Justin POV
Eu li e reli aquele papel quinhentas vezes. Será que ela estava guardando pra fazer uma surpresa ou realmente não ia me contar? Quando estava quase guardando os papéis, ela acordou.
- Meu bem? - ela disse baixo e eu a olhei ainda com os papéis na mão.
- Te acordei? - eu perguntei e ela balançou a cabeça negativamente - Bridgit, pode me dizer o que é esse exame?
- Exatamente o que você leu.
- Você está grávida? - ela balançou a cabeça positivamente. - Quando ia me contar isso?
- Não sei - eu a olhei incrédulo.
- Você não ia me contar?
- Óbvio que ia. Até porque não tem como esconder a barriga. Eu só... Não ia contar agora.
- Por que não? - eu sentei de frente pra ela na cama.
- Eu não tô pronta pra ser mãe, Justin. Eu não sei cuidar nem de mim direito. Imagina de uma criança.
- Você não fez sozinha. Eu também tive minha cota de contribuição. Isso significa que eu também estou aqui pra ajudar você.
- Eu achei que você não ia querer isso tão cedo.
- Bridgit, um filho é um presente do nosso amor pra gente. Por que eu não iria querer? Eu sempre quis ser pai cedo.
- Mas quando aconteceu aquilo da Kira, você...
- Eu tratava como nada. Exatamente por saber que não era meu e não conseguir provar. Mas com você é diferente. Eu te amo. - ela sorriu e eu passei a mão no rosto dela - vamos ter um filho. Nosso filho - ela me abraçou.
- Eu te amo tanto! - eu beijei o ombro dela.
- Também te amo, piveta.
[...]
CINCO ANOS DEPOIS
- JAMES! - eu gritei novamente - onde esse moleque se meteu? JAMES! - eu praticamente procurei por toda a pracinha e o encontrei sentando num banco conversando com alguém. Fui até ele correndo - James! O que eu disse sobre não falar com estranhos? - olhei pra pessoa que estava com ele e meu sangue borbulhou - Maison!
- Já se passaram mais de três anos e você ainda segue errando meu nome - ele ficou de pé na minha frente - me chamo Brandon.
- O que está fazendo com meu filho? - eu peguei o James no colo.
- Seu filho? Que eu saiba é meu filho.
- Eu passei dia e noite com a Kira quando ela mais precisou. Eu que estava com ela quando esse garoto pediu pra vir ao mundo. Meu nome que está na certidão dele. Então é meu filho.
- JUSTIN! - olhei na direção da voz e vi Bridgit com Kira e Jasmin. Pus James no chão e ele foi correndo pra mãe.
- Você nunca mais ouse chegar perto da minha família. - eu disse pro Bayron.
- Sua família? O garoto é meu filho e Bridgit minha mulher. Agora eu estou solto e vou correr atrás do prejuízo que você me deu.
- Só por cima do meu cadáver.
- Será um prazer matar você, Drew.
- Justin, as crianças querem sorve... Brandon? - disse Bridgit se aproximando.
- Oi meu amor - falou o Aaron e no segundo seguinte eu tinha socado ele.
- JUSTIN! - Bridgit gritou de susto e ficou na minha frente - as crianças estão ali. Por favor. Não faz isso! - o Maicon começou a rir - Vai embora daqui, Brandon. Já chega! Recomeça sua vida bem longe da gente. Você quer dinheiro? Eu te dou o dinheiro, só fica longe.
- Eu quero você! - ele disse e eu tentei ir pra cima dele de novo.
- Para Justin! - disse Bridgit tentando me segurar, o que era impossível. - Você não está vendo que é isso o que ele quer?
- Vai embora daqui Jason. AGORA!
- Não precisa gritar, Drew! Eu vou embora. Mas pode ter certeza que eu volto. E eu vou ter novamente tudo o que é meu que você tirou de mim. - ele disse e foi embora.
- Esse cara tem que voltar pra cadeia. - eu disse e Bridgit me abraçou.
- Calma meu bem. Por favor, calma! - eu a apertei no abraço.
- Não vou deixar que nada aconteça com você. Eu prometo.
[...]
TRÊS DIAS DEPOIS
- Papai? - eu olhei pro lugar de onde veio a voz e encontrei a menina mais linda do mundo, a qual eu sou perdidamente apaixonado.
- Oi! - eu respondi e sorri pra ela
- Você tá triste? - ela veio até mim, subiu no sofá meio sem jeito e eu a segurei antes que caísse.
- Claro que não!
- A mamãe disse que você tá triste. Então, eu trouxe uma coisas pra te deixar feliz.
- Você me deixa feliz - ela sorriu e eu a abracei - nunca namore. Por favor.
- O que? - ela me olhou.
- Nada! O que trouxe pra mim? - ela tirou a mochila das costas e abriu.
- Trouxe o ursinho - ela tirou o urso roxo que eu dei a ela de presente - ele sempre me deixa feliz quando eu tô triste! - ela me entregou o urso. - trouxe um desenho que eu acabei de fazer - ela me mostrou o papel - essa sou eu - ela apontou pro rabisco que representava ela - e você é esse - ela apontou pro rabisco que era eu. - E... Eu também trouxe outra coisa que a mamãe disse que você iria ficar muito feliz.
- O que?
- Eu! - meu coração saltou ao ouvir aquela voz - eu olhei pra entrada da cozinha e lá estava ela. Minha irmã de outra mãe - a ruiva que você mais ama e respeita.
- Helena?
- Oi Drew! - ela veio até mim e encheu minha bochecha de batom. - sentiu minha falta? Claro que sentiu! - ela sentou atrás da Jasmin - Eu recebi um email ontem com uma foto anexa. Era um bilhete que dizia "Tia Nena, papai está triste e mamãe disse que você pode me ajudar a alegrar ele. Com amor, Jas". Meu coração derreteu e eu vim ajudar essa menina linda - ela começou a fazer cócegas na Jas que começou a gargalhar. - Agora me fala a bronca.
- Você veio de Londres por mim?
- Por você não. Pela Jas e o pedido dela. Eu nunca cruzaria o oceano por você Drew. Eu te amo, mas aí já é demais. - eu ri.
- Brandon foi solto - ela me olhou incrédula - ele veio atrás da Bridgit e do James. Eu estou com muito medo do que ele pode fazer.
- Primeiro, esse Brandon tá merecendo levar uns tapas pra ver se acorda. Segundo, deixa de ser frouxo homem - ela deu um tapa no meu braço - que mané medo. Você é o Drew. E o Drew que eu conheço não é qualquer coisa não. Ele não tem medo de nada. As pessoas que tem medo dele - eu ri - Onde está o meu irmão?
- Bem aqui!
- Então deixa de medo. Você é o melhor. E eu estou aqui com você agora. Se sozinho você já é foda, comigo então, é morte na certa pra esse Brandon. - eu a abracei.
- É muito bom ter você aqui. - ela me apertou no abraço.
- Eu nunca vou deixar você sozinho. Você sempre esteve comigo quando precisei. Agora é minha vez de cuidar de você. - eu a apertei no abraço - se eu não te conhecesse tão bem, acharia que isso é apenas um abraço comum. Mas eu te conheço muito bem - ela passou a mão no meu cabelo e sussurrou no meu ouvido - pode chorar. É bom por pra fora e dizem que limpa a alma. - eu funguei - eu não vou te deixar sozinho, Drew! Você é tudo o que eu tenho no mundo todo.
- Porra, eu te amo. - ela riu e eu a olhei.
- Eu também amo você - ela secou minhas lágrimas. - Agora deixa disso e vamos pensar numa maneira de matar o Brandon. Não no sentido literário porque semana que vem eu tenho um desfile em Paris para assistir e não quero perder por estar presa. - eu ri. - conta comigo pra sempre.
- Obrigado!
[...]
Bridgit POV
- Como ele está? - eu perguntei assim que Helena entrou no quarto.
- Agora ele está brincando com a Jas. A situação está pior do que eu imaginei. - ela sentiu de frente pra mim na cama. - ele chorou. Você conhece seu marido e sabe o quanto é difícil fazer ele chorar.
- Não gosto de ver o Justin assim.
- A gente não pode fazer nada por ele? - perguntou Kira.
- Justin só vai se sentir bem de novo, quando Brandon morrer ou for preso novamente. - disse Helena
- Esse Brandon também é um idiota. Parece que não amadurece. - disse Caitlin.
- Eu conheço o Brandon e não é de agora - disse Kira - ele não vai parar até conseguir o que quer.
- Ele quer a mim e ao James. - eu falei.
- Ele não vai encostar num fio de cabelo do meu filho - disse Kira.
- Nem eu deixaria ele chegar perto do meu afilhado - disse Helena.
- Será que eu deveria chamar os meninos? - eu perguntei - fazem mais de anos que ninguém se reúne como antes. Todo mundo junto. Sempre vem um ou outro, mas nunca todos de uma vez.
- É uma boa ideia. Mas Chaz e Chris nunca tem tempo.
- Mateo está dando a vida pela empresa desde que seu pai o deixou no comando de tudo - disse Caitlin.
- Ryan está bastante ocupado em Seattle. Ele está sendo bem requisitado por lá. - disse Kira - É um ótimo engenheiro.
- Você só fala no Ryan. O que tá rolando que não sabemos? - perguntou Caitlin.
- Nada! Somos amigos. Ryan me ajudou muito quando Justin estava com Bridgit e não podia vir me ajudar. Não é a toa que ele é padrinho do James. - respondeu Kira.
- Padrinho do James e dono do seu coração - disse Helena.
- Tá! Eu e ele estamos nos conhecendo melhor. - disse Kira.
- Quando ia nos contar isso? - eu perguntei
- Quando ficasse sério - ela respondeu
- Então vocês pretendem namorar? - perguntou Caitlin.
- O futuro vai decidir isso - disse Kira.
- E você Helena? - perguntou Caitlin - Algum inglês que conquistou seu coração?
- Eu? Que nada! - ela respondeu - eu continuo solteira, mas não sozinha. Sempre estou com alguém. Nada que dure mais de uma semana. Simplesmente, não bate o feeling.
- Você deveria voltar a morar aqui em Stratford. É terrível te ver uma vez por ano. - eu disse.
- Eu tento vir mais vezes. Só que sempre surge um imprevisto. Eu construí minha vida em Londres, não sei se conseguiria fazer tudo isso aqui. - ela respondeu.
[...]
A campainha não parava de tocar por nada. Helena cansou de ouvir aquele barulho, pausou o filme, fazendo todo mundo reclamar e foi abrir a porta. Ninguém conseguiu ver quem era, mas eu conhecia essa voz até no inferno.
- Pois não? - ela disse.
- Vim ver o meu filho. - Helena fechou a mão em punho.
- Brandon! - ela disse num tom de raiva.
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