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História Into You - She's gone?


Escrita por: Rapha_damasco

Notas do Autor


Oi meus amores. Tudo bom?
Primeiro quero agradecer aos mais de 160 favoritos. Vocês conseguem entender que essa conquista não é so minha, ela é NOSSA! nós conseguimos isso e sei que com a ajuda de vocês conseguiremos muito mais. ❤ #rumoaos200

Bom gente vou começar fazendo um pedido: antes de vocês começarem a ler BAIXEM essas músicas aqui:

1-goodbye / avril Lavigne
2- i told you so / Kathryn dean
3- Saturn/sleeping at last

E é isso...

Boa leitura ;(

P.s.: eu chorei como criança escrevendo esse capitulo....

Capítulo 27 - She's gone?


O caminhão bateu de frente a uma árvore. 

Paulo, Cirilo e Davi pararam o carro bruscamente, suas mãos tremiam enquanto viam a fumaça subir do carro da amiga. Eles correram até o veículo e viram Margarida tossir. Com dificuldade Paulo arrancou Jaime do banco de trás, Daniel e Davi puxaram Adriano que estava desacordado. Mario travava uma luta com Margarida para que a mesma saisse do carro para eles poderem tirar Diana de lá. E depois de um bom tempo ela cedeu, saindo do carro mancando, com ferimentos pelo rosto. Após abrirem a porta, Paulo arregalou os olhos ao ver o estado da Ayala, seu rosto estava banhado de sangue, em seus braços pedaços de vidros finos estavam grudados. Ela estava imóvel. Ele afastou o banco e tentou puxá-la, mas as pernas da menina estavam presas nas ferragens. 


-Diana! Cadê ela, Paulo? Tira ela daí! -Margarida gritava ao ver Paulo fazer tentativas frustradas. 


-liguem pra ambulância, tá dificil tirar ela daqui! -Paulo gritou e como se num pedido dos céus, eles ouviram as sirenes. Luzes e mais luzes. Paramédicos e bombeiros chegaram e a correria tomou conta do lugar. Duraram mais de vinte minutos para o pequeno corpo de diana ser retirado do carro. Margarida correu até ela e se desesperou ao ver a namorada tão machucada. 

Ela entrou, junto com Diana, dentro da ambulância. Jaime e Adriano foram levados em macas para a segunda ambulância que lá estava e logo os amigos correram e deram partida no carro. 


Os bombeiros tratavam de apagar o fogo que se iniciava no caminhão, enquanto margarida segurava a mão de Diana, aflita e com um medo que nunca sentiu antes. 


Seu corpo estava gelado, suas mãos tremiam em contato com a menina deitada na maca, desacordada. As lágrimas de Margarida caíam como cachoeira sobre o rosto da Ayala e ela tentava entender o por que de não ter dado ouvidos a Diana. Tudo o que se passava pela mente da Garcia, bem, ela não queria nem pensar direito. Tentava afastar quaiquer pensamentos ruins. Tentava ser otimista, e lembrar que elas duas ainda tinham uma vida inteira pela frente. 


Margarida encostou o rosto no de Diana e respirou fundo. Sempre ouviu dizer que pessoas desacordadas ou em coma, ouviam o que os outros falavam e se isso era verdade ou não, ela iria tentar fazer com que sua noiva lutasse. Margarida não poderia perder ela, ela não suportaria. 


-oi, amor.... -uma longa pausa foi presente para a Garcia segurar as lágrimas. -eu... Eu não sei se você tá me ouvindo, mas... Por favor, meu amor, lute! Não deixe que isso vença você. Você consegue, nós conseguiremos. -margarida soluçava enquanto tentava não se desesperar -eu não posso perder você! Eu estou com muito medo, Di! Eu to com medo de perder você pra sempre. Medo de nunca mais olhar nesses olhos lindos, medo de nunca mais beijar seus lábios tão doces. Minha pequena... Não vai embora, não, por favor... Eu... Eu amo você, Diana Ayala Garcia! Amo mais do que a mim mesma... 


Margarida desabou sobre o peito da menor, chorando toda a dor que sentia. A culpa tomava sua mente e a dor e o medo a deixavam desesperada. Ela não sabia o que fazer, sempre foi tão confiante, tão forte e independente, agora via sua vida depender da de Diana. Era como se um laço prendesse seus corações. Margarida mal conseguia respirar sem ver Diana bem. 


-eu queria tanto tá no seu lugar. Queria estar sentindo sua dor. Eu odeio ver você tão machucada por minha culpa, amor... Eu sinto muito, linda. Eu sinto muito... -a menina levantou o rosto e selou seus lábios nos de Diana e sentiu a mesma sensação do primeiro beijo delas. -volta pra mim, amor! Você consegue. 


A ambulância parou e a namorada foi tirada de seus braços bruscamente, antes de tudo, margarida puxou o lenço roxo que havia no cabelo da menina, um dos seus favoritos. 


A caipira desceu do veículo as presas e seguia o caminho que os enfermeiros faziam com a maca, e quando eles adentraram a sala de cirugia, Daniel teve que segurar a irmã para a mesma não acabar entrando junto. 


-Marga, calma. Eles vão cuidar dela! -Daniel disse chorando ao ver a irmã assim. 


-ela tem que ficar bem, Dan! Promete pra mim que ela vai voltar? -a menina perguntou com esperança de que o irmão mais velho pudesse passar confiança a ela. Mas Daniel não sabia o que dizer, sempre foi tão inteligente, mas agora ele não conseguia prometer algo para a irmã. Não poderia fazer ela acreditar em algo incerto. 


-vai ficar tudo bem... -foi tudo o que ele disse antes da irma desabar no chão, sendo amparada pelo irmão que a abraçava forte e chorava junto com ela. 


Mário estava com o rosto escondido nas mãos enquanto Marcelina não o largava. Tudo o que passava por sua mente era sua princesinha ali naquela sala, desacordada, ele tinha medo de perder e sabia que a culpa seria eterna não só nele, mas também em Margarida, os dois iriam se odiar pelo resto da vida. O menino então começou um choro alto e doloroso, assutando a namorada que o abraçou forte. 


-eu me odeio, Marcelina! Eu me odeio... Era pra eu ta no lugar dela. Eu.. 


-para com isso, amor. Ela vai ficar bem, confia em mim, confia... Confia em Deus. Eu não sei se você acredita nele, ou não, mas confia... Ela vai ficar bem! -Marcelina disse apertando o moreno em seus braços. 


-eu não posso perder minha irmã, não posso... -Mario falou, em meio a soluços. 


O resto dos amigos ainda estavam em choque, tudo foi muito rápido, ainda era muito estranho. 


A preocupação era tripla já que Adriano e Jaime também se acidentaram. Margarida foi a que menos sofreu danos, talvez a preocupação com a namorada a estivesse mantendo acordada. 


Aquilo parecia um grande inferno para Alícia, ela sempre odiou hospitais, sempre odiou ter que estar em um. Sua relação com esse tipo de lugar nunca foi das melhores, a última vez que esteve em um foi quando a mãe quase morreu e ela teve que tomar a decisão de ser uma stripper, e agora tinha medo de sair mais uma vez daquele lugar com uma notícia ruim. 


[…]


-batimentos cardíacos? 


-84...é baixo demais! -a enfermeira disse preocupada. 


O médico responsável respirou fundo e olhou para a garota na maca. Ele precisava salvá-la. 


Depois de limparem o rosto de diana, ele tratou de tirar cada caco de vidro por seu corpo, ao seu ver estava tudo bem, apenas algums escoriações nos braços e pernas, mas ao baixar o olhar para o quadril da menina ele prendeu a respiração. 


-ela tá com hemorragia interna, vamos ter que operar! -ele disse sério e a enfermeira auxiliar arrumou a mesa de equipamentos. 


O procedimento era incrivelmente demorado e o homem estava fazendo de tudo para salvar Diana. Sabia bem como era ver quem ama morrer, não queria que aqueles garotos perdessem a amiga. 


Na sala ao lado, Adriano e Jaime foram internados. Como estavam no banco de trás, ambos não sofreram mais do que escoriações e o mais grave foi o braço quebrado de Jaime. Segundo a médica responsável, eles estavam fora de perigo, mas teriam que ficar sobre observação. 


Tudo estava ocorrendo bem na cirurgia, o doutor Carlos ja estava terminando o procedimento e seu coração estava aliviado por salvar mais uma vida, mas infelizmente, ou felizmente, estava na hora da garota ir. 


Um bipe alto nos monitores avisaram uma parada cardíaca, o lugar ficou um alvoroço, Carlos sentia as mãos trêmulas, não poderia falhar, era sua missão ali. 


Ele fez tudo o que conseguiu, tudo o que podia, tentou reverter a situação, mas o monitor mostrou que o coração da garota havia parado. Ela se foi. 


-sinto muito, doutor! -a médica que o auxiliava disse tristonha. 


-não tanto quanto as pessoas que amam ela!


[…]


O médico saiu da sala e caminhou pelos corredores lentamente, a luz do sol ja invadia o local, avisando que era dia. Ele tirou a touca e as luvas jogando as mesmas no lixo. Seus pasos eram pesados, assim como a dor em seu coração. Ele dobrou o corredor e avistou os jovens sentados no chão, aflitos e chorosos. Engolindo em seco ele criou coragem para chegar até os garotos que ao verem se levantaram instantâneamente. 


Uma menina de pele clara, olhos verdes e cabelos negros, caminhou ate ele, ela tinha o rosto inchado por conta do choro e cortes leves nos labios e perto dos olhos. Mas nada foi mais assustador do que a angústia e tristeza que seu olhar carregava. 


-Cadê a Diana, doutor? Ela... Ela ta bem? 


O médico olhou por cima do ombro da garota e seu olhar se encontrou com o de Daniel que na mesma hora entendeu o que o doutor quis dizer. O Zapata abraçou a irmã por trás e a menina ainda esperava uma resposta. 


-você salvou minha noiva, não é? -a menina perguntou otimista. 


-nós fizemos de tudo. Ela não resistiu... 


Margarida sentiu o chão sair de seus pés naquele momento. O doutor não aguentou muito e virou as costas, temendo chorar. Alias saberia que a cena a seguir era a pior de todas. 


A caipira ficou minutos respirando rápido e fundo. Ela oscilou e então seu olhar se cruzou com o de Daniel. 


-me diz que isso é mentira, dan... Pelo amor de Deus, me diz que é mentira, me fala que ela ta caminhando agora, sorrindo, vindo me abraçar e dizer que foi so um susto, por favor me diz! 


-eu sinto muito, Marga! 


E então a Garcia caiu de joelhos no chão, gritando e chorando alto, os amigos viraram e se abraçaram, sentindo a dor da menina. Daniel ficou na mesma altura da irmã, abraçando a garota que gritava contra seu peito. 


Margarida não conseguia definir o estagio de sua dor. Seu peito parecia que ia explodir, sua garganta doía, suas mãos tremiam e ela so queria fechar os olhos e nunca mais acordar. Seu coração não aceitava que a noiva tinha acabado de morrer, ela não conseguia acreditar, tudo parecia irreal, uma grande mentira. 


-não, não, não.... Não! -sua voz saia baixa, era tudo o que ela conseguia dizer no momento. Daniel estava quebrado por ver a irmã assim. Ela havia vivido o melhor momento de sua vida, Deus era tão bom que havia deixado que a baixinha se despedisse da noiva, dado a ela uma noite para mostrar todo seu amor. 

Mas ele precisaria de diana no céu agora. Precisava de mais uma estrela para brilhar ao lado dele, no imenso universo. 


-eu matei minha noiva, dan. Matei a mulher que eu amo... Eu... 


-a culpa não foi sua, linda, foi daquele idiota. Você tentou salvar ela, agiu com coragem, pensou nela primeiro e depois em você... Sei que da onde ela está feliz por você ter sido a heroína dela, mas ela precisou partir! 


A menina voltou a chorar com força, seus braços batiam no chão na tentativa de causar uma dor maior do que a que seu coração sentia. Era impossível. Perder a amada seria a maior dor que sentia na vida. Era como se pegassem seu coração e enfiassem facas afiadas no mesmo. Ela não tinha mais vontade de viver. Tudo ficou cinza. Tudo acabou naquele momento. 


Daniel tentou agarrar a irma nos braços ao ver a maca com o corpo de Diana vir no corredor, mas o ouvido da Garcia captou o barulho e ela reconheceria aquela pele e os cabelos curtos e negros em qualquer lugar. A menina levantou um pouco fraca e caminhou até a maca, os enfermeiros tentaram impedir, mas o doutor Carlos deu a permissão e ambos se afastaram. 


A menina chegou até o corpo ja morto da noiva e passou os dedos pelo rosto pálido de Diana. Sentiu seu mundo cair mais uma vez. Ela estava tão, linda. Mesmo sabendo que a noiva jamais acordaria, ela estava linda. Seus cabelos ainda tinham o mesmo brilho, seus lábios ainda estavam vermelho, sua pele ainda trazia o cheiro de camomila que ela tanto amava. 


Diana sempre trouxe paz ao mundo conturbado de Margarida. Nos momentos em que a caipira perdia a cabeça, diana a abraçava e sorria, acalmando o caos que era o coração da morena. 


-você é tão teimosa quanto eu, amor. Eu pedi tanto, tanto, tanto pra você ficar, pedi pra você lutar, mas... Por que me deixou? Eu não quero ficar sozinha, eu to com tanto medo, Di. Eu to com medo, eu quero você de volta, por favor, eu te amo. -Margarida apoiou a cabeça no peito da menina e deixou que as lágrimas corressem livremente. 


-vai demorar muito pra eu te ver? Deus poderia ter me levado junto, por que ele levou só você? -a menina questionou olhando para o teto. 


-talvez seja porque... Ele quer te dar uma noca chance de ser feliz, Margarida. Você fez da Diana a menina mais feliz do mundo, eu nunca vi ela sorrir tanto, ela... Ela passou a viver depois que te conheceu e nesse pequeno infinito você mostrou a ela o que é o amor! -Mario falou ao lado oposto da maca. Margarida apenas o fitou e tentou sorrir, mas ambos estavam machucados. 


-por que está me consolando? Era pra eu fazer isso com você, não ao contrário! 


O moreno passou as mãos pelo cabelo da irmã e sorriu fraco. 


-eu perdi minha irmã, Marga, mas você... Você perdeu uma parte sua, a qual eu sei que nunca vai ser substituída! -Mário confessou com lágrimas nos olhos. 


Margarida fechou os olhos e arrastou o nariz, fazendo um carinho leve por toda a extensão do rosto delicado da Ayala. Ao parar sobre os labios e menina sorriu, naquele momento lembrou de todas as vezes que tocou os lábios da menina, e então selou pela última vez os lábios da garota. Ficou minutos alí, sem pensar em mais nada. Apenas aproveitando a última vez que a tocaria assim. 


-Obrigado por ter me mostrado o amor, por ter me feito sua todos os dias, por me fazer sorrir, por enxugar minhas lágrimas, obrigado por não desistir do nosso amor e por lutar por nós duas, obrigado por ser forte e vencer tantas coisas, obrigado por me mostrar quem mereceu meu coração. Obrigado por me amar. Ta doendo muito, eu, eu queria tanto ir com você, queria segurar sua mão e finalmente dizer: eu disse que ficaríamos juntas para sempre! Eu... Eu daria tudo, Diana, tudo pra ter você de volta, mas... Você tem que ir... Eu tenho que te deixar ir. Eu te amo pra sempre, Diana Ayala Garcia, pra sempre!


Notas Finais


#ThankYouDiana. ❤😢


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