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História Invictus - Unindo forças


Escrita por: thisislari

Notas do Autor


Oláaaaa!
Como to atrasada(de novo), só vou conversar nas notas finais.
Aproveitem o capítulo,
Xx

Capítulo 12 - Unindo forças


Fanfic / Fanfiction Invictus - Unindo forças

 

 

POV Arizona

 

-Nós precisamos que as comunidades exploradas se unam.- Ouvi a voz de um homem enquanto entrava na casa de Rick pra reunião.

-Arizona, que bom que chegou.- Rick falou me vendo entrar na sala. Um homem negro com um cajado, onde ele apoiava a mão, me olhou curioso.

-Desculpem a demora.- Falei ficando de pé do lado de um dos sofás.

-Sem problemas, Arizona esse é o Morgan.- Ele acenou com a cabeça, retribuí. -Já te falei sobre ele.

-Sim, ele estava atrás de uma moça, Carol não é?- Percebi uma mulher que não conhecia também, devia ser a Carol.

-Ele mesmo, ela está aqui também.- Maggie disse apontando pra a mulher de cabelos curtos e grisalhos que sorriu pra mim, mas era um sorriso meio engraçado.

-Muito prazer.- Cumprimentei.

-Morgan, Carol, esta é Arizona King. Chegou com os irmãos há um mês em Alexandria. Um dos irmãos dela ficou refém dos Salvadores após a primeira coleta.- Rick me apresentou.

-Cheguei, desculpa o atraso pessoal.- Trevor chegou meio agitado, ele tinha ficado em casa terminando de comer.

-Ah, e esse é o Trevor. Um dos irmãos da Arizona.- Maggie apresentou meu irmão que acenou com a cabeça pros dois. Daryl estava sentado perto de Carol, Mich já tinha me contado que eles dois eram muito amigos.

-Como eu ia dizendo…- Rick continuou. -Os irmãos King nos contaram que eram Delta Force antes disso tudo, e que há uma base que pode estar intacta. Vamos planejar uma missão até lá pra pegar todo o armamento possível e suprimentos se tiver. Depois disso iremos atacar os Salvadores pra acabar com tudo isso.

Ninguém disse nada, todos pareciam pesar as consequências de uma provável guerra contra os Salvadores. Olhei pra Trevor, ele estalou os ossos do pescoço e pigarreou.

-Precisamos montar uma estratégia com poucas pessoas, uma missão rápida e o mais segura possível.

-Nossa intenção é não dar pistas de que vamos fazer algo sem ser coletar os suprimentos pra eles. Ao mesmo tempo que tivermos uma equipe na missão até a base, precisamos de uma equipe que trabalhe na localização da base dos Salvadores.- Conclui o pensamento do meu irmão, ele me olhou e sorriu de lado.

-Quem acham que deve ir na missão?- Michonne perguntou.

-Isso não pensamos muito, por enquanto focamos em quantos dias a missão deve ter e qual rota vamos traçar. Sem contar que precisamos antes de uma busca por combustível.- Trevor respondeu encarando todos os presentes. Na sala estavam também Abraham, Spencer e Aaron.

-Precisamos levar essa reunião pra todos de Alexandria ainda hoje.- Maggie falou.

-Sim, assim veremos quem vai e quem fica aqui.- Abraham falou. -Mas eu me candidato a ir, dou conta disso.

-Eu posso ir também.- Falei assumindo posição de sentido, as mãos pra trás. -Sei como entrar e sair da base, além de que sou bem rápida.

-Eu vou.- Daryl falou olhando pra mim.

-Daryl, você ainda ta se recuperando do tiro.- Maggie disse. -Não sei se é uma boa ideia.

-Não vou ficar aqui parado, eu vou.- Me olhou logo desviando o olhar.

-Podemos nos concentrar em quantos dias a missão deve ter primeiro?- Trevor disse respirando fundo.

-Claro. Bom, eu montei a estratégia praticamente toda com Trevor hoje de manhã, qualquer ideia a mais é válida.

-Pode nos passar a de vocês então.- Rick disse se endireitando., assenti e continuei.

-Como estamos próximos a fronteira a viagem não vai demorar mais de um dia de ida sem parar e outro de volta, isso com folga. Temos que ter um dia a mais de vantagem pra dar tempo de vasculhar tudo e pro caso de possíveis imprevistos.- Eu falei tendo a atenção de todos em mim. -Lá temos que ter atenção redobrada, é possível que alguns Deltas possam ter ficado por lá. Se esse for o caso eu provavelmente os conheço e explicando a situação pode ser que nos ajudem. Sempre alertas também pra lugares que possam ter tudo o que precisamos, e pra grupos que pareçam suspeitos. O carro pra ir tem que ser uma das caminhonetes, um carro simples e que não chame muito a atenção pra nós.

-Mas como vamos trazer tudo o que pretendemos? Teremos então que achar um carro pelo caminho.- Spencer levantou a questão.

-Sim, pensamos em trazer alguns transportes da base. Podem nos ser bem úteis, até mesmo depois da luta.- Trevor respondeu.

-Eu também pensei em uma coisa.- Falei. -Nas bases geralmente há armamento bem pesado, e se não foram utilizados no começo da epidemia é provável que tenha mísseis guardados.

-Muito bom plano, seguro e prático.- Rick disse se levantando do sofá e colocando as mãos nos quadris, uma pose que ele fazia bastante eu tinha percebido.

-Precisamos preparar as pessoas que vão, não vai ser uma missão muito simples. Temos que lembrar que os mortos querem nossa carne, e as estradas tem muitos deles.- Aaron disse parecendo um pouco nervoso.

-Acho que é óbvio que Arizona deve mesmo ir, ela será a líder da missão.- Rick disse e todos concordaram. -Trevor, precisamos de você aqui não só pra controlar seus irmãos, mas pra manter a ordem de Alexandria. Abraham e Daryl, vocês também devem ir. Mandaremos Tara junto também.

-E quanto a missão pra gasolina? Eu posso fazer uma busca.- Spencer disse.

-Sim, mas não sozinho. Vou falar com Rosita e Tobin pra ir junto.- Rick respondeu. -Acho que essa parte está bem planejada, agora e quando vocês voltarem?

-Essa parte eu ainda não pensei, mas precisamos surpreender os Salvadores. Tem que ser um ataque que eles não façam ideia de como começou. Trevor e eu já fizemos missões assim, então não será muito complicado.

-Metida.- Trevor debochou descontraindo.

A reunião seguiu até quase o anoitecer, tinha muito detalhe pra acertar. Sem contar com o planejamento do ataque aos Salvadores, mas tudo foi combinado e agora era só esperar a execução. Carol e Morgan nos disseram nos levariam até o tal Rei Ezekiel pra nos conhecer, e disseram que não sabiam se ele aceitaria participar da luta mas Morgan tinha esperança que sim. Quanto a Hilltop, ficou decidido que eu conversaria com Paul e ele conversaria com o líder deles.

Carol e Morgan foram embora logo depois da reunião, precisavam conversar com o tal Rei Ezekiel e disseram que como estavam de carro não teria problema. Não tive a chance de conversar com os dois fora da reunião, mas pelo que analisei parecem gente boa. Morgan parecia não gostar muito da ideia de uma guerra mas pelo visto acredita que é o único jeito, já Carol não falou muito e quando falava demonstrava que não desejava estava na ação mas ajudaria em assuntos que não envolvessem o confronto em si. Ela e Daryl se despediram com um abraço apertado, deviam ser bem próximos. Antes de seguir com Morgan ela chegou perto de mim e me pediu pra cuidar dele, fiquei confusa na hora e fingi que não sabia do que ela tava falando mas ela me falou que conhecia ele e que se ele confiava em mim então ela também confiava.

Fora essas coisas o clima que baixou em todos nós era de muito nervosismo. Uma guerra era uma guerra, não era uma coisa simples de se começar ou resolver. Não era minha opção preferida, mas se eu preciso entrar em uma guerra para proteger a minha família e as pessoas de Alexandria, então é isso que farei.

 

Era meu turno na vigia, comi alguma coisa e segui pra plataforma perto do portão pra render quem tava lá.

Me encostei em um dos cantos da plataforma e peguei minhas machadinhas, precisava polir. Minha mente não descansava um minuto, eu mal conseguia dormir e por isso tinha pego quase todos os turnos no muro essa semana. Era a quarta noite consecutiva que eu estava aqui, tinha cochilado um pouco depois da reunião mas nada demais, um sono muito leve e agitado.

Comecei a polir minhas machadinhas, eu tenho um cuidado meio exagerado com as minhas armas o que é culpa do meu pai e do exército.

-Você vai acabar ficando doente se não dormir.- Levei um susto com a voz de Daryl, ele subia a plataforma.

-Que susto Dixon.- Falei colocando uma mão no peito, ele sorriu de lado discreto. -E você? Porque não ta dormindo também?- Ele olhou pra rua e suspirou dando de ombros. -Devia tentar dormir, quem sabe assim seu humor não melhora?- Provoquei.

Daryl andava mais rabugento do que algumas semanas atrás, e quando não estava rabugento ele se fechava e eu ficava de lado.

Ele olhou pra mim e soltou uma risada nasalada.

-Meu humor ta sempre normal.

-Ah claro. Diz isso porque não é você que aguenta as próprias farpas.- Revirei os olhos teatralmente.

-Tanto faz.- Deu de ombros de novo e meu sangue ferveu.

Respirei fundo e contei até dez. Não ia valer a pena ser grossa por bobagem.

Sentei no canto da plataforma e continuei meu trabalho de polir as machadinhas. Daryl continuou imóvel olhando pra rua.

De vez em quando olhava de relance pra ele, confusa e confesso que cheia de vontade de agarrar aquele homem. Daryl não dava muita abertura pra termos um real momento juntos que nem casais normais, não que fossemos um casal mas quase isso. Eu tinha percebido que esse jeito dele tinha fundamento mas ele não me contaria tão cedo. Não chegamos nos finalmente ainda e isso por culpa dos dois, porque sempre que caminha pra isso paramos de nos beijar e cada um vai pro seu canto. Parecia que ele tinha receio de fazer qualquer coisa além de beijar, o que pra mim era engraçado já que Daryl parecia alguém que sabia muito bem o que fazer.

Ele se mexeu e eu o observei pelo canto do olho se sentar próximo de mim, não tirei os olhos do que fazia. Daryl pigarreou e se mexeu inquieto. Coloquei uma machadinha de lado e peguei a outra.

Lembrei de Maggie falando numa conversa que ela me perguntou como ia minha vida sexual, e quando eu respondi que ainda estava no zero a zero ela falou “Não sei porque estão demorando tanto, é o fim do mundo e vocês deviam aproveitar.”

Paul me visitou na semana passada e quando eu contei que o cara de quem eu falei era Daryl ele gargalhou e disse que ia ser engraçado eu toda mandona tentando domar um cara que era tão cabeça dura quanto eu.

Minha intenção não é bem domar ele, quero só entender e mostrar que ele pode se abrir comigo. Me apeguei tanto a ele durante esse mês que ver que ele parece ter alguma coisa pra contar mas não consegue me deixa frustrada.

-Acha que vai dar tudo certo?- Perguntei quebrando o silêncio.

-Não faço ideia.- Daryl resmungou mexendo na crossbow.

-Eu tô meio nervosa.- Ri fraco. -Nunca fiquei assim pra missão nenhuma, mas tô pra essa.

Ele parou de mexer na crossbow e me olhou daquele jeito que parecia que despia minha alma, e com certeza ele fazia isso. Eu me sentia completamente exposta e entregue quando ele me olhava nos olhos.

-Não precisa ficar nervosa, vou cuidar de você lá.

-Vai?- Perguntei com a voz baixa me sentindo ridícula. O que foi isso Arizona? “Vai?” Quantos anos você tem?

Daryl assentiu e colocou a crossbow de lado. Cheguei mais perto dele e segurei sua mão.

-Sabe, eu sei me defender Dixon.- Falei levantando uma sobrancelha o olhando de lado.

Ele olhou pras nossas mãos juntas e sorriu de canto, um sorriso discreto.

-Eu sei que sabe.

Fiz um carinho em sua mão com o polegar e encostei minha cabeça no ombro dele. Daryl claramente não sabia como agir, ou se deveria agir, mas não importava porque nesse momento eu só queria agir como uma adolescente.

Suspirei e fechei os olhos, eu me sentia calma e protegida. Minha mente pela primeira vez na semana estava vazia, eu só pensava nos olhos dele agora. Antes da inconsciência me levar senti um beijo no topo da cabeça.

 

Acordei com um barulho de carro, abri os olhos e percebi que continuava encostada no ombro de Daryl e ele também dormia. Levantei a cabeça devagar e olhei meu relógio, eram quatro da manhã quase cinco. Daryl acordou quando me mexi, sorri pra ele e dei um selinho demorado. Me levantei olhando para o portão de Alexandria, tinha um carro do lado de fora e dentro dele Paul acenava pra mim sorrindo, sorri acenando de volta.

-É o Paul.- Daryl grunhiu e fechou a cara.

-Dá uma chance.- Falei rindo começando a descer a escada.

Abri o portão com Daryl logo atrás de mim.

-O que você ta fazendo aqui essa hora?- Perguntei quando fechei o portão depois dele entrar.

-Tava com saudade.- Respondeu fechando a porta do carro. Rolei os olhos e ri, Daryl bufou.

-Que gracinha, mas tem mais algum motivo?

-Você não é nada sensível Angel. Sim, Negan está nos pressionando.- Ele mudou de expressão ao dizer aquilo.

-Pressionando?- Daryl perguntou.

-Ele não quer que Hilltop tenha mais relações com Alexandria, e ameaçou Gregory.- Olhei pra Daryl significativamente, ele assentiu e foi chamar Rick.

-Isso já passou dos limites, eles não podem simplesmente nos impedir de nos relacionar com outras comunidades.- Falei nervosa cruzando os braços.

-Também acho.- Paul disse encostando no carro, suspirei e o encarei. -Você tem alguma coisa pra me falar.

-Tenho.- Ele me conhecia as vezes mais do que eu mesma.

-Vai em frente.

-Estamos planejando um ataque aos Salvadores.- Falei de uma vez.

-Angel.- Paul começou.

-Eu sei o que vai dizer, é perigoso e pode custar a vida de muita gente.

-Eu não ia dizer isso.- Falou rindo, o olhei confusa. -Ia dizer que devemos nos juntar.

-Nossa, então poupou o trabalho de te convencer.- Ri me encostando do carro no lado dele.

-Sua tarefa era essa?

-Uhum, e eu disse que ia ser moleza.- Falei sorrindo.

-Até parece que sou tão fácil assim de convencer.

-Paul, por favor né, eu consigo sempre tudo o que quero com você.- Ele riu e passou um braço pelo meu ombro.

-Como vai o Connor?

-Na mesma.- Dei de ombros. -Ele não fala, só fica preso nos pensamentos dele e não se abre comigo. Eu tô sem dormir de tão preocupada

-Talvez você tenha que pressionar um pouco mais.

-Deixa mais essa semana passar.

-E como ta você e o caipira?- Implicou.

-Não chama ele disso, eu também sou uma caipira.- O empurrei de leve rindo. -Acho que estamos bem, é muito confuso o que a gente tem.- Franzi a testa. -Não é bem um relacionamento.

-Vocês tem um tipo de relacionamento sim, só não é bem definido.

-É, acho que sim.- Encarei o chão.

-Arizona, não está com medo disso, está?- Paul perguntou me fazendo olhar pra ele levantando meu rosto. Mordi o lábio nervosa.

-Sabe como me sinto sobre essas coisas. Quero e não quero me entregar, você sabe.

-Vem aqui.- Me puxou pra um abraço me envolvendo e apertando de leve. -Não se prive, sabe que ele ia dizer a mesma coisa.

Sorri triste me encolhendo mais no abraço do meu melhor amigo. Ficamos assim durante um tempo, e nos soltamos quando Daryl voltou com Rick. O primeiro com uma cara emburrada que chegava a ser engraçada.

-E aí Rick?- Paul cumprimentou o outro.

-Paul.- Rick acenou com a cabeça. -Daryl disse que os Salvadores ameaçaram Hilltop de novo.

-Sim, eles deram chegaram lá ontem querendo falar com Gregory. O tal do Simon disse que queria conversar em particular, e quando saiu do gabinete encontramos Gregory todo machucado. Ele contou como foi a conversa e ta muito tentado a ceder, mas não acho que seja o certo.

-Nós pensamos em algumas coisas, mas acho melhor você conversar com Arizona sobre isso.

-Ele já aceitou.- Rick me olhou e piscou duas vezes, surpreso com a rapidez.

-Bom, então nesse caso podemos passar a missão. Acha que Gregory vai aceitar? E o resto de Hilltop também.- Perguntou trocando o apoio de perna.

-Antes de vir pra cá fizemos uma reunião, eu disse que conversaria com vocês e que acharíamos um jeito de resolver a situação com os Salvadores. As pessoas lá não aguentam mais trabalhar pra se sustentar e sustentar outro grupo em troca de não morrer, então não foi difícil convencer eles de que temos que fazer alguma coisa.- Paul contou e troquei olhares com Rick. Era de se esperar que eles também não aguentassem mais, ainda mais por estarem nessa situação a mais tempo que Alexandria.

-Vem comigo Paul, vou te passar tudo sobre as missões.- Rick fez um movimento com a cabeça indicando pra Paul o seguir.

-Depois encontro você Angel.- Me deu um beijo na bochecha e seguiu com Rick.

Olhei pra Daryl e sorri, essa minha tarefa estava concluída.

-Vou voltar pro posto de vigia, você vem?- Ele resmungou um “sim” e fomos em direção a plataforma.

Subi e conferi do lado de fora dos muros, tudo calmo. Me estiquei espreguiçando e me encostei no canto da plataforma. Daryl me encarava daquele jeito invasivo, e parecia querer dizer alguma coisa.

Desviei o olhar sentindo meu rosto esquentar e encarei a rua.

-Por que Angel?

O olhei com um sorriso de canto.

-Paul me deu esse apelido quando nos conhecemos. Lembro que meu ex noivo me levou pra conhecer o melhor amigo, fomos pra um pub no centro de Washington que era onde estávamos por um tempo e quando ele nos apresentou Paul me chamou de Angel.

-Mas por que?

-Ele disse que meu ex tinha falado milhares de vezes pra ele que eu parecia um anjo, e que quando me viu entrando teve que concordar. No começo eu fiquei muito sem graça, mas acabei acostumando.- Sorri lembrando do dia que conheci Paul, e lembrando do que nos juntou.

-Qual era o nome dele?- Daryl perguntou cauteloso.

-Mark.- Falei percebendo que era a primeira vez que eu falava o nome dele em voz alta em muito tempo.

-Você o amava?

-Amava.- Sorri, Daryl olhou pra rua franzindo levemente a testa. -Mas hoje sei que Mark entrou na minha vida pra me fazer aprender muitas coisas, e dar valor a vida. Você já se envolveu com alguém assim?- Perguntei inclinando a cabeça pro lado.

Ele me olhou e assentiu mas continuou quieto.

-Uma outra hora eu te conto.- Falou baixo. Desencostei do cantinho da plataforma e me coloquei do lado dele.

-Quando quiser.- Sorri de lado tirando o cabelo dos olhos dele. Me estiquei um pouco e dei um beijo nele, calmo e suave.

-Arizona.- Ouvi a voz de Trevor e me afastei de Daryl. Ele olhava pra mim com uma cara de “eu sabia”.

-Eu.- Falei sentindo meu rosto corar.

-Vim te render, você precisa dormir. Mas acho que não ta tão cansada assim.- Levantou uma sobrancelha.

Olhei pra Daryl, ele estava tão sem graça que acho que se pudesse cavava um buraco e se escondia lá.

-Ah, tudo bem. Vou pra casa então.- Desci da plataforma, Daryl desceu junto. -Paul está aqui, conversando com Rick.- Tentei disfarçar e falhei miseravelmente.

-Eu vou indo.- Daryl falou e quase saiu correndo em direção a rua das nossas casas. Prendi uma risada, um homem daquele tamanho com vergonha do meu irmão mais velho.

Trevor me encarava de braços cruzados, esperando eu começar a falar.

-O que?- Perguntei cínica.

-Como isso aconteceu?- Devolveu com outra pergunta, mas ele parecia até feliz.

-Sei lá.- Dei de ombros. -Só rolou.

-Hm, preciso ter uma conversa com ele?- Perguntou sério, eu gargalhei.

-Pelo amor de tudo que é mais sagrado né Trevor, não. Claro que não. Eu tenho vinte e cinco anos e Daryl é mais velho que você.

-Por isso mesmo, ele é bem mais velho. Tenho que ter certeza que não vai fazer nenhuma merda contigo.

Revirei os olhos e me mexi inquieta.

-Você pode ficando na sua, pode deixar que qualquer coisa eu te aviso.- Falei rindo. -Agora se me dá licença eu vou pra casa tentar dormir.

-Sei.- Estreitou os olhos.

-Tchau Trevor.- Falei saindo de perto dele.

-Juízo Arizona King.- Falou subindo a escada da plataforma.

Ri olhando pra frente balançando a cabeça e segui pra minha casa.


Notas Finais


Estou falhando em postar mais que um capítulo por semana, espero que me perdoem amores. Esse final de período tá bem tenso, e acho que só vou conseguir postar mais que um por semana nas férias. E como tá pertinho, logo logo vai ter overdose de Nana pra vocês hahahaha
E entãaaao, gostaram?? Carol e Morgan apareceram finalmente. A história da Nana com o ex Mark vai ser explicada mais pra frente, acho que perceberam que não é muito fácil pra ela falar dele e tem um porquê.
E o que falar do Paul, sempre amorzinho né? AMO <3 hahahaha
Bom amores, qualquer erro ou sugestão só me falar!!
Até o próximo,
Xx


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