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História Inverno - Hora de dançar


Escrita por: Anne_Noob

Notas do Autor


Antes do capítulo começar, eu tenho um agradecimento mais do que especial para fazer! A Página “protocolo Halo” divulgou essa fic no Facebook, e eu sinceramente ainda não acredito que isso aconteceu! Sério, e como um sonho maravilhoso <3
Então, boas vindas aos que chegaram pela divulgação da página, e espero mesmo que estejam gostando ou que gostem da fic !
No último capítulo, nós vimos duas reviravoltas (ou plots) tensos, agora, a Cortana (o mulher que sofre) vai ter que lidar de forma madura com todos os dois.
Boa leitura a todos! <3
(Ps: EU pretendo adicionar uma imagem 'capa' de capítulo mais tarde, eu não consegui colocar na hora que estou postando porque não deu tempo de fazer </3)

Capítulo 17 - Hora de dançar


Demônio, demônio

Um demônio inteligente

Quão rápido eles corroem sua alma

Em troca de festas e riquezas

Mas, eu não sou assim, demônio

 

Demônio, demônio

Ossos feitos de Metal

Você tortura os santos com um simples olhar

E os faz pensar que nunca tiveram uma chance

 

Mas, não me atente, demônio

Você não pode me vencer, demônio

Você não vai me fazer de idiota, oh não

O que te faz pensar que é tão especial?

À ponto de nunca me ver vencer?

Então que comece a dança da tortura entre você e eu, demônio

 

Rebelde, rebelde, pode me chamar de rebelde

Estou andando na prancha sem lágrimas nos olhos

E não vou cair antes de arrancar sua coroa

Dentro d'água eu erguerei minha espada

-Milck.Devil, Devil.

Janeiro, Quinta-feira dia primeiro de 2557.

Eu não dormi durante a noite toda, por mais que eu tentasse, lutasse contra a maldita insônia, de nada adiantou. Eu posso até dizer, que essa minha luta para dormir só me deixou mais tensa e com menos sono. Eu então tentei me concentrar em Hackear algum sistema da ONI para achar o Jack ou a Anna, e novamente falhei. Parecia que eu estava vivendo o pesadelo de Requiem de novo: Que mesmo que eu lutasse e me esforçasse, eu ainda continuava falhando.

Eu assisti ao vídeo da câmera de segurança mais algumas vezes, tentando identificar o local onde se passava, se era nos tempos atuais e principalmente as expressões corporais dos Espartanos. Em todas as vezes que eu vi, comecei a reparar que o vídeo sempre era cortado em uma parte específica do final, quando o Chief parecia relaxar perto do Fred. Então, as mãos dele subiam para os cantos do capacete, como se ele fosse tirá-lo, então o vídeo recebe uma “interferência” (claramente falsa) e acaba.

Isso é frustrante.

Eu fiquei horas madrugada adentro, analisado cada pixel daquele vídeo, me torturando por dentro. Eu ainda estava com raiva, magoada pelas palavras raivosas do Chief, mas eu sabia que o buraco daquilo ali era mais embaixo. Estava com cheiro, cara e gosto de emboscada.

Infelizmente, Anee recusou todas as minhas tentativas de contato até a hora que eu upei o vídeo na DW, só então ela começou a entrar em contato (ou floodar) comigo. Ela jurava de pés juntos que o vídeo era falso, e ela me provaria isso. Eu não entrei em discussão com ela sobre isso, só lhe alertei sobre a ONI, Anna e Jack. Ela já está começando a marcar “protestos” sobre o sequestro/prisão deles.

Suspirei, levando da cadeira e deixando  o computador, já devidamente seguro de possíveis rastreamentos. Como o tédio não é uma opção válida para mim, a inocente ideia de explorar a casa. Com esse pensamento na cabeça, abri a porta lentamente e comecei a andar pelos corredores c chão de madeira negra e paredes não tão claras quanto eu gostaria.

Parei no meio do corredor, já reparando em algumas coisas: no corredor, havia pelo menos seis portas de possíveis quartos vazios. No fundo do corredor (onde é meu “quarto”) havia uma grande janela, sem grades.

Não achei isso muito bom….

Voltei a andar da forma mais silenciosa que pude. Descer as escadas foi um desafio considerável para não encontrar nada demais: a sala, cozinha e a porta negra misteriosa. Com o pouco de coragem que ainda me resta depois dos atuais eventos, me dirigi até aquele pedaço de madeira rústica e girei a maçaneta dourada, ela estava trancada. Então fui na cozinha e peguei duas facas pequenas e as usei para arrombar a porta, a abrindo.

….E isso pode ser ainda pior.

Era um corredor negro, totalmente escuro. Impossível distinguir o chão, paredes e teto, o que fazia impossível saber por onde se está andando. Algumas velas estavam acesas e presas na parede, o que servia um péssima iluminação, mas já ajudava. Comecei a andar pelo corredor negro, e encontrei outra porta, um pouco mais clara, ela estava destrancada.

Eu fiquei vislumbrada e apavorada pela visão. Atrás da última porta, havia literalmente uma academia inteira de treino. Com direito a armas, ringue de luta, baús com munição e sacos de boxe. Eu corri para o primeiro baú a minha direita, pegando uma pistola pequena e dois pentes de munição,  colocando a pistola no cinto da minha calça e as munições no bolso. Não querendo perder mais tempo do que o necessário, me dirigi até a porta de saída. Porém, comecei a ouvir algumas vozes vindas da primeira porta, então corri para me esconder em algum dos grandes armários de ginásio que havia no canto da sala

Pelo buraco da fechadura, eu vi Katsu e Atsila entrarem pela porta, com uma conversa casual:

 

- Então, Becca está pensando em contar o passado dela para Cortana?- O tom de Katsu saiu em uma mistura confusa e tensa.

 

- Sim, ela está considerando a possibilidade.- A ruiva falou indiferente, pegando uma Sniper e a polinfo.- Mesmo que, levando em conta que a Cortana viveu uns bons meses com a Anna, tem a possibilidade dela já saber.- Ela assoprou o cano da arma, e infelizmente eu não pude ver seu sorriso com clareza.

 

- E você não acha isso errado?- Katsu levantou-se de um dos baús, o mesmo que eu havia pegado a pistola.

 

- Sinceramente? - Atsila virou de costas para o armário em que eu estava escondida, me impedindo de analisar suas expressões faciais. - Eu não podia me importar menos com isso.- eu expressei um sorriso mínimo. - Katsu, essa sua birrinha infantil com a Cortana já passou dos limites, não acha? Qual é a dificuldade em aceitar que ela é melhor amiga da Anna e que ela tem sim habilidade invejáveis? Porque é tão difícil aceitar que ela é boa no que foi criada para ser?- ela deu ênfase em palavras específicas aumentando seu tom de voz, mas ainda mantendo-se calma. Katsu demorou um tempo para respondê-la.

 

- Merda Atsila! você sabe a resposta.- Katsu suspirou cansada, seu tom de voz saiu triste, eu nunca há vi com semblante triste antes, ou não que eu me lembre. - Eu só… tenho a merda de ciúmes bestas por ela, porque ela vive mas na vida da Anna do que eu, porque ela é mais e sempre mais que eu. Eu não gosto de me sentir diminuída como eu me sinto perto dela. - Ela parou, mas cortou a amiga antes que ela pudesse dizer algo. - Eu sei o que você dirá. Ela realmente nunca me deu motivos para isso, por isso eu tentei me aproximar, você viu! Mas simplesmente não consigo confiar nela... não ainda.- Ela se virou  para o primeiro baú e começou a vasculhar-lo.

 

-Eu sei, eu sei… mas coitada, ela tá numa pior que a gente, não acha? Pelo menos, todas as nossa esperanças estão em nós e não em um falso Herói como o 177. - Aquilo apertou minha garganta e meu peito.

 

- Ela não gosta de pena, já ficou bem claro para mim.- Katsu respondeu, nada interessada no assunto.- Só achei estranho você ficar tão sentida por…- Ela se silenciou, e entro voltou a falar.- Atsila, uma das pistolas sumiu. E antes que fale, eu confiri esse baú ontem, e todas as pistolas estavam aqui.- Ela se levantou. - Me ajude a vasculhar a sala.- Suspirei mentalmente, ela é durona. Antes que isso pudesse tomar proporções maiores que o necessário, eu saí do armário.

 

- Não vai ser necessário, Katsu..- elas me olharam, mas antes que Atsila fosse falar o que planejou, Katsu a interrompeu.

 

- Como você abriu a porta? E o quanto você ouviu?- ela franziu a testa, raivosa.

 

- O suficiente para não dizer a ninguém.- Eu fechei o armário atrás de mim e me aproximei delas.- E eu usei facas finas para arrombar a fechadura.- Eu tirei as duas facas do bolso do meu casaco, entregando na mão da Japonesa.

 

- Esse não é um bom lugar para você estar se não estiver disposta a pagar o preço dele. - ergui uma sobrancelha confusa, Katsu apenas riu.- Digamos que somos um grupo de IA’s que sabem usar seu corpo muito bem. - Sorri um pouco, pegando a piada suja subentendida ali.- Se você quiser, podemos treinar, eu posso te ensinar o que eu sei, na brotheragem.-

 

- Isso seria muito bom, eu gostaria mesmo de saber se você consegue usar todas as armas aqui.- Katsu bufou um pouco.

 

- Cada uma de nós temos facilidade em alguma coisa, na verdade.- a ruiva me respondeu, calma e ponderada. - Eu lido melhor com armas de longo alcance, Becca com armas de curto alcance e Katsu com armas brancas e combate corpo-a-corpo. Não resumimos nossas habilidades gerais só nisso, mas é o principal. - Balancei minha cabeça positivamente.

 

- Bem, vamos começar logo com isso.- Katsu me puxou para o ringue.- Vamos ver como você dança!- eu então me vi no meio do ringue, com ela em minha frente, em posição de ataque.

 

Hora de dançar, Katsu.

-###-

Se passaram horas desde o início dos treinos, que começaram quando o sol deu sua luz no início da manhã e terminaram agora horas antes dele se por. Becca acordou algumas horas depois que os primeiros golpes entre eu e Katsu começaram a ser trocados. Então ela se juntou a nós e eu treinei com as três, tendo a oportunidade de ver as incríveis habilidade de cada uma delas em cada um dos treinos específicos que com elas participei. Meu corpo robótico se cansou de forma rápida, diferente dos delas, o que me obrigou a parar várias vezes para descansar.

Isso atrasou os treinos um pouco, mas graças a minha facilidade em aprender facilmente, acho que não as dei tanto trabalho. Assim que elas me liberaram para descansar, eu corri escadas acima para meu quarto tomar um banho e cair na cama.Abri a porta do quarto e corri para o banheiro, tomando o banho mais rápido que a minha existência física já tomou antes. A gravidade também me ajudou na queda em direção a minha confortável cama, mas antes que eu pudesse fechar meus olhos e “dormir” relaxadamente, uma mensagem pipocou na tela.

Eu tenho Anna, Blueberry.


Notas Finais


Música tema: https://www.youtube.com/watch?v=ko-oOt10DxM
Por favor, me digam que vocês pegaram as referencias que tem na música!
Qualquer critica, duvida ou sugestão, fiquem a vontade para comentar!
Até a próxima <3


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