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História Intragável coração - Vestida para casar


Escrita por: andredeluxembrugo e JonhLEH

Capítulo 19 - Vestida para casar


Cena 01 - Casa de Diana – Sala – Noite.

Rubens abriu a porta encontrando a esposa na sala, os dois se fitaram e logo já estavam frente a frente.

- Está um pouco tarde para ficar acordado meu amor, o que houve? – Perguntou ele.

- E não está um pouco tarde para chegar a essa hora? – Ele respondeu com outra pergunta.

- O trabalho... O trabalho hoje foi insuportável, tanta coisa que eu tive que resolver e eles não resolvem sem mim. – Respondeu enquanto tirava sua camisa.

- Trabalho Rubens? Eu não sabia que você trabalhava agora em bares, pode me explicar isso?

- O que? Eu não estou entendendo! – Ele se fez de desentendido.

- Eu sou boa demais, mas não sou idiota e nem cega. Eu vi você com uma V-A-D-I-Adentro de um bar...

- Meu... Meu amor, não é nada disso que você está pensando! - Ele tentou se explicar.

- Eu vi ninguém me disse! - Continuou Diana.

- Você estava me seguindo? Eu não acredito, não estou acreditando que foi capaz de me seguir...

- Eu tinha que ver com os meus próprios olhos o que eu já desconfiava, marca de batom nas suas roupas, um perfume forte que você nunca usou, muito menos eu, ligações de tal de Beatriz.

- Meu amor, não pense bobagem, não crie coisas que não existem!

- Você deixou de me amar, é isso Rubens? São mais de 20 anos de casamento e agora você apronta uma dessas.

- Não, não... Eu nunca deixei de te amar, eu estive todo esse tempo ao seu lado e o que você pode ter visto, uma conversa com uma amiga, você sabe que de vez em quando eu gosto de beber algo, conversar, mas eu nunca fui capaz de te trair.

- Minha cabeça está estourando, eu não sei de mais nada, eu vi você naquele bar, eu vi. - Ela disse já cheia de lágrimas.

- Não aconteci nada, eu juro!

- Eu pensei que eu tinha feito tudo por essa família, por você e hoje não sei mais o que pensar. - Ela continuou, ainda chorando.

Rubens se aproximou da esposa e abraçou a mulher.

- Desculpa meu amor! Eu não quis te magoar, eu não quero destruir a nossa família, acredite em mim, por favor!

Ela se afastou do marido e enxugou as lágrimas.

- Eu não sei se consigo te perdoar, eu não sei se consigo olhar para você ainda depois de tudo, eu preciso ficar sozinha.

- Eu estarei ao seu lado, nunca vou te abandonar!

- Você vai dormir na sala hoje, estou indo para o meu quarto! - Disse com firmeza e saiu.

 

Cena 02 - Mansão de Selma - Sala - Noite.

Havia uma baladinha tocando na sala, os empregados estavam dormindo a essa hora da madrugada. Norma pegou sua taça de champanhe e saiu para o jardim. Lauro e Selma ficaram sozinhos, ele estava completamente bêbado e ela quase o alcançando.

- O que você está olhando? – Perguntou ao amigo ainda segurando uma taça.

- Eu estou olhando você! – Ele respondeu com segundas intenções.

- Cadê a Norma? – Ela virou a cabeça tentando encontrar a amiga.

- Ela foi lá para fora, espero que não se afogue na piscina, mas o importante agora sou eu e você.

- Como você ficou tão cretino, Lauro? – Ela o fitou por alguns segundos e deixou a taça cair no chão, ficou em pedaços e o tapete completamente encharcado.

Lauro se aproximou da amiga e pegou sua mão, ela voltou a olhar para ele fitando diretamente nos olhos do rapaz.

- Você faz com que meu coração bata intensamente, eu não consigo controlar...

- O que está fazendo? – Ela cortou o interrogando.

- Eu quero você! – Ele disse sorrindo.

- Chiei! – Ela o dedo nos lábios do rapaz para que o fizesse calar. – Você está bêbado e não sabe o que diz.

Ele provou o dedo da amada e ela tirou o mais rápido que pode de sua boca.

- Eu te amo, Selma! Eu quero ficar com você e te fazer a mulher mais feliz desse mundo.

Selma não conseguiu dizer nada e deixou ser beijada por Lauro. Ele tentou tirar a roupa dela, mas não conseguiu a mulher já havia se livrado de seus braços calorosos.

- Lauro, eu posso ter bebido um pouco mais, mas eu ainda sei o que estou fazendo. Não podemos deixar isso acontecer, eu pensava que era sua amiga, infelizmente eu me decepcionei.

O rapaz olhou para ela e levantou-se.

- Eu sempre te amei, não é coisa de ontem, antes mesmo de você conhecer o Marcos... Eu já te amava!

- Mas eu não te amo, nunca vou te amar e nossa amizade, sinceramente não pode continuar.

- Eu sei que posso te fazer feliz e é só você deixar! – Ele continuou.

- Eu não posso corresponder a esse seu sentimento. – Ouviu um barulho do lado da piscina. – A Norma! – Disse o nome da amiga preocupada. Os dois então saíram de lá para ver o que estava acontecendo.

 

 

Cena 03 - Mansão de Selma - Piscina.

 

Norma havia tropeçado na beira da piscina e quando se desequilibrou já estava completamente encharcada pela água. Álvaro assim que viu o que aconteceu, tirou a camisa e pulou para salvar a mulher.

- Você está bem? – Perguntou ao tirá-la da água. – Você está bem? – Bateu levemente no seu rosto.

- Eu estou molhada! – Ela disse enquanto saia um pouco de água de sua boca.

Selma chegou ao jardim e viu o motorista com a amiga. Lauro chegou à seguida a passos lentos.

- Norma, o que você estava fazendo? – Perguntou preocupada. – Você poderia se afogar.

- Eu fui salva pelo gatão aqui! – Disse sorrindo e encarando com desejo o motorista sem camisa.

Selma ofereceu sua mão para ajudar a amiga a se retirar do chão. Álvaro e Selma se olharam rapidamente. Lauro sentou em uma cadeira próxima após a confusão.

- Obrigada Álvaro! Eu iria sentir muito transformando meu casamento em um funeral. – Agradeceu a patroa.

- Fiz o que deveria, não podia assistir tudo e não fazer nada! Disse o motorista.

Álvaro foi embora e Selma se aproximou de Norma.

- Norma Jean, o que foi isso?

- Desculpe, sempre soube que eu era fraca para bebida, seja qual ela for e você também ok.

- Eu não bebo mais, só hoje fui abrir uma exceção e olhe no que deu.

Selma viu Lauro dormindo na cadeira e ajudou a amiga a entrar na casa.

 

Cena 04 - Casa de Diana - Dia.

Daniel sai de seu quarto e encontra o pai dormindo no sofá, seu rosto lhe revela um sono extremo ali, o rapaz volta, bate na porta do quarto da mãe e entra.

- O pai está dormindo na sala? - Ele foi direto.

Diana estava sentada em sua cama e fitava o filho que entrou naquele momento.

- É um assunto meu e eu quero ficar sozinha, pode ser? - Ela disse.

- Vocês brigaram, é isso? A senhora sabe que não gosto deste tipo de conflito em casa não gosta de vê-la triste.

Diana colocou os pés para fora da cama e levantou-se.

- Não parece, porque primeiro se envolve com aquela menina problemática e depois a engravida. Isso é querer o meu bem?

- O assunto aqui não sou eu e sim a senhora! - Ele disse firme.

- Então tá brigou com o seu pai e este assunto é inteiramente meu, não irei comentar os meus problemas com um garoto que está cheio deles. Eu não admito que faça mais interrogações, sua mãe é bem grandinha para resolver as pendências dela.

- Tudo bem, a senhora que sabe! Eu devo também informar que mesmo que o problema seja inteiramente meu, eu não vou me casar com a Gabriela...

- Que? - Ela cortou o filho sem aos menos deixá-lo terminar. - Ela está esperando um filho sua!

- Eu assumo o meu filho, isso não vou deixar de fazer, eu sou um homem, mas ficar com a Gabriela sem gostar dela desculpe! Isso não está nos meus planos.

- Eu sou uma mulher que pensa na família, sou uma mulher tradicional e o certo deveria estar ao lado dela, mesmo que eu não goste dessa menina.

- O mundo está tão diferente hoje mãe, eu não amo a Gabriela e não ficarei com ela porque vou ter um filho, o meu filho eu não vou deixar desamparado.

- Tudo bem, Daniel! Eu não vou questionar a sua decisão, eu estou com uma horrível dor de cabeça e preciso ficar sozinha.

Ela se aproximou do filho e beijou o seu rosto.

- A senhora vai ficar bem? - Perguntou Daniel preocupado.

- Não se preocupe depois eu me entendo com o seu pai! - Ela respondeu dando esperança ao filho. Ele saiu.

 

Cena 05 - Empresa Monteiro - Dia.

Selma sai do elevador e anda até a sala da presidência, ao entrar ela encontra o lugar vazio. Letícia chega ao mesmo momento e fica de frente com a noiva de Marcos.

- Desculpe, eu pensei que...

- Pensou o que? – Cortou a secretária.

- Eu pensei que a sala estivesse vazia, eu só iria pegar uma pasta, mas não quero incomodar a senhora. – Respondeu Letícia.

Selma passou pela moça e fechou a porta.

- Então, pegue o que veio buscar. Eu não mordo... Ao menos que eu tenha razão para isso. – Disse Selma um pouco irônica.

- Encontrei! – Disse a secretária pegando uma pasta azul.

- Letícia, este é o seu nome? – Perguntou Selma agora séria.

- Sim! – Confirmou a secretária olhando nos olhos da mulher.

- Eu sei que às vezes sou um pouco incontida demais, mas eu tenho que reparar os meus erros e sei que cometi um equívoco naquele dia no aeroporto, então eu lhe peço desculpas.

- Desculpas? A senhora não precisa se desculpar. – Contestou Letícia.

- Claro que tenho que me desculpar, pois eu disse coisas que não existem. Eu amo o Marcos e quero fazê-lo muito feliz, eu não tenho motivos para implicar com você, ele tem tanto trabalho e faz tudo isso por mim.

- Eu gosto muito do Seu Marcos e desejo sinceramente que ele seja feliz ao lado da senhora. Disse Letícia.

- Obrigada, você parece ser uma ótima pessoa. – Disse Selma sorrindo. - Se quiser ir ao meu casamento, vá e será bem-vinda.

- Eu não sei, não tenho roupas para casamento! - Disse Letícia simplesmente.

- Você trabalha na Monteiro meu bem, isso não é um problema! - Disse Selma.

 

Cena 06 - Empresa Monteiro - Sala de Marcos.

 

Letícia se distraiu olhando novamente o retrato de Marcos, seus olhos brilhavam sós de pensar no rapaz, ela derrubou o porta-lápis sem querer.

- Como consegue ser tão estabanada? – Perguntou para se mesma apanhando os objetos.

Marcos entrou na sala e encontrou a secretária de joelhos.

- Letícia? – Perguntou sorrindo.

Ela olhou para o patrão e já estava em pé. O porta-lápis também já estava no lugar.

- Eu acabei derrubando. Eu pensei que não fosse vir mais hoje.

Marcos passou pela secretária e abriu a gaveta pegando um documento.

- A verdade é que não eu iria vir, mas lembrei de que tinha que pegar um documento importante.

- Documento importante? Desculpe! – Perguntou Letícia curiosa.

- A Selma esteve aqui hoje? – Respondeu Letícia com outra pergunta.

- Sim, eu acabei encontrando aqui na sua sala e ela me pediu desculpas.

- Como assim? A Selma te pediu desculpas? – Perguntou Marcos parecendo feliz.

- Sim, ela pediu desculpas pelo escândalo no aeroporto e também disse que desejava que você fosse muito feliz com ela.

- Eu vejo que a Selma está mudando, isso é bom, muito bom! Obrigado por entender, o que aconteceu antes...

- Não vamos mais tocar nesse assunto, eu já aceitei ficar aqui como sua secretária e não quero mais nada. Eu tenho que sair agora, até mais.

- Obrigado Letícia! – Disse Marcos para a Letícia que estava saindo.

 

Cena 07 - Faculdade - Sala - Dia.

Daniel chega à sala que já estava lotada e o professor já havia começado a aula. Ele entrou após a permissão do superior e sentou ao lado de Gabriela.

- Onde você estava? - Perguntou Gabriela.

- Eu não sabia que tinha que dar satisfação sobre todos os lugares que vou ou deixo de ir. - Disse Daniel um pouco grosso.

- Não precisa ser estúpido, com licença! - Respondeu ela.

Gabriela levantou, pegou sua mochila e após falar com o professor saiu de sua sala.

 

Cena 08 - Faculdade - Jardim - Dia.

Gabriela passou pela grama e sentou-se em um banco mais próximo, ela deixou suas coisas ao lado e respirou. Daniel chegou à seguida.

- Você está bem? - Perguntou preocupado.

- Só preciso de um pouco de ar, respirar e respirar! - Ela respondeu.

Daniel sentou ao lado da namorada e pegou sua mão.

- Gabriela, eu quero que saiba que tomei uma decisão!

Ela soltou a mão do rapaz e estranhou o rumo da conversa.

- Desculpe Daniel! Eu tenho que fazer algo, não está me sentindo bem e nem precisar vir atrás de mim! - Ela disse pegando suas coisas.

- Você está se sentindo mal? - Continuou perguntando.

- Eu preciso de paz, eu preciso de um lugar calmo e não quero conversar, até mais!

Ela foi embora sem olhar para trás.

 

Cena 09 - Restaurante - Tarde.

Selma saiu de seu carro e entrou em um restaurante. Ela foi atendida rapidamente por um funcionário que indicou a mesa que foi reservada. Pedro Henrique levantou-se e recebeu a dona da Monteiro.

- Eu confesso que pensei que não fosse vir ao meu encontro e que estivesse desistido da minha proposta.

- Eu sou Selma Monteiro meu querido e quando eu decido uma coisa, raramente mudo de ideia.

O rapaz puxou a cadeira para ela sentar e ele voltou ao seu lugar.

- A Beatriz não pode vir, mas tudo bem, vamos falar sobre negócios e isso deve ser muito chato para ela. – Explicou Pedro.

- É por isso que deixo tudo nas mãos do Marcos! – Disse Selma.

- Ele sabe que você está me vendendo 20% das ações da Monteiro? – Questionou o rapaz.

- Pedro Henrique, eu sou a dona de tudo e ele saberá no momento certo. Eu gosto de manter o Marcos como presidente, mas eu não quero isso para a vida toda, eu vou me casar e ele tem que ter tempo para mim, tempo para uma vida de casados e construir uma família.

- Você vai tirar o Marcos da presidência? – Perguntou curioso.

- Não, a palavra certa é tirar a sua sobrecarga! Você fica com 20%. Eu fico com os outros 77%, a maioria das ações evidentemente e os outros 3% para o restante dos acionistas.

- Espero que a nossa parceria dê bastante certo! - Disse Pedro.

- É claro que sim, eu confio no seu trabalho Pedro e por isso estou fazendo acordo com você. – Disse sorrindo e oferecendo um aperto de mão.

 

Cena 10 - Casa de Diana - Noite.

Rubens chega e encontra a esposa vendo TV. Diana continua assistindo em silêncio, ela havia feito pipoca e parecia não ter tocado enquanto se distraia.

- Não fez o jantar hoje? - Perguntou Rubens.

Diana desligou a TV e fitou o marido.

- Estou sem fome, eu pensei que fosse comer fora hoje, uma pena porque não fiz nada.

- Diana, está tentando me castigar? Eu trabalhei o dia todo e o mínimo que eu mereço é chegar a casa e ter algo para comer.

- Eu não sou sua empregada, Rubens! Você reclama demais, vive falando mal do cargo que você ocupa, eu estou cheia disso.

Diana pegou a sua bolsa e a chave do carro em cima da mesa de centro.

- Aonde você vai? - Questionou o marido.

- Espairecer, no caminho eu decide! Faz um macarrão instantâneo!

 

Cena 11 - Casa de Lauro - Noite.

Lauro e sua amiga estão ouvindo uma baladinha enquanto se divertem bebendo. Norma pega mais uma taça e toma de uma vez.

- Está chegando o dia do casamento e eu não posso perder a Selma! - Lamentou Lauro.

- Você nunca teve a Selma para perdê-la! - Disse Norma tentando conformar o amigo.

- Eu amo essa mulher, Norma! Você não sabe o quanto eu amo!

- Pare agora, você não precisa disso, sabemos que a Selma ama o Marcos e você não tem chances alguma.

- Eu conheci a Selma primeira e o Marcos só apareceu depois na vida dela. - Contestou ele.

- Meu amigo, eu gosto muito de você e a Selma é uma grande amiga, ela ama o noivo e eles vão ficar juntos. Eu estou achando que você nem deve ir ao casamento.

- É claro que eu vou ao casamento! - Disse o rapaz.

- Eu já depois do casamento posso voltar à França, a sua irmã está na Europa e podemos fazer um encontro. - Norma tentou mudar o rumo da conversa.

 

Cena 12 - Mansão de Selma - Portão - Dia.

Álvaro viu a presença de uma mulher estranha e foi até o portão verificar. Ele ficou de frente com Maria, sem saber que ela seria a mãe biológica de Selma.

- O que a senhora deseja? Não temos esmolas! - Disse o motorista.

- O que disse rapaz? Você não me conhece, eu quero falar com a Selma! - Disse Maria um pouco descontrolada.

- Melhor ir embora ou chamo a polícia! - Ameaçou o rapaz.

Vera acabara de sair da casa e caminhou até o motorista, ela fitou a mulher que chamava por sua patroa e fez um gesto para que Álvaro fosse embora dali.

- Eu cuido desse problema! - Vera esperou o motorista sair e olhou para Maria. - O que você quer?

- Estou indignado, o casamento da minha própria filha e eu não fui convidada? - Questionou Maria.

- Veio infernizar essa casa por isso? Sua presença não é bem-vinda! - Disse Vera severamente.

- Não? Então, eu vou aparecer do mesmo jeito na cerimônia, ainda grito para todos que sou a mãe biológica e agora rejeitada pela própria filha, a noiva que rejeitou a mãe.

Álvaro observara toda conversa entre a governanta e a desconhecida.

- Mãe biológica? - Perguntou sem entender.

- Seu lugar sou na cadeia, eu sei bem quem é você e se depender de mim, eu mesma usarei minhas armas para defender a Selma. - Disse Vera.

- Eu só quero o convite para o casamento ou armo um escândalo!

- Disse uma vez e não vou repetir, com licença! - Disse Vera se retirando.

- Então, se prepara porque eu irei do mesmo jeito e armarei o maior bafafá! - Disse Maria ameaçando.

 

Cena 13 - Mansão de Selma - Sala.

Selma desceu as escadas e encontrou a governanta parada no fim da escada.

- O que aquela mulher queria? - Perguntou seriamente.

- Eu já tratei de resolver, Selma. Ela queria o convite para o casamento, mas eu já disse que não era bem-vinda!

- Ela que se atreva em aparecer na minha cerimônia de casamento que eu sou capaz de jogar ácido!

- Credo, não é para tanto, isso podemos resolver conversando! - Respondeu a governanta.

- Eu não aguento mais aquela mulher perturbando essa casa, eu preciso de sossego e se ela aparecer novamente, não responde por mim!

- Sabe que ela vai pedir sempre dinheiro, ela nunca para!

- Não vou me preocupar com essa gente agora, pois preciso pensar no meu casamento, mas quando tudo passar, eu vou dar um jeito pessoalmente naquela mulher ou não me chamo Selma Monteiro.

 

Três dias depois...

 

Cena 14 - Casa de Diana - Dia.

Daniel encontra o tio Marcos se arrumando no quarto e se diverte com o nervosismo do mesmo. Diana chega já pronta para a cerimônia.

- O que aconteceu com sua gravata? - Ela logo deu um jeito.

- Estou nervoso, não consigo imaginar que hoje eu me caso de vez. - Disse Marcos.

- Bem, eu vou indo e espero que o noivo não chegue depois da noiva.

Daniel sai deixando a mãe sozinha com o irmão.

- Tem certeza que é isso mesmo que você quer? - Perguntou Diana olhando nos olhos dele.

- Eu não posso mais desistir minha irmã, eu amo a Selma e ela também me ama, vai tudo melhorar quando estivermos juntos na mesma casa.

- Vai tudo melhorar... Será que vai mesmo?

- Não... Hoje não, não tente colocar coisas na minha cabeça, eu vou casar porque amo aquela mulher e eu farei de tudo para fazer a Selma uma pessoa melhor.

 

Cena 15 - Mansão de Selma - Quarto - Dia.

Os olhos de Selma estavam penetrados em seu reflexo do próprio espelho, ela colocou as luvas em suas mãos e mostrou seu belo sorriso em seguida.

- Este é o melhor dia da minha vida, com certeza! - Ela continuou a se observar diante do espelho. Vera chegou e bateu na porta que estava fechada.

- Selma, o que está acontecendo? Vai chegar atrasada, o motorista já está esperando.

- Eu ainda não estou pronta, estou terminando, por favor, Vera! Deixe-me terminar ou nunca vou sair desse quarto!

- Tudo bem, Selma! Estou esperando na sala, cuide! - Disse Vera indo embora.

A noiva já estava pronta, a maquiagem já estava feita e ela estava impecável.

- Nunca vi uma noiva tão linda como essa, uma honra ter feito um vestido exclusivo, talvez o mais belo só para a Selma Monteiro. - Lembrou-se das palavras de Lady Marly.

Selma viu o buquê sobre sua cabeceira e um bilhete que estava ao lado.

"Não se case se tem amor a sua vida, conselho de amigo!". Ela se lembrou do aviso anônimo.

O telefone de repente tocou, ela levantou-se e atendeu rapidamente.

- Quem está falando? O que você quer com essas ligações anônimas e esses bilhetes? Eu não cairei nessa, estou indo agora me casar e não me ligue mais! - Ela gritou no telefone.

 

Continua...



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