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História Into You - Game over?


Escrita por: Rapha_damasco

Notas do Autor


PUTA MERDA

200 FAVORITOS

AHHHHHHHHHJH

EU TO SURTANDO

SOCORRO

gente,ai jesus

Meus amores, eu to tão feliz. Como assim nós conseguimos? Uma fic que começou do nada, apenas por diversão e agora tem sido o grande pilar da minha vida. Fico tão feliz quando vejo algumas pessoas comentando do quanto gostam, que queriam que a fic virasse uma livro hahaha quem sabe,não é?

Um dia talvez a gente chegue lá,mas por hoje,agora, esse reconhecimento vale mais que muita coisa.

Quero agradecer a cada um, cada um mesmo. Cada pessoa desde a 1 até a pessoa de numero 200 que favoritou essa historia.

Eu amo muito vocês, meus amores!

Agora de presente, curtam esse cap e não morram hushshhshs

Beijos de damasco. ♥
#200FavsIntoYou

Capítulo 35 - Game over?


"Querida stripper,

Gostaria de agradecer pela noite... Digamos, proveitosa. Até porque não foi nada especial. Você fez um bom trabalho, me fez gozar, foi bom. Pelo menos minha viagem será mais relaxante. 

Seu pagamento está no envelope branco em cima do mesmo lugar que você encontrou essa carta. É o suficiente? Não? Dane-se!  Aliás é isso o que você vale. Ou melhor, você não vale nada, mas como sou um homem de bom coração decidi ajudar. Aproveite a última coisa que conseguiu de mim. Obrigado! 


Com ódio e nojo, Paulo Vieira santos Guerra"


-Seu filho da puta! -a morena gritou,jogando a carta no chão. -Desgraçado. Eu odeio você,Paulo guerra, eu odeio você!


As mãos finas socavam a porta trancada do quarto do moreno. Aquela altura,paulo já estava longe de tudo. De são Paulo, dos amigos, de Alícia. 


-Você vai pagar por tudo, Guerra! Por tudo.... -a voz da morena morreu assim que ela sentiu as lágrimas molharem seu rosto. Seu corpo virou de costas para a porta e ela caiu sobe o chão gélido do quarto, soluçando enquanto abraçava o corpo pequeno que estava arrepiado devido ao frio do ar-condicionado.


-como você pôde, guerra? Como você pôde fazer isso? Como pôde me enganar da forma mais estúpida e cruel que existe...como, meu amor, como? -essas perguntas eram apenas uma das mil que Alícia tinha na mente no momento.

Várias outras rodavam sobre sua cabeça. Ela foi enganada. Ele deu o troco. Ele se vingou.


Paulo a amou. Ele fez ela acreditar que tudo estava bem, que o passado seria totalmente esquecido, ele fez ela acreditar em cada beijo, em cada toque, em cada palavra. Um verdadeiro ilusionista de amores. Naquele momento, Alícia era apenas mais uma na lista de Paulo, uma stripper sexy que ele comeu e depois jogou fora. E mesmo que o coração de Alícia dissesse que aquele amor havia sido real, a razão gritava, dizendo que esse era o momento perfeito para Alicia Luana gusman dar a volta por cima. Aliás ela sempre foi assim. Independente, forte e imponente. Nunca precisou de homem nenhum pra fazer o que queria da vida. Ela sempre foi e sempre vai ser melhor sozinha.


Mesmo com a cabeça a mil, a morena ouviu passos no corredor da casa. Seu interior a fez acreditar que paulo estava alí, que ele tinha mudado de idéia, mas tudo o que ela ouviu foi a voz fina e chorosa de Marcelina.


-Oi? - a guerra disse, com o rosto colado na porta. -tem alguém ai?


E foi só nesse momento que Marcelina ligou as peças. A ida de paulo, o motivo ter sido Alícia, a vingança. Tudo se ligou e num misto de nervosismo e desespero, a menina procurou pela chave que estava enganchada na fechadura.


Marcelina abriu a porta, encontrando a ex-cunhada sentada perto da cama com apenas uma blusa grande cobrindo o corpo.


-Alícia, meu Deus, você ta bem? -a menor perguntou preocupada.


-bem? -a morena respondeu, rindo debochada. -eu tô ótima,não ta vendo? Seu irmão fez um bom trabalho, Celina!


-eu sinto muito, Ali. Sinto muito mesmo!


-não, você não sente! -a gusman respondeu ríspida, se levantando e indo ate o banheiro.


Marcelina seguiu a menina que fechou a porta do cômodo, retirando a roupa e começando um banho rápido, queria sair daquele lugar o mais depressa possível. O perfume de Paulo estava impregnado no lugar, aquilo estava dando náuseas nela.


-ele realmente foi um idiota,machista, cruel...e todos os adjetivos horríveis. Eu sei que nada do que eu falar vai resolver,mas Alícia, o Paulo te ama. Ele só ta machucado demais pra perceber isso. Por isso ele bolou essa... Coisa. E depois foi embora! 


Ao ouvir aquilo Alícia travou. Ele... Ele havia ido embora? Fugido como um covarde? Ele não a dispensou simplesmente. Ele fez o que fez e fugiu, pra bem longe. E mais uma vez lá estava ela chorando. Finalmente sua dor se mostrava definitiva.


-Eu não to defendendo ele, apesar de ser meu irmão. Eu to aqui pra te falar que não vale a pena esperar, Ali. Se um dia ele voltar, infelizmente será bem pior. E você merece muito mais que um homem covarde e machista. Você é linda, incrível, inteligente, uma mulher maravilhosa. Merece alguém maravilhoso também. O amor não é fácil, sabe? Mas uma hora a gente acha o caminho certo. Eu agradeço por ter te conhecido, agradeço por que hoje eu sei que se um dia eu quiser ser como alguém, depois da minha mãe, eu quero ser como você! -a mais nova dos guerra disse, sorrindo em meios lágrimas. Nesse momento Alícia abriu a porta do banheiro, saindo apenas de roupão. As lágrimas se misturavam as gotas de água que caiam como chuva sobre o sorriso da gusman.


-eu sou um péssimo exemplo a ser seguido, Celina! -a mais velha disse, rindo.


-porque? -Marcelina questionou, sentando na cama, enquanto Alícia se vestia. -Só por que você é uma stripper? Poderosa e sexy? Quem dera eu fosse assim, tudo o que eu sei é as vezes ser fofa e as vezes ser um poço de arrogância!


-que contraditório! -a gusman respondeu rindo. -Mas eu nunca fiz nada certo na minha vida, e você é perfeita do jeito que é. Então siga o lema: faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço!


Alícia sentou ao lado da menina, sorrindo e segurou suas mãos. Era incrível como a minutos atrás ela estava chorando e agora estava se sentindo um tanto leve. 


Irmãos guerra e seus efeitos.


Que ironia.


-fico feliz que mesmo com o que aconteceu, você ainda assim não me julgou!


-ninguém de nós fez isso, só meu irmão,mas com ele é mais complicado. Enfim! Tudo o que eu tenho a dizer é que você precisa seguir em frente, mostrar pra ele, pra Larissa e pra qualquer pessoa que queria te ver na lama, magoada, chorando, que você é melhor!


-valeu, baixinha, de verdade. -Alícia disse, sorrindo emocionada. -Eu to muito triste, sério. Agora eu to sorrindo e conversando,mas eu sei que pro resto da minha vida essa dor de perder o paulo vai me perseguir, e sabe por que?


-Por que um amor de verdade não se acaba! -Marcelina completou, convicta.


-exato. Eu sempre vou amar o paulo e eu sei que ele sempre vai me amar, porém o destino não nós fez pra ficar juntos. É assim que tem que ser, e assim será, mesmo que isso doa, eu vou aceitar!


E dito isso,  a gusman abraçou Marcelina  chorando,  e pegando a carta que Paulo havia deixado,  ela se levantou e foi embora. 


-Adeus, Celina! 


Alícia disse, se despedindo da menina. Um adeus que para ambas parecia ser eterno, memso que no fundo elas soubessem que aquele adeus era apenas o começo daquela grande amizade. 


-Adeus,  Lícia! 


[…]


-Majo, preciso de ajuda!  -a morena disse alto, assim que chegou no apartamento. 


-Pelo amor de Deus,Alícia, até que enfim. -Carmen falou, abraçando a amiga. -Cadê  o Paulo? 


-Foi embora! -respondeu a gusman, séria. 


-Oi? Como assim foi embora? 


-embora, Carmen. Fugiu, partiu, foi embora. Cadê a Maria? -a menina falou normalmente. 


-ela... Tá no quarto -Carmen respondeu sem saber muito bem o que estava acontecendo ali. 


A nerd ficou alguns segundo assimilando tudo e então a ficha caiu. 

Com passos rápidos a garota entrou no quarto de majo, avistando Alícia revirar o guarda-roupa da amiga. 


-então a hipótese da tia mariana tava certa? Ele te enganou, não é? -a melhor amiga perguntou, calma. 


-pra você ver como o mundo é injusto,  Car. -Alícia disse, sem animo. -Ele me proporcionou a noite mais linda, com amor, paixão, romance, prazer, tudo. Me fez acreditar que nós teríamos uma segunda chance, mas assim que o dia raiou ele foi embora, deixando uma carta e 500 reais! 


-500R$? Mas pra quê ele iria deixar esse dinheiro? -a garota de óculos questionou intrigada. 


Em resposta, Alícia entregou nas mãos da amiga a carta do Guerra. Assim que Carmen começou a ler, seu queixo iria parar no chão. A face se transformou em confusão, um misto de raiva e tristeza de instalou nela. 


-eu não acredito nisso... Isso... Meu Deus! -a menina disse, horrorizada. 


-eu também não quero acreditar, sabe? Esse amor é grande demais a ponto de me cegar e achar que isso não foi por mal, só que foi ele que escreveu. O homem que eu amo escreveu isso e eu tenho que abrir os olhos pra ver que acabou, mas eu não quero Carmen, porque eu amo ele pra caralho! -foi instintivo. A melhor amiga puxou rapidamente Alícia para um abraço aconchegante. Carmen não tinha o que dizer, não haviam palavras para servir de consolo. Tudo o que ela poderia fazer era abraçar a melhor amiga e dizer atraves daquilo que Alícia não estava sozinha. Mesmo que a cabeça dura da morena dissese ao contrário. 


-Tá doendo muito, muito mesmo, mas eu não quero passar o resto da minha vida me lamentando.  Eu vou levantar e reagir, Car. Vou esfregar na cara daquele filho da puta que eu sou melhor que ele, melhor que ele e aquela vagabudna da Larissa. Se eles querem ver o circo pegar fogo, então é isso que eles vão ver! -Alícia disse, sorrindo maliciosa. 


-e como você pretende fazer isso? 


-vou começar deixando a velha Alícia gusman para trás, a garotinha idiota e besta. Preciso da sua ajuda pra isso! 


-e o que quer que eu faça? -Carmen perguntou, um tanto assutada com o tom de mistério na voz da amiga. 


-pegue álcool e um isqueiro, vamos tacar fogo em mim! -a menina disse rindo. 


-você é doida! -a Carrilho respondeu rindo e seguindo até a cozinha. 


A nerd pegou o que a amiga havia pedido e foi até o quarto da mesma que estava no banheiro, com todas as suas roupas jogadas dentro do box. 


-aqui está! -Carmen falou entregando os utensílios a amiga. -Pronta?


-mais do que nunca! 


E então, a morena abriu a garrafa de álcool e despejou sobre todo o monte de panos, molhando o máximo de peças possíveis. Com um movimento, ela ascendeu o isqueiro e jogou, sorrindo ao ver as chamas surgirem como um vírus, consumindo tudo. 


-okay, você é louca, extremamente louca, Alícia! -Carmen disse, rindo. 


-Alícia, não. A partir de hoje, ela morreu. Hoje quem vive e comanda esse corpinho lindo e maravilhoso, sou eu, Luana Gusman! 


A morena disse, mordendo os lábios. Carmen apenas fechou os olhos, rindo e negando com a cabeça. 


-seja bem vinda de volta, amiga!


[…]



-Alícia? Telefone pra você... Eita! -Maria exclamou assim que viu a morena colocando o resto das roupas dentro de um saco preto. -o que aconteceu aqui? 


-A Luana tacou fogo na Alícia! -Bibi disse, sorrindo. 


-o que?  Como assim? To confusa! -A patricinha disse, atordoada. 


-eu queimei minhas roupas, majo, e preciso da sua ajuda pra comprar novas! 


-okay, legal. Isso é um universo paralelo onde minha amiga marrenta foi abduzida por aliens e botaram uma outra mulher parecida com ela, mas com um ar psicopata? -Majo falou tentando achar uma explicação pra situação. 


-quase isso, mas tirando a parte da abdução. Então, vai me ajudar nas compras? -a morena disse, sorrindo. 


-claro, com prazer! 


-ai, que delícia! -Bibi disse mordendo os lábios e revirando os olhos. 


-ta doida, mulher? -A medsen falou com a mão no peito. 


-prazer... É uma bela palavra! -a ruiva disse calma. 


-Meu senhor, esse dia tá mais estranho que novela mexicana! -Maria falou rindo. -mas antes das compras, quer me explicar o que houve? 


-ah... Não sei se consigo fazer isso, car. -como numa mudança de humor repentina, Alícia saiu do cômodo, indo até a varanda e se apoiando na mesma. Odiava o fato de seus sentimentos estarem como uma montanha-russa. Era tedioso. 


-o que aconteceu? -Mariana perguntou, assim que entrou no quarto. 


-é complicado. Tudo o que posso dizer, tia, é que suas teorias estavam certas! -Bibi falou, tristonha. 


-me digam qualquer coisa, menos isso. -a mulher pediu, esperançosa, mas quando viu que o assunto era sério, seu rosto se transformou num misto de raiva e tristeza. -Ainda bem que aquele garoto ta longe o suficiente pra eu não matar ele! 

-relaxa, mãe, o Paulo foi embora. Vai ficar pra lá um bom tempo, espero que pra sempre! -Alícia disse, limpando o rosto. 


-eu sinto muito, Alí. -Majo falou, abraçando a amiga. 


-tá tudo bem, por enquanto. Uma hora eu vou ter que aceitar, então que seja o mais rápido possível! 


-eu não sei o que te dizer, meu amor. Queria poder te ajudar, mas... 


-mas você pode. Eu confesso que to morrendo por dentro, mas hoje, pelo menos hoje eu quero esquecer que aquele traste fez parte de mim. Quero sair, fazer compras e nascer de novo. Sem Paulo, sem boate, sem nada. Apenas eu, minha mãe e minhas irmãs. Okay? -a menina disse animada. 


-tá legal, gata. Vou trocar de roupa! -majo falou, batendo palminhas e indo para seu quarto com bibi. Carmen apenas sorriu e foi para a sala, esperar as amigas, deixando as gusman a sós. 


-hey, pirralha. Eu ainda te amo, tá? Vai ficar tudo bem, minha filha! -Mariana disse, afagando os cabelos da filha, que assim que se viu só com sua heroína, caiu num choro forte. 


-eu também te amo mamãe, e preciso de você mais do que nunca! 


-eu vou estar aqui, pra sempre! -Mariana prometeu para a filha que sabia que aquela promessa não se quebraria. Mesmo com tudo o que aconteceu, sua mãe ainda era a única que ela tinha certeza que só a deixaria caso morrese. 


Estar com mariana fazia com que Alícia percebesse que a vida tinha outros amores verdadeiro mais importantes que apenas um homem. Paulo a decepcionou, mas o amor de sua mãe ainda estava ali a sustentando. 


-okay, gatas, vamos logo pra gente aproveitar bem o dia. Prontas para trazer uma nova Alícia gusman a vida? -Majo falou, como a boa universitária de moda que era. 


-com certeza! 


[…]


Isso era, de longe, seu pior pesadelo. 


Como pode ser possível a vilã da história simplesmente se arrepender e querer voltar atrás? 


Não tinha a mínima lógica. Era ridículo. 


Tudo o que ela sempre quis foi vencer sua inimiga. E ela conseguiu. Mas a partir do momento em que ela se viu sozinha, sem ninguém para comemorar sua vitória, nada daquilo valeu a pena. 


Laura havia corrido, assim que se viu livre da obrigação de estar com ela, a morena foi embora, correndo para os braços do amado, tentando explicar para ele e para o irmão o porque te ter feito aquilo. E provavelmente estava, nesse momento, sorrindo e feliz. 


Mesmo tendo destruído Alícia, mesmo tenho arrancado tudo dela, Larissa não se sentia completa. Faltava algo. 


Todos estavam recomeçando suas vidas e ela estava ali, sozinha. Naquele apartamento caro e sem ninguém para falar, conversar, comer. 


Sozinha. 


Completamente sozinha. 


A dor do arrependimento batia com força agora. Seus olhos lagrimavam sem parar, enquanto ela tentava de forma falha dormir. Ela acabou com a vida dos outros e acabou com a sua própria. 


Nessas horas, nada do que ela fez valeu a pena. 


Sua sede de vingança a enganou. Tudo o que ela via no calor do momento era a vida de Alícia totalmente ferrada, e tudo parecia tão belo quanto um rubi. 


Só que no final, a sua inimiga ainda teria a mãe, as amigas, seu diploma e sua vida. Ela pode ter ficado sem Paulo, mas dane-se, ela ainda seria a mesma, com o mesmo posto, com seu lugar na dollhouse. 


Já ela... A loira que tinha tudo o que queria, perdeu o que não tinha. 


E o que nunca teve. 


Seu coração estava apertado, doendo. Queria achar uma saída para aquele inferno, antes que cometesse algo pior. 


Ainda haveria tempo para mudar? 


Mesmo depois de tantas maldades? 


Ela não sabia. 


Tudo o que ela sabia, era que queria mudar, mesmo que fosse o maior sacrifício de sua vida. 


Claro que não sairia pedindo desculpas pra Deus e o mundo, estava tudo muito recente. 


Mas se arrepender e mudar era o primeiro passo. 


Ter uma carreira de verdade também, já que Jorge não queria ver ela nem pintada de ouro. 


Decidiu então começar do zero. 


Literalmente. 


Levantou da cama macia e seguiu até o banheiro. Tomou um longo banho, lavando não so seu corpo, mas também sua alma. Vestiu um vestido rodado bege de alças, com decote em V, na altura dos joelhos. Saltos médios na cor preta. A maquiagem consistiu em base, pó, um blush rosado, sombra marrom esfumaçada, rímel e um batom rosa claro. As jóias eram leves. Brincos pequenos, combinado com o colar dourado e a pulseira com um pingente em "L".


Arrumou as malas e pegou sua bolsa. Fez um café saudável e energético e saiu. Pegou o carro e seguiu até a boate. Sua segunda casa. 


Entrou pela prota da frente e cumprimentou cada uma das pessoas que via. Algumas responderam e outras estavam tão surpresas que apenas olharam para a moça loira. 


Jorge estava no escritório, sem a mínima vontade de trabalhar. Aquele mês estava sendo pior que qualquer filme de terror que ele já tenha visto. A morte de Diana, a revelação de Alícia, Larissa tocando o terror. Um pesadelo. 


Tudo o que queria era que aquela historia se resolvesse e ele pudesse voltar a trabalhar em paz. 


Três batidas na porta o despertaram de seu transe e ele foi obrigado a levantar e abrir a porta, dando de cara com uma versão de Larissa totalmente diferente. 


-Larissa? Mas o que diabos você tá fazendo aqui? -o loiro perguntou, irritado. 

-entendo sua raiva, mas antes de me matar, podemos conversar? -a mulher pediu, de forma educada. 


Jorge arregalou os olhos. Tudo o que se passava pela sua cabeça era que Larissa tinha uma irmã gêmea, ou algo do tipo. Não era possível que em menos de 24hrs ela tenha se tornado em uma pessoa.... Boa. 


Sem responder nada, ele apenas deu passagem e a mulher entrou, sentando na poltrona dos visitantes. 

Jorge fechou a porta e voltou a seu lugar. 


-bem, isso é estranho demais, até pra mim, mas eu vim aqui pedir desculpas. -Larissa falou calma, vendo que jorge ainda estava atônito demais para falar algo.  -Eu fui cruel, estúpida, agi por impulso e acabei destruindo vidas. Mas agora eu sei que isso é errado, eu sei por que hoje eu me senti um lixo, um ser podre, sem valor. Eu achava que não tinha coração, nem sentimentos, e antes isso era bom, mas agora é tudo dolorido demais, eu não suporto viver assim. Eu me arrependo muito do que fiz, mas não vou chorar aqui pra você acreditar em mim, só quero que me ouça e veja minha mudança, por que é assim que eu vou pedir desculpas, jorge. Eu vou mudar e só ai eu vou pedir desculpas para cada pessoa que eu machuquei ontem! 


Com a respiração pesada, Larissa finalizou as poucas palavras que tinha ensaiado, pois o nervosismo era grande. 


Jorge engoliu em seco, claro que sua cabeça dizia que aquilo era mais uma armação de Larissa. Só que seu coração falava que ela estava disposta a mudar. 


-então... Você simplesmente acordou e decidiu não ser mais uma vilã? -o loiro perguntou, intrigado. 


-bem, Jesus transformou água em vinho, porque eu não posso mudar? 


E deixando a pergunta no ar, a loira sorriu calmamente. Pegando as chaves do apartamento que é seu na cidade e entregou nas mãos do homem que a olhava sem saber o que fazer. 


-quero que você venda o apartamento e fique com o dinheiro, vai ser uma forma de me redimir e de te pagar tudo aquilo que um dia você fez por mim. Claro que não é nem metade, mas dá pro gasto. Enfim, eu não tenho muito o que falar, preciso resolver algumas coisas, antes de voltar pro estados unidos! 


-você enlouqueceu? Meu Deus, como assim você vem aqui, me despeja esse monte de informações e agora vai embora. Eu não entendo... 


-eu sei que não, mas um dia vai entender. Agora tudo ainda é muito complexo, mas no final você vai ver que tudo é verdade. Você é a única pessoa, jorge, que eu confio. Você é o único que ia me escutar sem querer me matar, as outras pessoas ainda estão bravas demais para conversar e com razão, por isso eu prefiro mudar antes, construir minha vida corretamente e depois pedir desculpas. É o certo a se fazer! 


Larissa sorria calma, como se uma paz estivesse instalada em sua alma. Claro que a mudança era um processo demorado e sofrido, mas só de querer aquela mudança a loira já havia ganhado muito. 


Jorge por sua vez se permitiu tentar entender tudo aquilo. Ele faria a vontade dela. E de certa forma acreditaria. Colocaria sua força e crença na mulher. Era um bom recomeço. 


-tudo bem, Larissa. Eu espero, de coração que isso dê certo. Eu vou vender sua casa, investir o dinheiro na boate e te mandar notícias, enfim.



O homem disse calmo e logo após se levantou, indo até onde a loira estava. 


-você disse sobre construir a vida corretamente, o que isso quer dizer? 


-bem, eu vou ficar num alojamento por enquanto, tenho um dinheiro guardado, dá pra me manter até conseguir um emprego, e nesse meio-tempo quero entrar na faculdade. Fazer um curso de cinema e seguir meu sonho! -a mulher respondeu a pergunta do loiro com um brilho nos olhos, dava pra ver de longe que aquela era sua grande paixão. 


-torço por você, Larissa. Tudo vai dar certo. Bem, adeus, então! -o cavaliere disse, sorrindo. 


-Adeus, Jorge. Obrigado por tudo! -a mulher respondeu sorrindo. Um sorriso verdadeiro, que a muito tempo ela não dava. 


-ah, Larissa? -o mais velho chamou a atenção da loira que virou devagar para olhá-lo. 


-sim? 


-você está linda!


E com aquela frase a loira se sentiu ainda mais forte para seguir em frente. Mesmo com o passado difícil entre os dois, hoje larissa tinha um sentimento de amizade e carinho pelo ex-chefe. 


-obrigado, cavaliere, você também não ta mal! 


A loira respondeu, fazendo o homem rir e finalmente fechar a porta. 


Larissa seguiu para fora do local, chamou um táxi e colou suas malas no mesmo. 


Antes de partir escreveu um carta e no envelope pôs a chave do automóvel. 


Desceu no aeroporto internacional e pediu para o taxista entregar o envelope no endereço dado. Pagou ambas as corridas e comprou uma passagem para o local de origem: Nova York. 


A loira teria um novo recomeço, uma nova chance de fazer tudo certo e seguir seu caminho honestamente. E pela primeira vez ela acreditou e entendeu que todo mundo tem e merece uma segunda chance. 


Inclusive ela. 




Notas Finais


VIADOOOOOO

gente,que que foi isso?

Eu estou no chão.

Sobre a cena da queima de roupa: peguei a idéia emprestada do meu amigo psicopata Vitor. Uma cena bem parecida tem na fanfic "Garota infernal" ,que é simplesmente maravilhosa, recomendo.

E bem, eu sei que muita gente pediu que a Larissa sofresse muito por tudo o que fez, e ela vai. Mas essa mudança dela eu planejava desde o começo da fanfic. Ela vai mudar muito, mas vai sofrer muito também e acreditem ou não, vocês vão ver uma Larissa totalmente diferente e vão amar ela.

Já a ally ta um poço de bipolaridade, ela vai passar por um conflito bem grande de personalidade. Por fora, na frente de todos ela vai ser a mulher forte e arrogante,mas quando estiver só ela vai sentir o peso de perder o Paulo.

Enfim, a vida de todo mundo vai mudar pra cacete e eu espero que vocês se preparem para a nova fase da fanfic. Não é como se fosse uma segunda temporada, é só uma nova fase, com uma certa quebra de tempo. Então dêem seus palpites que eu quero ler e a teoria que mais me agradar




Tan tan tan tan







VAI GANHAR UM SPOILER HAHAHA


que comecem os jogos. :)

Beijão de damasco ♥


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