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História Invictus - Bebês, chocolate e lembranças


Escrita por: thisislari

Notas do Autor


OI AMOREEEES!!
Chegando aqui atrasadinha mas no amô hahaha Sorry pelo atraso, mas esse capítulo tá amorzinho então acho que vale a pena né.
Aproveitem!

Capítulo 28 - Bebês, chocolate e lembranças


Fanfic / Fanfiction Invictus - Bebês, chocolate e lembranças

 

POV Daryl


 

Voltando do canteiro de obras, depois de ter eliminado um pequeno grupo de walkers que resolveu aparecer, descobri que tinha um arbusto de amoras perto do nosso muro e peguei algumas pra teimosa. Ela ia gostar de saber sobre esse arbusto, e com certeza ia acabar com todas as frutas dele.

O assunto sobre família não saía da minha cabeça, e piorou quando virei a esquina de casa e vi Arizona sentada na calçada com Judith no colo e o irmão mais novo correndo pelo gramado.

-Daryl.- Ela disse sorrindo quando cheguei perto. -Ta todo cheio de sangue.

-É, um grupo de walkers perto das obras. Mas demos um jeito.

Observei ela brincar com a Bravinha que sorriu pegando uma mecha do cabelo de Arizona. Sorri com a cena, ela ficava linda com um bebê no colo.

-Dixon, que cara é essa?- Jesus perguntou.

-Nada.- Balancei a cabeça. -Arizona, eu encontrei um arbusto de amoras.- Ela abriu um sorriso ainda mais lindo e me olhou.

Entreguei o lenço com as amoras pra ela.

-Vou levar um tiro pra ser mimado também.- Jesus disse pegando uma das amoras, fazendo Arizona rir.

-Se quiser, posso te emprestar um pouco da dor.

-Não, deixa pra lá.- Ele respondeu.

Arizona empurrou ele de leve e estendeu uma amora pra Judith que comeu e fez uma carinha engraçada.

-Hmm, amora é gostoso né Judith? Amora.- Repetiu pra Bravinha que riu.

-Amora.- Ela repetiu.

Olhamos todos pra pequena, os olhos de Arizona brilhavam.

-Ah, não acredito que te ensinei uma palavra!!- Arizona falou beijando a bochecha de Judith, que soltou uma risada estridente.

Droga, agora eu não ia mesmo parar de pensar em filhos.

-Eu vou tomar um banho.- Falei seguindo pra casa.

Passei por Michonne na porta de casa, ela sorria como se soubesse o que se passava na minha cabeça.

-Que é?- Falei entrando.

-Nada.- Ela riu e saiu de casa.

Respirei fundo e subi as escadas. Um banho ia tirar essas coisas da minha cabeça.

 

POV Trevor

 

Ficamos sentados em silêncio por muito tempo. Mas era bom, não era um silêncio constrangedor ou que incomodava. Maggie vez ou outra alisava a barriga, o que me fazia sorrir e lembrar de Ellie pouco antes dos dias ruins.

Era louco, mas eu sentia que estava recebendo a chance de fazer por Maggie o que não pude fazer por Ellie e Isaiah. Ela tinha perdido o marido, eu minha esposa e filho. Eu me sentia impulsionado a cuidar dela. Mesmo que Maggie não seja bem o tipo de mulher que precisa ser cuidada e protegida, ela era como Arizona e por isso se davam tão bem.

Hoje era um daqueles dias de calmaria antes da tempestade. A guerra não tinha acabado, e agora ia ser mais complicado já que os postos avançados já deviam estar se preparando pra nossa próxima visitinha. Mas que se danem esses putos, eu estava genuinamente feliz pela primeira vez em muito tempo e não ia deixar que eles estragassem meu humor. Minha família estava bem, segura na medida do possível e unida. Os King sobreviveram a tudo, pelo menos uma parte de nós.

-Você parece bem feliz.- Maggie comentou sorrindo.

Ah, esse sorriso lindo.

-E estou.- Assenti. -Faz tempo que não me sinto feliz assim.

-Isso é um pecado muito grave. Você deveria se sentir assim todos os dias Trevor.- Levantou uma sobrancelha.

-Deveria?

-Claro, você é uma pessoa incrível e com certeza merece ser feliz desse jeito sempre. E até mais.

Sorri.

-Gosto quando sorri.- Ela disse. -Sua cara de mau assusta muita gente.

-Assusta?- Ri.

-Uhum, Carl morre de medo de você. E ele não tem medo de nada praticamente.

-Carl? Medo de mim? Por que?- Perguntei bem confuso.

-Você é uma graça por não ter percebido que ele e a sua irmã mais nova se gostam.

-Dakota e Carl?

-É, Trevor.- Maggie riu.

Olhei pro lado franzindo a testa.

-Trevor?

-Eu pensei que era só amizade mesmo. Acho que a ficha de que Dakota ta crescendo ainda não caiu.- Fechei a cara. -Minha irmãzinha ainda não está na idade pra namorar.

-Ah, relaxa. Uma hora ou outra isso ia acontecer. E bom, o Carl é um ótimo menino. Vai por mim, eu o conheço há um tempo já. Eu ainda estava na fazenda do meu pai quando nos conhecemos.

A olhei relaxando a expressão.

-Nunca perguntei muito sobre sua vida antes de Alexandria.

Maggie sorriu fraco e ajeitou uma mecha que caiu sobre seus olhos.

-Quando tudo começou eu estava na fazenda do meu pai. Minha mãe foi a primeira a perdermos, ela teve a febre. Logo depois conhecemos o grupo de Rick, por causa de um acidente…

Maggie começou a contar e eu prestava atenção em cada palavra. Cada vez mais hipnotizado por ela.

 

POV Arizona

 

Deixei a pequena Judith com o pai, me gabando por ter ensinado ela a falar amora. O que fez Rick rir e dizer que era bom ver meu lado mais solto. Michonne disse que já que eu me dava bem com a pequena, seria uma boa ficar de olho nela já que eu não podia fazer tarefas pesadas. Me animei, eu seria útil e ia passar uns dias com aquela coisinha linda.

Dakota fez o jantar, depois de se despedir de Carl e ficar vermelha quando peguei os dois na cozinha conversando meio perto. Minha irmã precisava sair, precisava de ação pra não se acomodar. E Oliver também, por mais que me doesse admitir por ele ser muito novo. Meus irmãos precisavam encarar a realidade pra não esquecerem que a vida não era fácil e precisava ser valorizada.

Depois de comermos, todos juntos num clima que há algumas semanas tinha ficado morto, coloquei ordem na casa pra voltar a ativa. Connor e Dakota pro banho, Oliver iria logo depois. Todos os King em casa essa noite, nenhum de nós tinha turno na vigia. Trevor logo se recolheu no seu quarto antes que eu pudesse perguntar sobre sua tarde com Maggie. Daryl chegou pouco depois do jantar, tinha conversado com Rick e Abraham sobre as ofensivas nos postos avançados e agora comia o que Dakota tinha feito. Depois dos do meio estarem limpos e prontos pra deitar, levei Oliver pro banho. Queria dar banho no pequeno, estava com saudade de Oggy.

-Aí a Dakota disse que eu sou muito bom com flechas, igual você Nana.- Ele disse enquanto eu passava shampoo no cabelo dele.

-Ah é? Isso é maravilhoso Oggy.

-É mesmo. Um dia eu vou ser tão bom quanto você.

-Vai ser até melhor.- Falei passando um pouco de espuma no nariz dele que riu.

-Isso é impossível Nana, você é a melhor arqueira do mundo todo.- Disse abrindo os braços pra representar o tamanho do mundo.

-Hm, se você falar isso pro Daryl ele vai ficar com ciúmes.

-Vai nada, ele deve achar isso também.

Ri do jeito como ele falou dando de ombros. Oliver era uma figura.

-Nana.

-Hm.

-Você e Daryl vão me dar sobrinhos algum dia?

Parei de massagear a cabeça dele e o olhei surpresa com a pergunta super aleatória, e também pela escolha de palavras. Se meu pai não tivesse partido, eu podia jurar que ele quem ensinou isso pra Oliver me perguntar.

-Que?

Ele me olhou sorrindo.

-Vocês dois querem ter bebês, né?

Pisquei algumas vezes sem saber o que responder. Oliver me olhava, cheio de sabão na cabeça, esperando uma resposta.

-Eu..- Pigarreei. -Eu não sei Oggy.

Ele deixou os ombros caírem.

-Por que essa pergunta?

Oliver deu de ombros e não respondeu.

Essa criança me vinha com cada uma. Bebês? Eu e Daryl nem tínhamos conversado sobre nosso relacionamento direito, quanto mais sobre bebês. Se eu queria filhos um dia? Sim, queria muito. Mas e Daryl? Ah Oliver, por que foi me fazer uma pergunta dessa?

Coloquei o mocinho curioso na cama e deitei do lado dele pra o fazer dormir, como o mesmo tinha pedido.

Oliver adormeceu enquanto eu fazia carinho nos seus cabelos. Meu irmãozinho era minha certeza de que a vida não era só tentar sobreviver, era muito mais que isso. E precisava ser, por ele e por todas as crianças que ainda viviam nesse mundo.

Dei um beijo na testa dele, passei na cama dos outros dois e também dei um beijo em cada. Dakota levantou e me abraçou quando passei pela cama dela.

-Te amo Nana.- Falou me apertando um pouco.

-Também te amo, raio de sol.- Usei o apelido que nosso pai a chamava, ela riu um pouco e deitou de novo.

Fui pro meu quarto encontrando Daryl de costas pra porta tirando a camisa. Mesmo que com cicatrizes, as costas desse homem me tirava do sério.

Ele se virou e sorriu fraco pra mim.

-Oi Dixon.- Sorri de lado fechando a porta.

-Oi.

Respirei fundo e tirei a blusa com cuidado, o ferimento ardia ainda. Prendi um resmungo de dor e coloquei a blusa na poltrona. Daryl chegou perto e tocou meu curativo.

-Posso?- Perguntou baixo.

Assenti. Ele tirou os esparadrapos e desenrolou a atadura com cuidado. Daryl observou o ferimento por completo, desde o furo na barriga ao das costas. Me senti tão amada com tanto cuidado, e não evitei sorrir quando ele passou o polegar no meu quadril em um carinho tímido.

-Vou tomar um banho e já volto ta.- Dei um selinho nele e fui pro banheiro.

Quando saí do banho e voltei pro quarto, encontrei Daryl sentado na cama parecendo impaciente e Paul sentado do lado dele com um sorriso de criança.

-Paul Rovia, o que faz aqui?- Perguntei colocando as mãos na cintura.

-Vim só te dar boa noite, não vou atrapalhar a noite de vocês.- Riu se levantando.

-Ainda bem.- Daryl murmurou.

Paul me abraçou e me puxou pra perto da porta.

-Alex não para de me irritar.- Sussurrou. -Eu ia dormir na mesma casa onde estão os soldados, mas não quero ficar perto dele e vou dormir aqui.

-Tudo bem, fica a vontade.- Ri cruzando os braços.

-Mas não se preocupa que eu vou dormir lá na sala, pra não atrapalhar vocês.- Piscou um olho implicante.

Me deu um beijo na testa e saiu pela porta. Me virei e fui pra perto de Daryl.

-Ele vai dormir lá embaixo.

-Que bom, uma noite dividindo a cama com ele já foi o bastante.

Ri sentindo uma pontada na barriga.

-O que ficou fazendo a tarde?- Me perguntou enquanto eu começava a fazer o curativo.

-Passei um tempo com a Maggie, mas depois Trevor roubou ela de mim e daí encontrei Paul.

Ele resmungou e se deitou.

-Você já parou pra pensar no futuro?- Daryl disse com um tom meio aéreo, como se estivesse pensando alto.

Terminei o curativo e me deitei do lado dele.

-Eu penso de vez em quando no futuro sim.

-E o que você pensa?- Virou de lado pra me olhar.

Mordi o lábio.

-Ah, em como meus irmãos vão estar. Tenho pensando em Alexandria daqui uns anos. Penso se algum dia o mundo vai voltar a ser como era também. Se vão achar a cura pra não nos transformarmos em walkers.- Ele escutava com muita atenção, como se esperasse que eu dissesse alguma coisa a mais. -Penso em nós dois também.

-Nós?

Assenti.

-Você não?- Perguntei.

Daryl franziu a testa um pouco.

-Mais ou menos.

Ri fraco.

-Como assim?

-Penso que quero passar todos os meus dias com você, mas acho que só.- Deu de ombros.

Sorri fazendo carinho na barba dele.

-Só isso me basta.- Cheguei mais perto. -Você me basta.- Beijei sua testa. -Nós dois juntos me basta.

Daryl sorriu de lado, as bochechas corando um pouco. Era uma graça o ver assim. Ainda mais porque ele era a personificação do machão caipira.

Lembrei de Oliver me perguntando sobre bebês e sorri com a imagem de um bebêzinho com os olhos do pai. Sorri ainda mais.

-Ta pensando em que?- Daryl perguntou.

-Que eu te amo.- Falei.

Ele sorriu e me beijou.

-Eu também te amo.- Falou olhando nos meus olhos quando partiu o beijo.

O abracei e ri baixinho. O rostinho de um bebê agora não saia da minha mente. Ia ser incrível ser mãe, dar a Daryl um filho, dar continuidade a humanidade. Por outro lado seria perigoso demais criar um bebê no meio desse mundo confuso.

Suspirei sentindo um beijo no topo da cabeça e me encolhi nos braços do meu homem. Haveria outra hora pra se pensar nisso.

 

POV Paul

 

Um pouco antes de sair o sol resolvi dar uma saída e ver se encontrava alguma coisa diferente em alguma das lojas de uma cidadezinha próxima. Ta, eu fui procurar o bendito chocolate que Alex disse que queria. Eu gosto do cretino, e infelizmente não sou imune a ele.

Encontrei algumas poucas barras, algumas garrafas de bebida e em uma loja de souvenir achei uma pulseira com a letra A e outra com a letra P. Por mais que fosse meio brega, eu e Angel podíamos ter uma dessas coisas bregas só pra tentarmos ser fofinhos. Achei também uma loja de roupa infantil e peguei uma botinha e dois casacos pra pequena Judith, além de um coturno e uma jaqueta pra Oliver. Tinha acabado de voltar pra Alexandria e estava com fome, já devia ser quase hora do almoço. Encontrei algumas pessoas perto do portão, passei por um grupo que treinava com facas perto do lago e antes de entrar na rua de Angel encontrei Alex com seu sorriso desgraçado me encarando de braços cruzados. Fui até ele quase me arrependendo quando o sorriso dele aumentou, como se dissesse “eu disse”.

-Paul, onde estava? Não te vi a manhã toda.

-Fui lá fora procurar umas coisas e esfriar a cabeça.

-E achou o que procurava?- Me perguntou sorrindo de lado.

Tirei a mochila das costas e abri, pegando uma barra de chocolate e entregando pra ele. Alex não disse nada, parecia surpreso e um tanto quanto feliz demais.

-Você foi procurar o chocolate.- Falou baixo, quase como um sopro.

-É.- Dei de ombros. -É o mínimo que posso fazer por vocês estarem conosco.- Coloquei a mochila nas costas de novo.

-Não vai mesmo admitir que fez isso só porque queria me agradar?- Levantou uma sobrancelha e colocou um pedaço do chocolate na boca.

Pigarreei.

-Não.- Virei as costas.

-Paul Rovia.- Se colocou do meu lado. Perto demais.  -Eu amo você, sabia disso?

Os pelos da minha nuca arrepiaram. Não respondi. Apressei o passo e fui em direção a casa da Angel. Eu precisava sair de perto do convencido do Alex. Maldito homem que mexia comigo.

 

POV Arizona

 

Noite ótima, manhã nem tanto. Meu ferimento ardia horrores, e eu sabia que era pq tinha resolvido fazer o que não devia durante a noite. Daryl tentou se conter, mas eu não parei de atiçar. Resultado, o ferimento não estava pronto pra tanta...ação, por assim dizer. Ouvi mil desculpas de Daryl, meia hora de sermão sobre eu ter que cooperar porque ele acabava perdendo o controle quando eu apelava, e refiz todo o curativo.

-Calma, essas coisas acontecem.- Falei tentando abstrair a dor enquanto descíamos as escadas pra comer alguma coisa.

-Acontecem nada. Você que é teimosa e insiste pra que aconteçam.- Daryl respondeu ríspido, me fazendo rir. -Não tem graça Arizona, você tem que me prometer que vai aguentar o tempo que o médico mandou.

-Duas semanas são muita coisa.- Teimei respirando fundo quando terminou os degraus. Dor miserável.

-Ficamos bastante tempo sem sexo depois do fim do mundo.- Resmungou.

-Mas agora que eu tenho, pra que ficar de greve?

-Porque se não, pode ser mais difícil pro seu ferimento sarar.- Bufou entrando na cozinha.

-Ah, vai nada.- Abri a geladeira, mas me virei pra ele que tinha sentado no banco. -Espera, eu fui sua primeira no apocalipse?

Daryl se mexeu meio desconfortável, mas assentiu.

-Me sinto honrada.- Falei me voltando pra geladeira. -Pensei que você não tivesse tido dificuldade pra encontrar isso.

-Eu não queria que fosse só sexo.- Respondeu meio baixo.

Coloquei as coisas pro café na bancada e me sentei do lado dele.

-Antes dessa merda toda acontecer com o mundo, eu tinha decidido que a próxima mulher que fosse pra minha cama ia ser a mulher que eu ia querer pra mim pra sempre, com quem eu iria começar uma família um dia.

O olhei com total devoção. Não tinha como eu me apaixonar mais ainda por Daryl.

-Você é o cara mais incrível que eu conheço.- Falei sorrindo de lado. -E eu tenho três irmãos, e ainda era do exército. Então isso diz muito.

Daryl riu fraco.

-Pensa em ter uma família comigo?- Perguntei baixo.

Ele respirou fundo e deu de ombros.

-Talvez.

O beijei. Eu tinha mesmo encontrado o homem da minha vida. Daryl era bom demais pra ser verdade. Parecia que eu estava em um sonho dentro de todo o pesadelo do mundo. Não que ele fosse perfeito, mas o imperfeito dele me bastava.

-Nana, Nana.- Fomos interrompidos por Oliver entrando correndo na cozinha.

-Sim, Oggy.- Sorri meio sem graça. Daryl pigarreou.

-Faz café da manhã pra mim?

Me levantei, Oggy rapidamente tomou o meu lugar.

-Oi Daryl.

-E aí.

-Eu disse pra Nana ontem que a Dakota disse que eu sou muito bom com flechas, igual você e a Nana.

-Ah é? Que legal baixinho.- Daryl bagunçou um pouco o cabeço do menor, que riu.

-Um dia eu vou ser tão bom quanto você, menos que a Nana porque ela é a melhor arqueira que existe. Não acha?

Parei de misturar os ingredientes da panqueca e observei a cara de Daryl. Ele parecia se divertir.

-Acho que eu e ela somos igualmente muito bons.

-Eu acho ela melhor.- Oliver disse como se fosse óbvio.

-Como sabe? Nunca me viu usando a crossbow.

Oliver pareceu pensar sobre e soltou um suspiro.

-É mesmo.- Falou deixando os ombros caírem. -E eu também nunca usei uma crossbow.

-Vamos fazer assim, depois do café vamos até o lago e eu te mostro como usar a crossbow.

Meu irmão sorriu tão aberto que parecia até Dakota numa versão menor e masculina. Seu sorriso me lembrou Blair, irmã gêmea dele, e eu sorri também. Blair era a versão menor de Dakota, e minha irmãzinha fazia falta. Me dei conta de que não falava muito dos que se foram, e me culpei por não falar deles com os mais novos. E de repente as lembranças da minha família completa me atingiram como um tiro.

-Nana, tudo bem pra você?- Oggy perguntou.

-Claro meu amor, e eu vou junto pra ver.- Pisquei um olho pra ele.

Fiz as panquecas ao som da conversa dos dois que parecia se estender. E Daryl parecia totalmente confortável conversando com o menor.

Por várias vezes me peguei olhando pra Oliver e vendo Blair ali. A caçula dos King teria amado Alexandria. Ela com certeza teria logo se afeiçoado a Daryl quando começamos a nos relacionar. Meus pais o amariam, com certeza. Uma lágrima desceu, mas eu limpei antes que notassem. Não devia me lembrar deles com dor. Eu tinha o dever de pensar nos momentos felizes que tive com eles durante toda a minha vida. E deveria passar isso aos mais novos. Fiquei com a cabeça tão cheia de outros pensamentos nesses longos dois anos de apocalipse, que nem pude parar pra conversar sobre meus pais e Blair com meus irmãos. E deveria mudar isso. O passado, por mais que doloroso, deveria ser relembrado. Era isso que nos fazia seguir em frente, mesmo que inconscientemente. Era a memória dos que se foram que nos fazia fortes. E é por eles também que eu acredito no futuro de Alexandria. E por eles eu vou continuar seguindo em frente, talvez até começando uma nova família. Sei que de onde estiverem, meus pais e irmã estão olhando por mim. E de onde estiverem, eles se orgulhavam de mim e meus irmãos.

 


Notas Finais


Então darlings, gostaram? Me contem tudo que acharam do capítulo e me dêem sugestões também porque estou aberta a isso sempre que quiserem.
Overdose de Aryl sim! Daryl amorzinho, Nana amorzinho, e danadinhos também por ficarem de fogo. Tudo culpa da dona Arizona King hahaha
Paulex em um momento fofo/engraçado, esse Paul vai amolecer logo logo. Amorzinho meu ele.
Mavor é amor sempre, então eu só sei suspirar.
E Oggy? Essa criança ainda vai encher muito vocês de fofura, aguardem!
Desculpem pela demora, tá difícil arrumar tempo pra escrever por conta do estágio mas prometo que vou me organizar direitinho pra sair na sexta dessa vez.
Ah, e o ep de hoje?? Fiquei chorosa com a Sasha se sacrificando praticamente. Sério. E Daryl e Maggie conversando?? Assim eu não aguento.
Enfim, espero que tenham curtido. De verdade.
Obrigada pela paciência e até o próximo amores,
Xx


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