UMA SEMANA DEPOIS
Justin POV
- Então seus pais chegam hoje? - eu disse enquanto Helena não parava quieta dentro da casa dela.
- Sim! - disse ela
- Você vai perder todos os quilos que tem no seu corpo se continuar desse jeito. - ela parou e me olhou.
- Estou nervosa.
- Não tem pra quê. Seus pais me amam e você sabe disso. Temos tudo esquematizado. Relaxa! Pensamento positivo, mulher - ela me abraçou - eu vou estar aqui com você independente do que aconteça. - beijei o topo do cabeça dela - somos namorados agora - ela riu. - que horas são?
- Acho que umas três da tarde.
- Preciso ir. - me soltei dela e fui na direção do sofá - Bridgit está me esperando no flat e eu estou um pouco atrasado. Seus pais chegam as oito, certo?
- Sim!
- Passo aqui às sete e meia e vamos juntos ao aeroporto - peguei minhas coisas encima do sofá.
- Não esquece de falar com os meninos. Essa história tem que dar 100% certo.
- Já está dando. - fui até a porta e a abri - te mando uma mensagem quando eu estiver vindo. Esteja pronta.
- Estarei Drew!
- Até mais!
Saí da casa dela, entrei correndo no carro e fui voando pelas ruas até o flat. Estou com saudades da minha italiana. Faz um dia que eu só falo com ela por telefone. Estacionei o carro de qualquer jeito na entrada do prédio, saí do carro, tranquei, entrei no prédio correndo e fui pelas escadas mesmo. Trinta minutos atrasado, ela vai me matar. Peguei as chaves no bolso e demorei mil anos pra achar a certa, abri a porta e ela estava deitada dormindo, agora está explicado o motivo dela não ter me ligado pelo atraso.
Fechei a porta, tranquei, pus minhas coisas de qualquer jeito encima da mesa, fui até a cama e deitei lentamente por cima dela, com cuidado pra não deixar meu peso todo encima dela.
- Hora de acordar, piveta - beijei o pescoço dela e ela riu fraco.
- Você demorou. - ela virou na minha direção com a maior cara de sono.
- A Helena tá surtando, eu só tava dando uma força - dei um selinho nela e deitei no espaço vazio da cama.
- É hoje?
- Sim! - ela suspirou. - O que te incomoda?
- A ideia de vocês terem que ficar juntos. Tipo, juntos até demais.
- Isso é pro nosso bem também. Vai ajudar a nossa relação e você sabe disso. - ela pôs a cabeça por cima do meu peito e me abraçou - a gente pode falar de outra outra coisa que não seja isso? Te ver triste me parte o coração. Já estamos longe um do outro a mais de vinte e quatro horas e não temos muito tempo juntos.
- Quando você sair de lá, pode invadir meu quarto? - eu ri
- Claro que sim. O que você disse ao banaca pra vir pra cá? - ela riu
- Nada! Ele mora em Toronto. E não é a ele que eu tenho que dar satisfação sobre meus passos.
- Posso saber então a quem a senhorita dá satisfação dos seus passos?
- A um cara aí - eu ri
- Posso saber que cara é esse? - ela me olhou.
- Ciúmes, Justin?
- Claro. Eu cuido do que é meu - ela me deu um selinho.
- O nome dele é Drew - eu tentei fazer cara de enciumado, mas ela riu então não deu muito certo.
- Drew? - eu disse e ela assentiu com a cabeça - cara de sorte. Gostaria de ser ele... Ah não, pera, eu sou ele - ela gargalhou e eu ri junto.
[...]
- EU TÔ ATRASADO! - saí gritando do banheiro.
- Deixei sua roupa encima da cama.
- Obrigado! - dei um selinho nela e vesti a calça.
- Desculpa por ter te atrasado. - eu abracei a cintura dela
- A culpa também foi minha. Não consigo me desgrudar de você. - ela sorriu - agora me ajuda aqui - pus a camisa e ela ficou abotoando enquanto eu arrumava o cabelo.
- Amanhã você vai contar aos meninos sobre o namoro?
- Sim! Era pra ser hoje, mas rolou um imprevisto maravilhoso - ela riu baixo. - Agora eu preciso ir.
- Calça o sapato.
- Eu faço isso no carro.
- E o perfume?
- Tem por lá também. - abri a porta do flat.
- Justin! - eu a olhei - você esqueceu a carteira e as chaves.
- Obrigado - peguei tudo encima da mesa e saí do flat - porra, o beijo - entrei de novo e ela me olhou meio assustada - esqueci do beijo - ela sorriu e abraçou meu pescoço me dando um ótimo beijo - agora sim - ela arrumou a gola da minha camisa e me deu um selinho - eu não quero ir - choraminguei.
- Vai logo! Boa sorte! - ela me levou até a porta - te espero mais tarde.
- Tranca tudo quando sair e apaga as luzes, ok? - ela fez sinal de continência e eu a puxei pra mais um beijo - te vejo mais tarde.
[...]
Buzinei com toda a pressa que eu estava e aproveitei o tempo que ela tinha pra sair de casa e calcei os sapatos. Olhei meu cabelo mais uma vez pelo retrovisor e quando ela entrou no carro eu estava limpando o batom da Bridgit da minha boca.
- Você está cinco minutos atrasado. - ela disse assim que fechou a porta e colocou o cinto
- Boa noite, Helena - voltei a ligar o carro e dei a partida.
- Quando chegarmos lá eu vou ter que te arrumar, você tá todo bagunçado.
- Eu saí do flat as pressas, não tive tempo nem de me despedir da Bridgit.
- Como ela está com tudo isso?
- Uma hora ela fica enciumada, na outra ela tá tranquila.
- Uma hora ela se acostuma com tudo isso.
Depois de uns dez minutos chegamos no aeroporto, consegui estacionar o carro, saímos de dentro dele e a Helena veio pra cima de mim me arrumar.
- Limpa a boca direito. O batom da Bridgit ainda está aí - ela disse e eu eu passei a mão na boca - pronto, saiu. - arruma essa camisa direito - ela baixou as mangas.
- Ei! Eu gosto das mangas levantadas.
- Mostra tatuagem demais. Já basta as do pescoço. - revirei os olhos - agora vamos, eles devem ter chegado.
Ela saiu me puxando pelo braço e eu só tive tempo de trancar o carro e me equilibrar pra não cair. Assim que entramos no portão de desembarque, esperamos uns cinco minutos e a família dela saiu da area de desembarque. Eu aproveitei que não estavam me dando atenção e fui ligar pra piveta. No terceiro toque ela atendeu.
- Já acabou? Mateo ainda está acordado você não pode vir agora - eu ri
- Ainda estou no aeroporto. Só liguei pra saber se você está bem.
- Estou com saudades.
- Também estou com saudades, piveta. - vi a Helena fazendo um sinal para que eu fosse até eles - agora preciso ir. Nos vemos mais tarde?
- Claro que sim. Amo você
- Também te amo.
Encerrei a chamada, pus o celular no bolso e fui pra perto deles. Tiveram todas aquelas saudações chatas e finalmente fomos pra casa da helena. Chegando lá, nós jantamos e depois ficamos conversando um pouco e eu não via a hora de ir pra casa da piveta. Isso tudo me deixa entediado. Até que finalmente eles resolveram ir dormir.
- Bom, está ficando tarde, tenho que ir. - eu disse ficando de pé.
- Mas já Drew? Achei que você fosse ficar por aqui hoje. Está muito tarde. - disse a mãe dele Helena.
- Seria ótimo ter você conosco no café da manhã para conversarmos mais. - disse o pai da Helena, eu a olhei e ela praticamente me implorou com os olhos.
- Tá! Claro! Já que insistem, eu fico. - dei um sorriso falso e vi a Helena relaxando do meu lado.
Agora como eu vou dizer isso a Bridgit? Ela vai querer me matar. Vai ficar chateada. Vai me odiar. Pior, vai pensar que eu e a Helena vamos fazer algo. Ela não pode pensar isso. Eu tô muito fodido.
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