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História Inverno - Não morreremos essa noite


Escrita por: Anne_Noob

Notas do Autor


Olá meus bolinhos de arroz, como vão?
Gente, antes de mais nada, quero agradecer a todos que favoritaram a fic. Sério, vcs são uns amores S2
Além disso, quero pedir desculpas pela demora. Ela se dá pelos motivos de que : Eu perdi um ente familiar, Fiquei em recuperação (mas já tá tudo bem agora, porque eu passei Yeep) e estou escrevendo uma outra fanfic (não é a continuação de Inverno...Ainda) mas eu só vou publicar ela quando eu tiver terminado de escreve-la e quanto Inverno tiver sido terminada. <3
Enfim, Boa leitura <3
(PS: A edição das imagens dos capítulos estão todas sendo feitas por mim <3)
((PS2: Eu escrevi esse capitulo há muito tempo, muito tempo mesmo, mas só agora tive tempo de postar))

Capítulo 19 - Não morreremos essa noite


Morte rodeia
Meu coração está batendo devagar
Eu não vou aceitar os abusos deste mundo
Eu não vou desistir, eu me recuso

É isso o que se sente quando você está dobrado e quebrado
É isso o que se sente quando sua dignidade é roubada
Quando tudo que você ama está indo embora
Você se apóia no que você acredita

Não, não morreremos hoje à noite
Temos que ficar e lutar para sempre
(Não feche seus olhos)
Não, não morreremos hoje à noite
Temos que lutar por nós juntos
Não, nós não morreremos hoje à noite

Quebrarei seu domínio
Porque eu não serei controlado
Eles não conseguem manter suas correntes em mim
Quando a verdade me libertou

É isso o que se sente quando você toma sua vida de volta
É isso o que se sente quando você finalmente luta de volta
Quando a vida me empurrar eu empurro mais forte
O que não me mata, me deixa mais forte

A última coisa que ouvi foi que você sussurrando adeus
E então eu ouvi seu coração parar

-Skillet,Not Gonna Die.

 

Com um suspiro, eu desliguei a Câmera e o celular. Dei uma breve conferida na gravação,  que definitivamente havia ficado com uma iluminação ruim (que dificultava um pouco o reconhecimento do meu rosto) mas com um áudio muito bom, graças ao silêncio daquele lugar. Com alguma edição básica extra, ele ficaria ótimo.. na medida do possível.

Me levantei, estiquei meu corpo (mesmo sem uma necessidade clara para essa ação ). Olhei para a janela de relance, vendo um vulto vermelho com barulho de armadura, segundo depois, ouvi uma arma sendo carregada. Assustada, eu salvei o vídeo junto com outros arquivos em um pen-drive e o guardei comigo, em uma parte segura da minha roupa. Olhei para a janela de novo, apenas para encontrar o vazio silencioso da floresta.

Sacudi minha cabeça, estou enlouquecendo?

Olhei ao redor, lembrando que Atsila havia dito que “voltaria logo” a pelo menos quinze minutos atrás. Pensando na possibilidade que eu não esteja louca de novo e que realmente existe alguém aramado na floresta, me preocupei. guardei meu telefone no bolso e abri a porta, indo para o corredor escuro pela noite.

Quando cheguei ao primeiro degrau de escadas, pude ouvir vozes animadas e felizes. descendo mais dois ou três degraus, meus olhos se encontraram com as pupilas roxas de Anee e o azul céu de Anna. Elas estavam ali sãs e salvas. Desci praticamente correndo os outros degraus e envolvi Anna em um abraço confortável, algo que nem eu sabia que precisava tanto.

Anee não falou nada, apenas sorriu de canto. Anna retribuiu o abraço, apertando-me contra si. Era até cômico, na verdade. Depois de um par de minutos, nós soltamos umas das outras e eu olhei-a profundamente nos olhos. Ela parecia ferida por dentro, magoada. Eu não gostei de vê-la assim.

- O que aconteceu?- Murmurei para ela, vendo-a desviar o olhar. Anee deu um passo para frente.

-A ONI atacou, obviamente. Mas o nosso caso não era da conta deles. Você é da UNSC até segunda ordem.-Eu olhei-a incrédula, tentando entender o que isso queria dizer.

-Anee..nós atacamos a ONI diretamente.- Ela me interrompeu.

- Você ainda não entendeu? Isso não importa. Você, que é quem está sendo caçada como se não houvesse amanhã, deveria ser interrogada ou qualquer merda assim por alguém da UNSC. A ONI invadiu o caso deles.- Eu neguei levemente com a cabeça, e me virei para Anna.

-Isso não responde minha pergunta inicial..- sussurrei, para que apenas Anna fosse capaz de ouvir. Não adiantou de muito, pois Anee conseguiu ouvir-me (audição Espartana?) mas antes que pudesse pôr para fora seus pensamentos, Atsila ( que era a única ali embaixo que eu esperava encontrar) puxou seu ombro, a fazendo olhar para si com um olhar reprovador.

-Eu matei sete.- Eu voltei a olhar para Anna, com a expressão menos chocada que consegui.- Meu protocolo de defesa foi ativado sem que eu mesma me desse conta. quando eu vi, era só o sangue de sete soldados mortos no chão da sala.- Me aproximei dela, pondo uma mão no seu ombro. sua próxima frase saiu com a voz fraca. - Quando eu cheguei, eles já tinham levado o Jack. Eu tentei dialogar…. Eles começaram a insultar. Eu ouvi o plano deles de me apagar e quando tive uma brecha, subi para seu quarto e te fiz aquela ligação. - Eu me senti culpada, de um certo modo. Eu a puxei de novo para perto de mim e lhe envolvi em mais um abraço.

    Houve um momento de silêncio externo, mas minha mente fazia mais barulho pensando do que uma chuva de tiros.

-Ainda assim..- Anna murmurou no meu ouvido, me arrepiando e me tirando de novo dos meus pensamentos. - Algo está te incomodando. A pergunta é… o que e a quanto tempo?- Ela se afastou, olhando-me nos olhos.

-Não é nada.- Eu menti, péssimo hábito. Mas eu definitivamente não estava com vontade alguma de lhe dizer sobre a possibilidade de soldados ao redor da casa.- Acho que só estou com fome.- Atsila deu uma risada irônica.

-Modéstia estúpida.- Lhe franzi a testa.- Mas acho que podemos resolver isso comendo algo mesmo, alguns sanduíches extras não vão machucar.- Ela sinalizou para que que lhe seguíssemos. Anna me analisou com o olhar, eu podia dizer que ela estava mais preocupada do que provavelmente estaria disposta a admitir.

    Nós sentamos nas cadeiras em volta da velha mesa de madeira, Atsila nós serviu os sanduíches, suca para Anee e Anna e café para mim e ela. Tentei me manter o mais calma possível, mesmo com o vulto vermelho ainda estar claro na minha mente.Ela explicou sobre o vídeo que encontramos sobre o Master Chief e Anna admitiu já o ter visto no computador da Anee.

-Eu ainda tenho dúvidas quanto  veracidade dele, para ser sincera.- Anna mordeu mais um pedaço do sanduíche, ainda comentando sobre o vídeo.

-Nem em um milhão de Anos aquele é o Master Chief.- Abafei uma risada, deixando Anee incomodada.- O que foi tão engraçado?- Lhe olhei com um sorriso sínico.

-Hó, além de toda a situação, você.- Sua boca formou uma linha dura, irritada.- Eu conheço aquele homem melhor que ele mesmo, era ele. O Problema que aquilo foi manipulado, não foi uma interferência no final, foi um corte.- Falei calmamente, vendo se ela conseguia entender. Ela sorriu malandra.

-Mas não foi exatamente isso que eu te disse?- Agora quem ficou com uma linha dura na boca foi eu, odiava dar razão para ela.

-Não é só isso.- A atenção voltou-se para Anna de novo. Senti meu corpo ficar tenso de novo.- O que que tenha acontecido em poucas horas.. Não tem haver com isso.-eu  Grunhi algo indecifrável, terminei de comer meu sanduíche.

-Eu vi alguém de armadura vermelha na floresta atrás daqui de casa, ouvi barulho de arma carregando..- Ela ficaram tensas, engoli em seco - Olha, pode ser só coisa da minha cabeça..- Anna me interrompeu.

-Você nunca foi de falar coisas que pensa não ser verdade.- Atsila se levantou, me olhando. -Vou pegar as armas.-ela falou entre passos rápidos, e deixou-nos sozinhas na cozinha. Com o silêncio instaurado e a tensão da preparação para algo ruim.

 

__##__

    Passaram-se algumas horas madrugada adentro, e nada de ataque ou de outros vultos . Meu conselho para eles era que fossemos dormir, ou pelo menos tentar descansar. Anee e Anna foram dormir no mesmo quarto, Atsila ficou na sala com a desculpa (mal formada) de insônia  e eu voltei para meu quarto.

    Eu comentei com Anee sobre o vídeo que ela me mandou, lhe contei sobre a ideia de divulgar minha real identidade. Ela foi contra no início, mas depois cedeu e me recomendou a fazê-lo logo, ainda hoje se possível.

    Entrei no meu quarto, cansada.Deixei uma pistola que estava carregada no criado-mudo, por precaução. Retirei o meu Pen-Drive e comecei o upload do vídeo, mesmo sem edição. Demoraria a noite inteira (é utorrent agora?) e pelas primeiras horas da manhã o vídeo estaria no ar. Eu tomei todos os cuidados de segurança que estavam ao meu alcance para evitar rastreamentos.

    Me levantei de frente do computador, estiquei novamente meus braços em cima da cabeça. Eu estava começando a sentir cansaço, graças às mudanças repentinas e adaptações rápidas que meu cérebro tem que fazer a novos ambientes.Adapte-se ou morra.

    Olhei para a porta à minha esquerda, eu nunca havia usado o banheiro dali antes. Comecei a andar em direção a ele, abri a porta do minúsculo cômodo e liguei a sua fraca luz. Tirando o cheiro de mofo e algumas inundações nos cantos, ele era bom. Green light.Liguei a torneira, deixei uma água suja escorre antes de passar “limpa” no rosto e voltei praticamente correndo para o quarto.

    fechei a porta (com vontade de lacrá-la)  e ouvi passos no corredor, mas não passos padrão das garotas que tiveram uma noite de sono ruim,  ouvi passos metálicos.    

    Como eu já havia passado o arquivo de vídeo para o computador, retirei o Pen-Drive e o guardei no meu bolso. Depois, ativei um programa que eu mesma criei. Resumidamente: Qualquer pessoa que tentasse desbloquear a senha dele e errasse três vezes, veria o Computador ser invadido por um vírus que destrói toda a informação dentro dele. Se a pessoa em questão souber o código, o mesmo vai acontecer, porque existe uma aba secreta no monitor (que só eu sei onde é) e nessa aba se deve ser colocada a senha.

    Há, eu também sei como tirar o vírus, mas tem que ser no prazo de 24hs após ele se espalhar. Depois disso, só queimando o computador. Nenhum dos componentes dele vão funcionar, e a placa mãe tem 50% de chance de queimar. Plano perfeito.

    Desliguei todas as luzes do quarto, só deixei o monitor ligado (na tela de bloqueio). Eu me escondi no lugar mais patético de todos, embaixo da cama. Segundos (milésimos, eu acho) depois, Alguém de armadura negra, claramente um ou uma espartano(a) entrou no quarto, o quão silencioso ele pudesse fazer. Eu vi quando o cano da arma caiu, significando que ele havia baixado a guarda.

- Só um monitor.- Ele murmurou, aparentemente para um comunicador. A voz rouca, desidratado.

- Tenta desbloquear.- Uma voz feminina falou do outro lado.

- Tenta John, Chiefzinho, pudinzinho ou algo meloso de garotas.- Uma outra voz debochada falou.

- Ela não é qualquer garota, ela é a garota que enlouqueceu o master chief.- O soldado desligou o comunicador

,é agora.

    Em um movimento rápido, sai de baixo da cama. O espartano se virou e eu joguei o abajur do lado da cama no capacete dele, quebrando a viseira. Ele caiu para trás e eu peguei a pistola que eu havia deixado anteriormente no criado mudo e abri a porta. Havia um espartano (o que eu vi de armadura vermelha) na escada, de vigia.

    Olhei para trás, a janela estava aberta e a queda não era tão alta graças a uma “calha” que tinha. Então, com um grito de “Estamos sendo atacados” Eu me joguei pela janela. Mas eu ainda consegui ver a porta da Anee ser aberta, com ela segurando uma pistola apontada para o espartano da escada.

    E então, a Anna se jogou comigo.

__##__

    O impacto foi forte, mas não o bastante para me fazer apagar completamente. Minha visão ficou turva, mas mesmo assim eu me levantei. Anna havia caído junto a mim, mas ela parecia melhor que eu. Eu sacudi a cabeça, começando a enxergar e ouvir melhor.

    Ouvir os gritos, os tiros, minha respiração acelerada enquanto eu e a Anna corremos em direção a floresta, ouvir o grito de um espartano:

-Paradas, vocês estão presas! A mando da ONI!- Ele repetiu isso enquanto corria atrás de mim e de Anna. eu olhei para ela, sentindo um aperto.

-Anna! se separa! eles me querem!- Ela me olhou incrédula.

-Não Cortan!- Ela foi interrompida, eu empurrei ela em uma depressão escura. o Soldado não a procuraria ali.. Eu ainda a vi se leventado, com cautela, e me olhando.Eu comecei a sentir lágrimas nos meus olhos, eu torci para que ela tivesse ficado bem. Era perigoso demais ela ficar comigo.

    Eu sei que eu vou morrer.

    Obviamente, o espartano é muito mais rápido que eu. Ele estava fodidamente perto de mim, mas eu não parei de correr. Eu respirava pesadamente, tentava refrigerar o corpo robótico quente pela corrida.

-Vale!Agora!- Ele gritou atrás de mim, e o resto eu vi em câmera lenta. Eu senti uma coisa afiada como a ponta de um dardo no meu pescoço, então a neve branca da floresta ficou mais forte e eu caí no chão, fraca.

    Eu vi o espartano se aproximar, não consegui distinguir sua altura, ou detalhes da sua armadura.

-Não machuca...eles não...tem nada haver...com isso.- Eu falei com um fio de voz.-Me..mate..mas não...machuca...eles..- Eu fechei meus olhos, com o ar faltando.

 

-Deveria ter pensado nisso antes, eu sinto muito.- Foi a última coisa que eu ouvi do espartano, antes de cair na escuridão.


Notas Finais


Link da música:https://www.youtube.com/watch?v=CYsl4WSJjPo&index=19&list=PLgwB9XZy-2tFQwrJWFADOhdaA2iaSERiL
Que isso em? Eu posto pouco, e quando posto posto desgraça, ta até parecendo o programa jornalistico kkkkk.
Qualquer duvida, critica ou sugestão, estejam livres para comentar <3
Até a próxima <3


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