História Investigação Criminal - Capítulo 5

[Pov Amy]

Acordo depois de uma noite cheia de  pesadelos. Desde que soube que foi aprovado nosso próximo caso, os pesadelos voltaram. Não que eu ache que há alguma relação, mas com certeza é estranho.

Levanto da cama preguiçosamente indo ao banheiro fazer minha higiene matinal. Logo após, vou até o closet e pego uma saia de pregas, um salto e blusa social, visto a roupa e vou para a cozinha preparar o café da manhã. Depois de comer, pego um sobretudo, a minha bolsa e saio de casa.

Na garagem destravo me Mustang GT e entro rapidamente logo saindo para as ruas de Londres.

Entro pelo estacionamento da empresa, pego o elevador e subo para o necrotério. Pego meu jaleco, luvas e vou analisar o corpo de Vicent que chegou ontem à tarde. Pego amostras do sangue dele para examinar. Analiso cuidadosamente me espanto.

Não acredito.

Desço rapidamente a escada com os resultados.

- Emily. - a chamo abrindo a porta de sua sala sem bater.

- Amy? O que aconteceu? - pergunta preocupada.

- Olha isso. - abro a pasta e jogo em sua direção.

Ela analisa cuidadosamente cada palavra.

- Isso é possível?

- Não sei. Mas há algo muito errado nessa história. Manda para o laboratório especializado em toxicologia.

- Vou mandar, mas você sabe que existe uma demora para sair esses exames.

- Eu sei. Pede para fazerem o mais rápido possível. Emily?

- Sim?

- Não comenta com ninguém da equipe ainda, ok?

- Vou esperar os resultados saírem.

Saio da sala e volto para o necrotério. Passo o resto da manhã lá, analisando o corpo de Vicent.

[Pov Narradora]

Mais tarde a secretária de Crowell ligou para a empresa, combinando uma reunião particular com as garotas. Isso foi o suficiente para Alaska se preocupar, aliás eles não tinham resolvido tudo a dois dias, porquê diabos ele queria uma reunião particular, ela quebrava a cabeça se perguntando e não chegando a resposta alguma.

Já Alicia esperava pela ligação, aquele encontro para o firmamento do  contrato não foi o suficiente para combinar como toda a investigação seguiria. Afinal os homens investigados não poderiam saber de nada, já que isso poderia afetar diretamente a imparcialidade da investigação. Ter um relacionamento, mesmo que seja de mentira, já deixa a imparcialidade da equipe abalada. Não poderiam arriscar mais.

Crowell com certeza iria passar os detalhes de tudo, pois nada poderia dar errado. Ele é um homem esperto, ela não esperava menos dele. Bragança e Crowell já se conheciam, o pai da garota tinha negócios com o homem. Ela conviveu com ele por um tempo, enquanto fazia o estágio na empresa de seu pai. Sabia que o homem não era de total confiança.

Emma estava eufórica, ela esperava  que pudesse encontrar os garotos logo. Apesar de ser uma fã, seu pai nunca permitiu que ela fosse à um show deles. Emma nunca entendeu isso. Tanto que quando a banda entrou em pausa, ela surtou e jogou a culpa em cima de seu pai, porém ele continuou inflexível, não queria perder sua pequena garotinha.

Amy sentia-se um pouco culpada por esconder de todos o que descobriu, mas ela sabia que se falasse algo tudo seria desfeito e ela não queria que sua amiga perdesse o caso que queria tanto. Amy não podia fazer isso. E ela não fez, esse segredo ficaria guardado por tempo indeterminado.

Um pouco antes do horário combinado, as garotas se reuniram para ir ao encontro de Crowell.

- Vamos no meu carro. - Alicia insistia - todas nós podemos ir nele.

- Eu vou na minha moto, Alicia. Não adianda insistir. - Alaska respondeu já perdendo a paciência.

- Escuta aqui, Masen, eu não vou discutir com você sobre algo tão insignificante. Vamos no carro e ponto final. - coloca as mãos na mesa.

- Eu. Não. Vou. - a mulher diz pausadamente encarando firmemente a outra.

Alicia fecha os olhos pronta para responder novamente quando Amy para as duas.

- Já chega. - a loira praticamente grita - nós vamos na porcaria do seu carro, Alicia. E você - aponta para Alaska - vai ficar queita e obedecer. Emma, você dirige?

- Sim.

- Ótimo. Acabou a palhaçada. E tirem essa cara amarrada agora. Eu hein. Ficam discutindo por coisas fúteis e ainda querem teimar comigo. - revira os olhos.

As garotas estranharam afinal Amy parecia muito nervosa, não que ela fosse muito calma. Mas ainda assim estava diferente.

Ao chegarem no lugar da reunião elas sentaram-se apressadas.

- Meninas, que bom que vieram. - Simon as saudou.

- Diz o que quer logo. - Alaska se levanta e diz rapidamente.

- Jovem Masen como é apressada. Sente-se minha cara. O assunto é um pouco demorado. - Simon se senta -Bom, como vocês mesmo exigiram os garotos não podem ficar sabendo. Então creio que vocês vão querer combinar tudo para nada sair dos eixos.

- Prossiga, Crowell. - Alicia fala interessada.

- A minha proposta é o seguinte: os meninos vão sair da cadeira amanhã, correto? Pois bem, o Harry vai dar uma festa para comemorar a saída deles da cadeia e o sucesso do novo álbum.

- E o que temos a ver com isso? -pergunta a loira confusa.

- É óbvio não? Vocês irão nessa festa e vão se aproximar dos garotos. E na semana que vem vocês vão assinar o contrato do namoro.

Às vezes elas esqueciam que isso estava incluso no pacote de investigação. Se elas conhecessem aqueles deuses com certeza não esqueceriam. Mas nem tudo é perfeito. Alaska não via a hora dessa festa chegar, enquanto Simon falava na cabeça delas a jovem só conseguia pensar em como conquistar aquele homem de olhos verdes. Pelo o que ela tinha investigado não seria nada difícil cumprir essa tarefa. Harry Styles já está no papo.

[...]

Uma hora depois desse adorável encontro entre eles, sintam a ironia, as garotas ainda estavam no shopping, sim elas tiveram que ir comprar roupas adequadas. Elas podiam ser bem de vida, mas não tinham muitas roupas adequadas para a ocasião. Alicia principalmente. Aquela mulher era exigente com as roupas que vestia, não iria fazer feio na festa dos mauricinhos. Além de que ela não gostava muito de sair de casa. Definitivamente não iria sem roupas adequadas.

A única que não estava se preocupando muito era Amy. Olhe só todas tinham motivos para ir, Emma era fã, Alaska queria muito esse caso e Alicia não ficava muito atrás, apesar de ser muito amiga de Alaska elas ainda competiam entre si em algumas coisas. O trabalho está incluso nessa disputa. Voltando a Amy, a loira estava mais preocupada com o que descobriu essa manhã do quê com aquela maldita festa. Ela era vaidosa sim, mas ela não estava no clima. Somente queria ir para casa. Ela pegou o primeiro cropped e saia que viu, não se importando com o preço ou se era bonito só os pegou, pagou e foi esperar as garotas já sem paciência.

- Olha só dandocas, eu já tô de saco cheio. A manhã foi de quebrar qualquer um. Vamos embora logo.

Alaska olhou para Amy desconfiada. Tem algo muito errado aí. Enquanto isso Emma revirava os olhos.

- Alicia, por favor, leva a Amy embora logo. Eu quero escolher bem e não aguento mais as reclamações dela. Pode deixar que eu pego um táxi. - Emma declara já nervosa.

- Eu vou levá-la. Já acabei. Alaska, vai ir também?

A mulher concorda com a cabeça.

- Ótimo. Vou pagar e já volto Amy. - Alicia caminha com Alaska até o caixa dizendo - Ela não está bem, Ice. Converse com ela.

A outra revira os olhos.

- Já pedi pra parar de me chamar assim. É difícil entender por um acaso?

- Não. Eu só gosto de te irritar. - sorri de lado

- Você e o Nathan são iguais.

- É um bom elogio para ele. - ri - Vai falar com ela?

- Vou. Ela tá estranha. Te conto o quê  descobrir.

- Okay.

Depois das compras pagas elas foram embora deixando Emma na loja.

- Antes das nove quero você em casa mocinha. - disse Alicia.

- Tá bom, mãe.

- Seu pai é um gato. Mas eu não sou tão velha assim.

- Quando chegar em casa falamos sobre. Agora vaza.

- Também te amo. Beijo.

Já no carro estava um silêncio absurdo. Alicia não comentou nada sobre o comportamento de Amy e Alaska estava esperando chegar em casa para conversar com a garota. O carro para.

- Estão entregues.

- Sim. Amy, vai na frente. Tenho que terminar uma conversa.

- Ok. - Diz seca e sai do carro.

- Seguinte, Bragança. Amanhã aqui às oito da manhã. Estou sem transporte. Vou conversar com ela.

A mais alta sai do carro.

- Masen - Alaska se vira - cuida dela e o seu possante vai estar aqui de manhã. Fica tranquila.

Ela acelerou o carro partindo. Alaska entra em casa já dizendo.

- Nem pense nisso, Carter. A conversa é séria. Pode ir falando.

Amy se vira descendo às escadas. Ela suspira.

- Senta aí. Vou desabafar. Estou tendo pesadelos com a minha mãe de novo novamente. E eu não tô aguentando mais isso, Ice. Ela me ligou, contando que descobriu que tem Alzheimer. Agora vou ser renegada novamente.