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História Into You - I find you


Escrita por: Rapha_damasco

Notas do Autor


Depois de anos(exagerada eu), estou de volta. Eu amei esse cap, terminei ele ontem e espero que vocês gostem. Gente estou tão feliz por todas as visualizações, favoritos e comentários que a fic ta tendo, e tudo graças a vocês, obrigado! E é isso, aproveitem!

Capítulo 6 - I find you



Paulo guerra pov:

Eu estava sentando assistindo aquela maldita aula, ou pelo menos tentando. Eu não conseguia prestar atenção em nada, minha mente se focava apenas na minha stripper. Luana. Aquela mulher estava acabando com minha sanidade, qualquer pequeno descuido e eu me via pensando nela, parecia um vício.

Me assustei assim que ouvi o som estridente daquela campainha, céus estamos numa faculdade por que diabos ainda usam isso?

Me levantei da cadeira pegando minha mochila e indo ate o refeitório. Comprei uma latinha de soda e sentei numa mesa ali perto. Bebia devagar degustando do líquido azedo, ate que levanto meu rosto e vejo outro motivo de eu não dormir a noite. Alícia. Ela escrevia algo em seu caderno e parecia concentrada. Dei um sorriso cínico e me levantei indo em direção a ela. Assim que a morena me viu mudou sua expressão seria para temerosa. O que é estranho, ja que a última vez que eu a vi ela estava em cima de um cara maior que ela dando socos como rock balboa.

-Bom dia flor dia! -falei somente para irritá-la. Nada paga a expressão de odio no rosto dela.

-o que quer?

-calma,não posso perguntar a uma garota se ela esta bem?

-não faz seu feitio! Geralmente você as leva pra cama certo? -a morena perguntou irônica.

-de onde tirou isso?

-sua fama é grande por aqui, Guerra!-ela disse e voltou sua atenção ao livro.

-Sabe desde que nos conhecemos, você vive falando meu nome e sobrenome, eu nem sequer sei o seu. Injusto não?

Ela revirou os olhos e bufou. Eu tive que segurar o riso.

-pra que quer saber do meu nome?

-talvez por que eu ja derramei suco em você, apartei sua briga e ate agora não sei como te chamar. -falei sorrindo ironicamente. -eu tenho dois apelidos para você: marrentinha e Rock balboa. Você escolhe!

Ela me olhou incrédula e soltou um riso sem o menor humor.

-rock balboa? Por que?

-esqueceu que você quase matou o gordinho?

Falei rindo e a morena soltou uma risada também. Eu posso estar ficando louco, mas aquela risada abalou minhas estruturas.

-Alícia!

-Alícia? Somente Alícia?

-é. Ah qual é! É um belo nome.

-eu sei, mas você não tem sobrenome? Pessoas normais costumam ter?

Falei dando de ombros. A menina a minha frente engoliu seco e sorriu fraco, pegando a mochila e se levantando em seguida.

-falei alguma coisa errada?

-nada é que, deixa pra lá. Tchau!

Dito isso a morena saiu correndo para um lugar onde eu não vi.

Fitei o nada confuso, o que deu nela pra simplesmente sair assim? Bem eu não sabia, mas ia descobrir.

Joguei a latinha no lixo e corri na mesma direção que ela, andei por todos os lugares do campus ate que vi Alícia encostada em um carro preto com uma loira a sua frente cujo o rosto eu não conseguia ver.
Alícia gritava e xingava a mulher que ria e disparava mais xingamentos. Fiquei observando a cena de longe ate que, céus a loira depositou um tapa forte e estalado no rosto de Alícia, que massageou o local com a mão. Logo depois a morena segurou forte no braço da loira e a arrastou para dentro do carro, mas ao longe eu pude ver a mulher. Ela olhou diretamente pra mim e, não... Não é possível.

-Larissa?

-ora, ora, que prazer em vê-lo, Paulo guerra!

[…]

Alícia Luana gusman pov:

-pra que quer saber do meu nome? -falei fuzilando o garoto com o olhar.

-talvez por que eu ja derramei suco em você, apartei sua briga e ate agora não sei como te chamar. -falou sorrindo ironicamente. -eu tenho dois apelidos para você: marrentinha e Rock balboa. Você escolhe!

O olhei incrédula e soltei um riso sem o menor humor. Ele é louco ou o que?

-rock balboa? Por que?

-esqueceu que você quase matou o gordinho?

Ele disse rindo e eu o acompanhei. Seria pecado dizer que Paulo guerra era uma boa companhia? Se fosse, bem, eu estava pecando e feio.

-Alícia! -falei e ele pareceu surpreso.

-Alícia? Somente Alícia?

-é. Ah qual é! É um belo nome.

-eu sei, mas você não tem sobrenome? Pessoas normais costumam ter?

Falou dando de ombros. Eu engoli em seco e sorriu fraco, peguei minha mochila e quase num pulo, me levantei em seguida.

-falei alguma coisa errada? -ele perguntou temeroso.

-nada é que, deixa pra lá. Tchau! -dito isso sai correndo ate o estacionamento. Escorei meu corpo no meu carro e das meninas e me permitir suspirar.

-então é aqui que você se esconde?

Aquela voz. Não.

-Larissa? O que você faz aqui? -perguntei baixinho e a diaba riu com vontade. Ja falei o quanto a odeio?

-Olha luana, estou surpresa. Achei que você estivesse num cafofo, mas sua outra vida é bem boa e cara!

-tem noção do quanto pode ferrar eu e as meninas estando aqui? Vai embora, meu Deus!

-esta com medo lilica? Com medo de eu acabar com seu disfarce? -a desgraçada disse ficando de frente pra mim. Minha mão estava coçando pra entrar em contato com a cara oleosa dela.

Respirei fundo algumas vezes, e busquei coragem na unica pessoa q poderia me ajudar. E essa pessoa não tinha dó nem piedade de ninguém.

-medo? De você? Faça-me o favor, né Larissa? Desde quando eu tenho medo de um vadiazinha de quinta como você? Alias eu ando tendo uma dúvida frequente sobre o quanto você ganha pra dormir com alguem? 500? 600? -Cruzei os braços e dei uma risada sarcástica. -Sinto em lhe dizer que eu ganho o triplo so pra rebolar em cima daquele palco!

Cuspi as palavras e Larissa estava ofegante com o seu melhor olhar de odio lançado sobre mim.

-acho bom calar a boca, Luana!

-o que foi? Não aguenta ver o quanto você é patética? Por que não aceita que eu tomei o lugar que, sinceramente, nunca foi seu? Acha mesmo que ferrando minha "outra vida" você vai tirar meu lugar de rainha da dollhouse?  Sou eu o motivo daquele lugar lotar todos os finais de semana, não você! Uma vadiazinha de quinta que mal consegue fazer o trabalho direito!

Ela nem esperou eu terminar, apenas depositou um tapa estalado no meu rosto, fazendo o lugar queimar.

-sua cretina! -rosnei pegando em seu braço e arrastando a mulher pra dentro do carro, mas antes que eu pudesse botá-la la dentro, Larissa olhou por trás de mim e abriu um sorriso diabólico.

-Larissa?

-ora, ora,que prazer em vê-lo, Paulo Guerra!

Isso so pode ser obra de satanás, não tem outra explicação.

Soltei do braço de Larissa e me virei lentamente vendo Paulo caminhar ate nós com aquele sorriso que me fazia perder o chão.

-que surpresa te ver por aqui.

-ah, é que eu e a Luana somos grandes amigas! -a vagabunda ainda é mentirosa.

Paulo olhou pra mim confuso e eu dei um sorriso sem graça.

-Luana? Você me disse que seu nome era Alícia?

-e é, mas como você mesmo disse, todo mundo tem outro nome! -falei nervosamente pedindo aos céus pra que isso acabasse logo.

-não sabia que vocês se conheciam! -Paulo disse para larissa que sorriu largamente. Falsa.

-eu e luana somos grandes amigas, e é uma surpresa saber que vocês se conhecem também! Ela nunca me falou de você!

-é que nos conhecemos a pouco tempo. Enfim.

Um silêncio desconfortante pairou entre nós e eu aproveitei a deixa para tirar aquele projeto de demônio de perto de Paulo.

-pois é, Paulo, eu e minha amiga precisamos ir!  -falei de forma irônica olhando pra Larissa que ria.

-tudo bem, nos vemos depois, Alícia, Luana, enfim... -Paulo disse e vi nos seus olhos uma confusão. Aquela loira desgraçada estava começando a foder tudo, eu tinha que manter ela bem longe do Paulo. -até qualquer dia, Larissa!

-espero poder te ver muitas vezes, gato! -a mulher disse de forma arrastada e sexy, ou pelo menos tentou, por que pelo rosto de Paulo não deu muito certo, eu tive que conter o riso.

-que lindo, muito lindo isso! Agora vamos. Adeus guerra!

Puxei Larissa pelo braço e praticamente joguei ela dentro do carro. Entrei no banco do motorista e dei partida, observando pelo retrovisor que Paulo acenava e sorria. Aquele sorriso de canto. Era com certeza uma das coisas que eu adorava nele.

Assim que peguei a estrada, disquei o número de majo no meu celular e liguei pra ela.

-Alícia? O que houve?

-eu tive que pegar o carro, vão direto pra casa, temos problemas!

Falei e desliguei o celular seguido caminho ate meu apartamento com uma loira debochada no banco de trás.

[…]

-que porra você pensou que estava fazendo, Larissa? Minha mão ta coçando pra entrar em contato com sua cara!  -Bibi falou cerrando o punho. Ela estava mais vermelha que o normal, e isso não era um bom sinal, não pra Larissa.

-nossa, a água de salsicha ta bravinha! -a loira disse rindo ,mas parou assim que viu que Bibi não estava nem um pouco de brincadeira quando levou um tapa da ruiva.

-ta ficando doida? -a loira gritou com a mão massageando o rosto.

-você mereceu! Agora para de palhaçada e me diz por que esta fazendo isso? Sabe o que pode acontecer comigo e com as meninas se você falar algo pra alguém? -perguntei cruzando os braços, enquanto majo tentava acalmar Bibi que respirava fundo.

-claro que sei! Vocês sao as garotinhas dupla face, se alguém souber, a vida de vocês esta fodida! -ela riu. Filha da puta. - E é exatamente por isso que eu fui ate aquela faculdade de riquinho? Aliás como vocês pagam aquilo mesmo?  Ah, esqueci! O dinheiro da vida fácil ajuda né?

-eu vou matar você! - so deu tempo de eu e majo segurar Bibi que tentava arrancar o cabelo de Larissa que gritava como uma galinha depenada.

-majo leva ela pro quarto! -falei e Maria Joaquina praticamente arrastou Bibi ate o quarto das duas. -Agora somos eu e você, piranha!

Disse de forma seria e me sentei em sua frente.

-fique longe de mim, longe da faculdade, longe das meninas e do Paulo!

-e por que acha que vou fazer isso?

-por que você com certeza não está afim de levar uma bela surra da Bibi, não é?

Falei de forma ameaçadora, mas a mulher pareceu não se importar.

-você sabe muito bem que o Paulo, pode saber disso e talvez sim e talvez não, contar para alguém, mas tenho certeza de que há alguém que não vai nem sequer olhar pra sua cara novamente se souber disso!

Ela me olhou maliciosa e sorriu. Eu fitei ela temerosa, eu sabia bem o que ela queria e sabia também que ela não ia se cansar ate acabar com tudo o que construir e finalmente ter meu lugar. Mas eu não podia deixar isso acontecer, ela acha que está lidando com a Alícia, mas tenho uma notícia triste pra ela agora.

-se esta falando da minha mãe, sinto muito, mas chegou tarde! -me levantei e dei um sorriso vitorioso. -Ela ja sabe! De tudo!

A mulher cerrou os punhos e se levantou, pegando a bolsa e indo ate a porta. Bingo.

-você não vai ser a rainha por muito tempo, Luana, um dia seu império ira cair!

-sinto em lhe dizer que esse dia não será hoje! Vai pra casa e treina pra ver se aprende a me derrubar, sua vadia de quinta!

-pode ter certeza Alícia, eu vou voltar e quando eu voltar vai ser no pior dia de sua vida!

Caminhei ate ela e olhei no fundo dos olhos verdes de Larissa. Talvez fosse a unica coisa bonita nela.

-passar bem, Larissa!

Dito isso a loira se retirou e eu bati a porta com tanta força que fiz majo e bibi sairem do quarto com expressões assustadas.

-o que houve amiga? Tudo bem?

-não, majo, ela vai querer ferrar tudo, eu sinto isso!

Majo foi ate mim e me abraçou, logo nos duas estávamos sentadas no chão, comigo soluçando num choro intenso. Bibi apenas estava parada com uma feição temerosa e triste.

-temos que tomar muito cuidado agora, lícia, ela sempre quis seu lugar, ate por que antes de você chegar ela era "rainha" ali! -bibi falou sentando no chão ao meu lado e acariciando meus cabelos enquanto eu chorava.

Ficamos abraçadas em silêncio, apenas dando forças uma para a outra. Nós éramos uma família e nada nunca mudaria isso.

Estava tudo calmo, ate que senti majo apertar minha mão. Olhei pra ela e a mesma mantinha seus olhos fechados, parecia tão triste quanto eu.

-meninas...

Ela disse olhando para o nada. Levantei meu rosto assim como Bibi.

-o que houve, majo? -perguntei com a voz falha por conta do choro.

Ela engoliu seco e respirou fundo.

-eu preciso me afastar do Cirilo...

Eu olhei seu rosto, e agora majo chorava tanto quanto eu, mas de forma silenciosa, uma forma que parecia bem mais dolorosa.

-não precisa fazer isso, Majo. Eu vou tomar o devido cuidado pra nem chegar perto do Paulo! Não precisa sacrificar seus sentimentos por minha causa! -falei sorrindo fraco, mas ela ainda chorava.

-não é so isso, lícia... Eu não sei se vou saber lidar com o fato de que Cirilo vai me odiar quando descobrir... Não quero que ele veja quem realmente sou!

Eu senti meu peito apertar. Tudo estava tão bem, mas do nada desmorona e você não sabe o que fazer. Bibi apoiou a cabeça em meu ombro e eu apertei majo mais forte em meus braços. Eu sabia que ela estava certa, so não sabia se ela realmente iria conseguir ficar longe do moreno que tanto gostava.

Eu parei por um momento e trouxe aquela situação pra mim. Me perguntei se eu conseguiria ficar longe de Paulo. Ou melhor, sera que Luana iria conseguir ficar longe do homem com qual decidiu pela primeira vez aceitar um desafio de se entregar pra ele? Ela sabia que a resposta era apenas uma: Não. Ela tinha que fazer isso, por ela e pelas amigas. So não sabia se seria possível se controlar ao olhar naqueles olhos novamente.

[…]

Paulo Guerra pov:

Sai do carro e entrei no estabelecimento, que, por incrível que pareça, não estava tão cheio. Passei pelo meio de varias mesas, com homens e mulheres se deliciando da visão de bela, dançarinas.

Fui ate o balcão de bebidas e de lá observei o local, olhei pro palco principal a procura de minha stripper. Vi varias mulheres, de todos os tipos e muito belas, confesso, mas nehuma chegava aos pés da minha morena. Minha.
Céus, eu era tão possessivo ao ponto de chamar de minha uma mulher que mal conheço. Mas o que posso fazer se ela acabou com quaisquer sanidade que eu ainda tinha? Aquela mulher um sonho. Eu precisava ter ela.

Fiquei alguns minutos, mas nada, nenhum sinal de que ela estaria ali aquela noite. Eu ja estava impaciente, precisava ver ela. Tocar. Fazer o que eu quero desde quando a vi. Mas ela não estava la.

Voltei meu olhar para uma garota morena que fazia drinks e pedi uma vodca.
A mulher sorriu e sem demora pegou a bebida, eu paguei e voltei a olhá-la.

-desculpa o incomodo, mas poderia me informar se Luana irá dançar hoje?

A moça sorriu e deu de ombros.

-infelizmente não, por isso a casa esta vazia hoje. Os dias dela são só aos finais de semana!

Suspirei triste e agradeci a moça que pareceu se comover com minha expressao.

-você sempre vem aqui?

-na verdade, não. Passei a vir depois que vi Luana!

Ela sorriu como se ja tivesse ouvido aquela história varias e varias vezes.
Terminei minha bebida e peguei minha jaqueta que estava no balcão.

-bem, então vou indo, ja que minha stripper não veio!

Dei um breve sorriso e quando ia me levantar para sair, a morena me chama baixinho. Estranhei, mas fui ate ela.

-sei que não posso fazer isso, mas algo me diz pra dizer... Não me pergunte o que é, enfim.

A mulher pegou um cartão roxo brilhante com "convite" escrito em dourado em letras grandes.

-amanha é o dia de ensaio dela, as sete horas, não fica ninguém aqui nesse horário, apenas os seguranças e o chefinho, mas os primeiro ficam la fora e o segundo no escritório! Pode vir aqui e falar com sua stripper!

Ela disse e mordeu o lábio inferior, mas não como se quisesse me provocar, foi mais um gesto instintivo.

-é so apressentar esse cartão na portaria e eles deixam você entrar, sem problemas!

Dei um sorriso largo e guardei o cartão no bolso.

-por que esta fazendo isso?

-sei la, não é comum ouvir os homens chamando a Luana de "minha stripper",a não ser que ja tenham falado com ela,e pelo visto você ja conseguiu essa proeza!

Ela disse enxugando um copo de vidro.

-estou te devendo essa...

-Clementina!

-clementina, obrigado, você é um anjo!

Ela revirou os olhos e eu apenas sai dali, feliz, por que apesar de não ter visto minha stripper eu a veria amanha, e em circunstâncias muito melhores.

Ia caminhando lentamente ate que ouvi um forte trovão no céu.

-ah, que ótimo, so pode ser brincadeira!

Falei e corri ate meu carro, entrei no mesmo e dei partida. O trânsito, por incrível que pareça, estava calmo. Ia dirigindo devagar, ate que vejo... Alícia?

Ela corria contra a chuva, com uma blusa preta de mangas compridas colada ao corpo. Ela estava totalmente encharcada e linda. Sim, ela estava linda. Seus cabelos longos e castanhos grudavam em seu rosto deixando a ela um ar selvagem. Ela parou de correr e espirrou. Eu não pensei duas vezes, dei a volta no carro e parei ao seu lado. Ao ver isso ela se assustou e acabou caindo. Abaixei o vidro e ao ver meu rosto, sua feição se tornou temerosa, parecia com medo, receio. Não sei ao certo dizer.

-entra no carro! -falei um pouco alto devido a forte chuva. Alícia analisou meu rosto e depois de alguns minutos me olhando, ela levantou e deu a volta, entrando em seguida no carro.

Ela fechou a porta e respirou fundo, em seguida começou uma serie de espirros.

-des...

-parece que alguem ta resfriada, vamos na farmácia, la comrpo remédio pra você.

-não!

Ela falou rápido fazendo eu me assutar. Mas que diabos deu nessa garota?

-como não? Você ta espirrando, vai sair daqui gripada.

-não precisa, é serio. Alias não sei nem por que eu entrei aqui!

Ela disse ja abrindo a porta, mas eu a impedi e segurei em seu braço. Ela pareceu petrificar ao meu toque, e eu não tava diferente. Foi como se eu ja tivesse tocado em sua pele antes, mas agora eu sentia um choque elétrico passa por mim.

-eu... Eu te levo pra casa... É perigoso andar a essa hora, na chuva...

Olhei em seus olhos, um mar negro brilhante. Aqueles olhos. Eu sabia que eu os conhecia de algum lugar. Se pareciam tanto com a minha stripper.

"Quanta necessidade, guerra. Confundindo duas mulheres."

Ela ficou me encarando e depois de um longo tempo assentiu.

Dei partida no carro e o caminho todo foi um silêncio. Ate que eu decidi quebrá-lo.

-então é... Você e amiga da Carmen, né?

-melhor amiga.

Ela disse olhando através da janela.

-certo. Ela esta bem? O Daniel ta preocupado, mas devido aos trabalhos da faculdade ele não pode ver ela!

-ela esta bem, sim.

Ela disse e eu ja estava me irritando com o fato de ela estar sendo tão seca.

-ta com frio? Te empresto meu casaco!

Ela me olhou fuzilante e voltou a olhar pela janela.

-olha, alicia, a gente não é amigos nem nada, mas poderia pelo menos conversar comigo? Deus, parece ate que tem medo de falar!

-você é sempre assim tão irritante?

-você é sempre assim tão arrogante?

Falei olhando ela e a morena bufou como uma criança mimada. Eu tive que rir disso.

-que eu saiba, não tem nenhum palhaço aqui!

-não... É que... Você...-eu parei de falar e comecei a gargalhar novamente. Ela me olhava com raiva ate que ela começou a rir junto. Sentiram a bipolaridade?

Depois de minutos rindo como loucos, Alícia me olhou com a feição mais sofrida que eu ja vi.
Parei o carro e tirei minha jaqueta entregando a ela em seguida que vestiu e pareceu mais aliviada.

-Paulo?

Ela me chamou enquanto eu dava partida no carro.

-sim?

-obrigado!

Eu gelei. A única coisa que eu consegui pensar foi nas palavras de Jaime.

" - ae cara,pra arrancar um "obrigado" "por favor " e "com licença" da Alícia você tem que ser muito importante pra ela! "

Fiquei alternando meu olhar entre ela e a pista a minha frente. Involuntáriamente um sorriso largo se abriu em meu rosto. Não que eu achasse que fosse importante pra ela, mas, enfim.

-não tem que pedir obrigado... Eu que agradeço por dessa vez você ter deixado eu te ajudar!-falei me referindo ao dia em que ela quase matou Jaime e ela riu com vontade. Seria pecado dizer que ate o riso daquela mulher me dava arrepios?

-é serio, pensei que você fosse me bater naquele dia!

-não é para tanto, Paulo!

Soltei um riso e me assustei quando Alícia apontou o dedo pra uma rua, pensei que fosse algo serio, mas na verdade era so a rua de casa.

-você mora aqui?

-sim. Aquele predio ali!

Ela disse apontando pra um prédio cinza espelhado.

-não sei se é coincidência, mas meu melhor amigo, Kokimoto, mora no predio ao lado do seu!

Ela sorriu. Pareceu feliz com a informação, mas não durou muito tempo, logo seu rosto se transformou num semblante triste.

-esta tudo bem?

Ela pareceu se lembrar de algo e saiu do carro.

-esta, esta sim. É... Muito obrigado Paulo! Mesmo. Ate outro dia!

Dito isso ela subiu a calçada e foi ate a entrada do prédio. Ouvi meu celular dar dois bipes e peguei vendo no visor uma mensagem de koki.

"Japonês: leva ela pra faculdade amanhã!"

Fitei o celular confuso e olhei pra fora do carro em direção ao prédio de koki, e lá estava ele fazendo sinal de duas pessoas se beijando com as mãos. Safado.

"Guerra: ta doido japonês? Eu mal conheço ela!
Japonês: e dai? Você derrubou suco nela, apartou a briga dela, e agora tras ela em casa? Qual a diferença de tudo isso e você levar ela pra facul?"

Fiquei analisando a mensagem e aquele escalador de meio fio tava certo. Qual a diferença? Eu ja estava na chuva mesmo, então vamos nos molhar.

"Guerra: se isso não der certo, eu te mato."

Guardei o celular no bolso e corri ate Alícia que ja estava entrando no predio.

-Alícia ?

Ela virou assustada e correu ate mim ja com a jaqueta em mãos.

-desculpa eu esqueci...

-não, eu não quero, pode ficar... Eu vim saber se... Você gostaria de ir comigo pra faculdade amanhã?

Falei de uma vez e ela pareceu surpresa, mas logo depois fez sua melhor cara de... Enfim, Alícia.

-você me dá uma carona e ja quer me levar pra sair?

-não é bem pra sair, vamos so a faculdade, juntos. Alias eu gosto de pegar a recompensa dos meus favores bem rápido!

Ela soltou uma gargalhada e abraçou minha jaqueta contra o corpo.

-vou esta te esperando as 6:30. Em ponto.

-pode deixar madame, estarei aqui!

Ela virou e foi ate o elevador do predio.

-e isso não vai ser um encontro!

Ela gritou e eu soltei um riso involuntário. Entrei no carro e dei partida no mesmo indo ate meu apartamento.

-ainda não morena, ainda não!


Notas Finais


Larissa é uma demonía, eu amei quando a Bibi deu na cara dela. Hsusuusus o que vocês acharam do momentinho Paulicia? Eu amei, achei fofo demais. E esse encontro do Paulo com a nossa stripper? To super ansiosa pra isso! Ate o próximo gente, bjs!


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