1. Spirit Fanfics >
  2. Invictus >
  3. Coisas de gente grande

História Invictus - Coisas de gente grande


Escrita por: thisislari

Notas do Autor


OLÁ MANAAAS E MANOOOS!!
Desculpem o atraso, mas sua autora aqui passou por um block criativo de leve essa semana passada misturada de uma boa dose de estresse. Mas tô aqui, tô de volta e plena.
Aproveitem!!

Capítulo 30 - Coisas de gente grande


Fanfic / Fanfiction Invictus - Coisas de gente grande

 

POV Arizona

 

Depois de ter mostrado um pouco da minha raiva pra Negan, passei dois dias indo com Trevor na cela de Negan pra extrair informações. Conseguimos fazer ele finalmente abri a boca e nos contar algumas coisas. Agora tínhamos localização e função de alguns postos, como por exemplo um dos postos que era de fabricação de munição. O que seria muito útil pra nós, já que era bem próximo.

Alguns homens de Negan acabaram se matando, covardes. E isso tinha nos trago algum problema, já que eles voltaram transformados. Por sorte a transformação tinha sido completa quase de manhã, então os outros presos conseguiram gritar pra que os nossos matasses os walkers.

Hoje um grupo grande se prepara pra atacar dois postos avançados amanhã. Connor vai em um desses, Trevor no outro. Eu ficarei em casa com Oliver e Dakota. Daryl também vai, e me fez prometer que não ia me meter na caçamba de nenhum dos nossos carros pra ir escondido. Eu tive que rir, porque realmente tinha pensado em ir escondido mas acabou que meu ferimento tem doído bastante por conta do esforço de dar uma lição em Negan.

Dakota está esquisita. Mais calada que o normal, mais desastrada que o normal, mais avoada que o normal. Só ontem deixou cair três vezes a colher enquanto fazia comida comigo. Nesse momento estou eu aqui com ela na mesa da cozinha terminando de comer meu café da manhã e me coçando pra saber o que tem a deixado assim. Se o motivo fosse o mesmo que o de Connor eu juro que mataria cada um dos que deixamos recomeçar a vida aqui.

-Tem alguma coisa acontecendo?- Perguntei depois do milésimo suspiro de frustração dela.

Ela deu de ombro e cutucou o prato.

-Dakota Eleonor King.- Ela olhou pra mim com raiva, prendi o riso forçando uma expressão séria.

-Eleonor? Sabe que não gosto quando diz meu segundo nome.

-Então me conta o que foi.- Insisti terminando meu café.

-Por que não posso ir na ofensiva junto com Connor e Trevor?- Ela perguntou cruzando os braços e emburrando a cara.

Levantei uma sobrancelha. Eu desconfiava do interesse dela em ir, mas torcia pra que Dakota esquecesse isso.

-Por que…- Comecei mas não encontrei argumento melhor que “Você não pode ir porque você é muito nova.”

Isso não ia funcionar com ela, Carl e Enid iriam amanhã e ela tinha toda razão do mundo pra querer ir. E força também, Dakota era bem forte. Ela teve que ser, teve que amadurecer rápido quando nos vimos sem nossos pais e irmã mais nova. Nossa grande família de repente tinha ficado menor, isso tinha afetado os mais novos.

-O Connor vai, porque eu não?- Ela perguntou.

-Dakota..-

-Dakota o que, Nana? Eu quero um bom motivo. Por um acaso eu não sobrevivi junto de vocês? Passando pelos mesmos perigos e dificuldades que vocês? Por que depois que entramos em Alexandria você e Trevor começaram a me ver como uma garotinha de novo?

Eu definitivamente não tinha uma resposta boa pra isso. Por que? Talvez porque Alexandria nos passava a imagem de segurança que tanto lutamos pra conseguir, e pra nós era impensável tirar nossos irmãos menores dali pra verem o mundo horrível de novo. Mas eu precisava deixar eles verem, esse era o mundo e eles não podiam enfraquecer.

-Quando foi que seus argumentos começaram a ser melhores que os meus?- Perguntei sorrindo de lado.

Dakota sorriu fraco.

-Não consigo pensar em nada que te impeça de ir na verdade.

Ela pareceu surpresa.

-Então eu posso..?

-Não disse isso ainda, calma.

Ela bufou e eu a olhei bem séria levantando uma sobrancelha.

-Me diz por qual motivo você quer ir lutar.

-Como assim, Nana?

-O motivo Dakota, me diz por que você quer ir lutar? O que passa pela sua cabeça pra querer ir participar da luta?

Dakota contorceu o rosto em uma careta engraçada enquanto pensava na resposta.

-Eu acho que só quero me sentir útil.

-Acha que é inútil ficando aqui pra proteger os que ficam? Oliver?

-Não.- Ela me interrompeu. -Não acho isso, é só que...eu quero ajudar lá fora também. Sei que consigo ser forte como você e Trevor. Quero fazer a minha parte na luta, ajudar a conquistar um futuro melhor pra todos nós, mesmo que isso signifique arriscar o meu. Eu acho que, ficando aqui eu posso me acomodar com a sensação de estar segura. Ou quase né. Mas a questão é que eu não posso ficar só aqui, enquanto vocês três arriscam sua vida pela minha também.

Sorri cruzando os braços.

-Dakota.- Ela olhou nos meus olhos. -Quando eu falei pro nosso pai que eu queria ser uma soldado como ele, ele me fez essa mesma pergunta.

-Fez?

-Uhum. E eu respondi exatamente a mesma coisa que você.

Dakota sorriu fraco de lado.

-Pra mim, era injusto não o fato de Trevor se arriscar, ou poder e eu não. Mas que ele se arriscasse por mim e eu não pudesse fazer nada a respeito pra me arriscar por ele também. Foi assim que eu soube que queria ser militar, quando o desejo de proteger os que eu amo falou mais alto que o desejo por mostrar que eu era tão forte e capaz quanto meu irmão mais velho.

Levantei e a puxei da cadeira a abraçando.

-Por mais que me doa ver minha irmãzinha crescendo e querendo ser independente. Eu preciso deixar você saciar o seu desejo de se sacrificar pelos que ama.

A soltei e sorri alisando seu longo cabelo loiro.

-Obrigada Nana.- Ela sorriu com os olhos lacrimejando.

-Agora eu preciso ir, fiquei de ir até a zona de construção com Michonne checar a segurança.

Ela sorriu e me abraçou de novo, só que mais forte.

-Ai.- Reclamei por conta do ferimento.

-Desculpa.- Ela disse rindo.

Dei um beijo na testa dela e pisquei um olho indo encontrar Michonne.

O sorriso no meu rosto ia ser difícil de sair. Eu me vi na minha irmã naquela conversa. Dakota tinha crescido pra se tornar uma mini Arizona, e isso enlouqueceria Trevor.

-Nossa, alguém parece muito bem.- Maggie disse quando cheguei perto dela e Michonne que conversavam me esperando na varanda delas.

-Tenho motivos pra estar.

-E esse motivo tem o sobrenome Dixon?- Maggie perguntou rindo.

-Não, engraçadinha.- Respondi. Michonne riu. -Minha irmã.- Sorri. -Só hoje pude ver o quanto ela cresceu e amadureceu. Tive uma conversa com ela agora pouco, ela queria ir lutar.

-Amanhã com os outros?- Michonne perguntou. Assenti.

-E o que você disse?- Maggie perguntou.

-Eu concordei, depois de fazer uma pergunta pra ela que meu pai me fez uma vez.

-Que pergunta?- Maggie perguntou sorrindo.

-Por qual motivo ela quer ir.- Sorri mais ainda. -E ela respondeu praticamente a mesma coisa que eu respondi pro meu pai quando tinha quinze anos.

Elas sorriram.

-Então quer dizer que ela está ficando como você?

-É o que parece Mich.- Dei de ombros. -Trevor vai ficar maluco. Eu dei uma baita dor de cabeça pra ele quando cheguei no batalhão e tinha mania de querer fazer tudo sozinha, espero que nisso ela não tenha me puxado. Ei, vamos lá?- Me virei pra ir com as duas na zona de construção.

-Arizona, espera. Não vamos lá mais.

-Não?- Perguntei confusa.

-Rick nos pediu pra supervisionar as armas, dar uma checada e arrumar o inventário já que você ia com a gente até lá.

-Tudo bem então, vamos pro arsenal.- Segui para a casa onde ficava nosso depósito e arsenal.

Chegando lá encontramos Trevor saindo com Daryl pela porta.

-O que você vai fazer?- Trevor me perguntou parando e cruzando os braços.

-Vou organizar o arsenal com Maggie e Mich, por que?

-Nada de se esforçar hoje, já tem feito muita coisa que não deve.

Rolei os olhos pro que Trevor disse.

-E onde vocês vão?

Eles se entreolharam e eu levantei uma sobrancelha.

-Vamos perto de um dos postos avançados, dar uma olhada no perímetro.- Trevor respondeu.

-Só vocês dois?- Maggie perguntou.

-Aaron vai conosco.- Daryl disse.

Trevor percebeu minha expressão preocupada.

-Eu sei me cuidar maninha.- Apertou meu nariz, me fazendo afastar a cabeça reclamando.

Michonne levantou os braços.

-Eu vou entrando, pra adiantar nosso trabalho.- Disse e passou sorrindo divertida pra Daryl.

-Não acha melhor esperar que o grupo militar volte?- Maggie perguntou.

Trevor riu.

-Eu sou militar.- Disse apontando pra si.

-Eu sei, mas sei lá.

-Maggie, nós voltamos no início da noite.- Meu irmão disse sorrindo pra ela, que sorriu de volta e assentiu.

Puxei Daryl pro lado e sorri.

-Toma cuidado.

Ele sorriu disfarçadamente e segurou meu rosto com as duas mãos.

-Vou tomar.- Me deu um selinho.

-Tô falando sério Dixon, eu quero você vivo.

Ele riu baixo.

-Sim senhora.

Dei um tapa no braço dele.

-É melhor vocês voltarem todos bem.- Dei um selinho em Daryl e me afastei pra dar um beijo na bochecha do meu irmão.

-Você? Me dando beijo?- Trevor disse fazendo cara de confuso e saiu rindo.

-Melhor jogar ele pros walkers.- Provoquei recebendo um dedo do meio de Trevor.

-Você morreria, não negue.- Falou alto já se afastando.

Daryl sorriu de lado e me deu um beijo na testa, se despediu de Maggie e seguiu com Trevor.

-Vamos então?- Perguntei.

-Vamos.- Maggie concordou me dando o braço e entrando no depósito comigo.

 

Depois de arrumar o arsenal, Maggie e Michonne foram pra uma reunião com Rick e eu recebi ordens de ir pra casa descansar o resto do dia. Não gostei muito, preferia participar da reunião ou talvez pegar um turno na vigia mas elas tinham razão.

Entrei em casa, e ouvi uma coisa rara, o silêncio. A casa estava totalmente vazia, e eu sorri com a sensação de nostalgia de quando morava sozinha na capital do Alabama. Segui até a cozinha e resolvi cozinhar, era uma das coisas que me relaxavam antes do apocalipse. Procurei nos armários, achando um pacote de arroz, farinha, e alguns temperos. Coloquei tudo em cima da mesa e fui até a geladeira achando leite, e carne. Risoto seria então. Eu daria um jeito. Queria alguma coisa que não fosse sopa, macarrão ou carne ensopada. Não reclamo da nossa dieta, é uma dádiva termos alguma coisa pra comer. Só de lembrar que meus irmãos menores ficaram dias ter nada pra por no estômago fazia meu corpo tremer.

Espantei os pensamentos sobre o passado doloroso e comecei a preparar a comida. Hoje meus irmãos teriam risoto, e o apocalipse não tiraria meu bom humor.

 

POV Trevor

 

Tínhamos saído de Alexandria e caminhado pela margem da floresta pra evitar encontrar com algum grupo dos Salvadores que poderiam estar com a mesma ideia que a nossa. Aaron parecia diferente do cara que sorria fácil, agora ele tinha uma expressão preocupada e alerta quase todo tempo.

Eu observei a nossa volta, e o clima do dia chegava a ser um deboche da natureza com a nossa situação. Tudo parecia iluminado demais, feliz demais e diria até mágico demais. Parecia que eu estava dentro da cabeça da Dakota, e sinceramente não sabia se isso era bom ou ruim.

-Vamos chegar no posto avançado mais próximo em duas horas se formos andando com calma e cautela.- Falei quando paramos num cruzamento pra analisar o mapa.

-Tudo bem.- Aaron disse dando um sorriso mínimo. -Estamos indo em direção a praia.

Eu e Daryl olhamos pra ele. Aaron sorria meio nostálgico.

-Eu costumava ir lá aos fins de semana quando era verão.

Sorri. A vida era tão mais simples pra algumas pessoas. Outras já viviam seus próprios apocalipses. E eu só pedia aos céus pra voltar seguro pra casa toda vez que saía em missão. Pode-se dizer que isso não mudou muito. Mas o mundo, esse sim mudou.

-Um dia talvez possa fazer isso de novo Aaron.- Falei sorrindo fraco. Ele assentiu, mas parecia não crer muito nessa possibilidade.

Daryl ainda continuava quieto. E meu, sim estou pensando isso, cunhado parecia não querer mostrar nada além da cara de caipira durão. Empurrei seu ombro de leve e ri vendo a cara de confuso que ele fez.

-Ei, vamos seguir.- Falei seguindo nosso curso. Tudo daria certo, e voltaríamos pra casa.

 

POV Dakota

 

Depois de Nana liberar minha ida à ofensiva em um dos postos avançados eu fiquei a todo vapor. Lavei toda a louça, varri a cozinha e ainda dei um jeito em todas as camas.

Terminei tudo e desci correndo, mal podendo me aguentar de ansiedade.

Precisava contar para Carl, e Enid, e Connor. Pra todo mundo. Eu finalmente iria em uma das missões, e lutaria pela minha família e todos de Alexandria.

Meu coração parecia que ia saltar do peito de tanta felicidade. Eu não era mais uma criança e minha irmã finalmente tinha enxergado isso. Estava pronta para o mundo dos adultos, estava pronta pra assumir meu papel como “gente grande” e ajudar a colocar esse lugar pra frente. Papai gostaria assim, que eu tomasse parte e ajudasse meus irmãos mais velhos. Oliver precisava de todos nós lutando para dar um futuro a ele. E eu finalmente faria alguma coisa que importava, e que faria meus pais se orgulharem de mim de onde estiverem.

Saí de casa e corri até a casa de Carl, batendo freneticamente na porta em seguida.

Carl abriu a porta com uma cara assustada e sua arma em punho.

-Que susto Dakota, aconteceu alguma coisa?- Perguntou analisando a rua.

-Não. Quer dizer, sim.- Falei afobada.

-Então fala, o que foi?- Me perguntou preocupado.

-Não é nada pra se preocupar, é uma coisa boa.- Ele relaxou abaixando a arma e me olhou analisando meu rosto.

-Entra.- Disse dando passagem.

Fui pra sua sala e nem sentei no sofá de tanta agitação.

-Eu vou amanhã.- Soltei de uma vez.

Carl primeiro pareceu confuso, afinal eu não tinha dito muita coisa. Mas ele pareceu entender em um estalo e aí fez uma expressão que eu não tinha visto no seu rosto ainda.

-Por que?- Me perguntou.

Não respondi de primeira, tentando entender o que o tom daquela pergunta escondia.

-Minha irmã me liberou pra ir. Eu pedi, ela estava meio relutante mas hoje de manhã conversou comigo e me deixou ir. Eu fiquei tão feliz..

-Você não pode ir.- Me interrompeu parecendo confuso.

Parei de falar meio surpresa com sua frase.

-E por que não?- Perguntei cruzando os braços, já ficando meio nervosa. Lá vem ele querer ser igual a todos os homens. Eu já o colocaria no lugar dele e diria que eu podia sim, e que ele não poderia me impedir.

Carl se aproximou de mim rápido e me puxou colando sua boca na minha.

Fiquei sem saber o que fazer, mas meu corpo pareceu saber como reagir. Minhas mãos foram para seus ombros, eu fechei os olhos aproveitando a sensação dos lábios dele contra os meus e suspirei sentindo Carl pedir passagem com sua língua.

Meu corpo estava todo formigando, e eu sentia como se fogos de artifício explodissem na boca do meu estômago. Eu estava flutuando, e nada nunca fez tanto sentido nesse mundo quanto o encaixe dos meus lábios nos daquele garoto.

Carl me apertou um pouco em seus braços e encerrou o beijo delicadamente.

-Porque se você for, eu vou correr o risco de perder você.- Falou ofegante. -E por mais confuso que eu esteja Dakota, isso eu não vou deixar.

Não soube como responder. Era minha primeira vez em uma situação desse tipo. Eu só o encarei e minha voz saiu como um sopro.

-Você não vai.

Carl sorriu de lado e me abraçou.

Era muito pra uma manhã. Muitas coisas de “gente grande” vindas de uma vez como um soco na minha cara.

E era oficial, Dakota Eleonor King não era mais uma garotinha.

Abracei Carl de volta, deitando meu rosto no seu ombro. Não entendia muita coisa, mas sabia que dali pra frente as coisas começariam a mudar mais ainda.


Notas Finais


O que acharam?? Me contem, podem comentar a vontade que eu amo responder <3
FINALMENTE DAKOTA E CARL SE BEIJARAM. Ouvi um glória aí???
Então, agora coisas que todos queremos que aconteça vão acontecer a algumas coisas que não queremos também porque nem só de momentos de amor vive Invictus não é mesmo??!! hahahahaa
Preparem-se, comunidade nova chegando. E acho que talvez já até desconfiem qual.
E mais, as tretas não acabaram tá amores? Vai ter treta sim, porque eu amo uma treta!!
Obrigada pela paciência, vocês são os melhores e uns amores.
Esse não ficou tão grande, mas é por um bom motivo.
"O próximo vai demorar Lari?" Não caro leitor!! O próximo deve sair até sábado, então fiquem de olho.
Até o próximo darlings,
Xx


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...