- O senhor Sesshoumaru foi viajar com o Jaken, então temos o fim de semana inteiro só para nós dois, e sem preocupações com a hora.- sorri. Com o senhor Sesshoumaru em casa eu tinha horário para tudo, até mesmo para sair com meu namorado. - Kohaku você está me ouvindo? - perguntei quando ele não me respondeu.
- Hã? - ele parecia distante. - Me desculpe, eu estava perdido em meus próprios pensamentos.
- Percebi.O que aconteceu?
- Não é nada. - ele sorriu beijando minha mão. Dos 10 meses que estávamos juntos Kohaku me parecia esconder algo.
- Sabe que pode confiar em mim, não sabe?
- Eu sei disso. Mas garanto que estou bem. Só estou triste. Hoje faz 7 anos que meus pais faleceram.
- Entendo. - falei recordando-me do meu próprio passado. Perder a Família é algo muito doloroso. - Do que eles morreram. - senti que minha pergunta foi como um golpe para ele.
- Foram assassinados. - ele disse triste. Um incidente horrível entre meus pais e meus tios. Uma discussão que terminou mal para todos, inclusive para os que ficaram vivos.
- Eu sinto muito, de verdade. - sorri tentando ser solidária a ele. - Caramba é difícil de acreditar, o senhor Sesshoumaru é o irmão dele sempre estão brigando, porém nunca chegam ao extremo, ainda que sempre estejam ameaçando matar um ao outro.
- Mas aconteceu com a minha família e chegua desse assunto.
- Ei? Relaxa, foi só uma observação. Não precisa ficar nervoso. - falei intrigada, algo dizia-me que aquela não era toda a verdade. Kohaku estava escondendo ou encobrindo alguém.
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Estava atrasada para o nosso encontro de casais. Sorri Inuyasha provavelmente devia estar imaginando coisas pela quantidade de ligações perdidas. Meu sorriso se desfez no momento que os vi cochichando.
- E claro que ela está desconfiada, com a cara que você fez. - ouvi o Inuyasha dizer a Sango.
- Me desculpe Inuyasha, mais é que ontem eu estava muito chateada.
- Sim, mais tente esquecer essa história. O que passou?! passou.
- Nos mentimos perante um tribunal.
- Fale baixo, quer que alguém escute? - Miroku disse olhando para os lados.
- Eu nem sei mais o que eu quero.
- Fizemos o que tinha que ser feito. Era isso ou ver seu irmão morto também.
- Isso nunca.
- Então chega de fescura. Já se passaram 7 anos e ninguém falou mais nada.
- Mais também a Sango arrumou a cena do crime inteira, nem o mais experiente dos peritos conseguiria provar qualquer coisa. - Miroku disse bebendo uma gole da cerveja.
- Vamos parar com esse assunto, a Kagome deve chegar a qualquer momento. - senti como se algo estivesse entalado na minha garganta. Do que eles estavam falando? Respirei fundo tentando me recompor. Aproximei-me da mesa. Inuyasha sorriu. Olhei para a expressão triste e preocupada da Sango sem consegui esquecer o que ouvi. Por mais que eu tentasse era difícil fingir que estava tudo bem depois do que escutei.
- Por que estavá tão calada? - Inuyasha perguntou-me assim que saímos do restaurante. - Você não é assim.
- Eu que vou reabrir o caso dos pais da Sango. - falei seca.
- Por que deseja fazer isso? - Eu podia sentir a preocupação na voz dele.
- Tem algo que não está batendo. Como é que dois irmãos que sempre foram amigos terminam mortos pelas mãos um do outro. Não faz muito sentido.
- A bebida faz você fazer coisas insanas.
- Sim. Mais ainda assim vou reabrir o caso.
- Você não pode fazer isso. Esse é um caso encerrado.
- Vou fazer a menos que você me diga o que realmente aconteceu. - Inuyasha olhou-me surpreso.
- como você...?
- Eu faço as perguntas. Por que o irmão da Sango iria morrer? Se ele até onde sei estava longe da casa.
- Isso é algo que não gosto de falar.
- Nesse caso terei que reabri todo o caso e desvendar esse mistério.
- Está bem eu vou lhe contar. Mais prometa que não ficará com raiva.
- Isso eu decido depois que ouvi você. Pode começar.
- os vizinhos chamaram a polícia por que ouviram tiros vindo da casa da Sango. Ao chegarem os policiais notaram que todos estavam mortos e apenas a Sango estava com vida. A perícia foi chamada e fizemos o nosso trabalho chegando a conclusão que foi um crime passional, e a Sango foi absorvida pelo juri que levou em consideração o fato dela ter atirado apenas para se defender.
- Mais não foi o que aconteceu.
- Não. Embora tenhamos provado que o tio dela quem começou a matar a todos e para não morrer a Sango atirou no seu tio, não foi isso que aconteceu. Na verdade a nossa história encaixou-se perfeitamente com os depoimentos dos vizinhos que apenas ouviram gritos e tiros sem conseguir dizer muito mais que isso.
- Mas...
- Sango garantiu-me que o irmão é uma boa pessoa, mas que estava sendo controlado pelo efeito de drogas que o maldito do naraku lhe obrigou a usar. Estava havendo uma reunião famíliar e realmente as pessoas começaram a perder o controle e brigar uns com os outros. Kohaku já estava fora de si, a discussão só serviu como um gatilho para ele. Kohaku matou um por um, o tio conseguiu desarmar-lo porém Kohaku pegou a arma da Sango e atirou no tio. Atordoado ele fugiu pelos fundo evitando que os vizinhos o visse. Por medo de perder o irmão Sango reorganizou a cena do crime. Como o tio foi morto com a sua arma, ela disse que ele havia cometido a chacina e para parar-lo teve que atirar também. Com as provas e os testemunhos dos vizinhos o tribunal considerou sua versão, arquivado o caso.
- Vocês mentiram para encobrir um assassino. - falei enojada com o que acabara de ouvir.
- Sango garantiu-me que o garoto era tão vítima quanto ela é os parentes. Garanto que a Sango carrega essa culpa consigo, mas ela não podia deixar o irmão ser condenado a morte também.
- Inuyasha isso não tem explicação esse Kohaku devia ter pagado por seu terrível crime.
- AcreditE a dor e a consciência pesada pelo resto de sua vida já é castigo pesado para ele. Tente entender Kagome, tudo o que a Sango fez foi por amor ao irmão, ela não queria perder mais ninguém da sua família. Ninguém levou a culpa.
- E os mortos não tiveram justiça e ainda pior ganhou a fama de assassino. Isso não me parece justo.
- E não é vendo por esse lado que você está olhando. Só espero que você consiga compreender.
- Não sei. Preciso pensar. Nos vemos amanhã. - falei saindo do carro sem me despedir. Por mais que eu tentasse, eu não conseguia ver essa razão que o Inuyasha dava a Sango. Ela encobriu um criminoso e ainda jogou a culpa na vítima. Bom ou não Kohaku havia matado toda sua família e estava por aí andando como se não tivesse feito nada.
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