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História Invictus - Reconectando


Escrita por: thisislari

Notas do Autor


Oi gente!! Mais um capítulo pra vocêeees hahaha Ah, seguindo o conselho de uma leitora que foi uma fofa e me perguntou sobre a idade dos irmãos da nossa Nana eu falei sobre isso nesse capítulo!! Desculpem não ter falado antes. Bom, chega de enrolação né e vamos pro que interessa.
Xx

Capítulo 4 - Reconectando


Fanfic / Fanfiction Invictus - Reconectando

 

POV Arizona

 

A noite chegou rápido, e nada da Maggie chegar. Eu tinha dado uma volta pela comunidade com meus irmãos. Era um lugar bem bonito, e parecia seguro. Estava sentada em frente a casa de Spencer fabricando algumas flechas quando sinto alguém se aproximar, tiro minha machadinha do chão e já levanto dando de cara com Michonne.

-Ah, me desculpa. Força do hábito.- Falo colocando a machadinha no chão de novo.

-Sei como é. Hoje em dia qualquer barulho pode ser alguma coisa que quer te matar.- Ela falou se sentando do meu lado. Sorri de lado e continuei fabricando as flechas. Precisava sair e tentar achar mais.

-Então você também é boa com flechas.- A olhei confusa. -Daryl tem uma besta. Bom.. ele tinha uma até ontem. O cara que atirou nele pegou.

-Eu tenho um arco.

-Sempre soube atirar com arco e flecha?

-Desde meus 9 anos. Meu pai gostava que os filhos soubessem sobre todo tipo de armas, e objetos de guerra. Mesmo os arcos, que são antigos.- Me lembrei dele e sorri. -Eu me lembro que meu primeiro arco veio no meu aniversário de 9 anos, junto com a matrícula nas aulas de arco e flecha.- Olhei pra ela sorrindo e tentei não lembrar de como vi meu pai pela última vez.

-Ele devia ser um pai legal.

-Ah ele era. Era o melhor. Me ensinou tudo o que sabia. Atirar, acampar, caçar, lutar, tudo. Trevor e os mais novos também. Ele dizia que tínhamos que estar preparados, e eu nunca entendi pra quê. Pensava que era pro exército, pra vida.- Terminei a flecha que fazia e coloquei na aljava. Olhei de novo pra Michonne e sorri triste. -Acho que ele sempre soube.

-Nunca duvide da sabedoria de um pai.

-Pois é.- Rimos sem humor. A noite estava clara, fria, mas bonita. -Não me lembro da última vez que sentei na calçada de uma casa essa hora da noite sem me preocupar se ia morrer.

-É bom não é?- Assenti. -Vamos ter que sair amanhã cedo, eu vim pra te falar isso. Os outros não voltaram com a Maggie.

-Tudo bem, estarei pronta pra ir quando o sol nascer.- Ela assentiu e levantou para ir embora.

-Boa noite então Arizona.

-Boa noite.- Ela assentiu e seguiu para sua casa. Suspirei me levantando e pegando minhas coisas. Precisava dormir, amanhã seria um dia corrido.

 

O sol da manhã apareceu e eu caminhava em direção ao portão de Alexandria. Saí antes dos menores acordarem, avisando apenas a Trevor que já estava indo. Oliver faria drama depois, mas isso eu conserto.

-Pontual.- Rick observou quando cheguei perto do carro que eles preparavam pra partir.

-Quanto tempo até lá?- Perguntei ajeitando meu arco nas costas.

-Talvez três horas, quero ir bem rápido mas com cuidado.- Assenti e peguei uma glock g25 de cima da caixa de armas.

-Se não se importar, vou pegar essa.- Falei conferindo a munição.

-Pode pegar, é melhor ficar com uma.- Peguei mais uma caixa de munição e entrei no banco de trás do carro. Encostei minha cabeça no encosto de trás e suspirei. A porta abriu e olhei pro lado vendo Aaron entrar, que sorriu pra mim. Retribui o sorriso.

-Você me lembra uma amiga que eu tinha.- O olhei levantando uma sobrancelha.

-Ela também vivia com problemas de estresse?- Ele riu.

-Na verdade sim. Mas digo, no jeito. Ela também gostava de ajudar os outros, e sabia julgar as pessoas. Era por isso que éramos tão amigos.

-Você também sabe julgar as pessoas?

-Sim, e muito bem.- Sorriu, olhou pra frente e depois pra mim de novo. -Como você eu soube que Rick e os outros são pessoas boas.- Disse e sorriu. Aaron tinha daqueles sorrisos gentis, que te fazem sorrir de volta só porque você se sentiu melhor. Acho que vou gostar dele.

Rick entrou no carro no banco do motorista e eu me lembrei da mão dele.

-A sua mão, vai conseguir dirigir assim?- Perguntei devagar e ele me olhou pelo retrovisor.

-Tá tudo bem, só me foram tirados dois dedos.- Achei estranho, o curativo que vi na noite que cheguei devia estava muito mal feito então. Ou eu que estava tão desnorteada com a adrenalina de salvar alguém que nem reparei direito.

-Tem certeza?- Ele assentiu e Michonne sentou no carona.

-Vamos rápido, voltamos rápido. Qualquer imprevisto na estrada, voltamos pra cá.- Rick disse e deu partida no carro.

O portão foi aberto e um carro tava chegando. Rick suspirou aliviado, Michonne sorriu, Aaron me olhou e sorriu. Entendi que deviam ser quem eles esperavam. Rick deu ré e estacionou o carro no lugar de novo. Saímos do carro e fomos em direção ao carro recém chegado, os portões foram fechados.

-Posso presumir que a missão de hoje foi cancelada.- Falei e Rick me olhou com um meio sorriso.

-Sim, foi. Ainda bem.- A porta do carro abriu e um ruivo alto e forte, mas com expressão abatida, saiu de lá. De trás saíram uma mulher de aparência forte, um homem meio gordinho e uma outra mulher de cabelo curto. Ela estava meio fraca, andava com ajuda. Devia ser a Maggie. Alguém saiu do lado do motorista e se virou pra nós. Não acreditei e comecei a rir. Michonne e Aaron me olharam como se eu fosse louca e eu não conseguia parar de sorrir.

-Paul Rovia.- Falei alto ainda sorrindo e ele pareceu me notar ali. Jesus, como todos o conheciam há anos, começou a rir como eu. Corri até ele e o abracei tão forte, chorando e rindo ao mesmo tempo. O quanto mais esse apocalipse pode me surpreender?

-Arizona King.- Ele disse me olhando nos olhos, sorrindo. -De todas as pessoas que eu podia pensar em encontrar por aqui, você era a última delas.

-Digo o mesmo. Pensei que já tivesse sido devorado.- Ri o provocando.

-Ahá, até parece. Os walkers tem medo de mim.

-Uhum, sei.- Ele riu e nós ficamos nos encarando sorrindo. -Meu Deus, como você está?

-Eu to muito bem, tirando o fato de estarmos no fim do mundo, eu to bem sim. Mas e você?

-To levando.- Respondi apenas e Rick nos interrompeu.

-Vocês dois se conhecem.

-Pois é.- Falei ficando do lado de Paul. -Ele era um dos melhores amigos de um ex namorado. Meu ex morreu em uma missão, e eu acabei ficando com ele de brinde.

-Ela me ama.- Revirei meus olhos. Convencido era pouco. -É minha melhor amiga.- Olhei pra ele sorrindo.

-Nossa, isso é muito bom. Preciso ir com Maggie até a enfermaria, vão lá depois.- Assenti e Rick foi com os outros levar Maggie até a casa/enfermaria.

-Então, cadê todo mundo?- Paul me perguntou.

-Trevor, Dakota, Connor e Oliver estão aqui comigo.- Me olhou com pesar. -Meu pai, minha mãe e Blair não conseguiram.

-Eu sinto muito.- Me abraçou. -Mas eu te entendo.- O abracei mais forte e suspirei. -Nem acredito que você tá aqui.- Falou desfazendo o abraço e sorrindo.

-Nem eu. Agora posso chorar no ombro de alguém.

-Arizona King, chorando? Isso vai ser novidade.

-Senti sua falta. Tanto.- Falei deixando uma lágrima cair. Ele secou com o polegar e sorriu.

-Também senti a sua Angel.- Sorri ainda mais com o apelido que ele me colocou. -Vamos até a enfermaria, precisamos estar lá. Depois quero que me leve pra ver os pestinhas e o Trevor.- Concordei e fomos até onde estavam com a Maggie. Entrei na enfermaria e senti o olhar daquele teimoso e grosso do Daryl. Teimoso porque ele insistia em querer sair da enfermaria antes do prazo, e grosso porque só me respondia torto desde que acordou.

-Maggie, esta é Arizona King. Ela e a família chegaram na noite que aconteceu tudo.- Rick me apresentou e eu a cumprimentei com a cabeça. Maggie sorriu, bem fraquinho mas sincera.

-Arizona, esses são Sasha, Eugene e Abraham.- Apertei a mão de cada um. -Ela e os irmãos se juntaram a nós, e vão nos ajudar. Vamos por enquanto focar na sua melhora Maggie, depois armamos um plano de ataque.

-Ataque?- Maggie perguntou. -Rick, foi por atacarmos eles que agora Glenn está morto. Ele está morto.- Silêncio. -Vamos nos reerguer apenas. Planos de ataque não são importantes agora, por mais que eu queira justiça. Temos muito o que fazer, o que reforçar.

-Tudo bem. Pensamos nisso depois.- Rick disse. -Bom, agora temos uma ajuda médica.

-Quem?- Sasha perguntou.

-Arizona e Trevor tem treinamento militar.

-Militar, não médico. Eu sou até boa nisso, mas um médico formado continua sendo a melhor opção pra isso.

-Não podemos nos dar ao luxo de exigir certas coisas hoje em dia.- Michonne falou. -Pra todos os efeitos, temos duas ajudas médicas em Alexandria agora.

-Tá, mas insisto que qualquer assunto mais específico nós vamos até o médico que tem em Hilltop como vocês falaram.

-Todos de acordo?- Rick perguntou e todos concordaram. Daryl continuava me encarando, descaradamente e com aquela pose de dono do mundo. Rolei os olhos e decidi ignorar pra prestar atenção no assunto geral. Pelo visto uma casa seria dada pra minha família, isso era bom. Era muito bom, um alívio. Uma casa significa que temos um teto, um lugar pra voltar e pra cuidar. Meus irmãos não iam mais dormir em ruínas, ou se esconder pra não serem devorados. Mesmo o olhar prepotente do Sr. Dixon(como eu descobri ontem) não ia tirar minha felicidade de hoje. Meu melhor amigo estava vivo e bem, minha família agora tinha um teto, as coisas iam se encaixar aos poucos.

 

Meus irmãos estavam todos na varanda da casa de Spencer. Paul e eu estávamos quase perto e Connor nos viu. Meu irmão desceu do balcão da varanda e sorriu descendo as escadas falando alguma coisa pros outros. Trevor que amolava umas facas olhou na minha direção e começou a rir.

-Connor, você agora é um homem.- Jesus disse abraçando meu irmão. -E Dakota, como você tá linda.

-Paul!!- Meu irmão menor falou correndo e pulando no colo do meu melhor amigo. -Você não virou um monstro.- Rimos e Paul colocou Oliver no chão indo apertar a mão de Trevor.

-Paul Rovia, que bom que está vivo.

-E aí Trevor. Arizona me contou sobre o restante da família, sinto muito.- Disse colocando uma mão no ombro de Trevor que agradeceu com um gesto da cabeça.

-Então, como chegou aqui?

-Eu moro em Hilltop, vim para trazer Maggie e os outros. Maggie é a grávida.

-Ah entendi.

-Não vai ficar então?- Dakota perguntou.

-Vou passar a noite de hoje aqui, amanhã talvez irei embora. Mas eu venho visitar.

-Poxa, pensei que ia morar aqui igual a gente.- Oliver falou.

-Quem sabe mais pra frente.- Paul disse sorrindo no final.

-Eu vou pro meu novo turno de guarda nos muros. Até mais, qualquer coisa me chamem ok?

-Tudo bem. Toma cuidado.- Falei vendo Trevor seguir pra entrada de Alexandria.

-Você nem precisou sair então Nana.- Connor disse voltando pra varanda. Oliver me olhou e cruzou os braços.

-Ia sair sem falar comigo Nana?- A pose dele e o jeito que falou me fizeram rir.

-Hmm alguém tá encrencada.- Paul disse, bati no braço dele. Dakota riu e foi se juntar a Connor na varanda.

-Era bem rapidinho Oggy, talvez já estivesse voltando de noite.- Falei sorrindo pro meu pequeno.

-Não interessa. Tem que me avisar, eu não ia te ver aqui e ia ficar preocupado.

-Tá parecendo até o Trevor você.- Ri e segui com eles pra varanda. -Vem contar pro Paul como você já matou walker sozinho.- Ele se animou e correu pra sentar e começar a contar dos walkers que já tinha conseguido matar. Me sentei no corrimão da varanda e ficamos conversando sobre as coisas que aconteceram depois que o mundo mudou. Não tudo, eu não estava preparada pra falar sobre tudo ainda. Alguns assuntos podiam esperar.

 

Deixei Paul brincando com Oliver, sim ele ficou brincando com meu irmão mais novo, e fui dar uma volta com Dakota. Connor disse que iria até a casa de Rick, Carl tinha conhecido ele no dia anterior e o chamou pra ir lá.

Minha mente estava na enfermaria. A reunião, os olhares abatidos. Eu sabia como se sentiam. Conheço bem a sensação de impotência, de se sentir fraco e exposto. O que eles estavam enfrentando tinha base no mesmo que eu enfrentei, a maldade e necessidade de poder humana. Essas duas coisas misturadas com o medo em uma pessoa fraca, podiam transformar ela em uma pessoa horrível. O mundo estava mostrando que pessoas horríveis existiam em maior número do que pessoas as boas pensavam, só que agora elas tinham mais liberdade pra destilar sua maldade em cima dos outros.

Respirei fundo e olhei pros jardins das casas. Numa delas tinha tulipas, eu adorava tulipas. Antes do fim do mundo eu tinha um lugar no jardim dos meus pais só pra mim, com tulipas de várias cores.

-Eu sei no que ta pensando.- Dakota falou me fazendo sorrir.

-Sabe é?- Perguntei debochada.

-Tá com saudade deles.

-Acertou.

-Eu também. Muita.- Olhei pra ela, minha irmã sorria meio triste. -É tão injusto Nana. Eu não tenho mãe pra brigar, e eu to na adolescência..só tenho 16 anos. Devia ter uma mãe pra falar sobre as coisas.

-Vem cá.- A puxei pra um abraço, e pela primeira vez em muito tempo minha irmã chorou. Dakota estava chorando de soluçar, e isso me cortava o coração. Mas era bom, ela precisava extravasar isso. Eu sabia que ela estava guardando isso há muito tempo.

-Você tem eu.- Falei depois de um tempo, fazendo carinho no cabelo muito loiro dela. Diferente do meu, que é ruivo. Ela riu abafado por estava com o rosto enterrado nos meus cabelos.

-Eu sei. E sempre vou ter, não é?- Me olhou com os olhos meio vermelhos.

-Menos quando você resolver ficar muito alegrinha. Minha alma sombria não aguenta isso não.- Ela riu.

-Alma sombria nada. Você tem uma alma muito pura Nana, eu sei disso porque consigo ver como você se importa com tudo. Até com pessoas que acabamos de conhecer.

-Tá bom, se você diz. Agora vamos voltar. Oliver deve ter feito uma fogueira e colocado Paul no meio dela pra queimar.- Rimos e viramos pra voltar pra casa de Spencer.

 

A cena que eu vi quando cheguei em frente a casa me fez sorrir tanto. Oliver corria atrás de Paul como um louco. Meu irmãozinho estava sorrindo, se divertindo. Como uma criança normal da idade dele. Como uma criança normal antes do fim do mundo.

-Ei selvagens.- Eles pararam de correr e olharam pra mim. -Oliver, não faz o Paul correr muito. Ele ta ficando velho e vai acabar quebrando.

-Velho nada.- Paul respondeu indignado.

-Alguém tem que ir pro banho. Daqui a pouco tá virando um porquinho.- Falei e Oliver riu.

-Ah Nana, só mais um pouco. O dia mal começou. Pra que tomar banho agora?

-Nossa, que horror. Eu não vou dormir do lado desse fedido de novo não Nana.- Dakota falou fazendo cócegas em Oliver.

-Eu não sou fedido.

-É sim. Por isso não tem walkers perto de Alexandria.- Jesus falou abanando a mão na frente do nariz.

-Eles não ficam por aqui porque tem medo da cara feia da Dakota.- Oliver respondeu rindo e Dakota olhou pra ele indignada.

-Tá bom, já chega.- Falei rindo. -Oliver vai pro banho com a Dakota logo. Ou você quer que eu te dê banho?

-Eu não, você vai querer esfregar forte.- Saiu correndo pra dentro da casa e Dakota foi atrás.

Depois que eles entraram olhei pra Jesus e sorri.

-Que foi?- Me perguntou sorrindo de lado.

-Tô feliz. Faz tempo que não fico feliz.- Ele me abraçou e beijou o topo da minha cabeça.

-Também tô feliz Angel.

-Tem que ir embora amanhã mesmo?- Perguntei passando o braço pela cintura dele.

-Acho que sim. Mas eu volto, não precisa chorar de saudade.- Olhei pra ele com a minha melhor cara cínica.

-Você tem um ego do tamanho do mundo Jesus.

-Tenho mesmo. Me processe.- Disse dando de ombros.

-Vamos passar o dia fazendo vários nada? No almoço vou contar pra tropa sobre a casa, depois você vai com a gente pra lá.

-Pode ser. Não tenho nada pra fazer mesmo.

-Até parece que é um sacrifício passar o dia comigo.- Falei me soltando dele e jogando o cabelo.

-Depois eu que tenho o ego grande.-

-Ah cala a boca. Vem, vamos andar sem nos preocupar com a morte.- Ri e puxei ele pela mão começando nosso “passeio” por Alexandria.

 

No fim de tarde minha família já estava instalada na casa. Era como as outras, grande e linda. Dividimos os quartos, Dakota ia dividir um quarto com Oliver e Connor. Eu fiquei com um, Trevor com outro. Jesus ia passar a noite com a gente, mas preferiu ficar na sala.

 

Agora meus irmãos menores dormiam. Cheguei na porta pra olhar antes de fechar. Ri de como Connor estava todo jogado na cama. Mesmo com 20 anos ele ainda parecia o garotinho de 5 que brigava pra dormir comigo porque tava com medo do escuro. E Oliver? O que esse mundo não conseguiu mudar nesse garotinho de 10 anos foi sua pureza, ele tinha amadurecido mais do que uma criança da idade dele tinha que amadurecer durante todo esse tempo, mas continuava o mesmo. Minha adolescente Dakota, que até no fim do mundo se importa em pegar maquiagem e perfume quando entramos pra pegar suprimento em algum lugar. Sorri e fechei a porta deles, nada de porta aberta. Ainda era o fim do mundo.

Andei até a porta de Trevor e dei duas batidinhas. Ele abriu a porta e sorriu me fazendo um sinal pra entrar. Trevor em seus 28 anos só tinha melhorado o que sempre foi, um irmão protetor e parceiro. Ele sabia o que eu pensava e sentia, era meu porto seguro assim como Paul.

-Não consegue dormir Nana?

-Ainda nem tentei, estava vigiando os outros.- Me sentei na cama dele, dobrando as pernas.

-A casa está segura. Pode ficar tranquila. Dorme, você foi a única que não dormiu direito.

-É, eu sei. Vou tentar. Só vim te dar um abraço de boa noite.- Trevor sorriu e sentou na cama me abraçando de lado. Me soltou e passou um dedo na tatuagem que eu tenho no antebraço esquerdo escrito um verso do meu poema preferido.

-Qualquer coisa eu venho te chamar.- Falei me levantando e ele assentiu se ajeitando na cama.

-Boa noite Nana.

-Boa noite.- Fechei a porta dele e voltei pro, vejam só, meu quarto. Entrei e fechei a porta. Quando estava puxando os lençóis pra deitar olhei pra janela e quase caí pra trás. Na casa do lado, que eu sabia que era de Rick, também morava Daryl e eu tinha acabado de descobrir. Ele estava em pé no quarto, aparentemente se preparando pra deitar. Fui até a janela pra fechar um pouco a cortina e ele me viu. Estreitou os olhos me encarando e logo depois se virou se jogando na cama. Engoli seco e me afastei da janela indo me deitar.

Eu sabia, tudo era muito bom pra ser só isso. Não que ter a visão daquele homem fosse ruim. Eu não sou de ferro, e Daryl Dixon era um belo de um exemplar masculino. Confesso que o olhar dele era tão intenso que eu me arrepiava. Mas não deixava de ser um grosso e ingrato.

 

Me deitei bufando, já não bastava ele me encarando nas reuniões. Fechei os olhos e tentei relaxar pra dormir. Minha faca coloquei no criado mudo, uma arma na gaveta e meu arco muito bem colocado na poltrona que tem no quarto. Todo cuidado é pouco.

Suspirei e me deixei levar pelo cansaço. Logo tudo era só o vazio.


Notas Finais


Então amores, gostaram?? Espero que sim.
No próximo capítulo vai ter uma cena da Arizona com o Daryl maior do que tem sido até agora, to pensando que já posso dar mais um pouquinho de atenção pra eles juntos. Falando em Arizona e Daryl, que nome esse shipp receberia? Darizona? Aryl? Vamos pensar, e se tiverem ideias podem falar.
Tô numa vibe maravilhosa, principalmente porque acabou minha semana de provas hoje e vou ter mais tempo pra escrever. Então vou me esforçar pra vir mais um capítulo esse fim de semana ok?
Até o próximo,
Xx


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