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História Intrépida - Um chá não tão rotinal


Escrita por: JessieMay

Capítulo 1 - Um chá não tão rotinal


Caro leitor, minha vida não é tão adorável e comovente como as de outras princesas. Então não espere que eu perca meu sapatinho de cristal ou encontre sete anões e uma rainha má. Mas, se você quer entrar em um mundo louco, cheio de amor e perigo, guerra e alegria, aventura e diversão... Pode continuar lendo com a consciência tranqüila. 


Lá estava eu: Agasalhada, inconformada, e observando a chuva cair pela pequena janela do meu quarto. Meus pensamentos viajam para longe da janela. Para longe do presente. Para meu casamento, minha coroação e minha maldição. A maldição que vai me perseguir para sempre, ou até daqui a 7 dias. A maldição destinada a mim, antes mesmo de eu saber para que servia um espartilho (se bem que até hoje não entendo a necessidade dele). 



Mas para você conhecê-la, primeiro precisa conhecer a infeliz criatura que ela amaldiçoa, eu. 


Meu nome é Katie Lária Mielrs e eu sou uma princesa.


Sim, uma princesa. Talvez você seja aquele tipo de pessoa que pense: "Ual! Uma princesa?! Que maneiro!", mas não é bem assim. 


Nosso mundo é divido em Reinos pequenos, mas um rei em si não vem se satisfazendo com o tamanho de seu reino. Mas isso não vem ao caso, por ora.


Vivo em um pequeno reino chamado Loslervir que você não encontrará em qualquer mapa. Meu pai, o rei Tom Fréderic Mielrs, e minha mãe, a rainha Gracy Lária Mielrs, são os responsáveis por esse reino.



Meu pai é o que eu posso chamar de amigo. Ele substitui minha mãe nessa parte. Posso falar como me sinto e confiar nele. Todas ás vezes em que conversamos me sinto a vontade de estar em sua presença. Sem essas regras de realezas e etiquetas que me perturbam. 


Já com minha mãe é completamente diferente. Ela me sufoca, faz-me sentir que não sou boa o suficiente para nada, que sou a desonra da família. Minha única irmã, Emily Lária Mierls é uma boa irmã. 


Ás vezes. 


Ela é a princesinha certinha. Ela se esforça muito para orgulhar meus pais, especialmente minha mãe. Não que ela ligue muito, o que faz a Emily se matar em ser melhor cada vez mais. Emily acha que eu tenho inveja por ela não ser tão julgada pela nossa mãe como eu sou. Coitada. Mal sabe que eu odeio ser princesa, e odeio saber que irei ser rainha. Não gosto de espartilhos esmagando órgãos que eu nem sabia que existiam, não gosto dessas gaiolas, desses milhares de tecidos estufados que me fazem sentir como se eu fosse um balão. Parece que quando ando com um vestido desses levo todo o peso do castelo nele. Se eu for correr já era, morte instantânea.


E para piorar tenho que obedecer às regras da realeza. Eu tenho que me sentar como uma princesa, andar como uma princesa, comer, falar e até olhar como uma princesa. Talvez eu não seja uma princesa! Tudo que eu quero é vestir uma calça, tirar essas armas de tortura que chamam de salto, e correr por aí sem rumo, apenas correr para qualquer lugar. Sem espartilhos, sem vestidos com toneladas de tecidos, sem coroa, sem regras. Aproveitar a liberdade. 



Uma impossível liberdade. 


Sendo a filha mais velha, sou obrigada a me casar. Minha irmã tem 15 anos, só um ano a menos que eu, e ela não pode ser a rainha por causa de uma maldita diferença de um ano. O que ela mais queria ser, uma rainha. O que eu menos quero.



Eu não queria nem ser princesa, imagina rainha. Só quero ser livre. Mas eu tenho que ser uma boa filha, uma boa princesa, e em uma semana uma boa rainha. 


É uma regra criada pelo primeiro rei do reino de Descarpa, onde todos os demais reinos acataram também: 


"Toda primogênita da linha de sucessão do rei e da rainha deve ocupar o lugar de sua mãe, a rainha, em seu 17º aniversário. Obrigando-se a casar-se com o primogênito do reino mais próximo, com quais os reinos têm-se vínculos e compromissos comerciais. Tornando-se rei e rainha perante todo o reino em uma cerimônia de coroação da futura rainha." 


Ou seja, além de eu ter que me tornar rainha, ter responsabilidades extremamente chatas, eu vou ter que me casar com a pessoa mais desagradável do mundo. 


É um sujeito metido e mal educado, é o príncipe Logan Brels. Que vive, infelizmente, no reino vizinho. A poucas horas de distância do meu. Já o visitei diversas vezes. Fui obrigada a ir. E eu comecei a perceber que ele iria ser meu noivo pelas visitas extremamente exageradas. Mas, dois dias atrás meu pai oficializou nosso casamento. Não tive nem a chance de dizer não pro Logan. 


O Logan é bonito. Tem os cabelos lisos e loiros caídos levemente sobre seus olhos azuis e frios. É alto, tem o corpo levemente musculoso e a pele pálida e macia (até mais que a minha). Um rosto perfeito. Um corpo perfeito. 



Mas tão feio por dentro, quanto bonito por fora. 


A verdadeira beleza está além da nossa capacidade de ver, está em nosso interior. E nesse caso, o Logan é horrível. Das vezes em que estive próximo a ele, percebi como ele é - Convencido, esnobe, impulsivo, e agressivo. O tipo de homem que odeia ser desafiado ou controlado. O tipo de homem que eu vou me casar. 


Que beleza! 


Mas agora voltando à maldição, que é um assunto tão terrível quanto o Logan, é a chave para cumprir esse meu futuro maravilhoso! 


A maldição da 136ª princesa. 



Uma bruxa, oráculo, vidente, sei lá o nome que essa infeliz quer receber, anunciou para todo o reino no dia 18 de setembro de 1677: 


"Uma jovem ao completar 17 anos, exatamente daqui a 263 anos, a 136ª princesa a ser coroada rainha, irá trazer mudanças para o reino de Loslervir. Terríveis mudanças. Mudanças onde causará o livramento de criminosos e mortes de inocentes. O reino passara por tempos de guerras, enquanto esta rainha estiver à frente dele. Mortes, doenças e fome se espalhará sem fim. o reino em uma escuridão estará. Uma escuridão que somente a causadora da mesma os ira livrar. A 136ª princesa de Loslervir. Somente quando ela deixar sua coroa." 


Vou ser a princesa a levar o reino de Loslervir à escuridão. Vou ter que me casar com o Logan. 


Não sei o que é pior.


Os únicos que sabem dessa maldição são a minha família. Essa maldição é passada pela família desde 1677. Quando os reis anteriores estavam em seu leito de morte suas últimas palavras era as da maldição- o que deixava sua família desapontada- junto com o pedido de ser passada até chegar à 136ª, chegar a mim. E assim foi. Minha mãe não acredita, diz que é apenas uma história inventada por camponeses para assustar as crianças da realeza. Meu pai, como minha irmã, não diz o que pensam. Mas eu sei que eles acreditam. Eu acredito. 


Sei que sou a 136ª, contei diversas vezes para ter certeza se os números não estão errados. Não estão. Desde criança eu já sabia sobre a maldição, mas não importava. 


Só que agora faltando apenas sete dias para ela se cumprir, ela de repente se tornou mais terrível e assustadora do que imaginei.


Notas Finais


Espero que gostem, bjs bjs. 💜


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