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História Inverno - Um Lobo,Um Predador


Escrita por: Anne_Noob

Notas do Autor


Olá meus bolinhos de arroz!
Vocês ainda estão ai?
Desculpem a demora para postar, estou com um bloqueio criativo mooonstro!
Pois bem, esse é de fato, o capítulo que eu mais queria escrever e publicar para vocês.
No capítulo anterior, como viram, a Cortana se ferrou e se ferrou bonito. No de hoje, ela ira intender porque a Anee odeia tanto a Halsey :p
Enfim, Boa leitura <3

Capítulo 20 - Um Lobo,Um Predador


Um tiro no escuro
Um passado perdido no espaço
Por onde começo?
O passado e a perseguição?
Você me perseguiu
Como um lobo, um predador
Senti-me como um cervo nas luzes do amor

Você me amou e eu congelei no tempo
Faminto por aquela carne minha
Mas não posso competir com uma loba
Que me pôs de joelhos
O que você vê naqueles olhos amarelos
Porque eu estou me despedaçando

Estou me despedaçando
Me despedaçando
Estou me despedaçando
Me despedaçando

Deitei-me com os lobos
Sozinha, é o que parece
Pensei que eu fosse parte de você

-Sia,She Wolf
 

 

Eu abri meus olhos, me acostumando com a escuridão do lugar onde eu estava. Minha cabeça , assim como meu corpo todo . Eu estava deitada em uma mesa gelada, sem sinal de vida ao meu redor. E algemada.Tentei puxar meus pulsos das algemas (que mais pareciam dois braceletes grossos) Sem sucesso. Então, forçando a vista, comecei a olhar ao meu redor.
    A primeira coisa ali, claro, era a mesa de ferro gelada. Ela era totalmente cinza, com um símbolo da UNSC no canto inferior direito (perto de onde eu estou sentada). Em cima da mesa, no teto, uma luz que focava em quem estaria na mesa. Eu não consegui distinguir muita coisa além disso.
    Eu forcei ainda mais a minha vista, e encontrei na imensidão escura a minha esquerda, um conjunto de janelas que davam vista para mais uma imensidão negra. Só com um porém: cheia de nebulosas coloridas e pontos brilhantes.
    O espaço e toda a sua magnitude.
    Eu segurei o fôlego, em desespero. Eu conhecia cada constelação espacial existente, cada planeta e sistema estalar. Mas agora, eu estou em desvantagem e presa. Exatamente pelo meu conhecimento do espaço, eu sei o que virá.
    Eu ouvi um barulho de porta antiga sendo aberta, então me foquei para encontrar de onde essa barulho vinha. Como a sala era escura demais fora da luz, eu obviamente não consegui detectar o local de onde o barulho vinha.
    Ou de quem entrava por ele.
    Eu me assustei quando documentos diversos foram jogados agressivamente na mesa. A pessoa que os jogou continuava na escuridão.
-Você é Cortana? Conceda-me seu código.- A voz era feminina familiar, mesmo vindo da escuridão. Ela tinha um tom interrogatório.
-CTN 0452-9- Eu falei em um fio de voz, no piloto automático e com a garganta seca.
-Quem é seu criador?- Eu franzi a testa, onde aquilo iria chegar?
-Dra. Catherine Halsey.- Minha voz não saiu com orgulho, eu gostaria que tivesse. No segundo seguinte, a própria Halsey saiu do escuro. As luzes se acenderam e me cegaram momentaneamente. Eu pisquei várias vezes enquanto tentava acostumar meus olhos a nova luz.-Eu posso explicar pelos atentados, podemos fazer um acordo.- Ela me olhou com desdém.
-Não negocio com quem mata milhões.- Isso foi tão fodidamente irônico saindo da boca dela...Minha expressão mudou, meus olhos se abriram.. Claro! Eles falavam sobre a outra Cortana do Mantel!
-Espera!- Eu praticamente gritei em desespero.- Aquela IA, aquela Cortana.. Não sou eu!- Ela sentou-se à minha frente, inexpressiva.

-Hó claro, e eu ganhei meu Pônei.- Ela falou irônica, olhou-me com desdém. Ela não tinha um dos braços e usava o jaleco padrão da UNSC/ ONI.- Acho melhor você entrar, armado.-  Ela virou-se um pouco, falou alto, mas não tirou os olhos com desdém de mim. A porta foi aberta bruscamente, me assustando novamente, mas dessa vez muito pior.

Era o John.

Ele usava a nova versão da Mjolnir, Ainda nos tons verde escuro como de costume. O seu visor, era ainda mais polido, ainda com o laranja típico. Ele Ficou em guarda do lado da porta, e mesmo sem poder ver seu rosto, eu sabia que ele me encarava. Isso me fez ruborizar um pouco.

-Muito melhor, Obrigado.- Ela voltou-se para mim novamente, com um sorrisinho convencido.- Como é o sentimento?- Eu a olhei, ela tinha maldade na sua voz.

-Como?...Melhor, qual?- Ela sorriu irônica novamente, esse sorriso já começava a me irritar.

- O sentimento de morte nas suas mãos.- Eu rangi os dentes, que puta.

-Você o conhece melhor que eu.- Eu cuspi as palavras, com raiva.- Eu já falei que não era eu!- Eu respirei fundo, tentando voltar a ter calma.

- Então como você sabe do que eu estou falando?- Ela falou calmamente, nada abalada com minhas duas frases anteriores. Eu sabia como ela estava jogando, eu dançaria junto.

- Eu Hackei alguns servidores da ONI...E vi a gravação de vídeo de um dos integrantes do Blue Team, no dia que encontraram essa falsa eu.-  Eu cuspi as palavras polidamente, mas ainda com raiva de todas aquelas acusações.- Eu jamais faria algum mal para a humanidade.. Isso nem sequer faz sentido! Porque eu faria mal a algo que lutei...sofri e morri para proteger?- Minha voz saiu embriagada e falhando, ela não se alterava com nada. Eu nem conseguia prestar atenção direito no John como eu gostaria.

-Vingança contra mim é um bom exemplo.- Ela deu de ombros, ainda com um sorriso sínico.

-Há, faça-nos o favor! comparado a tudo que já vivi, você não passa de um pedaço de Merda Halsey.- O sorriso dela murchou, claramente ofendida.- Se você quer uma prova de que eu falo a verdade, eu posso lhe dar ela.- Eu me acalmei, e me abaixei em direção ao meu tênis, mais exatamente até minha meia.

Instantaneamente, John entrou em modo de combate, com sua arma padrão apontada para mim em ameaça. eu peguei o Pen-Drive que eu tinha escondido ali, antes do Locke atacar e joguei na mesa. A doutora pegou o objeto entre os dedos, olhando-o com desinteresse.

- Ai deve ter uns vinte há trinta exabytes* de dados compactados que eu roubei, tem a data do dia que eles foram roubados nos arquivos.- Pela primeira vez, Halsey demonstrou um pouco de surpresa ao ver o quanto de dados eu havia conseguido. Ela fez um movimento com a cabeça, e John abaixou a arma. Eu sorri minimamente, irônica. - cane della mamma**.- Eu vi ele apertar o arma com mais força, enquanto Halsey soltava uma risada abafada.

Ela sabia Italiano, Ele não.

-Chief?- A voz dela ficou fria,sua risada havia parado, ela apertava o Pen-Drive entre as mãos. - Faça o combinado, e então depois veremos o que essa pestinha colocou aqui, juntamente com o Capitão.- Ela recolheu os documentos da mesa, e guardou meu Pen-Drive no bolso do Jaleco.

-Sim senhora.- A Voz dele me arrepiou enquanto ele se aproximava de mim.

Eu ouvi um barulho mecânico, mais parecido com uma arma com silenciador. Eu fechei meus olhos, com força e tremendo…

John não seria capaz de me matar, seria?

Ele me puxou para o chão, de joelhos, sentindo o metal gelado dele percorrer meus corpo todo. Eu senti a ponta de algo gelado na minha testa e lágrimas quentes começaram a escorrer pelos meus olhos.

-Desculpa …….se eu……... fiz algo, aquela não era eu!- Eu falei com muito medo, ainda de olhos fechados e tremendo.

    Eu não senti nada, só cai na escuridão.

__##__

Quando eu abri meus olhos novamente, eu estava em outro lugar. Ainda com paredes escuras e polidas, ainda era frio, mas a configuração dos móveis era outra. Eu não estava mais deitada de mal-jeito em uma mesa de metal fria, e sim em uma cama com alguns cobertores. A lâmpada fraca em cima da mesa, no teto, havia sido substituída por uma luz de parede em cima da cama. Na minha frente uma pia, sanitário e um espelho pequeno em cima da pia. Tudo muito limpo.

Eu ainda tinha braceletes em meu pulsos, Mas esses eram diferentes que os primeiros. Os primeiros, tinham feixes de luz azul elétrico os prendendo juntos, esses não tinham nada que os prendia, o que me dava mais flexibilidade. Eu tinha um par deles também nos tornozelos.

    Eu tentei me levantar, apenas para cair na cama fria, de volta a posição deitada. Meu corpo estava criticamente fraco. Eu mal conseguia manter meus olhos abertos e a respiração estável. Eu gostaria ( e deveria) de me levantar dali e tentar fazer um acordo com o capitão. Se fosse o Lasky ou qualquer outro, eu ofereceria meus serviços de Hack em troca da liberdade dos meus amigos e da minha. Eu fechei os olhos, não aguentando mais força-los abertos e cai de novo em sono.

-###-

quando eu abri meus olhos de novo, não deveria ter passado vinte minutos desde o meu segundo adormecer em pouco tempo. Eu não sabia que dia era ou qual hora exata era. Eu estava perdida no tempo.

Ouvi barulhos mecânicos e fechei meus olhos, fingindo estar dormindo. Eu então ouvi uma voz feminina dizer:

-estarei aqui fora fazendo a guarda.- A voz feminina falou, ponderadamente e de forma respeitosa. Ela aparentemente falava com um superior.

Eu ouvi passos pesados metálicos, então eu ouvi a porta sendo fechada. Senti algo gelado, metálico, me sacudir levemente. Eu mantive meus olhos fechados.

-Acorde.- A voz de John ecoou pelo quarto pequeno. Eu abri meus olhos abruptamente, encarando a viseira laranja. - Você tem direito a no mínimo uma refeição por dia.- Eu olhei para as mãos dele, segurando uma bandeja metálica.

-Obrigado..- Eu murmurei, fraca. Eu tentei me sentar na cama, mas só consegui isso com ajuda dele.

John colocou a bandeja no meu colo, e deu um passo para trás. Eu olhei para o conteúdo de dentro da bandeja: um prato de uma espécie de macarrão com molho, chá e três barras de cereal. Eu comi rapidamente, ignorando o mau cheiro do molho, o macarrão não era dos piores também. Eu guardei as barras de cereal para mais tarde, eu não tinha total certeza se eu teria outra refeição. Também bebi o chá, que mais parecia uma água quente.

-Obrigado.- dessa vez, minha voz saiu mais firme. Eu coloquei a bandeja na ponta da cama fria, me sentindo desconfortável, sem saber onde o olhar do espartano estava.

-Eu preciso te fazer algumas perguntas.- A voz fria e sem sentimentos que agora ele possuía não lembrava em nada os momentos de humor e alegria, que mesmo sendo raros, existiam na nossa antiga vida e rotina.

-A vontade.- Eu murmurei, ironicamente sem vontade. Eu fiz um gesto com o lado para a cabeça, oferecendo para que ele sentasse ao meu lado, ele nem sequer se mexeu.

Que inocência essa minha.

- O que você andou fazendo nos últimos meses?- Mesmo com o tom “casual”, a voz dele era fria como pedra. Eu não pensei que só a voz dele seria capaz de abalar meus sistemas como está fazendo agora.Eu pensei por alguns momentos na pergunta.

- Mentindo.- Suspirei, sendo verdadeira pela primeira vez que eu pisei naquele lugar ( ou melhor, naquela nave) onde quer que seja.- A única verdade é…- Eu fiz uma pausa, então tirei o olhar do chão e comecei a encarar a viseira laranja polido - Eu estava vazia, sem objetivo. Então algumas chamas de caos começaram a queimar-me e eu me perdi no fogo.- Eu suspirei fraco. - Eu sei que eu fiz algo errado, Hackear a ONI foi uma ideia...estúpida. Mas foi a única coisa que eu fiz. Nada de instalações Forerunners, nada de IA assassina, só eu.- Eu franzi a testa, senti minha garganta fechar ao notar que minhas palavras não mudam nada na postura (mãos nas costas e ombros erguidos) dele. - Você acredita em mim, não é?- Eu pisquei rapidamente, tentando controlar um desespero que começava a crescer dentro de mim.

-Eu não posso falar minhas opiniões pessoais..- Ele olhou discretamente para a porta, perdendo sua postura um pouco, e se aproximou.-... mas eu gostaria muito de poder acreditar.- Ele voltou a atenção para mim. - Ou você está mentindo, ou eu e a minha equipe estamos. A diferença é que no meu caso, até o capitão viu você ameaçando a humanidade.- Eu fuzilei a viseira laranja com o olhar, mesmo o tom de voz dele estando menos robótico. Por isso, procurei me acalmar.

-Você sabe, não é? Que qualquer IA que queira, pode modificar sua aparência, voz, tudo para ser igual a mim. Por isso existem os IA’s-code, códigos matriz que nunca podem ser alterados.- Ele recuou com a cabeça para trás. - Você não?..- Abri meus olhos, claro, ele foi manipulado de novo.

-Você tem algum álibi que confirme sua estadia na terra?- Ele falou rápido, eu quase não entendi direito. Ele se afastou com o corpo, parecia atordoado.

- Eu trabalhei de garçonete em um café, não era dos melhores salários mas já pagava as contas. Era o único café de la especializado em comidas para robôs.- John foi em direção a bandeja, a pegou e foi em direção a porta, ela instantaneamente se abriu. Ele saiu sem trocar mais nenhuma palavra comigo, nem sequer olhar na minha cara.

    Eu fiquei naquela cama, desamparada, com medo e com frio. Olhando para a porta e sentindo-me uma idiota.

    Eu causei tudo aquilo por egoísmo puro.

    Então não pela primeira vez, permitir que lágrimas escorresem de meus olhos em direção ao chão.

_###_

    Eu havia perdido parte dos meus sentidos de tempo, então o que me restava era cálculos de cabeça. E por eles, constatei que já era meu segundo ou terceiro dia. A comida começou a ser reduzida até agora, onde já haviam se passado horas desde a últimas vez que comi. Eu tinha guardado algumas barras de cereais, mas elas não seria o suficiente por muito tempo. Se eu quisesse beber algo, teria que ser a água da torneira suja.

    Meu corpo estava começando a me sabotar

    Por mais que meu cérebro estivesse ativo e a todo vapor, meu corpo não respondia como deveria por causa da fraqueza. Meu cérebro sabia que tinha que arranjar um modo de sair da minha situação atual, mas isso virou uma tarefa impossível já que meu corpo não cooperava.

    Eu remoi um peso na consciência dos meus atos, pensando no porque eu fiz tudo que eu fiz. Eu decidi então, ser honesta comigo mesma, já que eu duvidava muito que alguém vá me tirar desse poço escuro e morto.

    Eu aceitei que havia feito tudo aquilo pelo sentimento de raiva e mágoa. Raiva por ser enganada, raiva por ver as pessoas sendo enganadas, raiva por ver a ONI usando pessoas para enganar. Mágoa de saber que onde eu estava, eu nunca poderia mudar isso da forma correta. Desespero quando eu lembrei da minha filha, que para mim sempre foi tão frágil e serena, estar no universo, exposta e todos os perigos. Esse desespero, junto com a raiva e magoa, me chegaram ao ponto de limitar meu raciocionio lógico.

    Melanie tem a mesma quantidade de inteligência, sagacidade e até manipulação quando ela quer. Ela também tem de inocente, amorosa e doce.

    Ela não merecia uma mãe louca e irresponsável como eu.

    Esses pensamentos ecoavam na minha mente por dois dias seguidos, até que eu os absorvi, analisei a aceitei os fatos.

__##__

    Eu fui acordada por um barulho alto, que me fez sentar rapidamente na cama e encarar a porta. Não para menos, Master Chief entrou por ela, junto com outro espartano, Fred. Eles estavam armados, como sempre. Fred ficou na porta enquanto John vinha até mim.

-Coma e rápido. vamos até o capitão.- Ele me estendeu a bandeja que estava em suas mãos, eu nem sequer tive tempo de notar se a comida era ruim ou boa, ou o que ela era, eu só comi.

Foi rápido o bastante para eu só reparar no que estava acontecendo quando Chief me puxou pelo braço, me algemando novamente com aqueles braceletes de luz e soltando os pares deles dos meus pés.

Nós seguimos por corredores...familiares. Eu já tinha visitado aquele lugar antes, ou pensava que tinha. Conforme fomos passando, encontramos alguns Marines, que saudaram o Chief e o Fred e me olharam com estranheza e dúvida.Nós entramos em um elevador, que subiu pelo que foi para mim uma eternidade, então mais corredores.

Esses eram diferentes. Mais modernos, tecnológicos, bonitos. Com uma segurança redobrada. Não havia mais tantos Marines, mas sim, cientistas.Mesmo assim, o olhar de indagação e dúvida permaneceu o mesmo. Em mais alguns pares de passos, chegamos até uma porta eletrônica. Uma IA amarela recebeu os espartanos. Essa IA era Roland.

Então eu finalmente notei que havia passado pelo menos dois dias na Infinity.

John falou algumas séries de números, mesmo assim, a IA pediu para ele colocar a palma da mão em um leitor. Só então nós deixou passar, enquanto me olhava com raiva. Eu me sentia perturbada pela sensação de uma IA me odiar. A porta dupla se abriu, então John me empurrou para dentro da sala escura.

A sala se clareou conforme nós começamos a andar. Eu consegui ver uma mesa holográfica no centro da sala, com algumas cadeiras ao seu redor. Eu também pude ver duas figuras em uma das extremidades da mesa: uma esguia, Com uma postura imponente. A outra, forte e alta. Estavam ali, o Capitão Lasky e a comandante Palmer. A comandante pareceu-me muito raivosa com a minha presença, porém o capitão não alterou-se em nada.

Eu senti John parar, em uma pequena formação com alguns outros espartanos.Eu não pude reconhecer todos os soldados modificados, mas reconheci todas as suas prisioneiras: Katsu,Atsila e Becca.

-Ótimo, agora que estão todas aqui.-A voz do capitão era firme e alta..com um tom melancólico .- Eu tenho há vocês um acordo.- Ele se aproximou da mesa holográfica, a ativando com a mão. – Atualmente, a situação de vocês é no mínimo..delicada.- Ele mostrou algumas fichas, dados, gravações, e dados do meu Pen-Drive.

– Todas vocês estão sendo consideradas terroristas digitais, principalmente pela ONI.- Ele fez uma pausa, mostrando a nossa frente nossas “fichas criminosas”.- Mas eles e a UNSC sabem, vocês são muito habilidosas..Hábeis, minuciosas.- Ele falava isso dando a volta pela mesa, me encarando mais que as demais companheiras – A ONI que vocês desligadas ainda essa semana...Mas eu os propus um acordo para deixá-las livres. – Eu pude ver a cara de duvida das demais garotas alis presentes enquanto ele falava.-Isso só depende de você Cortana. Se você aceitar passar de um teste, e ele provar que você REALMENTE não é o que nós pensávamos. Você e as demais aqui presentes estarão livres e com a ficha limpa.-

Ele parou de me encarar e virou-se um pouco para a mesa, ampliando minha ficha. Ela mostrava todas as missões que eu havia feito ao lado de John, todas as nossas descobertas... Ali também constava dois crimes: Atentado terrorista digital e atentado a humanidade.

- Vocês só tem a ganhar.- A voz de Palmer foi fria. Treinada e polida. Lasky nem se virou para ela para ouvi-lá.

-Com todo respeito, senhor capitão.- Todos os olhares se viraram para mim, inclusive os de medo das minhas amigas.- E se o teste der um falso negativo?- Minha voz saiu um pouco fraca, assustada.

-Não se preocupe, isso não acontecerá...- Ele olhou em direção a um canto escuro da sala, e acenou para as sombras, um sinal para que alguém que lá estava se aproximasse.- Dr.Kimb? Por favor, se aproxime.-

               O oxigênio sumiu dos meus falsos pulmões e minha garganta fechou quando no instante seguinte, Jack surgiu das sombras junto com Anna. Ele tinha olheiras em baixo dos olhos verdes hipnotizantes. Anna me olhava, olhos marejados, mas nenhuma lágrima foi derramada.

- A decisão está nas suas mãos, Cortana.- Eu engoli em seco, Olhando rapidamente para as pessoas ao meu redor. Então, encarei o capitão a minha frente, esperando pacientemente minha decisão.

- Eu aceito passar pelo teste capitão. – Foi uma única frase, que dividiu o clima da sala.

               O capitão soltou um sorriso de canto triste. Ele olhou para Jack, que estava claramente raivoso pela minha decisão. A Comandante no fundo da sala, permaneceu em silêncio, analisando-nós.

-Já que a decisão foi tomada, minhas ordens são que o teste seja feito imediatamente.Fui claro?- o Capitão voltou a sua posição imponente, olhando para Jack.

-Sim senhor.- A voz dele saiu rouca, sem sinais de raiva..aparente.

-O teste deve me ser passado ao vivo.- Ele virou-se para o Chief, que ainda estava atrás de mim. – Chief, sua missão é levar a Cortana até o laboratório do Dr.Kimb. Se o teste der falso, você já sabe o que fazer. Ao demais espartanos, Levem as demais até as celas. Dispensados.- Todos fizeram saudações ao capitão, Menos a comandante Palmer. Eu troquei olhares rápidos com as demais mulheres ao me redor, todos eles tinham sentimentos de medo semelhantes.

               A porta foi aberta, então nossos caminhos se separam.


Notas Finais


https://www.youtube.com/watch?v=kuqQqyzpYEU&index=20&list=PLgwB9XZy-2tFQwrJWFADOhdaA2iaSERiL

Resumo: Ou é você ou sou eu; Se me atacar vou atacar!
Gente, me deu até um coisa aqui!
Desculpem de novo a demora no publicar!
Qualquer critica, duvida ou sugestão, sintam-se livres para comentar!
Até a próxima <3


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