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História Invictus - Tudo se acertando - parte 2


Escrita por: thisislari

Notas do Autor


OLÁAAA
Como vão??
Tô aqui chegando com um capítulo fresquinho e cheio dos nossos ships amados!!
Aproveitem!!

Capítulo 27 - Tudo se acertando - parte 2


Fanfic / Fanfiction Invictus - Tudo se acertando - parte 2

 

 

POV Arizona


 

Certas coisas que o exército fazia sempre ficavam em segredo. Tortura era uma delas. Todos nós da divisão Delta havíamos sido treinados para suportar tortura, e também treinados em técnicas de tortura. Não era uma solução que eu gostava muito. Mas hoje eu estava de total acordo.

Depois de amarrar Negan, Trevor abriu a maleta e pegou um aparelho de choque.

-Você pode colaborar e nos dizer onde estão localizados seus postos avançados, ou você pode não querer ajudar. Mas no segundo caso vai ser pior pra você.

Meu irmão falava com a voz mais grave, e uma veia saltava no seu pescoço.

-Você querendo ou não, vamos encontrá-los.- Rick disse. -Só que você falando, não precisamos apelar pros seus homens.

Negan, que encarava um ponto no chão, levantou a cabeça pra encarar Rick e sorriu debochado.

-Não sou só eu que preciso de alguém fazendo o trabalho sujo pelo jeito.

Meu irmão acertou um lado do rosto de Negan com um golpe, o que o pegou de surpresa.

-Rick não usou do medo e do mau caráter pra me convencer de fazer nada. Eu mesmo dei a ideia de te dar uma lição.

-Uma lição?- Negan riu. -Vocês são muito ingênuos. Acham mesmo que essa de lado mau e lado bom ainda existe no mundo? Eu só fiz o que era mais inteligente, e com certeza meu grupo não é o único no mundo a pensar assim. Sobrevivi até agora, e mantive a segurança de todos da minha comunidade. Consegui fazer o que o governo vinha fazendo com a humanidade há décadas, mas de um jeito um pouco mais divertido. Vocês acham que sendo fracos como são, vão conseguir alguma coisa? O mundo não é mais o mesmo, e devemos nos adaptar a ele.

-Escravizando pessoas?- Eu intervi atraindo a atenção dele pra mim. -Você é um doente.

Negan se calou.

-Você ta errado.- Trevor falou. -Não somos fracos.- Meu irmão largou a arma de choque e se aproximou bem de Negan. -Você é o covarde aqui.

E então o acertou no rosto de novo.

 

Não assisti toda a sessão de extração de informações. Saí dali em busca de Maggie, não tinha conversado com ela desde que voltei pra casa.

Ela tinha se tornado uma amiga tão querida, e eu queria saber como estavam ela e o bebê. Caminhei até a casa vizinha a minha, encontrando Maggie na varanda. A barriga dela já estava bem grande, linda demais. Maggie me viu chegando e sorriu.

-Oi.- Falei subindo as escadas.

-Arizona.- Ela me abraçou. -Vem, vamos sentar.

-Vim te visitar, saber como ta esse bebê e a mamãe.- Disse me sentando.

-Eu tô muito bem, e meu bebê também. Aliás, o doutor conseguiu ver o sexo dele hoje de manhã.

-Ah jura?- Perguntei animada. Maggie assentiu. -E então…

-É um menino!!

-Ah parabéns Maggie.- A abracei.

-Eu ouvi que vamos ter um pequeno bravinho?- Daryl chegou perguntando.

-Ouviu sim.- Maggie disse levantando e abraçando ele.

-Bravinho?- Perguntei sorrindo.

-Daryl chamava a Judith de Bravinha quando ela nasceu.- Maggie explicou. -Era uma graça o jeito que ele tinha com ela.

Olhei pra ele, Daryl ficou um pouco vermelho e sorriu de lado.

-E você?- Maggie falou. -Como está depois da sua aventura super arriscada?

-Eu tô legal. Com dores, mas bem.

-Daqui a pouco ta querendo sair em missão, só passou um dia desde que ta de repouso.

-É melhor ela nem pensar nisso agora.- Daryl diz em meio a um resmungo.

Maggie fez uma cara engraçada pra mim.

-Você não tem noção do quanto esse cara aqui ficou nervoso.

-Imagino.

-Ok, vim aqui só pegar a crossbow.- Ele falou escapando do assunto.

-Onde vai?- Maggie pergunta.

-Vou com Abraham até a área de construção.- Diz Daryl e entra na casa.

-Já pensou no nome?- Perguntei fugindo do assunto.

Ela meneou a cabeça e deu de ombros.

-Pensei em algumas opções, mas ainda tô muito em dúvida.

-Qualquer coisa pede minha ajuda, eu preciso ocupar a minha cabeça.

Daryl passou por nós de novo, me dando um beijo rápido na testa.

Ela assentiu sorrindo.

-Onde está seu irmão?

-Qual deles?- Perguntei já sabendo a resposta.

-Trevor.

A olhei sorrindo de lado.

-Que?

-Por que tão interessada em saber do Trevor?

-Ah, só por saber. Quero contar pra ele que meu bebê é menino.- Falou meio atrapalhada.

Eu vinha notando um interesse de Trevor por Maggie, e pelo jeito era correspondido. Pelo menos um pouco. E isso era bom. Meu irmão merecia achar alguém tão incrível quanto ele. E Maggie merece a chance de recomeçar também.

-Sei.- Falei.

-É sério Arizona.

-Mas eu não disse nada demais.- Falei rindo levantando as mãos.

Ela rolou os olhos, e corou um pouco.

-Como acha que vai ser daqui pra frente?- Perguntei me referindo a tudo.

-Acho que as lutas não acabaram. Mas vamos conseguir sobreviver ao que vier.

-Também tenho essa sensação. Só que, Negan falou umas coisas que não saem da minha cabeça.

-Que coisas?

-Ele falou umas coisas sobre o mundo não ter mais lado bom ou mal, que nós somos fracos.

Maggie me olhou.

-Não somos os fracos. Não deixa as palavras daquele psicopata te confundirem Arizona.

-Eu sei.- Suspirei. -Só que.. Os Salvadores com certeza não são o único grupo que acha que ser cruel hoje em dia é normal. O que me preocupa é quando encontrarmos essas outras pessoas. Será que vamos ser fortes o suficiente pra lutar contra eles também?

-O futuro é um mistério. Mas temos uns aos outros, somos uma família e só isso já nos torna mais fortes que tudo.

Olhei pra rua. Aos poucos retomaríamos nossas vidas. Era hora de pensar no futuro, e eu não sabia o que pensar sinceramente. O futuro me assustava, sempre me assustou. E um futuro em um mundo como esse me assustava ainda mais. Meus irmãos estavam bem, e seguros até o momento. Era hora de focar em treinar Oliver, ele precisa saber se defender.

-Vamos comer alguma coisa? Tô com fome.- Maggie disse passando a mão na barriga e se levantando.

-Comida, quero.- Segui atrás dela.

 

POV Daryl

 

Cheguei com Abraham na área de construção, e tudo parecia tranquilo.

Maggie ia ter um menino. Um mini Glenn com certeza. E eu vou proteger essa criança, e vou ensinar tudo que sei. Ele e a Bravinha são a chama de esperança, eles representam que tudo vai ficar bem.

-Acho que agora tudo vai andar pra frente.- Abraham disse olhando pra frente.

Segui seu olhar, ele encarava Sasha.

-Não pensa nisso?

-Nisso o que?- Resmunguei.

-Seguir a vida.- Falou e olhou pra mim. -Dar continuidade a tudo. Uma família talvez.

Não respondi. Não tinha chegado a esse nível de discussão com Arizona. Até porque ficamos juntos em um momento que não sabíamos nem se íamos sobreviver a um ataque dos Salvadores, quanto mais pensar em um futuro com filhos. Sem contar que eu não conseguia me imaginar como pai. Não tive um bom modelo, e tinha medo de não conseguir um dia ser um pai melhor que o meu se viesse a ter um filho. Também não sabia se Arizona pensava nisso, nem se ela tinha vontade de começar uma família.

-Acho que não tô nessa fase.- Respondi baixo.

Abraham soltou um riso nasalado.

-Eu tenho pensado muito nisso.- Olhou de novo pra Sasha.

-Vocês…- Apontei de um pro outro.

-Não sei direito.- Ele deu de ombros acendendo um charuto. -Mas espero que sim.

-Daryl, Abraham.- Rick se aproximou. -Trevor deixou Negan desacordado, vamos tentar de novo amanhã.

-Ele conseguiu extrair alguma coisa do filho da puta?- Abragam pergunta.

-Nada. Mas alguns dos homens dele que capturamos resolveram ceder. Temos número, quatro.

-Quatro postos avançados? Rick, temos armamento suficiente pra isso?- Perguntei.

-Temos. Mas não quero arriscar, precisamos pensar em um plano que não gaste muito os nossos recursos.- Ele respirou fundo. -Mas não vamos pensar nisso mais por hoje, vamos esperar os militares voltarem.

Concordamos.

-Tudo tranquilo por aqui?

-Sim, na verdade essa parte da extensão ta quase pronta.- Abraham respondeu.

-Isso é bom. As coisas estão nos trilhos de novo.- Disse e acenou saindo de perto.

Era bom todos estarem nessa atmosfera de esperança, e de que tudo ia começar a dar certo. Mas eu ainda sentia alguma coisa. Talvez ainda estivesse em alerta por ainda termos o que enfrentar, ou talvez porque ainda não caiu a ficha de que estamos seguros.

Abraham que estava certo. Pensando no futuro, fazendo planos e querendo uma família. Mas será que eu um dia estaria pronto pra pensar nisso? Eu não tinha parado pra pensar nesse assunto até agora. Eu e Arizona só estamos juntos, esse tipo de coisa nem passa pela nossa cabeça. O que importa pra nós dois é ficarmos juntos, e só. E ela tem os irmãos mais novos pra terminar de criar, acho que nem deve pensar em ter filhos.

Mas e se pensa? E se nós tivermos? Como seriam nossos filhos? Será que eles iam me amar? Eu seria um bom pai? Muitas perguntas, nenhuma resposta. Minha cabeça começou a doer um pouco.

Me imaginei segurando um bebê, olhos azuis. Talvez eles puxassem Arizona na cor do cabelo, ela é a única ruiva dos irmãos nunca se sabe. E se fossem parecidos comigo? Pior, se algum deles puxasse Merle? A reencarnação do meu irmão problemático, um presentinho de JC pra mim. Um castigo em forma de presente na verdade.

Pude jurar que ouvi a risada debochada do meu irmão. Ele diria ‘“Qual é maninho? Pensando em brincar de casinha agora? Sempre desconfiei desse seu lado mais delicado.” E então me chamaria de maricas, acenderia um cigarro e daria um gole em qualquer bebida que estivesse com ele.

-Daryl, você ta bem? Ta com uma cara engraçada.

-Que?- Balancei a cabeça. -Ah, to bem sim. Só to pensando numas coisas meio estranhas.

Abraham riu e voltou a tragar seu charuto.

-Toma cuidado pra não pensar demais meu amigo. Às vezes isso leva a loucura.

Não ia precisar muito pra isso.

Pelo jeito eu já estava ficando meio maluco mesmo.

 

POV Connor

 

A culpa me consumia. Arizona foi atingida por minha causa. Se eu não tivesse contado, ela não teria ido e nada teria acontecido com ela. Mas eu tinha que contar sobre aqueles momentos terríveis. Até agora não vi o desgraçado que me forçou, amarrado e fraco, a fazer o que ele queria. Tomara que o filho da puta tenha morrido.

O clima em casa e em Alexandria ia ficando mais leve aos poucos. Dakota pelo visto já estava quase que totalmente bem, já que voltou a fazer cookies. Ela tem uma ajuda extra, já que Carl ta caidinho por ela. E também tem o fato dela ser quase um raio de sol encarnado. Pra Trevor as coisas eram mais complexas, ele escondia o que sentia a maioria das vezes e nas vezes que não escondia, ele ficava um porre de chato. Oliver por outro lado era o mais transparente de nós; ele já estava bem melhor e isso era notável quando eu o vejo com outras crianças pela rua ou só brincando com a pequena Judith.

Depois que saí de casa, após contemplar a cena de Dakota e Carl em um momento quase romântico culinário, fui até a enfermaria tentar pegar algum remédio pra dor de cabeça. Tara me entregou o remédio, e agora eu estava só andando um pouco.

Parei no meio da rua sem reação melhor. Uma menina andava meio cabisbaixa pela calçada, e eu nunca tinha a visto por aqui. Devia ser uma das pessoas resgatadas. Me perguntei como ela não fazia parte do harém de Negan, como o próprio fez questão de me mostrar quando me sequestrou. Ela era linda, com certeza descendente de índios americanos e tinha um  andar alerta e desconfiado como uma raposa. A garota levantou o olhar, percebendo ser observada, e me olhou nos olhos.

Não sabia dizer se estava bem, mas eu estava começando a ficar. E depois dessa troca de olhar, eu com certeza ia ficar melhor.

 

POV Paul


 

Negan era tão frouxo que aguentou pouco tempo de surra e logo desmaiou. Trevor disse que voltaria no dia seguinte e tentaríamos tirar informações do líder dos Salvadores mais uma vez.

Eu agora não tinha nada pra fazer, então me sentei na calçada da casa de Arizona apoiando os cotovelos nos joelhos e a cabeça nas mãos. Paz de espírito era o que eu precisava, mas ainda estava muito tenso.

-Quer compartilhar suas preocupações?

Levantei o rosto vendo Alex parado com as mãos no quadril e um sorriso de lado.

-Você não tem outra pessoa pra encher o saco?

-Tenho, mas você perde a paciência mais rápido então é mais divertido.

-Eu perco a paciência rápido?

-Uhum.

-Sempre me disseram que eu sou é extremamente paciente.

Alex riu e sentou do meu lado.

-Comigo nunca foi.

-Ah deve ser porque você não é nem um pouco irritante né.

-Ou porque você me ama tanto, que só eu consigo te irritar.

-Cala a boca Alex.

-Não negou, eu sabia.- Ele riu. -Sabe o que eu tava pensando? Nunca mais comi chocolate.

-E…

-E que eu queria sair pra procurar.

-Chocolate? Com tanta coisa pra sair pra procurar, você quer sair pra procurar chocolate?

-Qual o problema?

Ri fraco.

-Nenhum. Só acho engraçado você pensar em uma coisa tão boba.

-Chocolate não é uma coisa boba.- Falou como se eu tivesse o ofendido. -Eu só acho que se queremos levar uma vida normal, devíamos nos preocupar com esse tipo de coisa. Tipo procurar um cd que goste, tentar achar um livro, ou invadir uma fábrica de doces.- Alex falava com um brilho de criança nos olhos. -A vida não tem que ser só estratégias pra procurar armas e comida sem graça, preocupações com os mortos e planos pra não morrer.

Foi inevitável sorrir. Ele continuava o mesmo cara. Não aquele das piadinhas dúbias, e dos comentários sarcásticos e egocêntricos. Era o Alex que eu descobri, e que quase ninguém conhecia. Era por esse cara que eu tinha uma vez me apaixonado.

-Que?- Perguntou me vendo o olhar sorrindo.

-Nada.- Olhei pra frente de novo.

-Você tava sorrindo pra mim.

Rolei os olhos.

-Esquece isso.- Falei.

Alex levantou.

-Minha meta do dia foi cumprida, já posso ir cuidar de outras coisas.- Disse suspirando teatralmente.

-Meta?- Levantei uma sobrancelha.

-Uhum, fazer você sorrir assim.

Fechei a cara.

-Ah para.- Fez um gesto com a mão. -Até parece que vai ser o fim do mundo.

Balancei a cabeça rindo.

Alex deu as costas e seguiu. Mas antes de dar o quarto passo parou e me olhou de novo.

-Paul Rovia.- Falou e sorriu. -Eu sei que nem tudo ta perdido.

Piscou e virou seguindo seu caminho.

-Você não existe Alex.- Sussurrei comigo mesmo e ri.


 

POV Trevor


 

Saí do porão onde ficavam as celas. Todos já tinham ido, mas eu fiquei mais uns minutos reforçando a fechadura e observando Negan desacordado.

Tortura era uma especialidade minha. Não que eu me orgulhe muito disso, mas era o tipo de coisa que quando tinha que ser feita eu o fazia com maestria. Só não esperava que ele fosse aguentar tão pouco.

Mais cedo naquele dia

Acertei o rosto do desgraçado pela quinta vez e ele continuava impassível. Golpeei seu abdômen e ainda nada. Olhei pra Arizona, ela parecia calma e me encorajou com um aceno de cabeça.

Peguei na maleta uma ferramenta usada pra dar pequenos impulsos elétricos que irradiavam pro corpo todo. Grudei os plugues nos braços de Negan e me afastei um passo. O filho da puta sorriu debochado. Coloquei o protetor de boca nele e então apertei o botão vendo ele se contrair. Quando soltei o botão, Negan me olhou já apresentando sinais de cansaço.

-Mas já?- Perguntei debochado apertando o botão mais uma vez. -Eu nem comecei direito.

Ele me encarou, e vi nos olhos dele o que todo homem cruel tentava esconder por trás das coisas horríveis que faziam. Ele tinha medo, e dor.

Agora

Negan era fraco. E mais que isso, tinha algo no passado dele que o fazia ser um covarde manipulador. Talvez descobrir isso fosse a chave para o ter na nossa mão de vez.

Guardei a maleta no arsenal e caminhei até a casa de Rick. Chegando na frente, bati na porta.

-Arizona?- Falei surpreso quando ela abriu a porta.

-Irmão.- Ela sorriu. -Errou de casa?- Perguntou debochada.

-A Maggie está?

Minha irmã me olhou sorrindo.

-Por que quer saber?

-Não é da sua conta.

Ela riu e deu passagem.

-Vem, ela ta na cozinha.

Fechei a porta e segui minha irmã até a cozinha. Maggie estava devorando um prato de panquecas,  sorriu parecendo um esquilo com as bochechas cheias quando me viu.

-Eu ia perguntar se tava tudo bem, mas já vi que ta sim.- Falei cruzando os braços.

-Ha ha ha.- Ela disse depois de engolir. -Como foi lá com Negan?

-Ele não falou nada. Apanhou quieto e acabou desmaiando.

Elas ficaram quietas.

-Mas não vim aqui falar disso.- Respirei fundo. -Vim te chamar pra dar uma volta.- Falei olhando pra Maggie.

-Hmm, uma volta?- Arizona disse implicando.

-Calada Arizona.- Ralhei.

Ela riu.

-Tudo bem, se Arizona não se importar.

-Jamais.- Arizona disse levantando as mãos. -Eu vou procurar Paul. Até depois.- Deu um beijo na bochecha de Maggie e passou por mim piscando um olho.

Pigarreei.

-Vamos então?

-Uhum.- Maggie disse indo na frente.

 

Depois de andar um pouco pelas áreas mais novas de Alexandria, onde tinha um espaço pra horta e um moinho, paramos no pequeno coreto. Maggie se sentou e suspirou.

-Sua barriga ta tão linda.- Falei me sentando do lado dela.

-Daqui a pouco ta enorme. Faltam quatro meses e meio agora, tô ficando ansiosa.

-E descobriu o sexo? Fiquei sabendo que foi se consultar hoje de manhã.

-Descobri sim, queria te falar isso.- Ela sorriu. -É menino.

-Menino?- Maggie assentiu. -Ah Maggie, parabéns.

Avancei pra abraçá-la mas hesitei. Ela percebeu e me puxou me abraçando.

-Obrigada.- Falou com a cabeça deitada no meu ombro.

Retribuí o abraço me sentindo leve.

Quando desfiz o abraço, Maggie segurou minhas mãos sorrindo pra mim. Ela olhou pra nossas mãos e fez uma careta. Olhei também percebendo que ela observava os hematomas causados pelos socos que dei em Negan.

-Não é nada.- Falei. Ela levou minha mão aos lábios e beijou.

Sorri de lado hipnotizado pelo sorriso que ela me deu depois e constatei o óbvio. Não era mais só atração, eu estava mesmo me apaixonando pela Maggie.

-Por que ta me olhando assim?- Ela perguntou corando.

-Você é tão linda.- Falei sem pensar.

Maggie sorriu sem graça e voltou a me abraçar.

Senti meu rosto esquentar. Bela hora pra começar a agir como um garotinho.


 

POV Arizona


 

Nada me dava mais certeza que as coisas iam se acertar aos poucos do que a risada do meu irmão mais novo que ecoava de dentro de casa.

-É Angel, vai ficar tudo bem.- Paul me disse sentado do meu lado na calçada. O achei ali quando saí da casa da Maggie.

Meu melhor amigo tinha razão. Eu ainda sentia que alguma coisa podia acontecer e nos surpreender. Mas sim, tudo ia ficar bem. Pelo menos até onde o destino permitisse.

Era fim de tarde, e um vento gelado cortava o ar. O inverno estava mais perto, mas dessa vez eu não tinha que me preocupar se minha família morreria de frio, tínhamos um teto. Um lar. Minha família estava bem. Eu estava bem. Alexandria ia sobreviver. E ao contrário do que Negan disse, nós não somos os fracos. Nós somos o tipo de pessoa que sobrevive aos momentos difíceis que a vida dá, somos os fortes e somos quem luta pra que o mundo não se afunde nas trevas. E vamos conseguir nos erguer.


Notas Finais


Que acharam?? Comentem, me deixem feliz!! Adoro ler e responder os comentários.
Obrigada por serem pacientes comigo haha Tô me organizando com a volta as aulas da faculdade ainda.
Shipp novo vindo aí?? Connor, Connor...hahaha
E Mavor amorzinho? AMO
Daryl pensando em babies hahaha, ele como pai ia ser uma graça.
Não teve momento Aryl exclusivo, porque como eu já disse quero mostrar o recomeço de vários pontos de vista.
Negan tem um passado que explica sua personalidade horrível.. Só digo isso haha. Ele ainda não teve tudo que merece, mas ainda tem bastante coisa pra acontecer né.
Esses capítulos são meio parados, admito. Mas é porque teremos um momento de calmaria por enquanto, vão acontecer coisas do cotidiano. Nem só de tretas vive TWD né gente? hahahaha Mas como eu gosto de treta, logo tem uma ;)
Se tiverem sugestões, ou queiram me avisar de algum errinho que passou batido é só falar!!
Vou fazer um esforço pra voltar a postar toda sexta!!
Até o próximo darlings,
Xx


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