunca vai ser por amor, isso é so sexo, apenas para nos satisfazer. Quando isso terminar eu e você estaremos nos braços deles. E finamente todo mundo tera o seu final feliz! 

E sem demora um beijo foi iniciado fazendo com que ambas tentassem acalmar a saudade que tinham dos homens que amavam. 

[…]

" Idiota❤: gusman? Onde você tá? Queria te ver hoje!"

Alícia sorriu tristonha por mais uma vez ter que mentir pro namorado. Atualmente ela se intitulava hipocrita por ter reclamado dele estar duvido entre Alícia e Luana, mas no momento ela também estava. 

" Alicia: eu sei, guerra. Mas to ocupada, de madrugada teremos que partir e eu ainda nem fiz as malas."

" Idiota ❤: tudo bem. Te vejo as 4hrs?"

"Alícia: às 4hrs. Eu te amo"

"Idiota ❤: Eu te amo"

A menina limpou uma lágrima solitária e guardou o celular na bolsa.

 -lingerie azul? Essa é inédita, amiga! -Bibi disse sorrindo para o corpo de Luana, enquanto a morena retocava o batom roxo em seus lábios. 

-é sempre bom renovar! Aliás hoje é sexta, o dia em que eu posso escolher minha roupa de dança. -a morena falou vitoriosa e botou sua inseparável máscara. 

-acha que ele vem? -Bibi perguntou se escorando na penteadeira, olhando para Luana com preocupação. 

-eu... Eu não sei, Bianca. Mas espero que não, depois de tudo é meio difícil confiar ou criar expectativas, mas eu espero que ele não esteja lá... -confessou a stripper respirando fundo. 

-vai ficar tudo bem. Ele provou que realmente te ama, ali. Te pediu em namoro e tudo mais, pelo que eu ouvia dele na facul, bem, não era do feitio dele fazer isso. -Majo entrou na conversa ao sair do vestiário com um corselet preto de couro. 

-caralho,hein, majo. Se eu não fosse hétero te pegava! -a ruiva disse admirando o belo corpo da melhor amiga. 

-Bianca Smith mishima! -majo repreendeu a garota rindo. 

-Mishima? Que historia é essa cabelo de fogo? -luana perguntou curiosa. 

-e vem! -a ruiva abriu a porta do camarim para fugir da conversa e das perguntas com a qual seria recebida, mas ao levantar o olhar SS deparou com algo pior. 

-Larissa? -a ruiva bardou surpresa. 

Luana sentiu o sangue gelar ao ouvir aquele nome e sabia que se a loira estava presente, isso significava apenas uma coisa: seu segredo estava em risco. 

-mas que diabos você está fazendo aqui? -a stripper bradou encarando a loira que sorria sarcástica. 

-amiga! Sentiu minha falta? -a loira perguntou, fingindo afeição. 

-seu projeto de plástica! -majo bradou correndo para avançar no pescoço da mesma, mas foi parada por Bibi e Luana. 

-UI, ela ta nervosa! -larissa zombou da atitude da medsen. 

-relaxa, majo. Não vale a pena se sujar com essa ai! -Luana disse com nojo. 

-se sujar? Bom, querida, pelo menos eu mostro quem sou, ja você, bem... Vive escondida! -Larissa cruzou os braços num ar superior. 

-esculta aqui, sua cobra criada, sugiro que você tire seu cavalinho da chuva e de meia volta indo embora, para de encher a porra do saco, fazendo ameaça e o caralho. Quando é que você vai entender que nunca vai tomar o lugar da Luana? -majo despejou fazendo a loira a sua frente a olhar ultrajada. -você pode nos expor, nos destruir, afastar a gente de quem amamos, foda-se, roda a baiana, querida, mas lembre de uma coisa: você nunca, nunca, nunca mesmo vai ser a metade da mulher que a Luana é, por isso vive essa vidinha mediocre e vazia! -majo sorriu ao ver Larissa derramar algumas lágrimas. -vai embora, vagabunda, seu lugar nunca sera aqui! 

E não precisou de mais palavras para a loira virar as costas e sair marchando para fora do local e então majo pôde respirar e sorriu ao ouvir as risadas das amigas. 

-quem foi que possuiu você? Me fala, eu quero saber! -Bibi disse aplaudindo a amiga. 

-majo, você...puta merda, você destruiu ela, ela, ela chorou. Maria Joaquina medsen, a demonia chorou! -Luana deu pulinhos de animação enquanto majo ria, aliás nem ela mesma acreditava no que fez. Sempre foi uma das mais centradas das amigas, perder o controle nunca fez seu tipo, mas fazer isso, bem, ela confessava, era libertador. 

-não sei o que deu em mim, meninas, mas eu digo que nossa, eu to me sentindo ótima. -a garota disse sorrindo. 

-é sempre bom bancar a Bibi, eu quando faço acho ótimo! -Luana disse apenas para irritar a ruiva. 

-vai tomar no olho do seu brioco! -Bibi falou irônica. 

-okay amores, sem mais conversas. Alias, é hora do show Luana! -majo disse sorrindo maliciosa. 

A stripper respirou fundo e saiu a caminho de seu palco. Sim, aquele era seu palco. Sua casa. Não conseguia se ver longe dali, ela era o motivo daquele lugar esta intacto e ainda melhor. 

(Criminal - Britney Spears)

Seu corpo balançou lentamente, aproveitando cada nota da música. Seus olhos se mantinham fechados, enquanto suas mãos passeavam pelo corpo moreno. 

Luana se escorou na barra de ferro, descendo seu corpo ate o chão. Suas pernas abriram lentamente fazendo uma perfeita abertura. Ela subiu o corpo e abriu o fecho do sutiã, e então virou de frente fazendo o público ir a loucura. Notas e mais notas voavam sobre o corpo suado e malhado da mulher, que sorria ao ser idolatrada. 

Logo seus dedos seguraram na barra da calcinha azul. E então ela arrebentou a peça mostrando sua intimidade totalmente depilada. Todos entraram numa grande euforia. Varias palavras sujas e extremamente vulgares foram disparadas, fazendo a stripper morder os labios e desfilar ate uma cadeira que havia no centro do palco. Ela sentou, rebolando no ritmo da música ate que no fim, ela esticou o corpo sentindo a água gelada cair sobre seu corpo, terminando assim mais um de seus espetáculos. As palmas encheram o lugar, enquanto Luana voltava ao camarim, satisfeita pelo trabalho bem feito. 

Do lado de fora, laura saia do local direto para o carro, encontrando uma brava Larissa dentro do carro. 

-agora eu entendo o por que que você odeia ela! -laura falou colocando o cinto. -ela realmente é boa! 

-ótimo, começa a puxar o saco dela também. Eu sou muito melhor que ela, acredite! -Larissa rosnou cruzando os braços. 

-Ah,vai dizer que você nunca sentiu vontade de tirar uma casquinha? -a morena disse rindo da cara da loira. 

-vai pro inferno, laura. Pro inferno! -dito isso a gianolli deu partida rindo da irritação da amiga. 

[…]

-estamos atrasadas, garotas! -Alícia disse pegando a bolsa e apenas colocando seu sobretudo. 

-calma ai, ali, que eu ainda to me recuperando do seu show! -Bibi falou divertida. 

-ainda não acredito que você ficou nua. Que tiro, Jesus! -majo falou abrindo a porta do camarim. 

-parem com isso, eu to ficando com vergonha, serio! -alicia disse rindo e entrando no banco de tras do carro das três. 

Bibi dirigiu rápido, aproveitando a madrugada calma no transito para ganhar tempo. Chegaram em casa em menos de 20 minutos e ambas correram para seus quartos. Alicia entrou no banheiro e tomou seu banho. Bibi fez o mesmo, enquanto majo terminava de arrumar suas malas. Carmem estava na cozinha fazendo chocolate quente para ambas. 

Alícia saiu do banheiro e rapidamente e se vestiu. Pegou as malas ja prontas e levou as mesmas para a sala, encontrando Carmem e bibi tomando chocolate e majo retocando sua maquiagem. A morena sentou na mesa e bebeu seu chocolate quente e se espantou com o barulho da campainha. 

Majo levantou e abriu a porta sorrindo ao ver Paulo e kokimoto parados na porta. 

-já estamos pronta. Vamos meninas?-a medsen falou pegando as bolsas. As três amigas fizeram o mesmo, descendo do apartamento. Alícia se encarregou de trancar o local e descer em seguida. Bibi, majo e koki se acomodaram no carro da ruiva. Ja Carmem e alicia no de Paulo. Ambos dirigiram ate o predio onde margarida morava com Daniel, assim que chegaram margarida deu um suspiro de alívio. 

-graças a Deus, achei que não iam chegar! -a caipira falou cumprimentando cada um. 

-culpa do seu amigo, marga! -Alícia disse se referindo a Paulo. 

-falei pra não prender ela no elevador, guerra! -margarida disse rindo enquanto Paulo sorria sarcástico e alicia corava como um pimentão. 

-misericórdia, já chega de filme pornô por hoje, temos que ir enquanto o céu ta limpo! -Diana disse fazendo os amigos rirem. 

-filme pornô, falou a pessoa que geme mais alto que gato no cio! -Daniel disse recebendo um tapa da irmã. 

-Daniel! -margarida falou corada. 

-eu não mereço isso! -Alícia disse rindo e entrando no carro do namorado junto com Marcelina e Mario. 

No carro de bibi, Cirilo ja se posicionava no lugar do motorista e majo ao seu lado, juntos com a ruiva e kokimoto no banco de tras. 

Valéria e Davi iam na parte da frente da caminhonete do judeu, levando com eles Daniel e Carmem que conversavam sobre algum cálculo matemático. 

E no último carro, margarida se ajeitava na cadeira, Diana tratava de colocar alguma música, enquanto Jaime e Adriano faziam um lanchinho no banco de trás. E assim eles seguiram caminho, junto a oração silenciosa da pequena Ayala.