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História Into You - You're My Hero


Escrita por: MSCanadian

Capítulo 7 - You're My Hero


Justin POV

Eu e o Mateo fomos atrás da Bridgit, mas assim que a encontramos, ela saiu correndo, Mateo foi atrás dela e tudo foi muito rápido, um carro veio em alta velocidade, enquanto a piveta atravessava a rua, Mateo correu até ela, a empurrou e ele acabou sendo atropelado.

- Puta que o pariu - foi a única coisa que eu consegui dizer.

Corri pra fora da escola e fui até o Mateo, ele mostrava estar zonzo, me agaixei na intenção de ajudar ele a levantar, mas ele me impediu.

- Ajuda a minha irmã, faz algo que preste uma vez na vida. - ele disse e piscou o olho várias vezes - eu tô bem. - ele parecia estar dizendo aquilo mais pra ele do que pra mim.
- Tá! Só, fica acordado! Não dorme de jeito nenhum. - corri até a piveta e ela bateu a cabeça na calçada, segurei a cabeça dela com cuidado mas ela estava desacordada. - MERDA! - Liguei pra emergência e pedi que viessem rápido. 
- O rapaz desmaiou - disse o motorista do carro. - eu sou médico. E vou atender os seus amigos como modo de pedir desculpas.

A ambulância chegou rápido e o barulho dela trouxe olhares curiosos tanto de dentro da escola como das pessoas na rua, até que um grito feminino me fez entrar totalmente em desespero.

- MATEO! - era Caitlin já aos prantos, ela tentou vir ate onde estávamos, mas Chris a impediu. 
- O senhor vai acompanhando na ambulância? - disse una pessoa que eu julguei ser o enfermeiro
- Sim, eu vou! 

[...]

Mateo está na sala de cirurgia nesse momento, parece que o acidente dele foi grave. Eu estou na enfermaria sentado na cadeira de frente para a piveta, esperando ela acordar.

- Tudo dói - olhei pra cama rapidamente e Bridgit estava se mexendo. Fui até ela e a fiz ficar quieta
- Você não pode se mexer 
- Justin? O que aconteceu? Onde eu tô?
- Você bateu a cabeça na calçada quando caiu
- Caí? - ela fez uma pausa - espera, se você tá aqui, então quem me empurrou?
- O Mateo 
- Onde está o meu irmão, Justin? O que aconteceu com ele?  - ela começou a ficar desesperada
- Calma, ele tá bem. Você precisa descansar 
- Eu quero ver o meu irmão. 
- Você vai vê-lo depois, mas agora, por favor, descansa. 
- Eu quero ver o Mateo - ela disse tentando sair da cama 
- Para Bridgit. - eu a segurei - Ele tá bem, eu já disse, se cuida primeiro e depois você vê o seu irmão 
- Tudo isso é culpa sua, Justin
- Minha? Eu não fiz nada.
- Você fez. Destruiu meus sentimentos e esse acidente não teria acontecido se você não tivesse ido atrás de mim. Por que é tão difícil pra você me deixar em paz? Se diz que não gosta de mim, simplesmente vai embora.

Eu desviei meu olhar do dela e sem pensar duas vezes saí da enfermaria. Não vou embora, só vou deixá-lá pensar um pouco. Fui até a entrada do hospital e o Ryan estava la.

- Como tá a piveta? - ele perguntou
- Bem. E o Mateo? 
- Tá na UTI se recuperando 
- Ele tá bem?
- O Mateo tá paraplégico - eu gelei
- Como assim o Mateo tá paraplégico?
- Parece que o impacto foi muito forte. Fizeram cirurgia pra concertar, mas de nada adiantou. - eu sentei na cadeira e pus as mãos na cabeça - o que foi bro?
- Você acha que é tudo culpa minha?
- O que? Claro que não, Justin!

[...]

UMA SEMANA DEPOIS

Bridgit POV

Estamos todos de volta em casa e o Mateo segue se afundando por estar inválido e todos o olharem com pena. Perdi as contas de quantas vezes ele pediu pra voltar no hospital e receber a eutanásia, minha mãe só falta morrer toda vez que ele fala isso, depois ele diz que não nasceu pra ser "aleijado"  e eu apenas digo que ele está muito errado por pensar assim, porque tem pessoas como ele que são vencedoras.

- Ah cala a boca! - disse meu irmão - vai embora daqui
- Eu não vou sair de perto de você - disse Caitlin. Todo o dia é a mesma briga - nunca!
- Eu não quero você perto de mim. Sai daqui
- Você pode dizer isso quantas vezes forem precisas, mas eu não vou sair de perto de você, Mateo.
- Como você é chata. Não percebe que eu não quero mais nada contigo?
- Eu sei bem o porque de você falar isso, não sou idiota. 
- Foda-se. Só quero você longe.

Caitlin sentou no colo do Mateo, o abraçou e o beijou. Ela o ama acima de tudo e eu quero um amor assim também. Entrei na cozinha e saí pela porta dos fundos, sentei numa das cadeiras do jardim, olhei pra grande sacada a minha frente e o Justin estava lá, me encarando. Desde o dia em que eu o mandei ficar longe, que ele respeita meu pedido e eu me sinto muito melhor assim. 
Quem eu quero enganar? Essa distância dele me mata. Desviei o olhar por um minuto e quando olhei novamente ele não estava mais la. Saí da cadeira e fui andando pra fora do meu jardim, entrando logo em seguida no jardim vizinho. Eu vou resolver isso de uma vez por todas, como está não pode ficar. Respirei umas quinhentas vezes antes de tocar a campainha, mas o fiz assim que percebi que ia desistir. 

- Bridgit - disse Tia Pattie assim que abriu a porta - Entre! - eu entrei
- Ham... O Justin está aí?
- Sim! Ele está lá encima. Como está o seu irmão?
- Do mesmo jeito. Sem aceitar.
- Imagino como deve estar sendo difícil pra vocês e pra ele.
- Pois é! Eu posso subir?
- Claro que pode. Sabe o caminho?
- Sei sim. Obrigada!

Subi as escadas, fui andando lentamente pelo corredor, já querendo voltar correndo pra casa, respirei fundo e entrei no quarto dele sem bater na porta. Ele estava em frente ao notebook, com fones de ouvido, vendo os jogos de hóquei anteriores dos sharks, ele se preocupa muito em não decepcionar o time. Parei atrás dele e fiquei o observando fazer rabiscos num papel, até que o vídeo terminou e antes de passar pra outro ele olhou pra trás.

- Bridgit? - ele tirou os fones e me olhou confuso
- Oi Drew! Precisamos conversar. - ele ficou de pé e foi me puxando pra cama dele. Ele sentou numa ponta da cama encostado na cabeceira e eu na outra ponta com as pernas cuzadas.
- Pode falar. 
- Bom, é que... Eu me arrependo do que disse pra você no hospital. A culpa não foi sua, eu que sou nova nessa história de amor e não sei lidar com desilusões amorosas. Você me desculpa?
- Claro piveta. Foi no calor do momento, eu entendo. 
- Então, estamos bem?
- Claro Bridgit 
- Ok! - fiquei de pé - Vou deixar você voltar aos seus vídeos. - ele segurou minha mão.
- Fica mais um pouco. - ele pareceu... corar? - Eu estou com saudades da sua companhia. 
- Drew, eu prec... - ele me interrompeu
- Para de me chamar de Drew. Parece que você é uma estranha pra mim
- Você já disse isso.
- Então porque continua fazendo?
- Desculpa Justin. Satisfeito?
- Muito! Obrigado!
- Agora, eu vou embora.
​- Não, fica!
- Eu não posso ficar, Justin
- Por que não?
- Eu tenho que ajudar a Catlin com o meu irmão. Meus pais viajaram de novo e o Mateo tá difícil essa semana.
- Só... Fica um pouco... Por favor
- Por que quer tanto que eu fique?
- Porque eu estava com saudades da sua companhia.
- Justin, eu não vim aqui falar com você, para voltarmos a ser amigos, só vim pedir desculpas pela minha infantilidade. Mas eu ainda estou muito magoada com você. - ele ficou de pé e veio mais pra perto de mim.
- O que eu posso fazer pra mudar isso? - ela estava perto até demais.
- Nada. Você já cagou com tudo.
- Sempre tem algo que pode ser feito, piveta - ele passou o polegar na minha bochecha e foi se aproximando mais.
- Eu trouxe um lanche pra vo... cês - disse Pattie entrando no quarto - desculpem, eu não quis atrapalhar nada.
- Não atrapalhou, tia! Eu já estava de saída.
- Minha mãe fez um lanche pra nós dois, vai mesmo negar essa comida maravilhosa?
- Desculpa, mas eu...
- Eu senti o cheiro desse bolo lá de baixo - disse Ryan entrando

Os meninos chegaram e ali eu vi minha deixa pra ir embora. Saí de fininho, desci as escadas correndo e saí da casa do Justin pra nunca mais voltar.

Justin POV

Os caras chegaram e atrapalharam tudo. Eu quero me redimir com a piveta, me faz bem estar com ela e eu não aguento mais essa distância.
Os meus amigos encheram a barriga, minha mãe saiu do quarto com a bandeja, depois cada um se jogou num canto e eu apenas deitei na cama irritado.

- O que a Bridgit tava fazendo aqui? - perguntou o Chris - vocês estão ficando escondido?
- O que? - eu disse - claro que não, ela me odeia, vocês sabem disso.
- Mas confessa que você tá amarrado na piveta italiana - disse Chaz fazendo aquele movimento com as mãos e com sotaque italiano, fazendo todo mundo rir.
- A Bridgit não é menina pra mim. Ela merece alguém que saiba cuidar dela.
- E desde quando existe isso? - disse Ryan - você pode aprender a gostar dela, é só se deixar fazer isso.
- Cara, eu não gosto dela. - eu disse
- Sua boca diz uma coisa, seus olhos dizem outra - disse Chris
- Que mané olhos. Viadagem isso aí.

Fui pra sacada e fiquei olhando as folhas caindo, em algumas semanas começa o inverno. O frio e intenso inverno canadense.
Os caras foram pra sacada e nós vimos quando o Mateo saiu de casa pelos fundos na cadeira de rodas, foi até a borda da piscina e se jogou da cadeira dentro da piscina. Como ele vai nadar se não mexe as pernas? Os caras pareceram pensar a mesma coisa que eu, nos entreolhamos e saímos correndo do meu quarto. Assim que saí de casa, pulei a minha cerca pra dos Riveta e me joguei na piscina com roupa e tudo, logo atrás vieram os caras, seguramos o Mateo e o impedimos de fazer a merda que ele queria.

- VOCÊ TÁ MALUCO, CARA? - eu gritei - VOCÊ PODIA TER MORRIDO
- PORRA, NEM EM PAZ EU POSSO MORRER - gritou Mateo
- Não vamos deixar você fazer isso - disse Ryan.

As meninas saíram de dentro da casa totalmente assustadas e ficaram mais assustadas ainda quando viram a cena.

- Mateo, que porcaria você pensa que estava fazendo? - disse Caitlin.
- Eu já mandei você ir embora. - disse o Mateo todo grosso

O ajudamos a sair da piscina e colocamos ele de volta na cadeira de rodas. Os meninos entraram com a Caitlin e eu fiquei ali no frio com a piveta.

- Vem! Você precisa se esquentar - ela estendeu a mão pra mim.

Segurei a mão dela e entramos na casa. Ela me levou pro quarto de hóspedes, me deu uma toalha e uma bermuda do Mateo.

- Eu vou buscar alguma coisa quente pra você beber.

Ela saiu do quarto e eu tratei de me secar. Vou ter uma conversa bem séria com o Mateo sobre essas idéias malucas dele.
Quando Bridgit voltou, eu tinha acabado de vestir a bermuda, ela me deu uma xícara fumegante e logo o cheiro do chocolate entrou pelas minhas narinas. Tomei um gole e sentei na ponta da cama.

- Obrigada por ter salvado meu irmão. Você é oficialmente o meu herói - ela disse e rimos juntos. - ainda está com frio? - tomei outro gole do chocolate e assenti com a cabeça.

Ela foi atrás de mim, pegou o cobertor e pôs por cima de mim. Agora sim eu estou bem melhor. Ela sentou ao meu lado e ficou olhando pra porta.

- Se sente melhor agora? - ela disse sem olhar pra mim
- Sim, obrigado - pus a xícara no chão e olhei pra ela - não gosto dessa distância
- Vai ter que começar a gostar, porque vai ser assim de hoje em diante
- Não precisa ser assim, Bridgit.
- Precisa e vai ser

Foi mais um ato de desespero, quando eu dei por mim, já estávamos nos beijando, virei por cima dela a deitando na cama e ela não relutou nem um pouco, um tempo depois paramos o beijo com selinhos e ficamos nos olhando sem mover um dedo pra sair dali.

- Eu te amo! - ela disse
- Me ensina. - ela me olhou confusa
- Ensinar o que?
- Se a única maneira de você voltar a falar comigo, é ficando com você, eu fico, só me ensina a fazer direito. Eu não quero decepcionar você.



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