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História Invictus - O Plano


Escrita por: thisislari

Notas do Autor


Oláaaaa!! Capítulo acabando de sair do forno da minha cabeça pra vocês!! A calmaria antes da tensão hahaha
APROVEITEEEEM <3

Capítulo 18 - O Plano


Fanfic / Fanfiction Invictus - O Plano

 

 

POV Arizona


 

Reunião sobre a estratégia, ajudar nos muros, fica um pouco na vigia, fazer almoço pra família.

Eram só meio dia e eu já estava exausta. Fechei a panela e ouvi o batalhão entrando em casa. Todos imundos.

-Nossa Nana, que cheiro bom.- Trevor chegou já querendo abrir a panela. Bati na mão dele.

-Vai se lavar primeiro.

-Posso lavar as mãos na pia da cozinha.

Lancei um olhar mortal a ele, que riu levantando as mãos e saiu da cozinha.

-Vocês três também, eu quero todo mundo limpinho.

Os outros três saíram reclamando da cozinha me fazendo rir.

Não demorou muito e voltaram todos devidamente limpos, parecendo pessoas civilizadas.

-Pronto general, mais alguma coisa?- Trevor debochou dando uma voltinha.

-Já que mencionou, a louça é sua.

-Que?- Ele exclamou sob as risadas dos mais novos.

-Devia ter ficado quieto.- Dakota falou se sentando à mesa.

-Bem feito.- Oliver disse rindo. -Nana, o que tem pra comer?

-Espaguete.- Respondi colocando a panela no meio da mesa.

Começamos a comer, e o silêncio reinava.

-Ta bom, chega.- Falei largando os talheres fazendo meus irmãos me olharem assustados.

-Aconteceu alguma coisa?- Trevor perguntou confuso.

-Sim, acho que trocaram meus irmãos porque vocês estão estranhamente quietos.

-Eu só tô pensativa.- Dakota falou.

-Apaixonada.- Oliver provocou e ela rolou os olhos.

-Não tô não.

-Ta sim.

-Ok, Dakota ta apaixonada. Oliver, e você? Você nunca fica quieto assim, muito pelo contrário.

-Sei lá.- Deu de ombros. -Ninguém fala nada, então eu não quis falar também.

-Trevor.

-Tô pensando na estratégia.

-E Connor?

-Não é nada.

-Nada, sei.

-É sério Arizona, eu não tenho nada. Por que eu tenho que ter alguma coisa?

-Porque você ta todo esquisito desde que voltou.- Dakota falou baixo dando de ombros.

Connor bufou.

-Não entendo porque não quer falar o que tá te deixando assim.

-Porque não.

-Ta bom, chega.- Trevor falou mais alto. -Podemos ter um almoço normal? Eu tenho coisa demais na cabeça pra ouvir vocês discutindo agora.

-Você não ta preocupado Trevor? O Connor mal fala desde que voltou.

-Quer saber, eu vou comer em outro lugar.- Connor levantou pegando o prato e subindo as escadas.

-Ah ótimo.- Falei sentindo a raiva como uma corrente elétrica pelo meu corpo.

-Deixa ele Arizona, uma hora ele fala.- Trevor disse acabando de comer e pegando mais.

-É Nana, o Connor vai ficar legal.- Oliver falou sorrindo.

Suspirei derrotada. Eu ia arrancar o que tava acontecendo dele, esse mistério todo estava me irritando e não era pouco.

 

Depois do almoço fui até o arsenal pra organizar e contabilizar as armas. Trevor ia ficar na construção do muro ajudando na segurança e me avisou que sairia mais cedo pra me ajudar. Eram muitas armas, muitas caixas de munição, muitos equipamentos. Isso era bom demais, eu me sentia viva perto de tudo isso.

Fiquei boa parte do dia dentro do arsenal sozinha, mas organizei tudo. Só faltava agora carregar mais algumas armas.

Era bom pra pensar. Eu andava me concentrando muito só em mim e Daryl, e andava esquecendo que tinha um ataque pra planejar. Não que eu reclame, porque adoro o que ta acontecendo entre nós é claro.

Minha mente nunca parecia que ia ter um momento de folga. Porque além de pensar no meu quase relacionamento, eu sempre me pegava pensando em Connor e no que ele escondia. Eu já tinha passado por torturas, e tinha sofrido na pele como era ser levada prisioneira. Só que o jeito como Connor estava agindo não me dava um bom pressentimento. Alguma coisa aconteceu lá além dele ter sido preso, porque se fosse só o trauma de ser levado e ficado longe ele já teria superado. Mas devia ser bem mais sério do que eu imaginava, e isso me assustava.

-Posso entrar?- Me virei vendo Michonne na porta.

-Claro.

-Vim te ajudar, Trevor pediu pra dizer que não vai conseguir vir.

-Ah, tudo bem. Eu já tô acabando, falta só carregar essas armas.

Ela ficou do meu lado e começou a carregar as armas junto comigo.

-Já contactou os seus amigos?

-Que?

-Seus amigos, Delta.

-Ah sim.- Balancei a cabeça. -Ainda não, mas hoje quando nos reunirmos na casa de vocês eu vou passar um rádio pra eles.

-E não tem perigo dos Salvadores ouvirem?

-É uma frequência fechada, é bem seguro.

-Desculpe, é que tô bem preocupada com isso tudo.

-Ta tudo bem, eu te entendo. Hoje em dia temos que tomar cuidado com tudo.

-Pois é.

-Vocês já enfrentaram coisa parecida né?

-Já sim, um homem que se intitulava Governador. Na época morávamos em uma prisão.

-Prisão?

-É. Eu conheci todo mundo lá, é uma história meio grande.

-Maggie já me contou uma parte. O que aconteceu?

-O cara chegou lá, louco por vingança. Me rendeu junto do Hershel, pai da Maggie e ameaçou matar todo mundo se não deixássemos a prisão pra ele.

-Nossa. E depois?

-Depois ele realmente explodiu uma parte da prisão, e na confusão acabamos nos separando. Eu, Rick e Carl conseguimos ficar juntos mas os outros tinham ido cada um pra um lado. Encontramos Daryl uma noite, quando uns caras tentaram fazer coisas horríveis. E depois reencontramos os outros em um lugar chamado Terminus, que também não era um paraíso.

-É, vocês devem ter tido dias bem agitados.

-Tivemos sim.- Ri baixinho, eu sabia como era a sensação. -Mas encontramos Alexandria, e achamos um lar depois de tudo.

-Só que agora tem um maluco ameaçando nosso lar.- Falei com raiva.

-Mas isso não vai ficar assim.

-Não mesmo.- Sorri pra ela, que retribuiu.

Terminamos de carregar as armas e guardamos todas em um lugar escondido dos Salvadores.

Bati minhas mãos e suspirei.

-Podemos ir pra reunião.

-Vamos então.- Mich disse saindo na frente.

Seguimos para a casa dela com Rick, começava a anoitecer.

Chegamos na casa encontrando todos já na sala. Rick, Abraham e Daryl conversavam em um canto. Trevor e Maggie estavam sentados num sofá conversando com Paul que estava apoiado no encosto. Rosita, Tara e Eugene pareciam entediados. Aaron falava com Tobin, e Spencer estava quieto encostado na parede.

-Ah chegaram, podemos começar.- Rick disse percebendo nós duas.

-Conversei com Rick hoje de tarde e chegamos em um início e meio de plano de ataque que acho que pode funcionar.- Trevor começou. -A ideia é primeiro reconhecimento de território. e pra isso alguém vai ter que seguir um dos caminhões dos Salvadores quando eles vierem pegar o carregamento.

-Eu não posso ser essa pessoa, porque eles vão dar falta de mim.

-Eu posso.- Paul disse levantando a mão. -Sou rápido e discreto, e eles não sabem que estou por aqui de qualquer jeito.

-Tem certeza que pode?- Michonne perguntou.

-Claro, vai ser moleza.

-Eu vou junto, já que fiquei por aqui da última vez.- Trevor falou. -Vamos ter que aproveitar a chance amanhã mesmo quando eles vierem buscar o carregamento.

-Tudo bem, acho que dá pra ir e voltar no mesmo dia. Negan disse que viria mais cedo, só nos resta esperar que seja verdade. Estejam preparados desde a hora em que acordarem.

Meu irmão e Paul concordaram com Rick, amanhã seria mais um daqueles dias tensos.

-Depois que tivermos a localização, usaremos uma abordagem ofensiva.- Trevor disse.

-Que quer dizer que iremos atacar no território deles, sem esperar eles chegarem aqui.

-Isso, pra isso vamos atacar de três direções. Vamos contactar o Reino e Hilltop já essa semana. Rick e Michonne irão encontrar Morgan na direção que ele nos falou da vez em que esteve aqui.

-E como vai ser a luta?- Tobin perguntou.

-Primeiro vamos eliminar o máximo de Salvadores que estiverem por lá, renderemos Negan, pegamos todas as informações possíveis sobre outras bases deles e o traremos pra cela.- Trevor respondeu.

-E depois?- Rosita perguntou.

Meu irmão trocou olhares comigo e entendi o que ele tinha planejado com Rick.

-Depois eu e Trevor conversaremos com ele.- Respondi.

-Com conversar você quer dizer..

-Interrogatório Aaron.

-Vão torturar ele?- Spencer perguntou.

Abaixei o olhar, o clima pesou.

-Eu acho justo.- Maggie disse. -Ele precisa pagar pelo o que fez. Não só conosco.

-Maggie tem razão.- Michonne falou concordando.

-Tudo bem, e depois disso?- Aaron perguntou.

-O manteremos preso.- Rick respondeu. -Agora, Arizona vai passar um rádio para os Delta.

Assenti e me dirigi ao rádio que estava em cima da mesinha de centro. Sentei nas minhas pernas, ajeitei o rádio e olhei as pessoas na sala.

-General Miller.- Chamei na frequência. Estática e nada. -General Miller.

Chamei mais uma vez.

-Ta ligado direito?- Trevor perguntou me fazendo rolar os olhos.

-Sim, está.

-Só perguntei.- Levantou as mãos rindo.

-Tenta de novo.- Maggie pediu.

-General Miller, aqui é a tenente King.- Falei pelo rádio mais uma vez.

-Tenente King, achei que tinha desistido de mim.- Ouvi a voz de Alex e olhei pra Paul, que levantou uma sobrancelha.

-Foster.

-Eu mesmo, o que posso fazer pra te ajudar?

-Chamar o general pra início de conversa seria bom.- A risada dele ecoou pelo rádio.

-Ele ta aqui do meu lado.

-Senhor.

-King.

-O senhor disse que era só chamar.

-E eu aguardei ansiosamente.- Alex falou. Bufei e olhei pra Daryl que trincou o maxilar. Ciúmes.

-Enfim, general precisamos da sua ajuda senhor. Vamos atacar os inimigos assim que pudermos e gostaríamos que viessem aqui pra conversar. Eu apresento o pessoal, e nosso líder.

-Estão naquele lugar que mencionou quando nos vimos?

-Sim senhor. Seria possível vir daqui dois dias?- Esperamos um pouco e ouvimos a voz dele saindo novamente.

-Tudo bem, nos veremos dentro de dois dias King.

-Certo senhor, estarei aguardando.- Falei sorrindo. -Câmbio desligo.

Coloquei o microfone do rádio no lugar e me levantei.

-Tudo certo.

-Ok, então amanhã Jesus e Trevor irão descobrir a localização dos Salvadores e no sábado receberemos a visita desse general. Eu vou com Michonne no domingo de manhã até onde Morgan nos disse pra ir e Jesus irá até Hilltop pra passar o plano pra eles. Todos de acordo?

Todos concordaram e então começamos a “levantar acampamento” pra ir pra casa e alguns pra ir pra vigia. Deviam ser umas oito e pouca e meus irmãos menores com certeza não tinham ido dormir ainda.

Enquantos os outros se dispersavam cheguei perto de Maggie e sorri.

-Amanhã eu tenho o dia livre pra te ajudar.- Falei.

-Me ajudar a ficar entediada? Só tenho analisado os planos de construção da antiga líder.

-Não me importo, eu preciso fazer alguma coisa além de bancar a dona de casa.- Maggie riu.

-Vou adorar a sua companhia. Acho que alguém ta meio emburrado.- Ela apontou com a cabeça pra onde um Daryl de cara fechada e braços cruzados encostado na janela estava.

-Ciúmes.- Ri. -Por causa do Alex, o engraçadinho que respondeu no rádio antes do general.

-Que bobagem.- Concordei. -Esse Alex é ameaça pra ele?

-Alex Foster? Nem pensar Maggie.- Balancei a cabeça rindo. -Você não faz nem ideia da metade da história, mas ele não é ameaça.

-Então diz isso pra ele.- Me empurrou de leve na direção do Dixon.

Cheguei perto de Daryl, ele me olhou e voltou a olhar pra rua.

-Ta tudo bem?- Perguntei.

-Uhum.- Resmungou.

-Hm, então não foi o Alex implicando comigo que te deixou assim?

Bingo! Ele trincou o maxilar e respirou fundo.

-Ele não é uma ameaça Daryl, acredite.

-Mas é bem engraçadinho. Eu vi no dia que encontramos ele.

-Não se preocupa com ele.- Cheguei mais perto dando um beijo na bochecha dele. -Dorme comigo hoje?

Ele relaxou um pouco e sorriu minimamente de lado assentindo.

-Vou só falar com Rick e podemos ir.

Fui até Rick que sorria pra mim.

-Fico feliz que Daryl encontrou alguém.- Falou. -Vocês fazem um casal bem legal.

-Obrigada.- Sorri. -Vim ver se precisa de alguma ajuda.

-Não, por hoje estamos tranquilos. Vá descansar um pouco.

Assenti.

-Então vou indo, nos vemos amanhã.

-Já vai Arizona?- Carl chegou perguntando com Judith no colo.

-Sim, tenho que colocar ordem lá no quartel. Aparece lá amanhã, Dakota gosta de fazer cookies, então vive fazendo e eu não sei como guardar aquilo tudo porque meus irmãos não estão dando conta de comer sozinhos. Só hoje ela fez duas fornadas.

-Ah, tudo bem. Eu na verdade já tinha combinado com ela de ir lá amanhã mesmo.

Rick sorria observando o filho corar.

-Tudo bem então, te vejo lá.- Sorri. -Vou indo lá, boa noite pra tudo mundo.- Falei mais alto recebendo resposta de quem tinha ficado.

Daryl se despediu rapidamente e saiu da casa junto comigo.

 

Depois de colocar o batalhão pra dormir, aguentar Connor se esquivando de novo e tomar banho muito bem acompanhada me deitei com Daryl na minha cama. Coloquei uma fina camisola que tinha achado nas gavetas e deitei de bruços fazendo a barra dela “sem querer” subir, atraindo o olhar de Daryl. Ele sorriu sacana e se ajeitou na cama.

-Você me contou a história da cicatriz, mas acho que não contou tudo.- Daryl disse. -Porque não parece muito uma cicatriz de tiro, é meio grande.

-Ficou me analisando no chuveiro Dixon?- Provoquei.

Ele me olhou como que pedindo pra que eu contasse, mas meio sem jeito. Fiquei surpresa que ele tivesse percebido isso.

-Não, não contei.- Falei sorrindo de lado. -Na mesma noite que levei esse tiro, fui capturada pelo inimigo e torturada por três dias. Mark me achou e quando estávamos saindo do galpão os homens chegaram e começaram a disparar. Um dos tiros pegou em mim, bem em cima de onde eles tinham feito um corte e os outros no Mark. Ele conseguiu atirar nos caras e conseguimos andar até o carro.- Respirei fundo e me virei de barriga pra cima. -Eu dirigi até um dos esconderijos que era ponto de encontro e acionei a unidade de evacuação, só que eles demoraram muito pra chegar e Mark acabou morrendo.

-Então você tem duas cicatrizes em uma?

-Isso mesmo.

Daryl ficou em silêncio, só me olhando.

-Você deve ta se arrependendo de estar comigo agora.- Ri. -Deve ta pensando que eu sou a garota com o passado mais agitado que você já conheceu.

Ele riu e pegou minha mão.

-Nunca vou me arrepender. Mas sim, seu passado parece ter sido agitado.

-Eu sou soldado, e venho de uma família de militares. Histórias de guerra são o que não faltam no currículo dos King.- Ajeitei minha cabeça no travesseiro e sorri pra ele. -Como era a sua vida antes do apocalipse?

Senti que ele hesitou um pouco.

-Eu não fazia nada demais. Na verdade vivia seguindo meu irmão pra todo lado.

-Irmão? Não sabia que tinha um irmão.- Sorri.

-Tinha.

-Ele morreu?- Daryl assentiu. -Qual era o nome dele?

-Merle. Eu sinto falta daquele desgraçado.

-Como ele era?

-Um babaca, sério. Merle era o filho da puta mais arrogante e estúpido que já conheci.

-Nossa.

-Mas ele morreu fazendo uma coisa boa.

-Ele morreu antes ou depois dos walkers?

-Depois.- Vi uma sombra de tristeza nos olhos dele. -Ele virou um, e eu o matei.

-Sinto muito.

Daryl deu de ombros e me abraçou.

-O que vocês faziam?

-Nada pra se orgulhar. Merle fazia umas merdas, e eu trabalhava numa oficina. Mas sempre que ele arranjava alguma coisa pra fazer, eu ia junto.

-Coisas fora da lei?- Perguntei divertida.

-Algumas sim.- Riu fraco. -Você deve ter tido uma realidade diferente. Bem estilo família americana.

-Por que diz isso?

-Palpite.

-Palpite certo.- Ri. -Estudei em uma escola da minha cidade, entrei pro exército e fiz faculdade enquanto estava lá mas não cheguei a terminar porque sempre tinha missões e eu acabava tendo que ficar uns meses fora. Medalhas de honra, tanto na escola quanto no exército. Meu pai foi Delta, meu avô foi Delta, meu bisavô foi do exército também; então eu segui os mesmos passos. Trevor também.- Olhei nos olhos dele. -Mas chega de falar disso né.

-Hm, alguma ideia do que fazer?- Perguntou maldoso.

-Várias.- Respondi mordendo o lábio depois.

-Mulher, não morde esse lábio.

-Você não manda em mim.- Respondi levantando uma sobrancelha. -Se quiser que eu pare, vai ter que ser bem convincente.

Daryl se moveu ficando em cima de mim bem rápido.

-Então eu vou ter que morder ele pra fazer você parar.

Sorri surpresa o encarando.

-Você não para de me surpreender homem.

Daryl riu rouco e atacou minha boca.

Era engraçado como íamos de um assunto sério pra um momento mais íntimo e daí pra puro desejo tudo em um piscar de olhos.

Sorri entre o beijo entrelaçando as minhas pernas em volta dele.

A noite ia ser bem longa.

 

Acordei dessa vez com Daryl ainda deitado, fiquei olhando ele dormir e ri quando acordou e ficou vermelho percebendo que eu o observava. Ficamos uns minutos na cama e logo ele foi procurar ajudar em alguma coisa.

Tomei café com meus irmãos e recebi Carl na porta procurando por Dakota, depois disso fui até a dispensa pegar algumas coisas pra casa.

Estava agora voltando pra casa pra guardar tudo e ir encontrar Maggie.

-Eu ajudo.- Spencer chegou perto fazendo menção de pegar a caixa das minha mãos.

-Não, obrigada. Mas eu consigo me virar.- Esquivei e continuei andando.

-Te perdi pro caipira mesmo.

Parei e o encarei.

-Pra ter me perdido você precisava ter tido a mim algum dia, o que não aconteceu.

-Porque você não deu chance.

-Eu era recém chegada.- Voltei a andar.

-Mas não hesitou em dar uma chance pro caipira.

-Para de chamar ele assim.- Falei com raiva colocando a caixa no chão.

-Mas é isso o que ele é. Minha mãe dizia ver alguma coisa de diferente nele, acho que era só a cara de quem tinha acabado de sair da prisão.

Não aguentei e dei um soco no meio da cara dele. Spencer cambaleou e me encarou com raiva. As pessoas pararam o que faziam e nos olhavam.

-Cala essa boca seu imbecil. E pra sua informação, eu também sou uma caipira. E nem se Daryl não existisse seria louca de dar chance pra você.- Esbravejei.

Spencer tentou avançar pra me agarrar mas eu o imobilizei com uma chave de braço e o derrubei no chão o segurando.

-Fica longe de mim.- Rosnei no ouvido dele e levantei dando um chute no meio das pernas dele.

Peguei minha caixa do chão e continuei meu caminho como se nada tivesse acontecido.

 

Terminei de arrumar as coisas nos armários e ouvi batidinhas no batente da cozinha.

-Soube que deu uma liçãozinha no Spencer.- Paul disse sorrindo.

-Ele mereceu.

-Você é minha heroína.- Riu pegando uma maçã.

-Ei, alguém ta com ciúmes do Alex.

-Não! Daryl ta com ciúmes?- Perguntou e riu quando confirmei. -Já contou pra ele a história?

-Ainda não, tô achando divertido.

-Você é uma criatura terrível.

-Uma hora eu sou sua Angel, na outra heroína e logo na outra sou uma criatura terrível?

-Pois é, pra você ver a dinâmica de te amar.

Dei língua o fazendo rir.

-Promete pra mim que vai tomar cuidado hoje.- Pedi ficando séria.

-Claro que prometo Angel, eu vou voltar super bem.

-E Trevor também, não o deixe fazer nenhuma besteira.

-Pode deixar.- Bateu continência me fazendo rir.

-Tudo bem, agora vamos comigo visitar a gravidinha mais linda desse lugar.

-Tô fazendo nada mesmo.

-Ah claro, só vem logo Paul Rovia.

O puxei pela mão e saímos indo encontrar com Maggie na casa dela.

 

-Ei Maggie.- Entrei na sala vendo que Maggie lia alguns papéis.

-Arizona, Paul, entrem e se sentem.

-Viemos ajudar.- Falei.

-Eu achei que ia passar o dia à toa. Arizona King, você me enganou.- Paul disse se fingindo indignado.

-Para de drama que eu não disse que íamos ficar sem fazer nada, só te chamei pra vir comigo.

-Viu? Ta aí a criatura terrível. Manipulando o melhor amigo.

-Não acredite nele Maggie.- Me defendi.

-Eu sou imparcial.- Levantou as mãos rindo.

-Como vão os planos de construção?- Perguntei.

-Muito bem. Já estou pensando em pôr alguns em prática assim que derrubarmos os Salvadores.

-Que ótimo.

-Posso dar uma olhada?- Paul perguntou.

-Claro.- Maggie entregou alguns papéis pra ele.

Paul analisou um pouco e sorriu de lado.

-Você quem projetou isso Maggie?

-Que? Eu? Não todos, eu fiz uns ajustes em alguns e acrescentei algumas outras ideias só.

-São impressionantes.

-Obrigada.

-Maggie tem cada ideia incrível, Rick disse que ela é o cérebro de Alexandria.- Comentei.

-Só quero ver esse lugar crescer.- Ela disse sorrindo.

-E se depender de você, Alexandria vai se tornar uma comunidade incrível.- Paul disse.

-Dá até pra um chato se mudar pra cá.- Impliquei.

-Seu sonho de me ver morando na casa da frente ia se realizar Angel.

-Podemos nos concentrar em ajudar a Maggie, Sr. Ego Enorme?- Ele riu.

-Ok, prontos pra analisar alguns projetos até a hora do almoço?- Maggie perguntou nos entregando algumas folhas e lápis.

-Mãos a obra então.- Paul disse e começamos a ler os papéis.

Seria um tipo de distração até que eu tivesse que aguentar Negan mais uma vez.

E agora depois do pesadelo que tive, algo me dizia que meus calafrios só piorariam.


Notas Finais


Que acharam? Gostaram? Algum erro? Só falar!!
Como já avisei, momentos de tensão virão pela frente haha
Sou boazinha alertando né?
Contem pra mim o que acharam desse capítulo!!
O próximo tá todo na minha cabeça e agora só falta montar, então talvez(só talvez) saia antes de sexta-feira! E esse saiu com um diazinho de atraso, então sorry!
Obrigadinha por acompanharem a Nana!!
Até o próximo darlings,
Xx


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