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História Invictus - Novos horizontes


Escrita por: thisislari

Notas do Autor


Chegueeeei!!
Capítulo novo, com cheirinho de coisas novas hahhaaha
Aproveitem!!

Capítulo 38 - Novos horizontes


Fanfic / Fanfiction Invictus - Novos horizontes

 

POV Arizona

 

Levantei minha sobrancelha deixando claro minha expressão de surpresa.

-Uma comunidade grande?- Rick repetiu.

-Sim.- Victor, o de capuz, deu um passo pra frente. -Observamos vocês faz uns dias depois de ouvirmos alguns barulhos de confronto durante uma ronda.

-Seguimos vocês até aqui.- Luke, o loiro grandão, disse.

-Nos seguiram?- Rick perguntou parecendo preocupado.

-É, não foi muito fácil já que vocês quase nos descobriram algumas vezes.- A mulher, Jena, falou.

Troquei um olhar rápido com Daryl. Minha sensação de estar sendo vigiada.

-Por que deveríamos acreditar em vocês?- Michonne perguntou.

Os três se entreolharam. Victor deu de ombros e jogou sua arma e um facão no chão, sendo seguido dos outros dois.

-Acho que você vai ter que nos dar um voto de confiança.- Luke disse.

Olhei pra Rick e ele tinha o maxilar trincado, analisava nossos visitantes.

-Conta mais sobre esse lugar.- Michonne falou.

-Bom, nossa comunidade começou nos arredores do Museu Smithsonian logo no começo de tudo quando o governo fez um cerco seguro lá.

-Eu lembro disso.- Falei.

-Com o passar do tempo resolvemos ir limpando a área e cercando a cidade.- Ele sorriu. -O que conseguimos.

-Conseguiram cercar a área cidade?- Sasha perguntou.

-Sim e não, não conseguimos cercar toda a área da cidade, mas terminamos faz umas três semanas de cercar tudo o que queríamos e a cidade é segura.

-Washington é enorme, não é possível isso.- Rosita disse.

-Bom, como eu disse não cercamos toda a área da cidade, só a parte mais central mesmo. -Quantos vocês são?- Trevor perguntou.

-Difícil saber exatamente, mas em torno de quinhentas pessoas.

-Quinhentas?- Perguntei surpresa.

-É, a população de uma cidade pequena.- Jena respondeu.

-Isso é muita coisa hoje em dia.- Rick disse sério.

-No começo éramos umas trezentas pessoas no acampamento que tinha no museu. Essas trezentas eram pessoas que conseguiram chegar no acampamento, moradores de Washington e dos arredores, funcionários da Casa Branca, do Capitólio e do Museu que conseguirem sobreviver até estar no cerco.- Victor disse com um semblante meio triste.

-Mas conseguimos nesses anos sobreviver e resgatar pessoas, também encontramos algumas poucas comunidades ao redor de Washington.- Luke disse.

-Se estiverem mentindo pra nós com essa história de bonzinhos, nós os matamos.- Rick disse depois de um momento de silêncio.

Eles continuaram impassíveis nos encarando.no

 

Levamos os três para a casa de Rick, e agora eles estavam sentados no sofá enquanto alguns de nós os encarávamos.

Trevor chegou com Alex e ambos me olharam depois de lançarem um olhar aos visitantes. Estávamos aqui com Daryl, Rick, Michonne, Rosita e Maggie que estava no andar de cima sendo vigiada por Dakota.

-Ok, agora podem continuar.- Rick disse aos três no sofá.

-Quer dizer que vocês tem uma comunidade em Washington?- Meu irmão perguntou.

-Sim.- Jena respondeu.

-Pensei que a cidade estivesse completamente tomada. Por que nunca responderam o chamado dos Delta procurando por sobreviventes?- Alex perguntou.

-Nós queríamos nos concentrar na expansão dos muros.- Luke disse.

-Sei.- Falei desconfiada.

-Falamos a verdade.- Jena disse. -Ouvimos no rádio algumas vezes que tinha uma comunidade militar por perto mas preferimos desligar o rádio e resolver nossos problemas primeiro.

-Essa história é muito estranha.- Daryl falou.

-Mas é a verdade, eu juro pra vocês.- A loira respondeu.

-Desligamos os rádios para uma distância maior, mas finalmente os religamos e estamos prontos para conhecer as comunidades que sobreviveram.- Victor disse. -Não era como se estivéssemos prontos todo o tempo para nos misturar com outros. Tivemos medo de que nem todas as comunidades fossem de bem.

-Vocês tinham razão pelo visto.- Michonne disse. -Estamos no fim de uma luta com uma comunidade que não é o maior exemplo de bons vizinhos.

-O que houve?- Victor perguntou.

-Um tirano maluco e pessoas desesperadas por sobrevivência.- Respondi. -É tudo o que precisam saber por enquanto.

-Claro.- Ele respondeu com um sorriso. -Vocês podem vir conhecer Washington. Nosso líder Owen Jackson vai adorar saber que há comunidades e que podemos começar a ter relações fora da nossa.

-Owen Jackson? Chefe de segurança da Casa Branca?- Alex perguntou cruzando os braços.

-É, ele foi um dos poucos grandes que resolveram ficar pra dar um rumo a resistência.

Soltei um riso fraco.

-Me desculpem, mas é realmente muito difícil acreditar em tudo o que estão falando. Mesmo que eu por meses acreditasse que Washington era uma zona segura.

Victor sorriu pra mim. Ele tinha muito a aparência de um velho lenhador que sabia contar histórias maravilhosas. Eu quase queria confiar nele.

-Sei que é difícil. Mas trouxemos fotos.

Ele tirou um álbum de dentro de uma bolsa e colocou na mesa. Michonne, que estava sentada do meu lado, pegou o álbum e abriu.

Fotos da Casa Branca, das ruas com pessoas andando normalmente, o Museu, o Capitólio, mais ruas, os muros, várias fotos com crianças e idosos, famílias.

Washington tinha resistido, eu estava certa desde o início.

Olhei pra Trevor e não consegui dizer nada, apenas sorri.

-Não queremos fazer mal a ninguém.- Luke disse. -Só queremos progresso, um futuro pra todos e talvez quem sabe achar a cura pra toda essa bagunça um dia. Vocês podem ir até Washington conosco ver com seus próprios olhos e conversar com nosso líder.

-Tudo bem.- Rick respondeu. -Mas só depois da nossa última missão a cumprir, que será em dois dias. Até lá vou ter que insistir que fiquem sob nossa vigia.

Eles se entreolharam e Victor respondeu.

-Mas é claro, entendo sua cautela.

 

Raiou mais um dia e decidimos que era melhor que ficassem os três separados quando chegasse a noite de hoje; Victor na minha casa, Luke na casa de Rick e Jena com Tara. Por enquanto eles ficariam na sala da casa de Rick sendo vigiados por Carl, Dakota e Enid. Na noite passada eles ficaram lá sob vigia de Abraham e Daryl.

Eu já tinha ficado um pouco na vigia de uma das plataformas essa manhã com Daryl, e agora depois de comer algo rápido estava indo pra próxima tarefa.

-Sua intuição estava certa.- Daryl disse andando comigo para o arsenal. Eu tinha que contabilizar e fazer um inventário, o dia seguinte seria a última ofensiva e estávamos nos preparando.

-Pois é.- Sorri. -Que achou deles?

Não tínhamos conversado muito sobre os visitantes já que ele tinha se revezado a noite com Abraham pra vigiá-los.

Ele deu de ombros.

-Não me parecem pessoas ruins, mas temos que tomar cuidado mesmo assim.

-É, eu sinto o mesmo. Mas eles mencionaram Owen Jackson, e ele era um homem muito famoso no exército. Ele foi um Delta quando mais novo, e então foi chamado pra ser chefe da segurança da Casa Branca depois de um tempo. Eu sei que ele era um homem muito bom, e tinha várias condecorações.- Ajeitei uma mecha teimosa. -Temos que torcer pra ele ser um dos que manteve o caráter.

Daryl pegou minha mão e deu um beijo nas costas.

-Vamos ver.

-Ei, você realmente vai fazer tudo comigo?- Perguntei quando entramos no arsenal.

-Vou. Até ter a certeza que seu ferimento ta totalmente curado.

Balancei a cabeça rolando os olhos.

-Eu estou bem, você ta muito paranóico Daryl.

-Angel.- Paul entrou na parte da despensa onde ficava o arsenal. -Me disseram que você estaria aqui.- Se virou pra Daryl. -Me pediram pra te avisar que precisam de você lá na construção do muro.

-Ah, ta bom. Não se esforça.- Daryl disse me dando um selinho rápido.

-Vou ficar bem Daryl, só vai.

Ele saiu com a crossbow nas costas e Paul se virou sorrindo pra mim igual a uma criança que tinha feito travessura.

-Que foi?

-Ninguém tava chamando ele, eu só falei isso pra poder passar um tempo com você.

Ri me virando para as armas.

-Paul Rovia, ele vai te matar quando descobrir.

-Ah, detalhes.- Falou fazendo um movimento de desdém com a mão. -Mas então, só tem mais isso pra fazer hoje?

-É, e deixar comida pronta pro meu batalhão.

-Isso me inclui.

-Claro.- Sorri começando a analisar a condição das armas.

-Vou me mudar pra sua garagem daqui a pouco, já quase não volto pra Hilltop mesmo. O que vai fazer pro jantar hoje?- Perguntou se sentando em cima da bancada.

-Alguma coisa rápida, tenho um compromisso e não posso gastar muito tempo cozinhando.

-Que compromisso?

-Eu e Daryl vamos jantar na casa do Aaron e do Eric.

Ele me olhou com os olhos cerrados.

-Não está me trocando está Arizona King?

-Claro que não seu dramático.- Ri. -Eles nos convidaram pra jantar lá faz um tempo já, e por causa de toda a luta só agora realmente vamos.

-Acho bom. Mas ei, Daryl parece estar igual um tigre te protegendo.

-Nem me fala. Eu acho um amor ele se preocupar, mas sabe como eu sou.

-Uma chata com mania de auto suficiência?

Olhei pra ele com tédio.

-Admita Arizona King. Você tem que parar com essa mania de que você sabe se cuidar sozinha sabia. Eu sei que você sabe, mas ter alguém pra cuidar de você é bom.

-Parece que o amor ta fazendo alguma coisa com você Paul Rovia.

-Calada.- Ele disse emburrando.

-Admita Paul Rovia.- Repeti as palavras dele.

Paul riu me dando um tapinha no ombro.

-Eu estou muito bem sim, mas o que eu tô dizendo não é por influência do meu atual estado emocional e sim por te conhecer melhor que você mesma.

Ele me encarava mas eu não olhava de volta, só tentava prender minha atenção nas armas.

-Angel é sério. Você fica nessa de “eu to bem”, “não precisa se preocupar” e “não preciso de cão de guarda” e não percebe que vai aos poucos se fechando.

-Isso não vai acontecer comigo e Daryl, eu não vou me fechar pra ele.

-Então para de ser cabeça dura, deixa o cara de cuidar.- Cruzou os braços. -Além do mais não é muito sacrifício se deixar ser cuidada por ele né.

Olhei pra ele, Paul sorria de lado.

-Seu pervertido, para.- Dei um empurrãozinho leve nele, Paul riu me fazendo rir junto. -Mas isso de tentar ser mais dependente, nem que seja um pouquinho, não é muito comigo. Além do mais, acho que Daryl entende meu jeito.

-Tudo bem, você sabe se virar.- Sorriu de lado. -Só tô querendo ver você feliz.

Larguei a arma e abracei ele.

-Eu sei meu amor, e me sinto muito amada por você por isso.

-Agora vamos falar de um assunto mais leve.- Falou me soltando. -Desde quando seu irmão e Maggie estão namorando?

Olhei confusa pra ele.

-Namorando?

-É, Alex percebeu e me perguntou. Aquele ali é a pessoa mais fofoqueira que eu conheço.

-Juro pra você que não sei de nada, nenhum dos dois me falou nada.

-Bom, eles estão muito amorzinho um com o outro e Trevor olha pra ela de um jeito tão bonitinho que me dá vontade de injetar insulina pra conter a diabetes.

Gargalhei. É um exagerado mesmo.

-Vou perguntar pra eles. Sei que Trevor é caidinho nela há um tempo já, mas não sei se estão bem namorando né.- Dei de ombros.

-Pergunta e me conta, porque Alex já me perguntou isso pela quinta vez em três dias.

Paul suspirou.

-Ele precisa de uma ocupação pra parar de vigiar a vida de todos.

-Você devia estar dando ocupação suficiente pra ele Paul Rovia, não acha?

Ele me olhou rápido e meio assustado, me fazendo rir demais da cara dele.

-Vou parar de falar desse tipo de assunto com você, a senhorita está muito engraçadinha.

-Não vai parar nada, sossega essa bunda. Vocês não tem feito nada?- O encarei com uma sobrancelha levantada.

Paul ficou meio vermelho, pigarreou e ajeitou a postura.

-Você e Daryl transam com qual frequência?

-Sempre que dá vontade, que é praticamente todo dia. Só quando ele ta na vigia de noite que não, eu acho. E quando temos que acordar cedo pra alguma ronda mais distante.

Olhei pra ele, Paul encarava as mãos.

-Paul, vocês ainda não fizeram nada?

Ele deu de ombros.

-É meio difícil com uma casa onde não se tem bem privacidade né. E eu tenho dormido na sua casa, então ainda não.

Paul era meio difícil pra se abrir com as pessoas, mas comigo ele era um livro aberto. Eu sabia que pra ele era difícil voltar a confiar totalmente em Alex, o passado deles não foi o mais tranquilo. Ele é meu melhor amigo, eu sabia decifrar o que ele estava sentindo e sabia que agora era um pouco de frustração com dúvida.

Comecei a pensar em uma forma de ajudar ele. Paul estava certo quanto a se mudar pra minha casa, ele já praticamente morava lá mesmo. Eu ia transformar a garagem em um quarto pra ele e Alex.

Sorri com minha ideia.

-Vai dar tudo certo, uma hora vocês arranjam privacidade.- Tentei animar ele.

Paul sorriu pra mim, fraquinho mas sorriu.

-Tô quase acabando aqui, já analisei todas e só tô conferindo inventário.- Avisei.

-E depois vamos fazer o que?

-Podemos ir na Maggie pra perguntar sobre ela e meu irmão.

-Ótima ideia. Espera, reparou que seu namorado não voltou?

-Ah é mesmo.- Falei percebendo que já fazia um tempo que Daryl não aparecia de volta.

-Devem ter dado alguma coisa pra ele fazer.

-Ou ele mesmo arranjou, é bom que ele distrai a cabeça. Agora deixa eu terminar isso aqui logo.

 

Fomos até Maggie, Paul e eu, e tiramos a limpo essa dúvida. Ela disse que eles estavam só vendo no que ia dar, que não era bem um relacionamento. Paul ficou aliviado que finalmente Alex ia parar de encher a cabeça dele querendo saber do meu irmão e de Maggie. Disse que o fofoqueiro ia parar de falar nisso mas com certeza ia arranjar algum assunto pra ficar bisbilhotando.

Depois de sairmos da casa de Maggie, Paul foi procurar Alex porque eles tinham marcado de fazer uma ronda e eu fui pra casa ajeitar a comida do meu povo.

Estava quase terminando o ensopado quando Trevor entrou.

-Que fome.- Bradou entrando na cozinha. -Hmm irmãzinha, você ta fazendo o que?- Chegou perto de mim querendo olhar dentro da panela. -Ensopado, ah Arizona eu te amo!.- Falou me dando um beijo na bochecha.

-Pode parar de me bajular. Ei, não esquece que aquele homem vai ficar aqui essa noite.

-Ah é mesmo, eu já tinha esquecido disso.

-Ele vai ter que comer também, e Trevor pelo amor de tudo que é mais sagrado toma cuidado com esse homem aqui.

-Por que? Você não vai estar aqui?- Perguntou pegando uma maçã e mordendo.

-Eu e Daryl vamos jantar com Aaron e Eric.

Ele resmungou entendendo.

-Mas qualquer coisa me grita, manda sinal de fumaça, sei lá qualquer coisa.

-Relaxa mulher, vai ficar tudo bem.- Falou de boca cheia me fazendo fazer uma careta.

-Eu fico preocupada, você sabe.

-Sei, mas relaxa que eu confio nessas pessoas.

-Confia?- Perguntei desligando o fogo e me virando pra ele.

-Uhum, Luke não me parece que era soldado.

-Nem todos os soldados eram gente boa.

-É, eu sei. Mas sinto coisa boa vinda deles.

Assenti.

-Ok, eu vou chamar Daryl porque ta quase na hora de irmos. Ta marcado pras seis e ele nem deve estar prestando atenção na hora. Ah quase me esqueço.- Falei parando antes de sair da cozinha. -Que acha de montarmos tipo um quarto na garagem pra Paul?

-Por mim.- Deu de ombros. -Ele já praticamente mora aqui mesmo.

Ri concordando.

-Até, não deixa os mais novos dormirem tarde.

-Tchau Arizona.- Respondeu com tédio.

Saí de casa indo procurar Daryl.

 

Achei ele, que estava ajudando a deixar tudo seguro pra que todos pudessem se recolher. Daryl não estava o exemplo de limpeza e classe, mas seria inútil eu dar a ideia de ir em casa pra tomar um banho porque ele com certeza falaria que era melhor irmos logo pro jantar.

Chegamos na frente da casa de Aaron e eu dei três batidinhas.

-Eu tô com tanta fome que comeria um boi inteiro.- Daryl resmungou me fazendo rir.

-Que charmoso Dixon.- Brinquei o fazendo rir.

A porta foi aberta e Aaron nos recebeu com seu sorriso amável, me fazendo sorrir junto.

-Que bom que vocês vieram mesmo, Eric fez tanta macarronada que dá pra alimentar a comunidade toda.- Foi falando nos guiando até a mesa de jantar.

-Ah seu exagerado, não foi tanto assim.- Eric disse ajeitando os pratos. -Vou pegar a macarronada e já volto.

-Fiquem a vontade.- Aaron disse.

Nos sentamos lado a lado e Aaron sentou a minha frente.

-Então, dias agitado ontem e hoje.

-Ah, nem me fale.- Falei. -Eu não parei direito, só quando fui na Maggie.

-E agora.- Disse sorrindo.

-Sim, e agora.- Devolvi o sorriso.

Eric chegou com uma travessa tão cheia de macarronada que fiquei com medo de quebrar antes que ele colocasse na mesa.

-Acho que Aaron tinha razão.- Falei mordendo o lábio e rindo.

-Vocês dois parem.- Eric disse escondendo um riso quando Aaron riu junto comigo e Daryl que riu discreto.

-Mas aposto que Daryl dá conta.- Falei.

-Ei.- Ele disse se fingindo de indignado comigo.

-Desculpa, mas é verdade Dixon.- O provoquei levantando uma sobrancelha.

Ele sorriu de lado balançando a cabeça.

-Podem se servir.- Eric disse sorrindo.

 

A macarronada estava tão boa que eu repeti, e eu não era de repetir comida. Daryl comeu como se não houvesse amanhã, e os meninos pareciam muito felizes com a nossa presença lá.

-Sobremesa.- Eric disse chegando da cozinha com uma torta de maçã.

-Meu Deus, vou engordar uns cinco quilos só hoje.- Falei franzindo a testa.

-Desculpem.- Eric falou se sentando de novo.

-Sem pedir desculpas, eu tô adorando isso.- Falei sendo servida por Aaron.

Coloquei um pedaço de torta na boca e gemi em satisfação. Daryl do meu lado suspirou com a torta na boca.

-Isso ta muito bom.- Falou com a boca cheia.

Eric agradeceu.

-Daryl, não vai me largar pra fugir com o Eric porque ele é um ótimo cozinheiro.- Falei colocando mais torta na boca.

Eles riram.

-Sério Eric, essa torta ta muito boa.

-Ta mesmo.- Daryl concordou comigo.

-Eu posso te ensinar a receita, é de família. Eu acho que tenho que passar adiante pra não morrer comigo.- Falou meio triste.

-E como eu vou passar adiante?

-Vai passar pros seus filhos, claro.- Aaron disse como se fosse óbvio.

Daryl engasgou com a torta e me olhou espantado.

-É por isso que teve aquela conversa comigo? Ta gravida?- Perguntou se enrolando nas palavras.

-Que? Não.- Falei rindo da cara dele.

Aaron e Eric riram junto comigo e Daryl piscou algumas vezes.

-Foi só forma de falar Daryl.- Aaron explicou. -Um dia vocês vão ter filhos, não vão?

Olhei de novo pra Daryl e ele sorriu minimamente.

-Acho que sim.- Respondeu.

-Então, é isso.- Eric disse dando um risinho no final da frase.

Voltamos ao assunto da receita e Daryl ficou meio vermelho pelo mini surto.

 

Ri enquanto andava com Daryl pra casa.

-O que foi?- Me perguntou.

-Tô lembrando de você tendo um quase ataque cardíaco me perguntando se tô grávida.

Ele bufou.

-Não tem graça.- Resmungou voltando a olhar pra frente.

-Ah tem sim.- Retruquei rindo.

Olhei pra ele.

-E se eu estivesse?- Perguntei agora séria.

Daryl franziu a testa e deu de ombros.

-Não sei, acho que eu ia ficar apavorado.- Fez uma pausa. -Mas feliz.

Sorri.

“Eu também.” Pensei dando a mão pra ele. Daryl sorriu de lado e me puxou um pouco mais pra perto dele. Faltava pouco pra entrar em casa e dormir agarrada com ele. Essa noite seria mais uma noite maravilhosa, mas não por conta de sexo porque eu estava tão cheia que não ia conseguir fazer nada. E Daryl também deveria só querer deitar e dormir.

Mas tudo bem, por mim era perfeito de qualquer jeito.

 

Suspirei vendo Daryl já adormecido do meu lado. Eu tinha razão quanto a ele também estar cheio. O homem foi direto pro banho comigo e quando batemos na cama não demorou muito ele tinha apagado. Tinha sido um dia agitado pra nós dois, pra Alexandria na verdade. Pessoas novas, com uma história de comunidade grande não era uma coisa que se via todos os dias no atual contexto da humanidade.

Eu só podia esperar pelo melhor. Só que dessa vez meu coração estava me dizendo que tudo ia ficar bem, e sentia um pouco de animação pra ver Washington como estava.

Fechei meu olhos e senti o braço de Daryl me envolver em um abraço carinhoso.

Eu estava começando a me acostumar com as coisas que a vida tinha resolvido nos surpreender nessa altura do campeonato.

Acho até que nada mais seria tão surpreendente assim.

Estávamos todos bem, e agora era só seguir em frente com o progresso do nosso mundo.

Ok vida, pode vir com mais surpresas agora. Eu tô preparada.


Notas Finais


Que acham? Confiar ou não nos visitantes? Que acharam deles?
Esse Paul é maravilhoso meeeeesmo!! E Nana com essa ideia de cupido, quero só ver no que vai dar hahahaa
Mais uma vez assunto sobre babies, eu tô pensando muito nisso ultimamente né hahaha E olha que nem grávida eu tô darlings hahaa.
Agora, será que Nana tá mesmo pronta pra todas as surpresas da vida? E ser vier uma surpresa ruim? Ou talvez uma bem apavorante? Hmmm vamos ver né!!
Bom, o próximo deve vir como de costume na sexta. Mas se não, eu posto até sábado ok?
Qualquer coisinha podem falar amores, sou toda ouvidos e adoro ler os comentários!
A fanfic nova vai demorar mais um pouquinho pra ser postada porque quero trabalhar mais um pouquinho nela.
Obrigada por acompanharem Invictus, vocês são uns amores <3
Xx


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