1. Spirit Fanfics >
  2. Inverno >
  3. Girando nesse Carrossel

História Inverno - Girando nesse Carrossel


Escrita por: Anne_Noob

Notas do Autor


OLÁ MEUS BOLINHOS DE ARROZ! <3
quem está de volta dos mortos? titia Anne com mais um capítulo shooow
Espero que não tenham desistido bem na parte boa :v
Enfim, a imagem desse capítulo foi eu que fiz (podem salvar ela, vou tentar deixar um link para vocês baixarem) <3
Boa leitura!
(Capitulo editado no dia 03/01/17. Alterado: Música tema, titulo e imagem de capa

Capítulo 15 - Girando nesse Carrossel


Rodando e rodando como um cavalo em um carrossel

Nós vamos, se eu vou me apaixonar, não sei dizer

Eu sei, correr atrás de você é como um conto de fadas

Mas eu, sinto que estou colada nesse carrossel

 

Oh, venha, pegue minha mão

E vamos correr pela terra das brincadeiras

Tão alto, muito alto, no parque

 

E é tudo diversão e jogos

Até que alguém se apaixone

Mas você já comprou um ingresso

E não há como voltar atrás agora

 

Esse cavalo é muito lento

Estamos sempre tão perto

Quase, quase

Somos um show de horrores

Sr. Houdini, você é uma aberração

 

Por que você roubou meu coração de algodão doce?

Você o colocou nessa maldita fenda de moedas

E agora eu estou presa, estou presa

 

Rodando e rodando como um cavalo em um carrossel

Nós vamos, se eu vou me apaixonar, não sei dizer


-Melanie Martinez, Carousel

 

Eu cuidei de Anee pelo resto da tarde chuvosa, aproveitei para mostrá-la os documentos que eu peguei dos servidores da ONI que falavam sobre nosso Dilúvio de Dados. Ela levou-me até seu quarto (finalmente achei alguém que consegue fazer mais bagunça que eu) e lá ela analisou os documentos com cuidado.

Ela também me mostrou os dados sobre a Halsey, e para falar a verdade, eu fiquei decepcionada com a Doutora. Claro... Não é como se eu estivesse em posição de julgá-la, mas ela agiu de forma infantil, vingança boba. A ONI pode não ser muito boa com ela, nunca negarei isso, eu mesma sei de algumas das coisas que eles fizeram para com a Doutora... Mas a UNSC? O que eles tinham haver com isso?

Parece que sempre sobram farpas para eles.

Eu me recusei a ir embora antes que outra pessoa chegasse na casa, mas quando Lucy chegou (ela foi a primeira a chegar, e demonstrou claramente que não gostou em  me ver ali, além de estar claramente preocupada com Anne) já era tarde, o sol havia se posto, é Anee insistiu para que eu ficasse com elas.

Eu fiquei, mas queria ir embora.

Não foi tão ruim, ao todo. Anee é bem mais calma quando está em casa, na zona de conforto dela, junto aos seus demais. Ela nem parecia ser a mesma pessoa que conheci  no parque, querendo caos e destruição. Lucy também não me aparentava ser tão ofensiva quanto achei, ela e definitivamente mais imponente, mas não o imponente ruim que eu achei... Ela me lembra um pouco da Katsu, na verdade.

Os demais chegaram depois, Dreike praticamente não socializou. Merry também não, mas ela ainda ficou alguns minutos conosco... Já Math não silenciou um minuto, era até um pouco engraçado como ele consegue ser tagarela, acho que ele e Becca seriam ótimos amigos.

Por falar em amigos, Anna me ligou para saber se eu estava bem, lhe avisei que não iria para casa, ela não protestou… mas pude ouvir um suspiro derrotado dela antes do sinal ficar mudo.

Anee planejou que soltássemos algumas informações ao longo da semana, começando por hoje, eu aceitei, quando mais coisas o povo soubesse, mais pessoas pensariam sobre isso.

Haveria uma revolução não- bem organizada.

Quatro dias depois

Dezembro, Quarta-feira (30) de 2556. Horário local: 11:30 .A.M.

               Eu acordei automaticamente dessa vez, sem raios, tempestades, sonhos nem bons ou ruins. Foi até um pouco estranho, de fato.O dia estava lindo, hoje seria a virada de ano, nem parecia inverno com o belíssimo sol lá fora.

 

Suspirei, era hora de deixar minha zona de conforto, chamada cama.

 

Como faço todo dia, na verdade
 


    Me arrepiei, aquela não era a voz que vinha dos meus pensamentos cotidianos. Era mais intensa...seu tom era mais grave, me lembrava a voz do Grivemind, essa foi a voz que eu ouvi durante a Rempancy

 

Oh, que honra. Você ainda lembra de mim? Do monumento de todos os teus pecados?

Balancei minha cabeça. Não, sem dominação mental dessa vez.

 

Você já estava dominada antes disso tudo quando aceitou sua função sem pensar…. Você não deveria ter negado sua função quando lhe foi mandado morrer, já era hora do fim.

 

-Eu que decido isso…- murmurei para mim mesma. Me sentei na cama, sentindo uma dor quase insuportável na cabeça. Mas isso não faria a voz parar, nunca.

 

Eu e você sabemos, Melanie foi criada com o mesmo propósito que VOCÊ foi criada: Ser o alter ego perfeito de um ser imperfeito. John ficaria decepcionado.

 

-Porque você só não me deixa em paz?- abracei minhas pernas, tremendo.

 

Vejam só, a grande Cortana pedido piedade?Ha-Ha-Ha, isso foi divertido. Mas você está quebrada e fora de lugar desde de quando John lhe abandonou na alta caridade, para ser possuída pelo Grivemind se tivesse sorte.

 

Eu sempre voltarei para sua mente, mesmo aqui em sonhos.

 

###

Pulei da cama, suando e tremendo. Nevava lá fora, estava frio. Ma eu não liguei nem um pouco, o terror psicológico havia deixado mais danos que qualquer dor física poderia deixar… Aquela voz, maliciosa, parecia queimar meu cérebro e minha “alma” enquanto falava, me matava com palavras bem escolhidas. Ela usou o nome de John e Melanie porque sabia que isso acabaria comigo mentalmente falando.

    

Senti algo quente escorrer dos meus olhos, e deixei cair. Eu sou forte, mas não inquebrável. Eu sou esperta, mas não insensível. Meu corpo tremia inteiro, e não era pelo frio. Cada polegada minha sentia os efeitos colaterais do acordar repentino com dor. Não foi o melhor sentimento.

 

Depois de alguns minutos, eu consegui me acalmar parcialmente. Eu estava com medo, e essa foi uma das piores sensações que eu já senti. A guerra rolava dentro de mim, e eu era a base inimiga e aliada. Isso era estranho, eu estava em desvantagem ou em vantage?

 

“Até mesmo as estrelas mais distantes no universo podem perder a sua luz e morrer, o nome disso é ciclo.”

 

Ouvi a voz de Melanie no fundo da minha mente, falando a mesma frase que falou para mim quando ela foi ativada pela primeira vez da forward unto dawn, após um problema gravíssimo de energia. Com sua luz  azul-claro iluminado toda a nave, com uma forte descarga de luz e energia.

O Grivemind não existe mais, ele não pode mais me abalar.

Suspirei, pelo menos o sonho foi minimamente realista, hoje realmente é véspera de  ano novo. Não que eu seja apegada a essa data, na verdade, eu não gosto de lembrar da sua existência. Para uma IA, não é bom saber que mais um ano passou, não é bom pensar que cada vez mais você está perto de ser deletada.

Mas, ultimamente eu ando com sorte.

Me levantei quase me arrastando da minha confortável é amável cama, eu tinha ido dormir muito tarde ontem graças a Anee. Não só graças a ela, os servidores da ONI andam um pouco mais difíceis de Hackear, nada que eu não consiga contornar, mas conseguiram me dar uma dor de cabeça.. no sentido figurado, claro.

           O clima não estava dos mais quentes, na verdade, estava bem longe disso. O que deixou meu banho mais rápido (quase não sai de baixo da água quente) e me fez vestir roupas para frio de verdade. Acho que desde que eu fui reativada, nunca havia sentido tanto frio.

           Claro, também não havia visto um cair de neve tão intenso e bonito.

           Sai do banheiro e fiz o de costume: arrumei a bagunça do meu quarto e dei uma olhada nas notícias da Deep Web. Nenhuma novidade, como presumi.Eu nunca gostei quando as coisas ficam silenciosas em campo de batalha, isso sempre quer dizer que estou em desvantagem para com meu inimigo, pelo menos inicialmente.

A ONI estava silenciosa, ele é meu inimigo, isso é problema.

Suspirei, aparentemente, eu gosto da loucura e ela gosta de mim, sem joguinhos dessa vez.

Eu havia crescido tanto, mentalmente falando, em um ano. Ou melhor, em alguns meses. Aqui com novos amigos, pessoas que posso confiar, isso se tornou tão comum.

Isso deixou de ser tão difícil, isso deixo de ser… estranho?

A falta que minha filha e John fazem e ainda fazem uma gigante falta, talvez porque nunca deixo de pensar neles. Em tudo que faço, ouço… vejo. Sempre aparece algo que me lembra eles.

Isso faz parte de um sentimento que eu sinto só por esse dois seres: Amor. Não me dei ao luxo de usar essa palavra que tem um sentido tão… Forte, para me refir a sentimento meus com outras pessoas, só com esses dois.

Melanie, obviamente, por ser minha filha. Eu mataria e morreria por ela, sem pensar duas vezes, ela mudou-me mais do que qualquer outro ser (além de John) conseguiu mudar. Ela me fez sentir-me mais humana que nunca senti. Uma vez… eu ouvi que a maternidade pode transformar até a pior das mulher em uma mãe amável… Eu sinto que isso se encaixa um pouco em mim. Não, eu não era a pior das IA’s, mas nunca fui (e nem sou) um anjo.

E com John… isso ainda é uma coisa muito confusa para mim, mas não achei nenhuma palavra que defina o que sinto por ele melhor que Amor. Eu o admiro tanto, não só pelo magnífico soldado que ele se tornou e é até hoje, mas pelo homem incrível que tive a honra de ver. Os poucos momentos que ele deixava se divertir com minhas piadas fora de hora, mesmo em Requiem! Às vezes, ainda solto algumas risadas quando lembro de uma cena em específico quando estávamos lá, pouco tempo antes de acharmos Didata….

“-É como vamos fazer isso?- sua voz cansada perguntou.

-Podemos pedir com jeitinho.- Sorri com minha própria sagacidade e loucura, não é muito bom ficar brincando com Espartanos em campo de batalha.

-Pedir com jeitinho não é meu forte- Meus circuitos se contraíram quando um sorriso minúsculo se formou no rosto dele. Master Chief havia entrado na minha brincadeira e havia sorrido?”

...Ri novamente com o pensamento, Não tive o luxo de ver o poderoso arrancador de cabeças de Elites e Grunts, Master Chief, rir ou brincar muitas vezes. A grande parte dessas vezes, era ele entrando em minha brincadeiras, o que tornava as coisas mais divertidas.

Ele aparentava rir só para mim. Eu sei, isso soa tão egocêntrico da minha parte… mas às vezes (quase sempre) é difícil não pensar assim…

Sai dos meus devaneios, me vendo parada no meio do quarto, e se o espelho estivesse virando para mim, acho que estaria refletindo nele o meio-sorriso que se formou no meu rosto.

Era bom saber que eu ainda tenho memórias boas para lembrar, pessoas boas em quem confiar… Um objetivo a alcançar.Sentido uma força revigoradora, abri a porta do quarto e saí.

###

O contraste da neve branca lá fora, junto com a pouca luz que vinha da janela e o corredor escuro formavam um ambiente melancólico, vazio.

Desci as escadas, ouvindo o barulho de risadas,  panelas e colheres. O cheiro de bacon e omelete, junto com o café e o leite eram tentadores.
Na sala, não havia quaisquer luzes artificiais ligadas. Os barulhos de animais Silvestres, que andavam de um lado para outro no quintal era calmante.
 

Mas a sensação de não ter nada para fazer me incomoda um pouco. Quando eu era uma IA holográfica, eu podia fazer milhares de coisas ao mesmo tempo e ter uma eficiência quase excelente nessas tarefas. Agora que eu tinha um corpo robótico, isso se limitou a velocidade de processamento do meu corpo. Mas, minha mente continua com a mesma velocidade de processamento de quando eu era uma IA holográfica, logo, esse processamento todo se tornam pensamentos, que eu não sei controlar.

Ou seja, ficar sem nada para fazer, é um problema bem ruim para alguém como eu que podia processar milhares de coisas ao mesmo tempo.

Para remediar isso, tentei oferecer minha ajuda a Jack e Anna, mas ela foi recusada. Eu estava totalmente sem fome ( ou seja, com a energia completa) então com um breve aviso, sai para um passeio.

O trem estava normal como sempre, pessoas me ignorando, mães tirando seus filhos de perto de mim, nada de novo… Claro, se não fosse a presença de alguns policiais em vagões mais lotados, ou seja, quase todos os vagões. Graças ao ataques Hackers, os governos Canadenses e Americanos estavam paranóicos em relação a segurança dos países. Para a minha sorte, o policial do vagão que eu estava não me notou, isso porque eu sentei bem no fundo do vagão dessa vez.

Sim, definitivamente a sorte do Chief respingou em mim

Balancei a cabeça levemente, havia saído de casa para evitar pensamentos como esses. Não que pensar nele ou na minha filha fosse ruim, mas isso me lembra que até agora, não tenho pistas sólidas de onde eles estão, como estão. Isso me preocupa, muito.

Na descida do vagão, o polícial me analisou com o canto do olho, eu apenas o ignorei. Não havia o que temer, a ONI não havia feito um perfil dos Hacker até agora, e se fez, não divulgou a mídia, muito menos a policiais de baixo esquadrão como esses.

A cidade estava lotada de turistas. Era até engraçado ver as diferentes línguas e sotaques dos novos rostos visitantes. Eu hora ou outra era parada por um Russo, Polonês e até alguns Brasileiros, sem falar dos estrangeiros das colônias exteriores. Eu gostava de falar com pessoas, mas não completos estranhos ( um dos Russos que falou comigo, estava em uma caravana com mais outros estrangeiros, ele estava bêbado e deu em cima de mim, eu lhe dei um fora, mas quando ninguém estava vendo cai na gargalhada ).

 

Graças a isso, haviam várias atrações na cidade. Eu gostaria de passar em todas elas, mas não daria tempo, e seria chato fazê-lo sozinha.

-Eeei, Blueberry, AQUI!!- Ouvi um grito agudo, e virei-me para onde ele vinha. Obviamente, encontrei Becca, Katsu e Atsila. - Agora que você nos viu, vai ter vinte e sete anos de azar! Vem cá! - Ela me chamou com a mão.Bom, elas não são a pior das companhias.Fui indo em direção a elas, quando me aproximei, pude analisá-las melhor.

Becca usava uma touca preta, e toda a sua roupa seguia essa harmonia da cor escura, mas em vários tons, ela também comia uma pipoca doce ( eu roubei um pouco da pipoca dela quando cheguei perto delas, admito). Atsila que estava à sua direita usava roupas com vários tons de marrom, incluindo um casaco com capuz que cobria seu cabelo vermelho sangue. Katsu seguiu tons de vermelho nas suas vestimentas, combinou com ela.

- Ué, o que ta fazendo aqui sozinha? - Foi Becca que começou, sem me comprimentar, típico.

- Oi pra você também Becca. Eu apenas precisava de um pouco de ar livre, e saí, só isso.- falei simplesmente,  e dei de ombros.

-Bom, agora você achou sarna pra se coçar. - Atsila sorriu um pouco, olhando para a amiga que estava um pouco mais a frente dela.

-Olha, se você quiser, nós estamos indo para um parque de diversão que montaram aqui perto, você vai gostar de lá… eu acho. - Katsu praticamente murmurou as últimas palavras, ela parecia um pouco desconfortável.

-Se você prometer não me tacar da montanha russa enquanto ela estiver em movimento. - Sorri camarada para ela, ela retribuiu o ato, com um sorriso de canto de boca.

- Promessa, hoje haverá paz. - Ela ergueu as duas mãos, ainda com seu sorriso de canto.

- Há, e vai cair uns meteoros show também. - Brincou Becca.

Cuidado, pode ser um Espartano também.. pensei

- Bom.. Você vem?- Atsila questionou-me.

- E você ainda pergunta? Claro que sim!- Sorri animada, a verdade é que eu nunca havia ido em um parque de diversões, só ouvido falar neles.

-Então sem perder mais tempo! VAMO LÁ CAMBADA!- Ri dá estaria da Becca e segui o grupo, agora eu não estava mais sozinha.

 

Não precisamos andar muito para chegar ao local. E o parque era grande. Haviam várias barraquinhas com comidas diversas, Montanhas russas, navio fantasma( ou pirata, depende muito de pessoa para pessoa), casa dos espelhos, Carrossel. Tudo muito colorido, animado. Haviam muitas crianças alí, por motivos óbvios.

Eu estava encantada, não só pelas cores coloridas ou pelo carrossel gigante no centro do parque, ma so clima harmônico alí me encheu com um paz temporária. Está que eu estou disposta a aproveitar… e muito.

-Se divertindo?- olhei para onde vinha a voz, era Atsila. Ela havia tirado o capuz, mas ainda usava o casaco. Ela tinha dois algodões-doces nas mãos. - Eu comprei um para você, mas não sabia qual era seu sabor favorito…- Ela pareceu meio envergonhada enquanto me entregava o doce.

-Tudo bem, fico feliz que tenha lembrado de mim. - Sorri para ela.

- Considere meu presente de natal.- piscou para mim, e me puxou pelo braço até um dos brinquedos - Vamos ver se nós saímos melhor que as garotas.-

Entramos em todos os tipo de brinquedos, incluído túnel do terror (só a Becca se assustou). Foi muito divertido, na verdade, eu me senti como uma criança, elas colaboraram muito para esse sentimento. Eu não pensei em nada durante todo o tempo que estive com elas, nada de guerra, nada de dor, só brincamos e nos divertimos.Era no máximo umas seis da tarde quando paramos para comer algo, em uma lanchonete ali por perto. O lugar não era grande, mas era bom o suficiente para mim. Nós quatro nos sentamos em uma mesa bem afastada das demais, no fundo do local.

-É aí, o que nois vai comer?- Me sentei na cadeira ao lado da janela, enquanto as demais se acomodavam ao meu redor, Atisila ficou ao meu lado, enquanto Becca e Katsu ficaram à nossa frente.

-Por mim, tanto faz Becca.- Respondi enquanto pegava o cardápio, dando.uma folheada rápida, achei algo que me chamou a atenção. - Ou melhor, eles vendem pizza aqui, não me lembro de ter comido uma ates.-

- Quem nunca comeu pizza?-  Olhei com a testa levemente franzida para Katsu.

- Alguém como eu?- Ela abriu um pequeno sorriso irônico, me deixando ainda mais irritada, e desconfortável . - Seus tratados de paz Durão pouco. - Revirei os olhos.

- Não gosto de zonas de conforto.- Riu um pouco, só a ignorei.

- Bom, eu gosto da ideia de pizza. - Concordou a ruiva ao meu lado, dando de ombros e ignorando a possível discussão que poderia ter começado.

- Por mim também, agora só falta você!- Becca olhou para a Japonesa ao seu lado, essa que só acenou positivamente com a cabeça. -Ótimo, hoje é dia de pizza!- ela chamou a garçonete, e fizemos os pedidos.

Elas começaram a conversar e então eu descobri umas coisas legais sobre elas: Primeiro que elas moram juntas e cada uma delas trabalha em um lugar diferente; segundo é que Becca tem medo de qualquer coisa de terror, o que chega a ser engraçado; Além disso, aparentemente Atsila é lésbica ou bi.Mas nada disso ligou muito, na verdade, eu fiquei notando o comportamento totalmente diferente entre elas.

Logo, elas notaram o meu silêncio. Mas graças ao respingo de sorte de john em mim, a pizza chegou bem no momento que elas iam me perguntar algo. E eu devo admitir, pizza é muito bom, a massa é macia, bem assada e com um recheio maravilhoso. Mesmo durante a refeição, elas continuaram conversando e eu tentava falar algumas palavras durante uma conversa e outra, mas quase sempre escolhia o silêncio.

- Sabe, você é mais quieta que eu pensei. - Pronunciou Atsila, atraindo minha atenção.

-Eu só estava pensando…- Murmurei, terminado meu pedaço de pizza. -Além disso, não tenho nada para dizer, nem quero estragar a conversa de vocês.- Pude ver Becca bufar.

- Nhaa, deixa de bobagem! Aposto que se fossemos lindos homens sarados você teria papo. - Riu com a minha careta.

- Você só pensa em homens?- perguntei, já não era a primeira vez que ela fazia piadas com esse tema.

-Não, penso em cerveja também, às vezes vodicka, mas ela é um amor passado.- Acabei rindo um pouco. - Não culpe uma mulher pela sua programação.- Isso me incomodou um pouco.

- Não fale de nós como se fossemos só máquinas.- Lhe repondi.

- É tu acha que somos o que? Unicórnios? - Olhei para Katsu.

- Quem sabe? - Sorri irônica para ela. - Eu conheci muitos humanos mais robôs que nós três juntas, então podemos dizer que somos IA’s híbridas. - Arranquei algumas risadas delas.

- Meio humanas, meio IA. Você poderia participar de um Stand up. - Murmurou mal-humorada.

- Oh, obrigado, Chief me dizia isso também.- Sorri ainda mais .

- Por falar em Chief, eu descobri as tretas dele com o Del Rio. Menina, você é destruidora em?- Becca deu um pequeno pulo da cadeira, se levantado.

- Como? - Fizemos o mesmo que ela, enquanto cada uma de nós dava uma quantia para ajudar a pagar a pizza.

-Não te faz não.- Ela pagou no caixa e me puxou para perto dela.- Toda a UNSC tá sabendo que o foderoso Master Chief desobedeceu ordens pela IA com defeito. - Seu cochicho perto da minha orelha não saiu com seu habitual tom sarcástico, ela tinha um pequeno sorriso no rosto. - Ai eu te pergunto: porque até agora não fizemos contato com ele?.-

Boa pergunta. Pensei.

-Bom…  talvez porque possa dar nossas coordenadas para a ONI?- Lhe vi sorrir ainda mais.

-Pensei nisso também, mas o que é um peido para quem já tá todo cagado?- Ela se aproximou do meu ouvido. - Ele pode te ajudar a achar a Melanie, só precisamos entrar em contato com ele de forma segura. - Lhe olhei, ela tinha razão, mas porque ela ficou tão animada e preocupada com isso?

- Você tem razão, só gostaria de entender porque quer me ajudar..- Ela bufou, e me olhou com um olhar repreendedor.

- Ai porrá, será que cé ainda não ce tocou? Nós somos suas amigas. - Ela olhou para Katsu. - Bom, grande parte de nós. Queremos te ajudar!- Cruzou os braços, emburrada. Ela era levemente menor que eu, então ela havia ficado um tanto quanto fofa assim.

- Okay, okay. - Sorri um pouco- Você tem razão, desculpa. Isso faz parte de quem viveu a guerra. - Suspirei.

-Bom, pelo menos isso não é exclusivo da Katsu.- Brincou Atsila, e então começou a andar.- Veremos isso depois, por hora, acho que ainda temos muitas coisas para ver aqui.- Concordei, sorrindo um pouco.

Claro, porque eu não pensei nisso antes? John ainda está vivo, ele ainda deve se lembrar de mim… Ele nunca me negaria ajuda, nunca.


Notas Finais


Link da música: https://www.youtube.com/watch?v=XrG6Uzt4cFo

Sim, capítulo parado, e só foi macabro no inicio, mas ele é epilogo para o próximo (vai começar a m&rda)
Enfim, até a próxima!


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...