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História Into You - Spin Off - Is Not A Goodbye. Is A See You Later


Escrita por: MSCanadian

Capítulo 35 - Spin Off - Is Not A Goodbye. Is A See You Later


Bridgit POV 

- Você e o Brandon? - eu perguntei incrédula.

- Eu sei. Ele fez muita merda com você, com o Justin e com a Kira também. Mas ele parece ser tão legal. 

- Seja feliz, Helena. Se você estiver bem, eu estou bem. 

- Jura? 

- Sim! 

- Você é a melhor pessoa do mundo todo. Por que eu te odiava mesmo? - eu ri.

[...] 

CINCO MESES DEPOIS

- Todo mundo? - eu perguntei pela terceira vez.

- Sim! Depois de anos, todo mundo junto de novo. - respondeu Justin.

- Isso é incrível. 

- Eu sei. Ryan, Chaz, Chris, Mateo, Caitlin e eu. Juntos de novo. Como nos velhos tempos. - sentei ao lado dele no sofá e beijei o ombro dele.

- Estou muito feliz por você, meu bem. - ele me olhou.

- Esse natal não poderia ser melhor. Meus filhos, você e os meus melhores amigos. Todos juntos. - eu sorri e ele beijou minha bochecha. 

- Helena virá também? 

- Não quero saber dela - ele ficou de pé. 

- Ainda com isso Justin? 

- Ela está namorando o Maison. 

- E o que tem? 

- É o Maicon. Entendeu? O Jason! - eu ri - do que está rindo? 

- Da sua bobagem. Ela está feliz com ele e se você gosta tanto dela, ou até ama como diz, deveria ficar feliz por ela. 

- É o Aaron. 

- Podia ser o Shawn Mendes, você teria que ficar feliz. 

- Quem é Shawn Mendes? 

- O cantor. 

- Melhor. Me dá o número dele agora. Eu vou juntar ela e esse Carl.

- É Shawn! 

- Que seja. Me dá o número.

- Eu não tenho. 

- Eu vejo na internet. 

- Justin! - ele bufou

- Tá! Eu vou ligar pra Helena e pedir que ela venha passar o Natal conosco. E que traga também o Byron. 

- Faz muito bem. 

[...]

Justin POV 

Depois de passar a tarde inteira fazendo amor com a minha esposa, resolvi que era hora de ligar pra Helena. Bridgit foi tomar banho e eu aproveitei o momento pra  fazer a chamada. Peguei o celular, abri o FaceTime e liguei pra Helena. Ela não atendeu na primeira tentativa, nem na segunda, muito menos na terceira. Acho que na quinta ela cansou e resolveu me atender. 

- O que quer? 

- Que venha passar o natal comigo. 

- Sem chances. 

- Pode trazer o Elton também. Não me importo. Contanto que você esteja comigo. 

- Irei ficar em Londres. Nem adianta insistir. Agora eu preciso ir. 

- Espera, vamos conver... - ela encerrou a chamada e eu joguei o celular de lado. 

- Algum problema, meu bem? - perguntou Bridgit saindo do banheiro enrolada no roupão. 

- Helena não vai vir nem arrastada passar o Natal aqui. 

- Você conversou com ela?

- Tentei. Mas ela desligou o telefone na minha cara. - fiquei em silêncio por uns cinco segundos e tive uma grande ideia - Já sei o que vamos fazer. 

- O que? 

- Você vai saber logo. - eu disse saindo da cama e vestindo qualquer roupa que tivesse ali. - te vejo mais tarde - dei um selinho na Bridgit e saí do quarto correndo. 

[...]

TRÊS DIAS DEPOIS 

- Eu odeio a Inglaterra - disse o Mateo pela milésima vez - as pessoas aqui são certinhas demais, não toleram atrasos e ainda falam estranho, como se a lingua fosse grudada no céu dá boca. 

- Eu amo a Inglaterra - disse Bridgit. 

- Você ama qualquer coisa que pareça um museu - disse Mateo e Bridgit o olhou como se fosse matá-lo. 

- O carro que eu aluguei acabou de chegar. Na verdade, é mais uma van. Então, cabe todo mundo dentro. Vamos lá. 

[...]

- Dude, Você tem certeza que estamos no caminho certo? - perguntou Ryan

- Claro. O apartamento dela é perto do Big Ben. 

- Já passamos do Big Ben tem umas duas horas. - eu freei o carro bruscamente.

- Você só pode estar zoando com a minha cara. 

- Não estou. 

- Devia ter me avisado, Ryan! 

- Eu tentei, mas você estava brigando com a Jasmin. - eu bufei e dei meia volta no caminho. 

- OK! É so voltar o caminho que fizemos antes e tudo certo. 

- Eu aviso quando chegarmos ao Big Ben. 

- Faça isso. 

Voltei o caminho, mas chegou num momento que o carro parecia que tinha explodido e foi parando aos poucos. Eu consegui encostar num canto, desliguei e saí do carro sendo seguido por Ryan. 

- O que aconteceu? - ele perguntou. 

- Nao sei. - olhei o carro e vi o pneu furado. - O pneu estourou. 

- Ah! Ótimo. 

- Por que estamos parados? - Disse Chaz saindo da van. 

- Justin errou o caminho e agora o pneu estourou.

- Nada de Justin errou o caminho. Você que não me avisou - eu disse e Ryan me mostrou o dedo do meio. 

- Por que vocês não trocam? - perguntou Chaz. 

- Justin deveria estar fazendo isso, mas ele é muito devagar - disse Ryan e eu dei um peteleco na cabeça dele - Aí vagabunda. 

- Parem de DR - disse Chaz - troquem logo a porra do pneu. 

Ryan e eu fomos nos estapeando até a mala do carro pra pegar o pneu. Depois de tudo feito, entramos novamente no carro e demos a partida rumo ao apartamento da Helena. 

Um tempo depois conseguimos finalmente chegar no prédio. Eu saí do carro e pedi que todos ficassem lá. Fui até a portaria e pedi ao porteiro que avisasse a Helena que Andrew está aqui. Óbvio que eu não diria que sou eu. Um tempo depois, a ruiva apareceu no portão e quase caiu pra trás quando me viu ali. 

- Drew? - ela saiu do prédio e ficou na minha frente - O que faz aqui? 

- Se Maomé não vai a montanha, a montanha vai até Maomé. - ela me abraçou - me desculpa. 

- Você veio até aqui por mim, óbvio que eu desculpo você. - ela se soltou de mim - mas... E a Bridgit? Ela não ficou chateada? 

- Bridgit? Não! Nem um pouco. Mas ela te mandou um presente. 

- Sério? 

- Hum rum. - fui até a porta da van e a abri - ela te mandou muitas pessoas de presente. 

- NÃO CREIO! - ela gritou e foi abraçar todo mundo. 

[...]

- É o melhor natal de todos. - disse Helena - meus melhores amigos, no meu país e o cara que eu amo. 

- É! - eu falei meio incomodado com o lance do "cara que eu amo" 

- Por favor. Não começa. 

- Tá! Desculpa. Eu só... Não me sinto cem por cento bem com tudo isso. Mas eu vou me esforçar por você. - ela me abraçou

- Eu te amo. - beijei o ombro dela

- Também amo você, ruivinha. 

[...]

- HORA DOS PRESENTES - gritou Ryan e todo mundo veio pra sala.

- Você comprou a casinha de boneca não foi papai? - perguntou Jas.

- Claro filha - eu não comprei não - mas está no Canadá. Quando chegarmos lá, eu te dou. 

- Era muito grande pra trazer né? 

- Você nem imagina. - Bridgit viu que eu estava numa forca e puxou a Jasmin pra perto dela. 

- Eu quero os meus primeiro - disse a autoritária Jasmin. 

- Ei! Quem te deu essa educação? - eu disse e ela agarrou a perna da Bridgit.

Depois de umas duas horas naquela troca de presentes, tudo acabou e eu estava finalmente livre da Jasmin gritando pelos presentes maravilhosos que ela recebeu. Pelo menos ela esqueceu a casa de bonecas. Por enquanto. 

- Aceita? - perguntou Bridgit sentando ao meu lado com uma caneca fumegante de chocolate quente. 

- Obrigado! - peguei e tomei um gole. 

- Sabe que o Brandon pode chegar a qualquer momento né?

- Sei. E eu estou pronto pra isso. - tomei outro gole - assim espero. 

- Tenta não fazer besteira. A Helena já está chateada com você. Vai com calma. 

- Eu prometo tentar. 

- Eu fico do seu lado. 

- Me sentirei mais forte. 

A campainha tocou e eu senti meu coração parar. Eu estou realmente pronto pra ver esse babaca de novo? Helena passou praticamente correndo por nós, foi até a porta e quando ela abriu, eu virei o rosto. Não, eu não estou pronto. 

- Você precisa fazer isso - disse Bridgit me fazendo olhar pra ela e pegando a caneca da minha mão. - Deveria levar em conta que ele é meu ex namorado e eu não estou tão tranquila, mas estou me controlando. 

- Pra mim, ele é o cara que quer tirar meu filho de mim, roubar minha esposa, um covarde. 

- Eu sei! Desculpe! - eu dei um selinho nela. 

Todos começaram a cumprimentar o Maicon e eu dei um jeito de ir até o carro pra fazer nada. Eu fiquei lá parado por um bom tempo. Não quero ter que encarar isso agora. Mas como tudo o que é bom dura pouco.

- Drew! Eu sabia que você deveria estar aqui. 

- Maison! 

- Não vai subir? Estão todos procurando você. 

- Se eu quisesse estar lá em cima, estaria. 

- Eu estou tentando ser amigável.

- E eu estou tentando não ter sua amizade. 

-Achei que depois da nossa conversa​ meses atrás, as coisas estariam diferentes.

- Achou errado. 

- Eu consigo me dar bem com todo mundo. Por que com você tem que ser diferente? 

- Porque você não me desce. E eu sei que está esperando um passo errado meu pra atacar a minha família e eu não vou deixar. 

- Eu estou bem com a Helena, com o James, a Kira, a Bridgit. Cara, acredita em mim. Eu quero realmente recomeçar. 

- Recomeça pra lá então. Bem longe de mim. 

- Não da pra recomeçar sabendo que você ainda me odeia. 

- Então sinto muito. Você não vai ter recomeços. 

Entrei novamente no prédio e fui pro apartamento. Só precisei dar um olhar pra Bridgit que ela percebeu o que estava acontecendo. Ela rodou a sala com os olhos e me olhou novamente. Fui andando pelo corredor e eu sabia que ela estava logo atrás. Abri a primeira porta que achei e por sorte não era o quarto da Helena. 

- Onde está o Brandon? - ela perguntou assim que fechou a porta. 

- Foi atrás de mim. Óbvio. Eu não posso nem ficar sozinho por cinco minutos. Esse cara é uma pedra no meu caminho. 

- O que ele queria? 

- Dizer que só porque eu aceitei conversar com ele aquele dia, seríamos melhores amigos pra sempre e que iríamos sair pra beber ou jogar hóquei. 

- O que custa tentar? 

- Você está tentando? 

- Sim! 

- Você não consegue nem sentar no mesmo sofá que ele. 

- Mas eu consigo disfarçar melhor do que você. 

- Eu sei que ele vai aprontar alguma coisa, piveta. Eu sinto isso. 

- Deveria parar de ser sensitivo por um momento e dar felicidade a Helena. É Natal, Justin. A gente perdoa as pessoas nessa época. Se elas estão mal intencionadas ou não, já não é mais problema nosso. O cara lá em cima vai saber o que fazer. 

- Odeio quando você tem razão. 

- Eu sempre tenho razão. - eu a olhei e ela riu - faz um esforço. Eu já disse que não vou sair de perto de você. 

- Tá! Tudo bem. Vamos encarar o problema de frente e de cabeça erguida. 

- Isso mesmo. Assim que se fala. - eu a abracei. 

- Não sei o que seria da minha vida sem você. 

- Um fiasco. Uma total perda de tempo. Uma vida de escuridão, solidão e tristeza - eu ri.

- Eu te amo. 

- Também amo você, cabeça dura. - beijei a ponta do nariz dela, a rodei com uma mão como se estivéssemos dançando e fui a empurrando pra fora do quarto. 

[...]

- Estou tão feliz de ter vocês dois aqui comigo. - disse Helena sentando ao meu lado do sofá junto com Maison. 

- É! - foi a única coisa que eu consegui dizer antes de tentar enfiar minha cara dentro do copo de wisky. 

- É o melhor natal de todos. - ela disse toda sorridente e eu só balancei a cabeça afirmando. 

- Justin! - Bridgit brotou do além e eu quase gritei um obrigado. - James se machucou lá dentro. 

- O que? - Byron disse ficando de pé.

- Fica quietinho aí Maicon. Eu cuido do meu filho. - eu disse pondo o copo na mesa de centro e indo até o quarto. 

James estava caído no chão. Provavelmente estava pulando na cama como sempre e caiu. Eu o ajudei a ficar de pé, o pus sentado na cama e o fiz me olhar. 

- Onde dói? - eu perguntei.

- Não dói. - ele respondeu tentando se fazer de forte. Vamos criança, chore. Você só tem cinco anos. 

- Eu não sou idiota, James. Onde dói?

- Já disse que não dói. - ele baixou a cabeça 

- Não é pra baixar a cabeça - o fiz me olhar de novo - fale onde dói. 

- Já falei que não dói. - senti uma mão no meu braço e quase faltei socar a pessoa que ousou tocar no meu braço. 

- Eu disse que resolvo o problema do meu filho. 

- Pelo o que eu estou vendo, você não sai da estaca zero. - disse o Jason me empurrando pro lado e abaixando na frente do James. - Eu já caí muitas vezes da cama e Sei que dói bastante. Seu pai está preocupado com você. Deveria dizer a ele onde dói. 

- Mas homens não sentem dor. 

- Que educação foi essa que você deu ao menino? - disse Byron me olhando. 

- Eu não ensinei isso a ele. Onde aprendeu isso? 

- A professora disse. - respondeu James. 

- Bridgit, quando voltarmos ao Canadá, me lembre de colocá-lo onde nós estudávamos. A escola é pública, mas pelo menos não ensina essas porcarias as crianças. 

- Todo mundo aqui está preocupado James. - disse o Aaron. - Agora diga onde dói. - James todo acanhado pôs a mão atrás da cabeça. - gelo! - Helena colocou o saco de gelo na mão do babaca e ele pôs no lugar onde o James disse estar doendo. - preciso que segure isso, sem apertar, apenas tire quando a bolsa de gelo estiver na temperatura normal. E se sentir dor de cabeça, nos avise. - o mané me olhou pelo canto do olho e eu apenas cruzei os braços - e nada de pular na cama novamente. Podia ter acontecido coisa pior. - ele ficou de pé, me olhou e saiu do quarto. 

- Vai agradecer - disse Bridgit. 

- Não vai rolar. - eu falei e Helena me fuzilou com o olhar - nem adianta  me olhar assim. 

- Não acredito que ainda segue com essa birra desnecessária, Drew. Nem no Natal você da uma trégua. Quando eu finalmente achei que meu irmão estava aprendendo a amadurecer, você vem com uma dessas. - disse Helena que logo em seguida saiu do quarto. 

- Você vai resolver isso agora, Justin. - disse Bridgit autoritária. 

- Nem vem. - ela me olhou com uma cara tão feia que eu quase fiz uma oração pedindo perdão por todos os meus pecados. 

- Você vai lá a-go-ra! - ela não precisou dizer mais nada. 

Eu saí do quarto e voltei pra sala encontrando Helena e o carinha lá. Fui na direção deles e assim que a ruiva sentiu minha presença, ela fez questão de olhar pra qualquer lugar menos pra mim. 

- Vim pedir desculpas. - eu disse - É natal e eu não deveria estar agindo como um babaca. Me desculpe Helena e você também... - como é mesmo o nome dele? - você! 

- Drew! - disse Helena.

- O que? Eu esqueci o nome dele. Acontece. 

Ela me empurrou e saiu batendo o pé pelo apartamento com o namorado. Não precisei nem olhar pra trás, já sabia que Bridgit estava no mesmo ambiente que eu, fazendo aquela cara de demônio que ela fez minutos atrás. Eu comecei a rezar mentalmente pra que ela fosse embora, mas eu quase morri quando senti a mão dela em mim. 

- Não acredito nisso, Drew! - eu virei lentamente na direção do capiroto. 

- O que tem demais em esquecer o nome dele? 

- Você chama ele de quinhentos nomes diferentes e esquece todos eles logo agora?

- Acontece. 

- Você só vai chegar perto de mim de novo quando resolver essa situação. Fui clara? 

- Não acredito que vai fazer isso por culpa do Marlon. - passei uma das mãos no rosto - lembrei o nome dele. Jaxon. 

- Estou fazendo pela Helena. - ela ia virar as costas, mas eu segurei o braço dela - O que é? 

- Jura que não tem o número daquele Carl? 

- Que Carl? 

- Aquele cantou que você estava falando. 

- É Shawn! 

- Que seja. Eu pesquisei sobre ele. O cara é bonito, canadense, alto, músico. Só em ser canadense ele já me ganhou. Não confio muito nos caras americanos. 

- Mateo é americano. 

- Ele é italiano. Apenas nasceu nos estados unidos. 

- Isso o torna americano. - ela disse, deu tapinhas leves no meu braço e saiu andando.

- Odeio quando você tem razão. 

[...]

Toda aquela situação estava chata demais pra mim. Todos estavam no apartamento celebrando o natal e eu estava bebendo uma cerveja dentro da van. Talvez ele realmente tenha mudado e eu não sou maduro o suficiente pra ver isso. 

Ele me ajudou com o James. Ele realmente mostrou se importar e eu deveria dar valor a isso. Ele faz a Helena feliz e a felicidade dela deveria ser a minha, certo? Eu estou sendo um idiota. Abri a porta da van pronto pra concertar meus erros e dei de cara com o... Como é o nome dele mesmo? Vou chamá-lo de namorado da Helena. 

- O que? - eu disse assim que saí da van e fechei a porta. 

- Você não voltou lá pra cima, Helena estava quase tirando as coisas da mesa. Pedi que Bridgit colocasse algo num prato e te trouxe com uma cerveja, mas pelo visto você já tem uma. 

- Sabe o quão gay isso está soando? 

- Não! Eu acho isso uma atitude normal, de pessoas normais. O machista aqui é você. 

- Eu não quero. Pode voltar.

- Desculpa! Não quis parecer grosso. É Natal e devemos ser gentis uns com os outros. 

- Hum rum. 

- Desculpa por tudo o que eu fiz no passado. Eu fui um babaca, eu sei. Pode usar palavras piores se quiser. Eu sei que nem merecia respirar o mesmo ar que você agora. Mas estou sendo maduro o suficiente pra pedir desculpas por isso. - Olhei pra sombra atrás dele e Helena observava tudo calada. 

- Tudo bem. Deixemos o passado no passado. - peguei o prato e o pus no capô do carro - mas tem uma condição pra eu te desculpar. 

- Qual? 

- Se você me desculpar também. 

- Enquanto a isso, nem precisa esquentar. - eu estendi a mão. 

- Colegas? - ele apertou minha mão.

- Colegas! 

- Finalmente! - Helena disse vindo até nós. - é um milagre de natal. 

- Daqui a pouco você diz que o papai noel existe. - ela me deu um tapa no braço. 

[...]

Eram umas três dá manhã e estávamos todos juntos. Meus melhores amigos, minha esposa, minha irmã, o namorado dela e a Kira. As crianças já estavam dormindo, então aproveitamos pra ficar conversando e bebendo. Foi quando o verdadeiro milagre de natal aconteceu.

- Sentado aqui e conversando com vocês, tô começando a achar esse Brandon legal. - eu disse e todos me olharam automaticamente - O que foi? 

- O que você disse? - perguntou Bridgit. 

- Que eu tô começando a achar o namorado da Helena legal. 

- Você o chamou de Brandon. - disse Helena. 

- Chamei? Desculpa cara, eu tô sempre errado seu nome. Como você se chama mesmo? 

- Brandon! - ele disse e foi quando eu entendi o que estava acontecendo. 

- Eu acertei seu nome. 

- Você não falava aquilo zoando? - perguntou Ryan. 

- Claro que não. 

- Mais um milagre de natal. - disse Helena e eu taquei uma almofada nela. 

Helena jogou a almofada de volta e foi quando eu me permiti olhar aquele momento. Todos estavam juntos depois de anos. Seguíamos unidos, felizes e agora com mais gente no grupo. 

Se me dissessem anos atrás que tudo isso aconteceria na minha vida, eu iria rir da cara da pessoa. Mas olhando tudo como está hoje, eu fico muito feliz que tenha acontecido desse jeito. Se eu pudesse voltar no tempo, faria tudo de novo. 

Os tempos foram passando e eu me tornei carne e unha com Brandon. Ryan fica mordido de ciúmes por alguém ter praticamente tomado o posto dele. O momento que eu realmente acreditei que o cara tinha mudado foi quando Bridgit e eu nos separamos. Ela foi morar na Itália com a Jasmin e eu segui no Canadá. Mas mesmo sem querer ela fazia parte do meu meio social. Tínhamos uma filha juntos e todos os amigos em comum. Não duramos dois anos longe um do outro. 

Bridgit partiu primeiro. Com 42 anos. Num acidente de carro. Ela e James estavam voltando​ do aeroporto, na chuva. James perdeu o controle do carro e acabaram capotando. Bridgit morreu na hora e James ficou na UTI. Eu senti muito a falta dela. Até que um dia, anos depois, encontrei uma carta que ela havia feito pra mim, mas não teve oportunidade de entregar. Um trecho da carta me chamou muito a atenção e a carreguei comigo até o fim da minha vida.  

"Quando você estiver perdido e sozinho, quando estiver partido em dois, deixe meu amor te levar longe, porque eu, sempre volto pra você."

Eu encontrei a Bridgit novamente. Num lugar diferente. Onde tudo era perfeito. Mas um dia, eu sai desse lugar e voltei pra onde estava antes. Mesmo país, lugar, sem ela. Mas aí os anos foram passando e eu não consigo lembrar do que aconteceu depois disso. 

...

Acordei num sobressalto. Quem é essa menina que está sempre nos meus sonhos? Eu nunca a vi na vida. Eu sinto como se já a tivesse conhecido. Talvez em outra vida. Mas será que isso realmente existe? 

FIM...


Notas Finais


... Ou quase fim. Isso mesmo! Minha mente louca teve ideias incríveis... Preparem-se porque Turn To You tá chegando pra substituir Into You... Espero que tenham gostado do final tanto quanto eu gostei de escrevê-lo. Beijos de luz...
Ass,
Eu!
P.S.: Mais de 100 favoritos??? Amo vocês!!!


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