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História Inuyasha; coração dividido. - Um pedido de desculpas


Escrita por: marysakura2

Capítulo 2 - Um pedido de desculpas


Kagome

"Meu Deus o que há com você? " Perguntou sango ao se sentar ao meu lado no refeitório. "Parece que um caminhão te atropelou."

Eu não havia dormido naquela noite, chorei bastante também, mas não contaria nada disso a ela, mesmo sendo minha amiga.

"Tive enxaqueca..." Respondi mexendo meu suco com o canudinho.

"Onde você vai passar as férias? O pessoal está combinando de ir pra praia..."

Eu não estava processando nada que sango dizia, estava perdida na minha amargura da noite passada. Eu queria esquecer, precisava seguir em frente, mas seguir em frente nunca foi tão difícil... Principalmente quando dois terços das garotas do refeitório e quase todos os garotos se viraram para ver inuyasha entrando. Isso mesmo, os garotos. Eles queriam ser como ele. 

Nossos olhares se cruzaram e eu não pude esconder a raiva enraizada em mim. Eu abaixei a cabeça e peguei minha bolsa.

"Onde você vai?" Perguntou sango.

"Eu tenho que fazer uma atividade pra próxima aula. Tinha me esquecido completamente. Agente se vê depois."

"Tá." 

Passei por Miroku que estava acompanhado de inuyasha. Não o encarei, também não olhei para Miroku, mas sabia que ele tinha ido de encontro a sango. Agradeci por ter levantado antes das coisas ficarem estranhas porque eles se sentaram na mesa em que eu estava. Eu sabia que isso era muita covardia, mas eu não podia encara-lo agora. Não ainda.

Fui para a sala, me sentei e esperei não ser incomodada, mas isso seria pedir de mais.

"Eu vi quando saiu da casa do Miroku com o inuyasha." Disse Eri com um sorriso no rosto.

Fiquei completamente sem graça.

"Do que está falando Eri ?" 

"Não precisa ficar na defensiva, só estava me perguntando pra onde vocês foram. Vamos lá kagome, me conte."

Nunca tinha percebido o quanto ela era indiscreta e inconveniente.

"Eu levei ele pra casa porque estava visivelmente bêbado. Peguei um táxi e fui para casa." Falei um pouco irritada com toda aquela inquisição.

"Oi." Disse ayume .

"Sobre o que estão falando?" Perguntou yuka.

Agora tinha certeza que minha vida sexual recém iniciada seria o assunto do colégio. Senti o sangue fugir.

"Nada. Vamos sentar, a aula já vai começar." Falou Eri e eu relaxei. Elas se sentaram e antes que o professor se acomodasse na cadeira, Rin surgiu na porta, pálida e sem graça pelo atraso. Senti pena dela, na verdade eu simpatizava bastante com ela, embora não falasse muito, talvez fosse isso, minhas amigas falavam de mais. 

"Antes da aula começar eu gostaria de compartilhar uma notícia com vocês." Disse o professor baixinho careca e barrigudo de álgebra. 

Todos prestação atenção nele enquanto Rin continuava atrapalhada com sua carteira e seu material que insistia em cais da bolsa.

"Algum problema senhorita?" Perguntou o professor a garota pálida e trêmula logo a minha frente.

Meu deus! O que era aquilo? Ela parecia afetada. 

"Não... Não. " 

"Bom, eu tive um problema pessoal e até que eu possa resolvê-lo, tirarei uma licença. O senhor sesshoumaru resolveu gentilmente me substituir durante esses dias."

Não sabia o que havia com aquela menina, mas ela não estava bem. Ficou branca como o papel de repente, mas isso não era da minha conta, acho que apenas eu tinha notado o desconforto dela, então fiquei calada.

A aula finalmente acabou, eu estava louca para ir pra casa e me esconder embaixo das cobertas. Não queria me lembrar dele, apenas queria chorar e chorar até aquela dor passar. Inuyasha quebrou algo dentro de mim. Eu podia suportar as garotas se virando para vê-lo passar, mas não podia competir com kikyo, pelo simples fato de ela estar morta.

O corredor estava vazio, tinha treino e a maioria gostava de assistir, outros davam amaços em baixo da arquibancada. Tranquei o armário e fui pra casa.

Inuyasha

"Você é um idiota inuyasha!" Vosiferou sango na porta do vestiário masculino.

"Que merda é essa Miroku? O que deu na sua namorada?" Falei me envolvendo em uma toalha e saindo para vê-la enquanto Miroku apenas encolhia os ombros deixando claro que não sabia de nada.

"O que você fez pra kagome?" Cuspiu ela com cuidado para não ser ouvida. 

"Do que está falando?"

"Eu sei que vocês saíram juntos da festa. Agora responde o que fez pra ela?"

"Eu não fiz nada pra sua amiga." Menti.

Queria esquecer do quanto fui idiota com ela, mas sango não estava me ajudando muito.

"O que tá acontecendo gata?" Perguntou Miroku passando o braço sobre o ombro da namorada.

"Seja lá o que tenha feito é bom ir atrás dela e pedir desculpas. " Disse atirando o braço de Miroku longe e saindo.

"Eu não vou atrás dela!" Respondi furioso. "Quem ela pensa que é pra me dar ordens?"

"Pega leve cara, é minha namorada." Defendeu Miroku.

Eu não estava com raiva da sango, estava com raiva de mim. Foi a primeira vez da garota e eu simplesmente apaguei depois da transa. Nem lembrava se tinha sido muito escroto com ela.

"Sempre foi assim. Todo jogo a kagome é só sorrisos, você é escroto, ela faz cena e você pede desculpas e ela volta. Vai atrás dela cara. É simples."

" Não posso." Deixei escapar e soube que duas palavras seriam um prato cheio para o filho da puta do Miroku.

"Porquê? Não vai me dizer... Seu filho da mãe. Você tá fodido." Disse ele entrando no vestiário.

Eu precisava concertar isso. Me troquei e nem fui pra casa. Sabia que sesshoumaru estaria lá. Entrei no carro e dirigi. agente era bom em se ignorar. Sempre foi assim, desde que fui morar com ele depois da morte da minha mãe. Ele precisava da minha guarda para ter o controle total das empresas, apesar de jovem, meu irmão, se é que posso chamá-lo assim, sempre liderou aquelas empresas. Ele foi emancipado muito cedo e não podia imaginar metade do patrimônio indo parar nas mãos de estranhos, que seria exatamente o que aconteceria caso eu fosse para a adoção. Então ele me deixou ficar, mas não me sinto grato. Isso acabaria em breve, faltava apenas seis meses para o ano acabar e eu iria pra faculdade, me livraria do sesshoumaru e de toda essa merda. 

Liguei para a kagome, claro que ela não atendeu, não estava disposta a facilitar minha vida. Não tinha certeza de onde era sua casa, liguei para o Miroku e consegui o endereço. Começou a chover muito, mas mesmo assim eu iria. Liguei pra ela de novo, era um pouco longe e queria ter certeza que ela estava em casa, dessa vez caiu na caixa postal, a voz dela despertou meu pai que reclamou presso no jeans. Que merda era essa?! O que essa garota tinha feito? Há um dia atrás eu achava ela uma escrota, estavamos sempre discutindo, mas agora... Agora era diferente. eu me lembrei da sensação de estar dentro dela. Não podia ter sido tão bom, só podia ser o álcool brincando com minha cabeça fudida.

Quando me dei conta já havia chegado. Conferi mais uma vez, era uma espécie de templo. Ela morava em um templo? 

Sai do carro e toquei a campainha ao lado do grande portão de madeira. A voz de kagome ecoou pelo auto falante e meu pau despertou novamente. Afastei os pensamentos eróticos. Iria pedir perdão por foder tudo, literalmente e iria embora dali.

"Sou kagome, inuyasha. " Eu já estava ensopado.

Um silêncio se formou.

"Eu tô aqui fora na chuva, será que dá pra abrir?" Perguntei um pouco irritado.

"Não. Vá embora. " Disse ela, mas dessa vez não berrou como de costume. 

O que eu tinha feito aquela garota? Será que a machuquei muito?

"Por favor kagome, eu ensopado. Será que não posso entrar pra agente conversar?"

Ela não respondeu e senti a raiva ferver. Eu tinha ido aquele fim de mundo para pedir desculpas e ela nem se quer se dignava a responder. Virei as costas para ir embora quando o portão se abriu e a vi. Meu coração acelerou de uma forma estranha. Ela estava com um vestidinho segurando um guarda-chuva. Quando kagome se tornou tão bonita?

"Tá." Disse ela.

E quando kagome tinha se tornado monossilabica ? Ela gritava. Era com essa kagome que eu estava acostumado. 



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