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História Into You - The Talk.


Escrita por: LoloJFlawless

Notas do Autor


Hey! Olha só quem voltou😅
Como estão?

Queria me desculpar brevemente aqui com vocês, babes. Dessa vez eu sei que acabei demorando para postar, mas eu volto a lhes dizer, esse ano está e estará sendo muito corrido para mim. Do jeito que as coisas têm andado, não tenho tido tanto tempo quanto gostaria para escrever e postar aqui, mas eu tenho tentado, ok? Então me desculpem se demorei demais ou caso aconteça de novo.

Agora vamos ao capítulo, huh?👀

Capítulo 10 - The Talk.


Fanfic / Fanfiction Into You - The Talk.

Receio

Substantivo masculino.

1- Sentimento de apreensão diante do que se julga perigoso;

2- Incerteza acompanhada do medo em relação a resultados;

3- Temor.

- Podemos conversar agora?

Eu apenas assinto. Percebo que estou prendendo a respiração e solto a mesma. Sofia indica o sofá com a cabeça e eu sento receosamente, ela vem logo em seguida.

- Onde estão os nossos pais? - pergunto, incomodada com todo o silêncio incomum na casa.

- Foram ao supermercado. - Assinto.

Se ela decidir me matar, eu tô frita.

- Sobre o que você queria falar? - questiono apreensiva e olho para as minhas mãos no meu colo, não querendo realmente encará-la.

- Tem certeza que você não sabe? - ela pergunta e eu olho para ela, que tem a sobrancelha arqueada.

- Tenho uma ideia, mas não tenho certeza. - Dou de ombros e ela suspira.

- Por que você não me falou sobre você e Lauren? - pergunta, dando confirmação do que eu já imaginava ser o assunto.

Dessa vez sou eu que suspiro. Fecho os olhos por um momento.

- Talvez porque eu não posso nem tocar no nome dela sem você ter uma crise de ciúmes? - murmuro.

Ela desvia o olhar por alguns segundos.

- Mas é diferente. Se eu soubesse desde o princípio, eu... - ela falava, mas parou assim que me viu com uma sobrancelha arqueada. - Tudo bem, tudo bem. Eu sei que sou muito ciumenta, mas mesmo assim, pensei que contássemos tudo uma para a outra. - murmura chateada e eu sinto o meu coração apertar.

- E nós contamos. - Seguro a sua mão. - Eu ia contar, mas estava pensando em como fazer isso sem despertar tanto seu ciúme, porque não se trata apenas de mim. Trata-se de Lauren também, e eu nunca faria nada para prejudicar a amizade de vocês, então queria esperar pelo momento certo para falar. - Ela suspira e solta a sua mão da minha.

- Isso não me faz sentir menos chateada com ela também. Eu queria que ela tivesse ao menos tentado, não sei...

- Nós iríamos, ok? Nós duas, juntas, estávamos pensando em como te contar, só-

- Tudo bem - me interrompe. - Eu acho que isso eu consigo entender - fala. - Desde quando?

Oh, merda.

- Nós... nos beijamos pela primeira vez há pouco mais de um mês. - Ela arqueia as sobrancelhas. - Você já sabe desde quando?

- Eu não sabia realmente, não podia ter certeza, mas desconfio desde o dia em que você foi passar a tarde na casa dela depois de uma prova.

Assinto. Eu lembro desse dia, em que Andrew havia dito muitas besteiras para a mulher de olhos verdes.

- Você está chateada? - pergunto culpada e ela suspira.

- Acho que sim, mais do que queria estar. Eu entendo suas razões para não ter contado, só... pensava que pudéssemos passar por cima disso. - Dá de ombros, visivelmente decepcionada e eu me sinto mal.

- Desculpa - murmuro. - Eu sempre corri para te contar tudo e... ter que esconder isso de você foi péssimo para mim. Eu me senti mal, mas eu fiz o que pensei ser melhor para o momento. - Sofia assente.

- Essa parte eu já entendi. Agora eu preciso saber se você tem certeza disso. Lauren é quarto anos mais velha, Camila. Eu quero saber se ela tem te tratado bem, o que ela pretende. Enfim.

- A idade dela realmente me importa em nada, nós duas somos maiores de idade. Isso muda nada, ok? - Sofia assente depois de um tempo e eu continuo. - Além disso, sim, acho que nunca me trataram tão bem quanto Lauren me trata. Ela sempre faz de tudo para que eu me sinta bem, ela ouve meus problemas e sempre me ajuda em tudo, ela me faz rir o tempo todo, adora me encher de elogios, é muito carinhosa, um amor. Apenas estar na presença dela já me faz bem, ainda assim ela se esforça para tornar tudo ainda melhor. Enfim... ela nunca fez nada de ruim e não a imagino fazendo.

- Ok... - Minha irmã assente fraco. - Eu tinha que me certificar. - Eu assinto.

Desde o início da conversa eu ainda não relaxei. Além disso, o fato de minha irmã ainda não ter esboçado um sorriso ou pelo menos a sombra de um só serve para piorar a minha situação. 

- Você gosta dela? - pergunta, direta como sempre.

- Antes de tudo isso, nós criamos uma amizade incrível, uma coisa que eu aprecio bastante. Nós estamos saindo há um tempo e... eu acho que estou mesmo gostando dela, mas não há pressa em nenhum dos lados - eu falo, e ela concorda com a cabeça.

- Entendo. Eu... posso ver que ela tem te feito bem, você tem exalado isso no dia a dia. Eu percebo isso faz tempo, acho que antes eu só não queria acreditar. Talvez eu esteja muito bolada ainda com isso, mas nada com o que deva se preocupar.

Sofia não esboça reação nenhuma, positiva ou negativa, seu rosto é impassível e isso me deixa agonidada.

- Agora, uma coisa. Se Lauren pisar na bola, eu não me importo se ela é minha amiga ou se você gosta dela, se o Papa gosta dela. Foda-se. Ela vai se ver comigo - diz, ainda séria, e eu a abraço apertado.

Não demoram muitos segundo e ela retribui.

- Eu já disse que você é a melhor irmã do mundo? - pergunto, e finalmente ouço-a rir.

Fraco, mas ela ri. E isso me faz relaxar de imediato.

- Só saiba de uma coisa. - Ela separa o abraço. - Assim como eu não vou estar contra vocês, eu também não vou facilitar nada para as duas. - Ela já está séria novamente. - E o meu ciúme não diminuiu em nada, é bom que saiba.

Não, ela com certeza aumentou.

- Eu não esperava que fosse, então tudo bem.

Com apenas um aceno de cabeça, ela levanta e sobe, sem dizer uma palavra a mais.

Infelizmente, eu sinto um clima diferente entre nós agora, e não é um clima melhor, definitivamente. No entanto, eu vou dar um tempo para Sofia poder pensar um pouco e absorver melhor tudo isso. Talvez seja só do que ela precisa.

Subo pouco tempo depois, vou para meu quarto para poder falar com Lauren. Mas antes disso, deixo o meu celular carregando e tomo um banho rápido. Ao sair do banheiro, visto um moletom cinza do Mickey e uma calça de moletom, também cinza. Tenho que secar meu cabelo, mas decidi fazer depois de falar com a mulher de olhos verdes. Aliás, há uma mensagem sua.

Lo : Ei, Camz! Acredito que ainda esteja conversando com sua irmã agora. Eu só estou avisando que acabo de chegar em casa c;

A mensagem é de cerca de uma hora atrás.

Camila : Lo, ainda está acordada?

Camila : Posso te ligar?

Lo : Estou aqui, Boo. Claro que sim, pode.

Assim que leio sua mensagem, entro na minha lista de contatos e ligo para ela. Lauren não demora nada para me atender.

Ei, Camz, está tudo bem? - pergunta ao atender.

Não luto contra um pequeno sorriso que se instala em meu rosto pelo seu tom preocupado.

- Está sim, Lo, eu quis ligar para poder contar melhor como foi a conversa com Sofia - respondo.

- E como foi, Boo?

- Não tão boa, mas melhor do que eu esperava. - Ouço seu suspiro, que eu imagino ser de alívio.

- Isso quer dizer que ela não está chateada conosco? - Lauren pergunta, esperançosa.

- Isso quer dizer que ela está bem chateada por nenhuma de nós ter contado, mas, ainda assim, ela nos apoia. Acho que só precisamos dar um tempo para ela digerir melhor isso tudo.

- Uh, eu falei que ela nunca iria ficar contra você, Boo. Sabia disso - ela fala e eu sorrio. - Mas ela só está chateada por enquanto, depois ela vai deixando isso de lado. É apenas o impacto.

Eu concordo com um som nasal.

- Espero que sim. Não ter contado para ela desde o início não estava nos meus planos. Nós duas sempre contamos tudo uma para a outra e foi péssimo ter que omitir isso. Por isso ela está chateada comigo, ou eu diria magoada. Mas pelo menos ela entendeu o nosso lado.

- Eu ainda vou falar com ela amanhã, ok?

- Uh, eu acho que seria bom para vocês ter essa conversa.

- Só espero que ela não queira me matar ou algo do tipo - fala com humor e eu rio.

Passamos o resto da noite conversando até o momento em que alguma de nós consegue finalmente pegar no sono. Lauren é a primeira a dormir, o que eu estranhei já que a mesma sempre diz ter problemas com o sono. Talvez ela só estivesse muito cansada. Logo depois de desligar a chamada, me obrigo a dormir também.

 

P.O.V. Lauren

O dia amanhece mais frio do que o de costume hoje, isso me faz usar roupas mais quentes e pesadas, o que não me incomoda. Além disso, eu acordei bastante disposta hoje, há anos não tinha uma noite de sono tão. Incrivelmente, a voz tão suave e calma de Camila conseguiu me fazer relaxar a esse ponto.

Decido mandar uma mensagem para ela antes de sair de casa.

Lauren : Bom dia, Boo. Talvez você ainda esteja dormindo, ou pode ser que não também. Só queria deixar registrado que acordei pensando em você ;)

Tomo café da manhã - que incluía panquecas com mel, suco de uva e uma maçã - e vou direto para o meu carro depois de pegar as chaves. Começo a dirigir em direção à universidade enquanto escuto meu cd do Paramore e canto junto. Não levo muito tempo dessa vez, talvez porque piso mais forte no acelerador hoje.

Assim que entro na universidade, minha paz interior é estremecida e eu engulo em seco, desejando ter demorado mais para me arrumar, tomar café, ou até mesmo ter pisado não tão forte no pedal de acelerar o carro. No momento em que vejo Sofia, quase congelo, mas tento agir o mais naturalmente possível.

- Bom dia, meninas. - Beijo a cabeça de Ally e, em seguida, a de Sofia. - Podemos conversar mais tarde? - peço, em voz baixa. Ela assente sem me dar tanta atenção, o que me faz imaginar o quão difícil essa conversa poderia ser.

Sento atrás da Cabello mais velha, que fez questão de não virar para conversar comigo em aula alguma. Começo a considerar que terei sorte se ela me matar durante a nossa conversa, porque, entre o que se passa pela minha cabeça, é a melhor das opções.

As primeira aula passa voando, por mais que às vezes eu me pegue distraída com alguma coisa que outros alunos distraídos fazem, ou até por causa da blusa do professor, que é chamativa e não deixava eu me concentrar nas coisas que o mesmo diz.

A segunda aula demora um pouco mais. Olho para o relógio e reviro os olhos frustrada quando noto que ainda falta meia hora para o fim.

Quando o professor nos libera, Ally fala que vai encontrat um amigo e nos deixa livres para conversar.

- Podemos conversar agora? - pergunto para Sofia quando todos saem da sala e ela assente. - Creio que você saiba o assunto e-

Ela me interrompe.

- Eu sei. Você provavelmente sabe que Camila e eu conversamos na noite de ontem. - Assinto e tento falar, mas ela não deixa. - Olha, eu quero deixar muito claro que eu poderia te matar agora, só não faço isso por causa dela. - Engulo em seco.

- E-eu... desculpa, ok? Eu queria ter te dito desde o começo, eu só fiquei com medo de você surtar. - Ela revira os olhos.

- É claro que eu vou surtar, Lauren, adiar isso não muda nada. Ela é a minha irmã mais nova, sabe disso, sabe como as coisas são entre ela e eu. Você foi na minha casa e ficou cercando minha irmã, sem me dizer nada. - Ela está furiosa.

- Não fale sim, por favor. Eu não forcei sua irmã a nada, nunca, e nem vou fazer isso. - Ela bufa. - Eu sei, tenho total consciência de que você faz tudo por ela e para protegê-la, mas pode ter certeza que eu vou agir da mesma forma. Eu nunca vou fazer nada com a intenção de machucá-la e sempre vou fazer de tudo para que ninguém a machuque também. Eu gosto mesmo dela, tudo bem? Minhas intenções são as melhores possíveis com a sua irmã - falo.

Sofia parece que vai explodir a qualquer momento.

- É bom mesmo, Lauren. Bom mesmo. Ela é importante demais para mim e já passou por mais coisas ruins do que você imagina. Camila já foi machucada antes e eu não vou deixar acontecer de novo. Eu disse isso para ela ontem e repito para você hoje: não importa se você é minha amiga, não importa se ela gosta de você, eu não vou hesitar em quebrar sua cara se você ousar machucá-la. Que fique claro que eu estou de olho e não vou facilitar para vocês. - Seu tom irritado e seu olhar me fazem pensar que eu posso ser morta a qualquer segundo.

- Sei disso. E o que isso quer dizer para a nossa amizade? - me atrevo a perguntar.

Ela suspira e passa a mão no rosto.

- Eu não sei. Por enquanto, eu ainda estou muito chateada com vocês duas. Sinceramente, eu só estou conversando com você agora para ter certeza que minha irmã não fez tanta besteira assim. Depois nós conversamos sobre como fica a amizade, mas eu digo logo que não vai ser a mesma depois disso. - Ela vacila com o olhar pela primeira vez. - Agora, se já tiver acabado.... - Eu assinto.

- Pode ir... - murmuro.

Vejo Sofia levantar e sair pela porta da sala sem olhar para trás.

- Que merda...

Fico realmente chateada com os rumos que a conversa tomou, as coisas definitivamente não foram tão bem pra mim quanto foram pra Camila.

Permaneço sentada aqui pelo resto do intervalo, apenas tentando relaxar. Observo quando os alunos entram em sala novamente, seguidos da senhorita. Jolie.

Durante todo o restante da manhã, minha mente fica ocupada demais, me impossibilita de prestar atenção.

Às 12:00AM, quando minha turma é liberada, Sofia se despede de Ally rapidamente com um abraço e nem se preocupa em olhar na minha cara antes de ir embora. Suspiro e Allyson me lança um sorriso triste.

- Dê um tempo a ela, mais cedo ou mais tarde ela se acostuma com a ideia de você estar beijando a irmã dela - diz humorada e eu sorrio.

Sofia devia ter contado a ela.

- Acho difícil, mas espero mesmo que sim. - Abraço a loira pelos ombros e ela passa um de seus braços por minha cintura antes de saíramos andando da sala.

Descubro que minha amiga está sem carro e que Josh não poderá vir buscá-la, então deixo Ally em sua casa antes de ir para a minha. Tomo um banho rápido, visto um moletom cinza e um top preto, almoço e troco algumas mensagens com Camila. Combinamos que ela vem aqui.

Eu me ofereço para buscá-la, mas a latina recusa dizendo que não quer arriscar com Sofia hoje, ela fala que vem de ônibus. Como sua casa não é exatamente perto da minha, ela chega quase uma hora depois.

- Lo! - Me abraça apertado logo que eu abro a porta, passando seus braços pelo meu pescoço.

Nem um segundo se passa até eu retribuir o abraço, rodeando a sua cintura.

- Hey, linda - murmuro com a boca próxima à sua orelha. Recebo um sorriso quando nos afastamos um pouco, sem separar o abraço ainda. - Foi tudo bem no caminho até aqui? - pergunto.

- Foi tranquilo, Lo, eu disse que não precisava se preocupar, huh? - Ela sorri de lado antes de selar demoradamente seus lábios nos meus.

Só não aprofundei o beijo porque ainda estávamos na porta de casa, mas estava boba com o seu ato.

- Vem, Boo, vamos entrar - chamo e ela assente.

Faço sinal para que Camila entre primeiro e ela o faz depois de sorrir sem jeito para mim, o que eu acho adorável. Por fim, entro também e fecho a porta.

É só nesse momento que posso observá-la melhor. Ela usa um vestido soltinho, rodado da cintura para baixo. Com estampa é florida, a peça é amarela e as flores são brancas. Meu coração dá um salto ao vê-la dessa forma.

- Uh, você está muito linda, Camz - eu falo enquanto vamos em direção as escadas e ela sorri de canto um tanto sem graça.

- Obrigada, Lo - murmura.

Ofereço a ela tudo o que tem na minha cozinha e ela recusa educadamente. Camila diz ter almoçado tarde hoje, não está com fome. Deitamos na minha cama e começamos a conversar sobre o tudo e o nada, qualquer coisa que nos permita passar tempo juntas e nos conhecer cada vez mais. Camila me conta que planejou sair com alguns amigos hoje para jogar boliche, mas eles furaram de última hora e ela ficou livre pelo resto do dia para mim. Além disso, ela me comta como sua irmã vem ignorando-a em casa desde ontem a noite.

- Hoje de manhã ela mal olhou para mim no café, só comeu e foi embora sem dar um bom dia ou um tchau - murmura chateada.

Estamos deitadas lado a lado, eu com a barriga para cima e Camila quase em cima de mim enquanto me abraça de modo estranhamente confortável. Eu acaricio o seu cabelo enquanto a mesma fala. E eu deixo que ela fale, ela precisa.

- Também não falou comigo quando chegou da universidade e nem me olhou quando fui avisar que ia sair ainda há pouco, só fez que sim com a cabeça, com os olhos pregados em algum livro. - Bufa.

Eu sei o quanto isso é novo e muito ruim para Camila. As irmãs Cabello são o tipo de irmãs que também são melhores amigas. Elas nunca deixam de contar nada uma para a outra e sempre estão lá uma para a outra.

Eu já falei com Sofia sobre isso há um tempo. Ela me disse que é raro brigar com a Cabello mais nova, porque elas quase sempre ficam do mesmo lado. E eu sei que Camila está mesmo achando isso a pior coisa do mundo no momento, não ter a irmã por perto.

- Camz, você sabe que ela só está chateada pelo modo como soube. Ela teve que vir nos perguntar e foi isso o que a chateou mais no final das contas. Mas, bebê, isso é algo que ela vai perdoar, então só deixa ela se acalmar um pouco e pensar. Ela vai voltar a falar contigo logo.

- Promete? - pergunta.

Seus olhos encontram os meus e eu sorrio de canto e beijo a sua testa.

- Prometo.

Ela sorri, esticando o pescoço e colando nossos lábios.

Acaricio sua bochecha com o polegar e sinto a língua de Camila contornando meus lábios. Ela sabe de cor todos os caminhos para tirar a minha sanidade. Camila pede passagem para aprofundar o beijo e eu dou isso a ela, suspirando quando sua língua entra em contato com a minha.

Seu beijo tem gosto de creme dental de menta, o que só serve para deixar tudo ainda melhor. Sinto quando sua mão vai para a minha nuca, suas unhas passeiam por ali e me causam arrepios.

Começamos a mudar de posição, sem parar o beijo. Camila vai deitando e me trazendo para cima do seu corpo. Me apoio com um braço para não soltar meu peso em cima dela e levo minha outra mão até a sua cintura, acariciando o local.

Às vezes separamos nossos lábios rapidamente para recobrar o ar, mas ficamos nos beijando por um bom tempo na cama.

Lentos. Rápidos. Eu não sei o que é melhor com Camila. Eu amo apertar sua cintura e ter os seus suspiros em resposta. Beijar seu pescoço, marcá-lo, sentir o seu corpo reagindo.

O jeito como ela arranha a minha nuca e puxa meu cabelo durante o beijo me deixam totalmente entregue e ela sabe disso. Se não fosse pelo toque do seu celular, com certeza mais beijos seriam trocados ali.

- Ugh, que saco - resmunga e eu rio baixinho, selando rapidamente nossos lábios antes de sair de cima dela.

Seu celular está na cômoda ao lado da minha cama e eu pego para ela. Entrego em sua mão e recebo um lindo sorriso em troca. Enquanto Camila fala com seja lá quem for, eu fico apenas admirando a garota, mal prestando atenção em sua conversa com outrem.

No meu julgar, ela consegue ficar mais linda a cada segundo. Cada vez que eu olho para ela, encontro algo novo para apreciar. Definitivamente, seu sorriso é o que ela tem de mais bonito, mas seus olhos castanho-chocolate não ficam muito atrás.

Percebo que poderia passar a vida olhando para eles.

Depois de um tempo, a latina encerra a ligação e me olha sem jeito.

- Lo, você está me olhando há um tempão - murmura, e eu que fico sem graça dessa vez, sentindo as minhas bochechas corarem.

- Eu estava? Eu nem percebi. - Coço a nuca e ela sorri negando com a cabeça.

- Era a minha mãe. Pelo visto, vou ter que voltar para casa às sete e meia, no máximo - ela murmura.

Olho para o relógio digital em cima da cômoda, são  cinco horas da tarde.

- Parece que vou sair com meus pais e Sofia. - Deixa seu celular na cômoda de novo, me puxando pela blusa para cima de si e eu sorrio.

- Você vai deixar eu te levar para casa? - pergunto, dando um beijo em seu queixo.

- Sofia conhece o seu carro, Lo - fala.

Desço meus lábios até seu pescoço e deixo um beijo em seu ponto de pulso. Ela se encolhe e eu rio baixo.

- Mas eu posso parar uma casa antes da sua ou na esquina até. Sete horas já vai estar escuro e não quero que você vá sozinha...

Beijo seu pescoço de novo e acaricio sua cintura. Estou apelando? Talvez. Mas ela adora.

- Uh, ok... eu deixo. -  Sorrio.

- Até lá você quer fazer o que? - Passo nariz pela pele do seu pescoço e ela supira. - Podemos ver um filme ou série na Netflix, ou você pode roubar no videogame, ou-

Ela me interrompe.

- Ei!  Eu não roubo, você que fica mexendo no meu controle e me fazendo cócegas - diz e eu rio.

- Mas que mentira, Cabello! Que eu me lembre, quem fica tentando tampar a minha visão é você. - Mordo sua pele de leve e ela traz as mãos para o meu cabelo e começa uma carícia.

- Não lembro dessa parte - murmura e eu cutuco sua costela.

Ela se contorxe na tentatica de se esquivar, rindo, e eu rio junto.

- Lo! Não! Por favor, Lolo! - pede risonha, segurando minha mão com a sua.

- Só se você ganhar de mim no jogo de futebol. - Entrelaço nossos dedos.

Não quero ter que sair dessa posição. Camila é confortável e sua pele tem cheiro de sabonete de coco.

- Mas você joga igual profissional, Lo! Eu mal sei usar o controle, não é justo! - diz.

- Se você ganhar, ainda compro uma pizza. - Afasto o rosto para olhar em seus olhos e ela sorri.

- Feito!

Descemos para jogar na televisão da sala, que é maior. Eu fico sentada no chão, encostada no sofá em que Camila está deitada. Ensino para Camila o que cada botão do joystick faz antes de apertar play.

Sua cara de frustração sempre que eu roubo a bola é adorável, mas eu sempre deixo que ela pegue de volta, o que a faz sorrir e gritar "YAAAY!".

Adorável, eu sei.

O jogo está 0x0 e faltam segundos para o fim da partida quando eu pego a bola dela. Faço com que o jogador corra para dentro da minha própria área e Camila começa a rir. Marco um gol contra e ela larga seu controle e cobre o rosto rindo.

- Não acredito que você fez isso, Lauren! - Rio junto e pego o meu celular.

- E então, qual o sabor da pizza?

Peço uma pizza de pepperoni e uma garrafa de coca-cola. Vontade da latina. Em seguida, levanto e deixo um beijo em sua bochecha antes de ir até a cozinha pegar copos e uma faca para cortar a pizza em fatias.

- Lo, você assiste Orange Is The New Black? - Camila pergunta quando eu volto.

Ela está vagando pela minha conta na Netflix.

- É a melhor série, eu não poderia não assistir - falo, e ela sorri.

- Talvez seja a melhor depois de Friends. - Reviro os olhos com um sorriso de canto.

- Eu nunca assisti mais do que dois episódios de Friends, não posso opinar. - Dou de ombros e ela olha para mim como se eu fosse uma criminosa.

- Sério mesmo? - Assinto. - Você precisa ver! - ela fala.

- Você vai assistir comigo? - Sento ao seu lado.

- Eu já assisti mais vezes do que me lembro, mas com certeza não me importo de assistir mais uma. - Sorri com a língua entre os dentes, extremamente fofa.

Acabou que começamos a assistir imediatamente. Dá tempo de assistir dois episódios antes da chegada da pizza. Vou buscar e pago a moça que veio trazer. Como de costume, dou uma gorjeta e ela sorri agradecida. Volto para dentro e vejo Camila mexendo em sua bolsa.

- Lo, toma, pague com isso - ela me estende o dinheiro.

Fecho a porta.

- Não precisa, Boo, eu já paguei. - Ela franze o cenho.

- Lo! Por que nunca me deixa pagar também? - questiona, com um bico nos lábios e eu rio pelo nariz.

- Foi uma aposta, Camz, eu perdi e eu paguei. - Deixo a pizza na mesa de centro da sala e vou até ela, segurando seu rosto entre as mãos e selando nossos lábios rapidamente.  - Tudo bem? - Ela revira os olhos, mas não evita um sorriso.

- Ugh, não é possível que não dê pra sentir raiva de você - reclama.

Rio baixinho e volto a selar nossos lábios demoradamente.

- Vamos comer? - pergunto.

Ela assente.

Sentamos no sofá e eu nos sirvo de refrigerante enquanto ela corta a pizza em fatias. Comemos entre risadas na maior parte do tempo devido a série que passa na tv. Quando nós acabamos, deitamos no sofá. Eu com a barriga para cima e Camila, sobre mim, certamente de barriga pra baixo. Nossas mãos estavam entrelaçadas ao lado de nossos corpos.

- Eu estou pensando em comprar um cachorro ou um gato - comento, e vejo os olhos de Camila brilharem.

- Sério? - não me espera responder. - Eu apoio, Lo! Nunca mais tive um cachorrinho em casa. - Um bico se forma em seus lábios. - O último que eu tive ficou em Cuba.

- O que eu tenho está em Nova York com meus pais, eles o levaram de mim quando se mudaram. - Dessa vez eu que faço bico.

- Eles moram em Nova York? Você nunca me disse - murmura, interessada em saber mais.

- Uh, é verdade, eu nunca disse mesmo. Faz pouco tempo que eles se mudaram. Antes nós morávamos no seu bairro, aliás. Só que eu mudei de casa quando eles se mudaram e aquela está alugada por um casal gay. - Ela assente.

- Por que você mudou? Podíamos morar no mesmo bairro, aí seria mais fácil de fugir para ficar com você. - Sorrio e beijo a sua mão.

- Não sei, acho que aquela casa me deixava com mais saudades deles do que o normal. Passei a vida lá antes de me mudar pra essa. - Camila assente como quem entende. - Mas eu deixo você fugir pra ficar comigo sempre, inclusive posso ir te sequestrar de vez em quando - completo e ela sorri, olhando para os meus lábios e não demorando para beijá-los.

Suspiro com o contato. Nós duas trocamos demorados selinhos enquanto minhas mãos, já soltas das suas, descem pelas suas costas e pousam na base da sua coluna, próximas a sua bunda. Já sem paciência, Camila aprofunda o beijo e invade minha boca com sua língua sem sequer pedir passagem, o que me faz sorrir contra seus lábios.

Quando nossas línguas se encontraram, aperto o seu quadril, colando ainda mais os nossos corpos se possível e ouço o seu suspiro com o ato. Suas mãos revezam entre puxar o meu cabelo e arranhar minha nuca, nenhuma das coisas ajuda no meu estado atual. Deslizo uma mão pela lateral do seu corpo até sua coxa e aperto com cuidado, tendo altos suspiros em resposta.

Quando separamos o beijo para respirar, Camila senta em mim, pondo uma perna em cada lado do meu corpo. Isso deixa suas coxas ainda mais visíveis já que o seu vestido havia sobe um pouco. Seus beijos migram para o meu pescoço enquanto minhas mãos voltam diretamente para suas coxas, fazendo questão de apertar aquela região e acariciar em seguida.

Depois que Camila beijar toda a extensão do meu pescoço e também deixa uma provável marca por ali, seus lábios voltam a encontrar os meus em um beijo ainda mais desesperado. Minha língua invade sua boca sedenta, explorando todos os já conhecidos cantos. Antes de separar o beijo, mordo seu lábio inferior, puxando-o até que ele se solte sozinho.

- Cada vez menos eu quero ter que ir embora -Camila diz. Ela faz uma carícia delicada em meu rosto, me levando a fechar os olhos em apreciação, e começa a distribuir beijos por ele.

- Nem preciso dizer o quanto eu concordo, huh? - murmuro.

Estou tentando pensar em algo que me "desanime" no momento, porque os últimos amassos que trocamos me excitaram um pouco - se é que me entendem. E eu torço internamente para Camila não notar, apesar de estar sentada no meu colo, o que torna a minha situação ainda mais difícil.

Depois de um tempo, quando o relógio marca 07:15PM, percebemos que precisamos correr para chegar na casa de Camila no horário estabelecido por sua mãe. Fomos para o carro e o caminho é repleto de conversas, como Camila me dizendo que já nomeou um cachorro de Cachorro por não ter ideias de nomes.

- É, acho que vou ter que escolher sozinha o nome do cachorro que vou comprar - murmuro, e ela me olha fazendo bico.

- Não vai deixar eu te ajudar, Lo? - pergunta.

- Se você pensar em nomes um pouco melhores que Cachorro, deixo. - Ela assente animada sorrindo de canto.

- E qual raça você quer comprar? - ela pergunta.

- Queria um maltês ou um pug, a princípio pelo manos - falo, e sorrio imaginando a fofura.

- São raças tão fofas! - Camila diz animada e eu assinto, também me animando.

Passamos o restante do caminho no tópico cachorros, descobrimos mais uma paixão em comum. Em vinte minutos, chegamos na esquina da casa dos Cabello, onde eu estaciono.

- Dessa vez não posso demorar no carro, Lo. - fala, com um bico se formando. 

São 07:35PM, realmente está um pouco atrasada.

- Tudo bem, Boo, não queremos que a sua mãe brigue com você - falo e ela assente.

- Manda mensagem quando chegar lá? -  Eu assinto.

- Mando sim, linda - falo, antes de sentir seus lábios nos meus em um selinho demorado.

- Tchau, Lo - ela diz.

- Tchau, Camz - murmuro, vendo-a se afastar do carro.

Espero que ela entre em casa para poder sair daqui. Vejo Sinuhe abriu a porta para ela. Ligo o carro novamente e saio tranquilamente já que a mesma não conhece meu carro.

Chego em casa e apenas fico trocando mensagens com Camila, Allyson, Verônica e Zayn antes de dormir, às 11:30PM.


Notas Finais


E ENTÃO? Quando será que a Sofia vai voltar a falar com as meninasss?

Caso sugestões, palpites, ideias, notícias, por favor, deixem nos comentários e farei questão de ler e responder todos!

Boa noite, anjos!
Love only🌹


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