-Bom dia...misericórdia! -margarida bradou surpresa ao ver os amigos pela manhã de domingo.
Alícia, Paulo, Marcelina e Mario estavam estirados sobre o pequeno palco. Valeria e Davi estavam deitados sobre uma mesa, majo e Cirilo em cima do freezer, Bibi e loki sentados em uma mesa, dormindo profundamente, Adriano e Jaime se encostaram em uma parede e la ficaram, Carmem e Daniel estavam no chão.
-amor, eu não achei o café... Puta merda! -Diana disse rindo ao ver a cena. -eles aproveitaram mesmo, hein?
-nem me fala. Isso ta uma bagunça! -a Garcia disse já ajuntando garrafas vazias e copos do chão.
-eu vou buscar sacos e vassouras, já volto! -a Ayala falou vendo a noiva assentir.
Margarida tratou de ajuntar o que pôde sozinha, ria a cada vez que olhava os amigos, eles realmente extrapolaram.
Diana chegou carregando várias coisas e largou as mesmas pelo chão.
-e ai? Eu acordo eles? -a menina disse arfando.
-é bom, assim eles vão tomar um banho e se alimentar! -margarida falou indo ate o irmão e a cunhada. -vamos lá, casal nerd, hora de acordar!
-ai,não grita, marga! -Daniel disse massageando as têmporas.
-mas, eu não to gritando. -a irma disse rindo. -levantem, tomem um banho, tem café na mesa e remédio pra dor! -margarida disse vendo os dois levantarem e caminharem até a casa. Segundos depois Mario, Marcelina, Adriano e Jaime também acordaram.
Diana foi ate majo e Cirilo e com dificuldade fez eles acordarem. Logo após a menina despertou Alícia, Paulo, Bibi e koki.
-bom dia, seu Cachaceiros! -a Ayala disse rindo.
-bom dia, senhorita! -Bibi falou arrumando os cabelos.
-caraca a gente caprichou, hein? -se admirou koki vendo a bagunça no lugar.
-nem me fala, Ruivinho. Agora eu e a marga vamos arrumar tudo. -respondeu diana sorridente.
-hum, esse sorrisinho ai, transaram pra cacete, né? -Bianca falou fazendo Diana ficar sem reação.
-não liga, di, ela so ta falando isso por que ela transou de menos! -Alícia aporrinhou a ruiva.
-ih, japonês. Não ta fazendo o trabalho direito, não? -Paulo falou vendo o melhor amigo revirar os olhos.
-eu e a Bibi somos só amigos! -o ruivo respondeu, olhando para a Smith pelo canto de olho.
-grande amizade, nossa! -Bibi falou soltando uma risada sem humor.
-já falamos sobre isso, bianca! -koki disse vendo a ruiva caminhar para fora do lugar.
-não, kokimoto, você falou, apenas você! Ah, quer saber foda-se! -Bibi explodiu sem saber ao certo o que fazia. Koki apenas bufou e caminhou para dentro da casa, deixando os amigos sem reação.
-parece que mais alguém está com problemas! -Paulo falou suspirando e pegando na mão da namorada, indo até dentro da casa.
Margarida e Diana voltaram ao que faziam, e mesmo com o local totalmente estando uma zona, elas venceram a sujeira e terminaram antes do almoço.
-pronto! Agora é só tirar e guardar as mesas, cadeiras, enfim! -diana disse cansada.
-eu amei a festa, sabe? Amei a surpresa, amei a música, nossa noite, mas acho que ta faltando uma coisa! -margarida falou indo até o notebook e colocando uma música conhecida.
-can't help falling in love... Eu amo essa música! -a Ayala disse sorrindo.
-aceita dançar comigo, senhorita? -marga falou estendendo a mão para a noiva.
-para sempre! -diana disse pegando na mão da maior e ambas começaram uma dança calma. Diana repousou sua cabeça no ombro da Garcia e sorriu ao ouvir as batidas do coração da garota. Ela estava finalmente em paz e com sua garota. Ou melhor, sua mulher.
[…]
Alícia terminou de vestir sua camiseta e pegou o celular para ver se não tinha feito nenhuma besteira. Haviam apenas fotos dela e dos amigos na galeria, mas nada que os comprometessem. A menina bloqueou o celular a fim de dormir e descansar, mas um bipe a fez acordae.
A morena pegou o celular e destravou, havia duas mensagens recebidas de um número que ela nunca havia visto. Achou estranho, mas decidiu ver.
A primeira mensagem trazia uma foto sua dançando sobre o palco iluminado da dollhouse, Alícia quase teve um infarto ao ver a foto e ela se sentiu desmoronar ainda mais quando leu a mensagem.
"Mal posso esperar pelo dia em que todos conheceram quem é Alícia gusman de verdade, ou melhor, Luana!"
A mensagem não trazia nenhuma pista de quem era, mas ela sabia muito bem quem a havia mandado. Mesmo depois de mêses aquela praga voltou pra infernizar sua vida. A gusman não conseguiu controlar as lágrimas, a dor em seu peito aumentou so de pensar em ver Paulo olhando para ela com nojo, rejeitando ela e dizendo as piores palavras possíveis. Odiava pensar nisso.
-Alícia, ta tudo bem? -a menina se espantou ao ver Paulo em sua frente, olhando para ela preocupado.
-só me abraça, guerra! -a menina pediu se jogando contra ele que a abraçou forte, tentando acalmar o coração da gusman que batia forte. -me promete que independente de qualquer coisa, você nunca vai me abandonar? -a menina pediu, temerosa.
-ta me deixando com medo, gusman! -Paulo disse contra o pescoço dela.
-só me promete, amor!
-eu prometo, linda. Sempre vou ta aqui! -ele disse preocupado. Logo o celular do guerra vibrou, fazendo ele ligar o aparelho, haviam duas mensagens e o menino aproveitou que Alícia estava abraçada a ele para ver a mensagem.
A primeira trazia uma foto de Alícia, entrando em um táxi, com um sobretudo preto e logo abaixo a próxima mensagem dizia:
"A mesma verdade que pode libertar, também vai destruir!"
O guerra apenas engoliu em seco, não sabia o que aquilo queria dizer, mas sentia em seu coração que não era algo bom.
-Paulo? -Alícia chamou baixinho.
-sim?
-eu... Eu te amo, eu te amo mesmo, guerra, nunca duvida disso, ta bom? -a gusman disse com o rosto inchado por conta do choro. Aquela imagem partiu o coração do guerra.
-Eu te amo, gusman. Amo mais do que a mim mesmo, vai ficar tudo bem! -o menino disse beijando os lábios da garota. O problema era que nem ele mesmo tinha certeza de que tudo ficaria bem.
[…]
-não acredito que vocês já vão embora, esse final de semana passou tão rápido! -vera disse se balançando em sua cadeira, enquanto conversava com os jovens ali.
-eu sei, dona vera. Mas a gente promete que vem lhe visitar mais vezes, todos nós! -Alícia garantiu abraçada ao namorado.
-ah, ja ia esquecendo eu fiz um bolo maravilhoso, vamos comer! -a Garcia mais velha disse sendo amparada por Daniel. Os meninos chegaram ate a cozinha, sem perceberem que Bibi e kokimoto ficaram na varanda.
Bianca tinha o olhar longe, enquanto se apoiava na pequena cerca, kokimoto imitou a ruiva e suspirou atraindo a atenção dela.
-por que falou aquelas coisas, Bianca? -o menino questionou vendo a garota abaixar o olhar.
-não, eu só... Explodi. Foi mal...
-nós ja conversamos sobre isso, Bibi. Achei que tivesse entendido! -o ruivo disse tristonho, passando a mão pelo rosto da americana que tinha lágrimas molhando seu rosto.
-não. Eu não entendi, droga. Eu quero ficar com você, isso é tão difícil? Eu não ligo, caramba!
-mas isso seria egoísta da minha parte, ruivinha! Você merece ser feliz com uma pessoa que possa te dar tudo o que você sempre quis, que é uma família! -o menino falou calmo, mas por dentro estava tão destruido quanto a menor a sua frente.
-que merda, eu não quero outra pessoa, eu quero você. Eu não me importo se você não pode ter filhos, podemos adotar um, não sei! -a menina disse sorrindo.
-a gente se conhece a tão pouco tempo, por que quer tanto ficar comigo, viver um futuro incerto, por que isso, bianca? -o mishima perguntou olhando dentro dos olhos castanhos da menina.
-eu não sei, mas é o que parece certo. Você me entende como ninguém, koki, você gosta de mim mesmo sabendo a louca que eu sou, desbocada, safada e enfim, me deixa ficar com você, vai!
-você é doida! -o menino disse beijando os labios da ruiva, se assustando em seguida ao ouvir os gritinhos dos amigos.
-finalmente senhor, mais um otp junto! -Valéria disse batendo palmas.
-eu mereço! -o ruivo falou revirando os olhos.
-finalmente vai voltar a transar, né querida? -Alícia disse fazendo os amigos rirem.
-graças a Deus, vamos fazer um culto e agradecer ao senhor! -Bibi falou entrando na brincadeira.
-espero que você consiga apagar esse fogo da tua mulher, japonês! -Paulo falou rindo do amigo.
-ta bom seus pervertidos, vamos deitar e descansar, que pela madrugada a gente viaja! -margarida disse subindo com a namorada.
-Meu deus, eu entreguei minha irmã pra uma tarada! -Mario disse subindo com a namorada também.
-Mário! -Diana ginchou, repreendendo o irmão que riu.
-também te amo Maninha! -o Ayala falou rindo.
[…]
-gente acho melhor não irmos nessa chuva! -Diana disse encolhida no sofá, enquanto olhava pela janela a chuva forte.
-não podemos esperar passar, Di. Se não chegaremos na cidade só ao meio-dia! -Davi falou terminando de descer com as malas da namorada.
-o Davi tem razão, Maninha. Temos que ir, alguns de nós já ta no final do semestre, faltar não é uma opção agora! -Mario disse botando a jaqueta.
-vamos esperar passar, pelo amor de Deus, um dia de atraso não faz mal a ninguém! -Diana falou se levantando, nervosa.
-para de paranóia, amor. A viagem vai ser rápida, a estrada não é tão perigosa, da pra irmos! -margarida disse, tentando passar confiança para a namorada.
Alícia observava a Ayala de longe, sabia que a inquietação da menina estava fora do normal, por isso decidiu chamar a mesma.
-Diana, ta tudo bem? -a gusman perguntou puxando a menina de pele clara para um canto.
-ta sim, licia. Eu so não acho inteligente colocar a vida de todo mundo em risco por causa da teimosia de certas pessoas! -Diana falou se referindo a namorada.
-tem certeza? -Alícia disse baixinho e Diana a olhou incerta.
-tenho, mas ja que eles batem o pé dizendo que é seguro, bem, vamos confiar! -e com um sorriso fraco e nervoso a menina se retirou do lado de alicia que ainda estava encucada com toda aquela preocupação.
A chuva começou a brandar e logo o alívio tomou conta do coração de Diana, poderiam ter uma viagem tranquila enfim.
Os jovens adentraram em grupos nos carros dos amigos. Margarida, Diana, Jaime e Adriano, foram no carro da caipira. Alícia, Paulo, Mario e Marcelina, foram no carro do guerra mais velho. Valeria, Davi, Carmem e Daniel, seguiram atras dos amigos no carro do nerd. E por último, Maio, Cirilo, Bianca e Kokimoto foram no carro da medsen.
A estrada, como margarida disse, estava em boas condições. E a chuva fraca ajudava na visão dos motoristas. Ainda eram 4:00 da manhã, em menos de duas horas eles estariam na cidade, prontos para voltar a rotina.
No carro dos guerras, alicia e Paulo trocavam carícias íntimas, fazendo jus aos boatos de casal mais foguento da turma, depois dos dois ruivinhos. Enquanto isso Mario e Marcelina estavam num sono profundo no banco de trás.
Valeria conversava no celular, Davi dirigia calmamente, e Carmem e Daniel liam um livro sobre o corpo humano para se distrair.
Já no carro de majo a animação era evidente, a musica agitada tocava enquanto os casais cantavam animadamente. Tudo estava perfeito.
No carro de margarida a menina pousava a mão livre na coxa de Diana que estava sonolenta. Um sorriso se abriu no rosto da Ayala e ela apertou a mão da namorada.
Jaime roncava no banco de trás, enquanto Adriano se divertia tirando fotos do amigo.
-então, agora eu sou sua noiva! -a Garcia disse corando.
-é. Isso é tão... Estranho, mas é tão bom! -Diana falou se ajeitando no banco para olhar melhor para a namorada.
-e eu achando que esse nosso amor fosse so uma fase! -margarida deu uma risada fraca.
-uma fase bem grande! -Diana acompanhou o riso da garota ao lado. -nós passamos por tanta coisas juntas. Fico feliz de termos vencido!
-eu também, pequena. E isso é só o começo da nossa felicidade! -marga pegou a mão de Diana e beijou fazendo a menina sorrir. -pode descansar, eu cuido de você!
Diana apenas fechou os olhos e antes de dormir, ela abriu os olhos e apreciou o rosto perfeito da namorada.
-marga? -ela chamou manhosa.
-hum? -a menina respondeu desviando o olhar da pista.
-Eu te amo! -as palavras foram tão verdadeiras que margarida sentiu a emoção escorrer por seus olhos.
-Eu te amo! -a caipira respondeu olhando no fundo dos olhos da menina. E so então, diana conseguiu dormir em paz.
A viagem se seguia tranquilamente, já se passavam das cinco da manhã e a estrada já dava indícios de que logo, logo eles estariam na cidade. Os dois ex gorduchos de trás já dormiam num sono pesado. Diana ainda descansava e margarida bebia uma lata de refrigerante para lhe manter acordada. Nos carros atrás o clima de silêncio era o mesmo, somente os motoristas estavam acordados. E num estrondo eles despertaram ao ver no céu um clarão.
-ah, que ótimo. Mais chuva! -Margarida resmungou.
-vamos parar e esperar passar, linda! -Diana disse coçando os olhos.
-já estamos chegando, amor! Volta a dormir! -A Garcia disse calma.
A chuva continuava forte e Diana tentava se acalmar colocando uma música lenta no rádio. Tudo estava em silêncio, com apenas os barulhos dos trovões lá fora. A chuva muitas vezes empatava a visão de margarida e dos outros, por isso decidiram reduzir a velocidade.
Uma luz foi vista no fim da estrada, e Diana suspirou aliviada, sabia que a avenida do centro estava próxima, mas seu coração acelerou e um frio subiu por sua espinha quando uma buzinada forte e longa invadiu seus tímpanos.
Margarida apenas arregalou os olhos e desviou o quanto pode parar sair do caminho daquele enorme caminhão a frente delas. Um som alto e forte. Uma luz branca cobriu a visão deles. Margarida só teve tempo de agarrar forte a mão da namorada enquanto sentia seu corpo desacordado balançar, conforme o carro da caipira capotava uma, duas, três, quatro vezes, parando de cabeça pra baixo no acostamento.
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