Então você tem que pegar fogo, tem que se deixar levar
Você nunca vai ser amado até que você tenha feito o seu dever
Você tem que enfrentar, pegar o que é seu
Você não reconhece o topo até chegar lá em baixo
Nenhuma mentira e nenhum homem enganador é o que ele ama
Continuo tentando entender que a morte vem de cima
Não há tempo
Pegue o que é meu e não tenha desculpas que gastam seu precioso fôlego
Não há tempo
O sol brilha para todos, todo mundo ama a si mesmo até a morte
- Imagine Dragons,I'm So Sorry
Entre o dia 08 e 09 de maio do ano de 2557,Local Não-mapeado.
Minhas análises do planeta deram grandes resultados. O planeta era de sua maioria praias e florestas tropicais, sua estrutura semelhante a Gênesis e a atmosfera parecida com a da terra. As únicas espécies que poderiam nós trazer problemas eram uma espécie de leopardos do tamanho de ursos e os inimigos clássicos de origem forerunner.
Todos ao meu redor dormiam, Kelly e Linda logo assumiram os postos de John e Fred. As garotas estavam em Stend-Bey enquanto eu procurava o máximo de dados que eu conseguia. Eu começava a sentir o cansaço de horas seguidas de trabalho sem pausa, e ainda assim eu continuaria.
Fred foi o primeiro a abrir a porta da cabine de comando, Kelly abriu os olhos no exato momento em que ele fez isso e cutucou Linda ao seu lado.
-Você ainda está acordada?- Linda me perguntou, Enquanto esfregava os olhos para espantar o sono.
-Eu preciso desses dados.- Eu deixei uma voz cansada escapar. - Vou ficar bem no final.- Kelly e Linda trocaram um rápido olhar, pegaram seus capacetes e esperaram Joh sair da cabine, assim que ele fez, elas entraram e assumiram o controle.
Katsu e Becca tinham se afastado alguns assentos de onde eu estava, se queixando da luz do tablet ou coisa parecida. Fred se sentou na frente de Becca e John se sentou ao meu lado. Os dois tiraram o capacete e a visão foi semelhante à das mulheres mais cedo. Fred tinha o cabelo curtíssimo, olhos claros e pele pálida.
John deixou o capacete no assento ao seu lado e fechou os olhos, escorando a cabeça na parede.
-O Tablet faz muita luz.- Eu sussurrei perto dele.
-Eu não me importo.- Ele murmurou de volta, voz cansada.- Eu sugiro que você durma também. Aproveite que temos um pouco de paz aqui.- eu concordei com a cabeça, me dando por vencida ao cansaço.
Fechei meus olhos e escorei minha cabeça na parede, mas John discretamente me puxou pela cintura para que minha cabeça ficasse em seu ombro. Não era das posições mais confortáveis, mas ainda assim era ótimo. Sua mão blindada não saiu da minha cintura, mesmo quando nós dois caímos no sono.
-×
Eu acordei algumas horas depois, ainda no espaço em direção ao planeta não-nomeado. John ainda dormia ao meu lado, assim como.o resto da tripulação.
Peguei o tablet que residia ao meu lado e em afastei o mais lentamente de John, tentando não acordá-lo. Eu Cataloguei os dados e salvei alterações. Meu descanso veio a calhar, mas agora eu tinha que em concentrar na missão… E em encontrar Melanie.
As coordenadas que eu consegui do vídeo coincidiram com as do planeta. Era uma esperança que eu gostaria de me apegar.
As luzes se acenderam acordando a todos, era um alerta.
-Estamos sob ataque?- Fred colocou seu capacete assim como John, num ato automático.
-Eu suponho que não.- Eu comentei. - A chegada no planeta é mais provável, não?- Becca pegou sua espada, um sorriso diabólico estampado no rosto.
-Em qualquer um dos casos, é diversão.- Becca me jogou um rifle de assalto. - Por via das dúvidas, eu sei que você sabe lidar com isso.- Eu peguei o rifle no ar com a mão direita e deixei o tablet ao meu lado. Segurando a arma com as duas mãos, conferi a munição no visor.
-Claro.- Peguei o tablet e guardei em um bolso interno do jaleco feito justamente para isso.
Todos permaneceram sentados enquanto o último salto-Espacial foi dado. A nave entrou na atmosfera do planeta e a porta de carga abriu ainda no ar.
A sensação do vento direto era boa, nunca em todos os meus anos com IA eu pensei que seria assim. Ainda assim, tinha um frio na barriga por estar tão alto sem proteção.
A nave pousou em um campo aberto, perto de uma Praia e com pouca vegetação por perto. As meninas foram as primeiras a descer, eu então fiz meu caminho para o chão do planeta e por último os espartanos.
Tinha um clima quente, mesmo para mim. A areia provavelmente estava incomodando na armadura e a água salgada não ajudava. Tirando os fatores de sobrevivência, era uma vista linda.
-Eu tenho mais informações do planeta.- Eu abaixei a arma e com minha mão livre peguei o tablet. - Mas eu ainda me pergunto o que fazemos aqui. - Eu murmurei.
- Me passe os dados.- John ordenou. A transferência foi rápida, e eu passei também para Katsu.- Viemos conferir se é seguro para a Infinity ancorar no planeta e pesquisar uma instalação, que se seus dados estão corretos, está um pouco longe daqui.- Bom, obviamente John ouviu meu murmurar.
-Nunca é seguro.- Comentou Becca. - Deveríamos avisar para a Infinity que aqui é uma localização no mínimo aceitável, talvez mais perto da instalação tenhamos problemas.- Eu guardei o tablet de volta e peguei o rifle em mãos. - Fique por perto Blueberry.- Eu sorri camarda pr Becca.
Os dois grupos formaram uma estratégia: Primeiro; John, becca e Fred irão na frente, Com Katsu e Kelly cuidando da sua retaguarda; Eu iria junto com Atsila pelo alto , nós escondendo nos matos e Linda iria do outro lado.Eu achei confuso, mas com um pouco de sorte poderia funcionar.
Andamos mata fechada adentro, procurando a localização precisa da instalação. Em um silêncio estranho e em guarda. Eu cobria as costas de Atsila com o rifle de assalto enquanto ela usava sua sniper para observar ao longe.
Um corredor natural estava a frente do grupo principal, não tínhamos nenhuma maneira de seguir pelos cantos ou pelo alto. O grupo se juntou, passando pelo corredor natural. A vegetação dali me lembrava a savana de Requiem, com árvores de copas altas e cipós fortes, terreno escorregadio e com bastante lama, muitos pontos onde inimigos poderiam nós atacar.
As copas cobriram o céu por um tempo, e assim que a luz voltou a nós, uma instalação surgiu não muito longe. Um prédio alto, torres ao seu redor e provavelmente ainda tinha mais andares no subsolo.
-Agora é um bom momento para contatar a Infinity.- Becca comentou, ainda segurando a arma em modo de ataque. John tentou fazer uma chamada direta, sem resposta.
-Legal, estamos sem localização.- Katsu se aproximou da margem de onde estávamos. -Eu, a Becca e a Atsila deveríamos voltar e tentar comunicação. Você poderiam seguir sem a gente.- por um minuto eu achei que ela estaria brincando, mas para meu desespero John e o Blue Team seguiram em frente.
Minhas ordens eram de coletar informações do planeta, eu claramente deveria seguir os espartanos. Eu contive um suspiro frustrado.
-Vamos seguir até a base, todos perto.- O ordem de Chief foi clara, Quase respondendo minha “dúvida” em segui-los ou não.
-x
Está estranhamente silencioso, A fauna local tinha se afastado de nosso caminho e nós deixou espaço para passar em direção a base da instalação. O planeta rotaciona ao redor de uma estrela artificial, A luz artificial perto do horizonte.
Quanto mais perto da base, mais artificial o planeta fica. A terra e grama dão lugar a metal e ferro (ou até outros mentais identificáveis), O chão se ilumina ao toque dos pés, o contato de metal com metal faz um som alto.
Uma entrada gigante nós separa do objetivo, a instalação estava bloqueada.
me aproximei de um pedestal, um holograma de acesso apareceu e com um movimentar de dedos a passagem se abre. Seu ruído mínimo, o silencio interno. John liderou o caminho e a porta se fechou atrás de nós, com um click.
“mau, muito mau.”
-Cortana, nós não...?- Linda, Que estava logo atrás de mim. Olhou-me preocupada.
-Trancados?- Eu bufei, sorrindo irônica.- Sim, nós estamos.- John virou para a frente, eu jurei ouvir um suspiro vindo do seu capacete.
Era uma sala gigantesca, alguns elevadores magnéticos que deveriam levar para andares superiores ou inferiores, Muito armamento forerunner em suportes. Paredes acinzentadas e luminosas, assim como o chão.
Andamos cautelosamente até o elevador, eu torcia para que algum dos Espartanos estivesse gravando a instalação. Seria bom se eu pudesse voltar novamente aqui para coletar mais informações. Por hora, é muita adrenalina simulada* em meus cabos internos para anotar qualquer coisa.
No andar seguinte, Duas pontes de energia , uma plataforma e mais duas pontes de energia. Quando o elevador finalmente chegou ao final, todo o local ficou escuro. a temperatura esquentou e as pontes sumiram.
O comunicador apita, alguém falava com John. Momentos depois, O espartano abaixou a arma momentâneamente e a levantou em guarda.
-Mas senhor…?- Ele tentou falar algo, mas o silêncio veio em vez disso.- Sim senhor.- A comunicação foi desligada e ele dirigiu sua cabeça até mim. - Eu tinha ordens de ficar em silêncio..- Ele olha para todos nós agora.-...Mas é injusto. Até onde me foi informado, Sua filha pode estar em qualquer lugar nessa instalação Cortana.
Eu pisquei alguns pares de vezes, o ar ficando rarefeito em meus pulmões.
-Como?- Minha voz saiu fraca. Eu esperava que o local escuro não pudesse deixar evidente minha tensão.
-Melanie pode estar aqui, agora. Ou em qualquer outra instalação nesse planeta. Não somos os primeiros a estar aqui.- John se aproxima do elevador, eu ainda estou estática no meu lugar. - Era tudo uma armadilha. O Warden juntou um pequeno exército e ele está lá embaixo agora lutando contra a Infinity. Nós estamos presos aqui porque ele nós viu perto da instalação.
Eu queria cair de joelhos e chorar como uma criança, minha filha estava perto e soldados estão morrendo. E eu aqui sem fazer nada.
Minha mente piscou por um milésimo.
-John.- O o próprio virou sua cabeça para mim.- Tira o meu data-Chip do corpo, eu vou invadir o sistema por dentro.- Ele negou com a cabeça.
-Pode haver um vírus..- Eu suspirei, levando minha mão ao pescoço.
-Então ao menos me segure.- Eu abri rapidamente o compartimento do Chip e o puxei, tudo ficando muito claro e leve.
Eu estava dentro dos meus circuitos novamente, a boa e velha sensação familiar. Eu podia ouvir a voz de John falando um “merda” baixinho antes do meu chip ser inserido em um pedestal holográfico.
Minha forma foi projetada propositalmente de costas para eles, me foquei em achar o centro do bloqueio de energia. Minhas mãos correram entre dados e dados internos até achar o foco problemático.
Em menos de um minuto, toda a luz voltou ao local. Em segundo plano, enquanto eu tentava resolver o problema, baixei e passei para o tablet toda e qualquer informação que eu pudesse ter da instalação.
-Pode me colocar de volta.- Meu tom ficou um pouco ácido, e eu sabia que John deveria ter aquele olhar furioso em sua íris azul.
Ele retirou o chip do pedestal, mas ao invés de me colocar de volta no meu “corpo”, ele me inseriu atrás de sua nuca onde eu costumava ficar.
-Linda, consegue levar ela?- Ela perguntou, tom brincalhão e ácido. Linda sufocou um riso.
-Já levei piores, Chief.- Kelly bufou uma risada. Eu vi Linda colocar gentilmente meu corpo sobre um de seus ombros e nós seguir.
-Vai ter volta.- Eu fortifiquei em um canal fechado entre mim e o Espartano.
-Cortana, Se conseguir alguma..- Eu passei vários dados por seu Hud, eu também pude monitorar todos seus dados vitais e eu podia dizer com certeza: Ele estava com raiva, tristeza e adrenalina.
-Tudo ai, Master Chief.- Usei meu tom mais debochado, ainda em canal fechado.
-Ótimo.-Ah, esse tom.
Era um tom de ira controlada, ácido o bastante para derreter ferro e rouco profundo como o oceano.Dizer que ele estava puto era eufemismo.
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